LEIRIA
Caloiros com Provedor

O Instituto Politécnico de Leiria acaba de criar a figura do Provedor do Caloiro. Trata-se de um advogado que será o interlocutor dos alunos que forem submetidos a situações atentatórias da sua dignidade e liberdade individual, a pretexto da praxe académica. Vítor Faria, foi o advogado sobre quem recaiu a escolha e a quem compete ouvir os alunos, fazer uma triagem das situações e, consoante os casos, encaminhá-los para o IPL a fim de ser instaurado processo disciplinar ou para o Ministério Público.
Para o IPL, a criação da figura do Provedor do Caloiro resulta de uma reflexão suscitada pelas praxes dos últimos anos e da percepção de que os abusos ocorrem, sobretudo, pela situação particularmente fragilizada em que se encontram os caloiros.
O contacto com uma realidade nova e o afastamento do meio em que vivem são factores que contribuem para a dificuldade de reacção a práticas de praxe inaceitáveis. Por isso, o IPL considera que o Provedor do Caloiro constitui uma forma de apoiar os novos alunos, dando-lhes meios para denunciarem situações de abuso e, simultaneamente, um meio de não deixar impunes os prevaricadores.
Além da criação daquela figura, foi também aprovado um conjunto de normas reguladoras da praxe, impondo limites a este ritual.
As escolas do IPL passarão a limitar as praxes aos alunos que entram na 1.ª fase e proibirá qualquer acto desta natureza dentro das cantinas ou dos edifícios escolares. Também não será permitido impedir os caloiros de irem às aulas ou obrigá-los a envergar trajes menos adequados.

POLITÉCNICO DE VISEU
Barros garante cantina
e Agrária

A Escola Superior Agrária de Viseu vai passar a contar com um conjunto de laboratórios e outros serviços na Quinta de Repeses, respondendo assim às necessidades de uma escola em expansão, mas que choca com as actuais condições financeiras do Ensino Superior.
De acordo com o presidente do Politécnico de Viseu, João Pedro de Barros, “uma vez que o Governo considera excessiva a verba de sete milhões de euros para a construção da Escola Agrária, o Politécnico avança com novos pavilhões para instalação de laboratórios, salas de aula, espaço para a Associação de Estudantes e refeitório, o que poderá custar cerca de 900 mil euros”. O concurso está aberto e deverão estar concluídos no prazo de três quatro meses.
Já em relação à abertura do ano lectivo, aquele responsável entende que as expectativas foram cumpridas, com o preenchimento de mais de mil e 300 das cerca de mil e 600 vagas propostas, sendo que um dos cursos novos, o de Línguas Aplicadas às Empresas, acabou por ser divulgado já demasiado em cima do prazo de candidaturas, pelo que não vai funcionar mas será uma aposta forte no próximo ano.
“O Instituto ficou muito bem apetrechado em termos do número de alunos, sobretudo depois da segunda fase. Os cursos de Engenharias ficaram praticamente preenchidos, tal como os de Educação, excepção feita ao mais recente, que não chegou a tempo do conhecimento dos candidatos, tal como o de Ciências Vitivinícolas, em funcionamento na Agrária, que continua com um número de candidatos abaixo das expectativas”.
INVESTIMENTO. O presidente do Politécnico entende que a instituição está funcionar em velocidade cruzeiro até em termos de investimento. “Temos a nova residência de estudantes, que está a ser apetrechada para ser inaugurada em Janeiro. Através de contratos-programa, queremos construir um novo pavilhão gimnodesportivo no Campus Politécnico, onde já foi inaugurado um restaurante”.
As perspectivas para o próximo ano passam assim por investimentos de anos anteriores, pois os 50 mil euros de Piddac são curtos. “O senhor ministro entendeu que já temos estruturas mais, o que é rigorosamente mentira. Os 50 mil euros não chegam sequer para recuperar o edifício da Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, cujas obras do telhado, para não chover lá dentro, atingem 400 mil euros”.
Preocupado com a situação, João Pedro de Barros é peremptório: “Talvez estejam à espera que aconteça algum acidente, para depois se entender que seja necessário garantir um mínimo de bem estar para os alunos.
ELEIÇÕES. Já em relação aos processos judiciais que decorreram na sequência das eleições, o presidente do Politécnico entende tem uma posição clara: “O Supremo Tribunal Administrativo deu-nos razão, seja em relação ao recurso do grupo de professores da Escola Superior de Tecnologia, seja em relação aos alunos da ESE que tinham sido eleitos. A verdade é que os alunos perderam o mandato, pois estavam no cargo há ano e meio, quando os estatutos apenas permitiam um ano, pelo que, a pedido de 487 alunos, a escola abriu eleições”.
Na sequência de um processo de vários meses, o presidente do Politécnico não desiste da defesa da sua “honestidade e honra em todos os processos”. Algo que depende da decisão da ministra da Ciência e do Ensino Superior, Graça Carvalho, de homologar asn eleições, “que só não o poderia fazer se existisse algum vício de forma, o que não é o caso. Além disso, a sentença já transitou em julgado, o que torna possível a homologação”.
Se assim não acontecer, João Pedro de Barros não desiste. “Por uma questão de honra e dignidade irei sempre até às últimas consequências, até ao limite dos limites. Só depois pensarei na hipótese de me ir embora. Há um tempo para estar e outro para partir. Tenho 40 anos de serviço, pelo que quando a legalidade e a minha honra forem repostas, começarei a pensar nessa possibilidade”.
PROPINAS. O Politécnico de Viseu decidiu aplicar a propina mínima aos seus alunos, mas a situação poderá ser alterada nos próximos tempos. João Pedro de Barros entende que “o aumento de 30 por cento já foi considerável”, pelo que aplica essa decisão e entrará em diálogo com os alunos, a fim de definir o que poderá ser decidido em relação aos próximos anos. “É preciso saber como fica a Lei da Autonomia. Só iniciaremos o diálogo depois de conhecermos a nova centralidade administrativa”.
Por resolver está a questão da futura escola de artes e da passagem da Superior de Enfermagem a superior de saúde, algo de que o presidente do Politécnico não desiste. “Mantemos o pedido de passagem da Superior de Enfermagem a Superior de Saúde, até porque estamos lá a investir mais de cinco milhões de euros, o que garante as condições físicas, pois já existem as científicas e pedagógicas”. Na área das artes, a escola não surge, mas o Politécnico vai criar uma estrutura de apoio aos alunos que querem seguir essa via.

