Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VI    Nº65    Julho 2003

Politécnico

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE CASTELO BRANCO

Gonçalves reeleito

O actual director da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, José Carlos Gonçalves, acaba de ser reconduzido no cargo, por mais três anos, após ter sido eleito com 18 votos a favor e dois brancos na reunião da Assembleia de Representantes realizada na tarde de quinta-feira, 26 de Junho.

Do programa do único candidato que se apresentou ao acto eleitoral fazem parte a melhoria da qualidade da formação ministrada e do desempenho da escola, a continuação da luta pela abertura de uma licenciatura em Medicina Veterinária, bem como a criação de um curso de mestrado em Produção Animal, que deverá avançar em Janeiro de 2004, conforme afirmou o director da escola no acto da tomada de posse, realizada a 15 de Julho.

A estratégia é de médio e longo prazo e visa ainda avançar com a reestruturação dos cursos, tendo em conta os princípios da Declaração de Bolonha, e “apresentar cursos de mestrado de pós-graduação, pois a escola tem estruturas, equipamentos e recursos humanos qualificados para assegurar esse tipo de formação.

Em relação ao desafio da Medicina Veterinária, afirma que “faz todo o sentido que a Superior Agrária de Castelo Branco colabore numa proposta de Licenciatura nessa área. Neste momento estamos a orientar o nosso modelo para uma parceria com a Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa”.

A ideia passa por um acordo que “permita rentabilizar e utilizar algumas das infra-estruturas da Escola, nomeadamente no que diz respeito ao seu efectivo pecuário, às instalações e também à zona onde se insere, pois na região existem associações e organizações de produtores que poderiam ser um extraordinário campo de ensaio e de trabalho dos alunos, sob o ponto de vista prático, da experimentação e da demonstração”.

Outra linha de acção da escola situa-se ao nível dos cursos de especialização tecnológica, destinados a alunos com o 12º Ano, mas que não tenham entrada no Superior, os quais podem assim frequentar cursos cujas disciplinas terão depois equivalência aquando da entrada no Ensino Superior.

A Superior Agrária está envolvida num processo com mais três superiores agrárias e oito escolas técnico-profissionais, na sequência do que surgirá um protocolo para se avançarem com propostas de cursos, a apresentar ao Ministério da Educação. Cada escola poderá apresentar cursos que poderão funcionar já no próximo ano lectivo.

Porém, a Superior Agrária de Castelo Branco apenas irá apresentar propostas de cursos para avançarem no ano lectivo de 2004/05, designadamente nas áreas de produção animal (pequenos ruminantes) e de tecnologias alimentares, cursos estes cujas disciplinas terão equivalência a algumas dos cursos de Engenharia das Ciências Agrárias - Ramo Animal, e de Engenharia Biológica e Alimentar.

QUALIDADE. O director da Escola acaba ainda de anunciar a realização de “estudos exploratórios no sentido de fundamentar a possível criação de um Centro Tecnológico e de Controlo da Qualidade Alimentar, o qual pode abranger toda a Beira Interior, no sentido de “responder às crescentes preocupações dos consumidores, sob o ponto de vista do controlo dos produtos alimentares e da sua certificação”, tarefa que a escola quer desenvolver em parceria com outras instituições.

Mas as novidades não ficaram por aqui. O Laboratório de Solos e Fertilidade, que este ano previa realizar cerca de 150 análises a solos, já vai perto das mil, em virtude das novas exigências aos agricultores do modo de produção biológico. Laboratório este que, a par de todos os outros, está a ser alvo de um processo de acreditação e certificação, um trabalho a cargo da empresa Relacre, certificada pelo Instituto Português da Qualidade.

O processo reveste-se de uma importância extrema, dado que, além dos laboratórios serem fundamentais para a formação dos alunos dos cinco cursos de licenciatura ali ministrados (engenharias Biológica e Alimentar, Ciências Agrárias e Ambiente, Produção Animal, Florestal e Ordenamento dos Recursos Naturais), são importantes no apoio à comunidade, pois estão equipados com os mais modernos equipamentos.

Naquelas estruturas são feitas análises a solos, águas, composição das plantas, a ovos, produtos lácteos e cárneos, azeite, vinho, mel, farinhas, forragens, silagens e rações, ao sangue, à lã, à cortiça e à madeira (há até uma colaboração com a UBI, na área da Engenharia do Papel), já para não falar na possibilidade de produção de cartografia digital e recolha de dados GPS, entre muitos outros.

