Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VI    Nº64    Junho 2003

Politécnico

POLITÉCNICO DA GUARDA

Estudantes com nova casa

As obras de construção da futura sede da Associação de Estudantes do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) foram já iniciadas. O novo edifício, que ficará localizado à entrada do campus do IPG, representa um investimento global de um milhão 117 mil 518, 71 Euros.

O autor do projecto é o arquitecto, da Guarda, João Rafael, que foi vencedor de um concurso público de ideias, promovido pelo Instituto Politécnico e a fiscalização das obras está a ser feita pelos Serviços Técnicos do IPG.

A nova sede da Associação de Estudantes, um anseio há muito acalentado, integrará um auditório, espaços de lazer, serviços administrativos, salas para as várias secções daquela estrutura associativa e um outro espaço específico para a Tuna do IPG. Os espaços vão ficar distribuídos por dois pisos e está projectado um pequeno anfiteatro ao ar livre, o qual poderá ser utilizado para actividades culturais.

Recorde-se que este é um projecto assumido, desde a sua eleição por Jorge Mendes. O Presidente do IPG considera que o atraso no início das obras se ficou a dever a questões decorrentes dos trâmites relativos à aprovação do processo, por parte das instituições competentes.

Na expectativa está o actual Presidente da Associação de Estudantes do IPG que espera a rápida conclusão da obra, prevista para o próximo ano. “A actual sede já não tem, de facto, as condições, que os estudantes do IPG merecem”, comentou Nuno Silva. Aquele dirigente associativo considera o “local excelente, pois vem ao encontro das necessidades dos estudantes, ficando próximo das unidades orgânicas”.

 

 

 

NA EST DE VISEU

Segurança no trabalho

O índice de incidência dos acidentes de trabalho mortais (número de acidentes mortais por cada 100.000 trabalhadores) no sector da construção em Portugal é de cerca de 45, o que corresponde aproximadamente ao dobro do de Espanha ou de França, o quíntuplo da Alemanha, e ao triplo dos registados nos Estados Unidos e Japão.

Nesse sentido, para sensibilizar para a temática da Prevenção de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais, nas suas múltiplas vertentes (Formação, Gestão da Segurança e Saúde, Ambiente Ocupacional e Ergonomia), decorreu o 2º Seminário de “Higiene e Segurança no Trabalho da Construção”, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia de Viseu, no passado dia 4 de Junho.

Embora não esgotando as matérias relativas à Segurança e Higiene no Trabalho, O seminário pretendeu, sobretudo realçar aquelas que assumem maior relevo, quer em termos legislativos, quer na gestão das empresas de construção, quer ainda na sua contribuição para a Segurança e Saúde dos Trabalhadores do Sector.

A revisão de legislação da construção no âmbito da segurança e saúde no trabalho da construção é outro assunto que está na ordem do dia, salientando-se nomeadamente o Decreto-Lei 155/95 de 1 de Julho, que pretendeu transpor a Directiva Estaleiros (n.º 92/57/CEE), o Regulamento de Segurança no Trabalho da Construção Civil, o Decreto-Lei 41820 e o 41821 de 1958, bem como o Regulamento das Instalações Provisórias do Pessoal empregado nas obras (Decreto-Lei 46427 de 1965).

A construção é reconhecida por se tratar de um sector com elevados riscos, particularmente no que se refere aos estaleiros de obras nos países em desenvolvimento que, segundo o que vem sendo referido pela Organização Internacional do Trabalho, são cerca de 10 vezes mais perigosos do que os dos países industrializados.

Importa referir que o não cumprimento das obrigações consignadas na legislação poderá acarretar, para além de contra-ordenações vultuosas, responsabilidades de ordem cível (Decreto Lei 100/97), e de ordem criminal (Art.º 277 – Código Penal) para os responsáveis do dono de obra, coordenadores de segurança, projectistas, fiscalização e empreiteiros.

 

 

ANTIGOS ALUNOS DA GESTÃO

Almoço de gestores

A Comissão Instaladora da Associação de Antigos Alunos do Departamento de Gestão da Escola Superior de Tecnologia de Viseu vai avançar com o objectivo de criar formalmente a Associação e desencadear o processo eleitoral com vista à constituição dos primeiros órgãos sociais da mesma, o que deverá acontecer antes do III Encontro de Antigos Alunos, agendado para 5 de Junho de 2004.

A decisão foi tomada no passado dia 7 de Junho, data de realização do segundo jantar-encontro, o qual decorreu Complexo “The Day After” e contou com aproximadamente 130 presenças - 100 antigos alunos dos cursos de Gestão de Empresas, Gestão Comercial e da Produção e Contabilidade e Administração, 20 acompanhantes e 10 docentes.

Durante a tarde foi discutida e aprovada a proposta de estatutos com vista à formalização da Associação de Antigos Alunos do dGest (AAAdGest), que havia sido elaborada pela Comissão Instaladora constituída no Encontro de 2002 (Adriana Lopes, Álvaro Gomes e Tânia Marques, antigos alunos, Rogério Matias, docente).