CURTAS & DIRECTAS
Egiteam acelera na
Guarda

Com o inicio de mais um ano lectivo, começa também a participação da EGITEAM em diversas actividades. A equipa EGITEAM é responsável pela construção de veículos desportivos, ecológicos e económico começou por participar nos dias 20,21, e 22 de Setembro no dia Europeu sem carros na cidade da Guarda, com o veículo Egiecocar I. Ao longo do ano lectivo a EGITEAM tenciona participar na prova da Shell Eco-Marathon em França, no circuito de Nogaro, e também no circuito citadino de Bruxelas, na Bélgica.
De relembrar que, no passado ano lectivo, a equipa da ESTG da Guarda participou com o Egiecocar I em diversas provas internacionais, sendo um dos veículos portugueses que mais quilómetros percorreu com apenas um litro de gasolina.
CIVIL. O curso de Engenharia Civil da ESTG da Guarda, no âmbito das Comemorações do Ano Internacional da Água Doce, organizou o concurso “Água, símbolo de vida”. O concurso foi dirigido aos alunos do 1º, 2º, e 3º ciclo do ensino Básico e também aos alunos do ensino secundário de todo o distrito da Guarda.
O concurso teve como principal objectivo alertar os mais novos para os principais problemas relacionados com a água e os recursos hídricos. Os alunos concorreram enviando desenhos, textos em prosa e poesia.
O primeiro classificado de cada escalão ganhou uma bicicleta e os restantes participantes receberam livros alusivos ao tema.
CONTABILIDADE. A I Jornada de Contabilidade e Auditoria realizou-se nos dias 18 e 19 de Novembro no auditório dos Serviços Centrais do IPG.
A jornada foi organizada pelo curso de Contabilidade e Auditoria da ESTG da Guarda e teve como principal objectivo divulgar o curso e as saídas profissionais que oferece.
O evento teve a participação de oradores do ramo da Fiscalidade e da Auditoria Ambiental e contou com a presença dos alunos dos cursos de Contabilidade e Auditoria, Gestão, Secretariado e Assessoria de Direcção e Comunicação e Relações Económicas.
TECNOLOGIA. A Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda está a realizar entre os dias 22 e 28 de Novembro a 4.ª edição da Semana da Ciência e da Tecnologia.
Durante estes dias os participantes puderam assistir e participar em colóquios, mini-jornadas, exposições, demonstrações multimédia e simulações. Os eventos tinham como objectivo dar a conhecer as actividades que se desenvolvem na ESTG nas áreas da Ciência e da Tecnologia.
A iniciativa contou com a presença de diversos especialistas de renome nacional e internacional das áreas da gestão e das tecnologias.
Os participantes puderam assistir a uma simulação aérea virtual, uma simulação de incêndio no campus do IPG, simulação de gestão empresarial, exposição “Simetria, Jogos de Espelhos”, exposição de Livros da Editor FCA, exposições interactivas de protótipos, demonstrações de multimédia e robótica, exposição de engenharia mecânica, entre outros.
No primeiro dia da Semana da Ciência foram entregues os prémios aos jovens que ganharam o concurso “Água, Símbolo de Vida”, organizado pelo departamento de hidráulica do curso de engenharia civil.

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