No acto da tomada de posse de José Carlos Gonçalves, o presidente do Politécnico de Castelo Branco, Valter Lemos, considerou que a Superior Agrária, a escola mais antiga da instituição, tem “um projecto consolidado ao nível do Politécnico e do Ensino Superior em geral, pelo que estudantes, empresários e responsáveis políticos podem ter confiança no projecto”
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ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO DO IPCB

ESG e Ctoc assinam protocolo

A Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco e a Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas vão celebrar um acordo, que permitirá aos alunos que concluírem o bacharelato do curso de Contabilidade e Gestão Financeira naquela escola, a entrada directa na CTOC. Este acordo surge na sequência da ESG ter cumprido os requisitos impostos pela Câmara, que dispensam os seus formados de terem que fazer um exame e um estágio para aderirem ao organismo que funciona para os Técnicos Oficiais de Contas como a Ordem funciona para os arquitectos ou advogados.

Como o Ensino Magazine já tinha referido na sua última edição, os alunos que frequentaram o terceiro ano daquele curso já realizaram um seminário de ética e deontologia e um estágio empresarial, inovador em todo o País, que promoveu o comércio e a gestão entre empresas virtuais, criadas por grupos de alunos da ESG, Universidade de Aveiro e Escola Superior de Gestão de Setúbal.

Para João Ruivo, director da Escola Superior de Gestão do IPCB, o estágio constitui “uma oportunidade única para os alunos, que deste modo saem em condições de igualdade positiva em relação aos colegas que estão noutras escolas. Ou seja, os alunos que saem da ESG são pessoas que estão em condições de integrar uma empresa e elaborar todo o tipo de trabalhos relacionados com a contabilidade e gestão, sem terem um «explicador» ao seu lado”. 

No entender de João Ruivo, a implementação daquele projecto é uma mais valia para a Escola e para os alunos que a frequentam. “Se os nossos diplomados já tinham uma credibilidade elevada no mercado, muitos dos quais a desempenhar lugares de destaque no mundo da banca, dos seguros e das empresas, com esta mais valia não há dúvidas que vale a pena estudar na Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova. Nós estamos a formar jovens para o mundo do trabalho, com certeza que a relação estudo-empregabilidade atinge quase os 100 por cento”.

Já para António Pinto, responsável pelo projecto, “a Simulação Empresarial tem dois objectivos. O primeiro passa por aproximar o ensino à realidade, o segundo diz respeito à inserção na vida activa dos nossos alunos. Com este projecto os alunos que concluírem o bacharelato podem inscrever-se directamente na CTOC, não necessitando de realizar um estágio fora da escola, o que normalmente demoraria nove meses”.

CURSOS. Além do curso de Contabilidade e Gestão Financeira, para o qual existem 40 vagas, a Escola Superior de Gestão do Politécnico de Castelo Branco apresenta ainda cursos de Marketing (com 35 vagas) e de Recursos Humanos (também com 35 vagas). Já o curso de Gestão de Eventos, que foi aprovado na comissão técnica do ministério da tutela, acabou por não ser aprovado para o próximo ano lectivo, pelo que os responsáveis da ESG aguardam a sua aprovação para o ano 2004/2005.

 

 

 

IPL

Leiria na Noruega

O Instituto Politécnico de Leiria esteve presente no seminário sobre orientação e aconselhamento vocacional que decorreu em Oslo, na Noruega, nos dias 26 e 27 de Junho. Organizado no âmbito do programa comunitário “Leonardo da Vinci” - que actua ao nível da formação profissional – o seminário constituiu uma plataforma para a construção de redes internacionais de disseminação de informação, troca de ideias e experiências e desenvolvimento de novas propostas de orientação e aconselhamento vocacional.

Repartido por pequenas sessões plenárias, workshops e sessões de trabalho em grupo, o seminário deu ainda oportunidade aos seus participantes de se conhecerem e de estabelecerem parcerias. Por parte do IPL, e no âmbito do programa Leonardo, foram estabelecidos contactos com instituições de Itália, Eslováquia, Hungria e Noruega. Ao nível do Sócrates, o interesse manifestado por um estabelecimento de ensino superior da Letónia em firmar acordos com o IPL poderá materializar-se num futuro próximo.

A deslocação permitiu ainda que nos domínios do e-learning e da formação ao longo da vida, o IPL fizesse contactos exploratórios com duas instituições da Áustria e da Holanda.

O seminário foi ainda aproveitado para a discussão da rede Ploteus (Portal on Learning Opportunities Throughout Europe), que ainda se encontra em construção, e que disponibiliza informação sobre oportunidades de aprendizagem e de emprego em todos os países da União Europeia. O portal Ploteus (www.ploteus.net) pretende facilitar a aquisição destas informações através da Internet e possui uma base de dados completa sobre os sistemas educativos de cada um dos países, que inclui a atribuição de propinas e bolsas, funcionamento de intercâmbios e estágios.

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