Do programa constou ainda um divertido jogo de futebol entre antigos alunos e docentes (10-1 a favor dos docentes!...) e, por fim, o Jantar, marcado por momentos de franco convívio e boa disposição. Ao longo da noite procedeu-se à oferta de diversas lembranças, ao mesmo tempo que iam sendo recordados outros tempos através da projecção de fotos em écran gigante (Encontro de 2002 e imagens dos arquivos pessoais de alguns antigos alunos). Houve ainda tempo para magníficas exibições de karaoke, onde alguns dos presentes mostraram os seus dotes musicais.

INAUGURAÇÃO. A terceira residência de estudantes do Instituto Politécnico de Viseu está concluída e deverá ser inaugurada ainda antes do final do ano lectivo, talvez em meados de Julho. A confirmação é do presidente do Instituto, João Pedro de Barros, o qual afirma que a obra custou cerca de dois milhões de euros. A residência tem 120 quartos, 20 dos quais individuais e com casa de banho privativa, além de uma ampla área de estudo. Além desta inauguração, para breve está ainda o lançamento do concurso público para a construção de um pavilhão gimnodesportivo no Campus Politécnico.

SNACK-BAR. Snack-bar e Grill é o nome da mais recente estrutura do Campus Politécnico de Viseu, a qual está ao dispor de discentes, docentes e funcionários desde o passado dia 2. A infra-estrutura, enquadrada com o lago artificial, possui uma área interior de 150 metros quadrados, bem como uma área de esplanada. Já a exploração foi adjudicada a uma empresa após a realização de um concurso.

 

 

 

ENGENHARIA INDUSTRIAL DA ESTCB

De mãos dadas com as empresas

Os alunos do Curso de Engenharia Industrial da Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco estão a realizar vários estudos e actividades para empresas e instituições da região, as quais têm aplicação prática, pelo que os docentes responsáveis pelos estágios, António Fernandes e Nuno Octávio, afirmam que estão abertas as portas para o emprego após o curso, além de facilitarem a realização de estágios aos colegas que frequentam anos anteriores.

Um dos trabalhos desenvolvidos é um estudo de medição dos ruídos nas áreas das obras do Polis, o qual foi solicitado pela Sociedade Polis ao Politécnico, tendo a Escola Superior de Tecnologia ficado com a parte da caracterização do ambiente sonoro na zona de intervenção daquele programa. O estudo iniciou-se em Junho de 2002, prolonga-se até Abril de 2005 e está a ser realizado pelo Grupo de Ruído da Escola, o qual inclui docentes e alunos, e que é renovado com novos alunos, sempre que os que dele fazem parte concluem os cursos.

“Temos equipamento moderno nesta área e queremos dar-lhe outra utilidade que não apenas as aulas. Esta foi uma forma de o transferir para a prática”, explicam aqueles dois docentes, que integram o grupo conjuntamente com o também docente Paulo Gonçalves. Nesse sentido, antes das obras, em Junho de 2002 foram feitas medições de ruído em 14 pontos no período diurno (das 7 às 22) e nocturno (das 22 às 7), tendo ficado esses dados como valores de referência.

Em Outubro último iniciou-se uma fase de acompanhamento, que vigorará até Novembro de 2004, a qual inclui cinco campanhas de monitorização, a fim de recolher dados, para saber quais os níveis de ruído existentes no centro cívico, a fim de saber se estão dentro dos valores definidos pelo Decreto-Lei 292/2000, o Regime Legal sobre Poluição Sonora.

QUALIDADE. Aparentemente, o estudo poderá ter características muito técnicas, mas a verdade é que baixos índices de poluição sonora estão identificados com melhor qualidade de vida, pelo que os resultados dizem respeito a todos os cidadãos. Para já, os autores do estudo não divulgam resultados, mas após o termo das obras, irão fazer nova caracterização da situação do ambiente sonoro (em Abril e Maio de 2005), e então poderão concluir se os níveis de poluição baixaram, ou não na área de estudo.

Além disso, a Lei é clara e divide as diferentes áreas urbanas em zonas sensíveis (habitações, escolas, hospitais e espaços de recreio e lazer) e em zonas mistas (afectas a outras utilizações, nomeadamente comércio e serviços). Para as primeiras, os níveis permitidos de ruído variam entre 45 (período nocturno) e 55 decibéis (período diurno). Nas segundas são admitidos níveis máximos de 55 (nocturno) e 65 decibéis (diurno), sendo em ambos os casos db (A), significando o A o nível do filtro de ponderação.

A questão é que a definição dessas zonas cabe às câmaras, mas em Castelo Branco ainda não estão definidas, pelo que a publicação dos dados poderá levar a incorrecções. No estudo, partiu-se de uma proposta de divisão, que é académica e se aproxima o possível do exigido por Lei.

Dado o muito trabalho que há a fazer na área de medição de ruído, em virtude das imposições legais, os responsáveis pelos estágios nesta área consideram que “esta será uma área que gerará muito emprego, pelo que o trabalho desenvolvido na escola habilita os alunos para o mundo do trabalho”.

seguinte >>>


Visualização 800x600 - Internet Explorer 5.0 ou superior

©2002 RVJ Editores, Lda.  -  webmaster@rvj.pt