Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VI    Nº59    Janeiro 2003

Universidade

DE 11 A 13 DE MARÇO

Os novos dias da UBI

A edição de 2003 dos Dias da UBI, período em que a Universidade abre as suas portas a todos os visitantes que a queiram conhecer melhor, vai decorrer de 11 a 13 de Março e o programa está agora a ser ultimado. No entanto, há já certezas relativamente a certas actividades a decorrer, nomeadamente o Hospital dos Bonecos, uma actividade lúdica e pedagógica direccionada para crianças que foi um dos melhores sucessos no ano passado.

Mas o Departamento de Ciências Médicas não vai ficar por aqui, e este ano deverá mesmo avançar com a denominada gincana anatómica, ou seja, os visitantes percorrerão várias salas, sendo cada uma delas dedicada a um órgão do corpo humano.

Do ano passada transitam algumas actividades que motivaram uma grande adesão, caso das pontes de esparguete criadas no Departamento de Electromecânica, o Jogo da Bolsa, do departamento de Economia, e as experiências a realizar no Departamento de Física. No Departamento de Matemática serão ainda realizadas actividades de jogos e enigmas, entre outras.

O Departamento de Informática vai centrar a sua actividade em exposições que abordam a multimédia, a história dos computadores, a estrutura do curso e projectos de fim de curso, além das actividades dos alunos. Interessante será também a visita a laboratórios pertencentes aos diversos departamentos, bem como os ateliers e exposições agendados para a Unidade de Artes e Letras, na qual não faltarão encontros com a poesia, visitas guiadas e mini-aulas.

O Centro de Recursos e Audiovisuais, o Museu de Lanifícios e os serviços de documentação da Biblioteca serão outras das estruturas abertas ao público e possivelmente das mais visitadas, tal como deverá acontecer com o cybercentro, no qual serão desenvolvidas actividades que vão desde a iniciação à Internet à captação de vídeo, CD Multimédia, entre muitas outras possibilidades
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COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS

UBI faz investigação

A Universidade da Beira Interior (UBI) está integrada num projecto europeu na área das turbinas de gás, o qual tem um valor global da ordem dos sete milhões de euros e visa identificar produtos naturais que possam vir a ser utilizados como combustíveis.

Denominado “Alternative Fuels for Industrial Gas Turbines” (AFTUR), o projecto engloba 23 parceiros onde se incluem universidades, centros de investigação, empresas e industrias aeronáuticas de produção de turbinas de gás de toda a Europa, sendo a UBI a única universidade portuguesa envolvida. A equipa de investigação conta com a participação do Centro de Ciência e Tecnologias Aeroespaciais. O grupo é constituído por 21 pessoas onde se destaca também a colaboração dos Departamentos de Economia e Sociologia.

Jorge Barata, coordenador científico da UBI pelo projecto, explica que “a ideia é reduzir os gases que contribuem para o efeito de estufa”. O docente do Departamento de Ciências Aeroespaciais lembra a assinatura do protocolo de Kyoto, segundo o qual, alguns países entre os quais Portugal, se comprometeram a reduzir este tipo de gases. “Actualmente o protocolo está em risco de não ser cumprido caso não sejam tomadas outro tipo de medidas”.

Para a produção de calor e electricidade existe a possibilidade de serem utilizados produtos agrícolas como óleo de amendoim e óleo de girassol. Depois de identificados os produtos naturais que podem ser transformados em fontes de energia alternativas, “segue-se o processo de sintetização, porque não é linear passar do produto agrícola para o combustível”, explica Jorge Barata.

A utilização da turbina de gás em si, ou seja, como optimizar e efectuar a combustão é outra das partes importantes do projecto. A participação da UBI será unicamente a nível cerebral e computacional. Jorge Barata lamenta não poder trabalhar na parte experimental, “mas falta o equipamento”. De qualquer modo o coordenador científico sublinha a importância dos fundamentos teóricos. “As empresas não podem construir uma turbina de gás específica se não tiverem a teoria que permite desenvolver esse trabalho”.

INOVAÇÃO. O grupo de economia e gestão vai fazer a análise sócio-económica e a viabilidade dos combustíveis. “O cidadão, de uma maneira geral, consome sempre o que é mais fácil de adquirir. Há toda uma batalha a vencer para se começar a utilizar um novo tipo de produtos”. O docente lembra que a ideia central do projecto se baseia “numa perspectiva mais social da energia, da combustão e dos processos tecnológicos”.

O AFTUR tem um valor global de 7 milhões de euros e é financiado pela União Europeia. A UBI vai receber 102 mil e 500 euros. “Um valor proporcional ao trabalho desenvolvido” frisa o coordenador científico. Recorda ainda que “as despesas da universidade não podem ser comparadas com as despesas das industrias”.

No projecto participam várias empresas que vão construir motores de dimensões diferentes para a utilização de novas técnicas. É o caso da ALSTOM Power de Inglaterra, que fabrica turbinas de grande dimensão, a Nuovo Pignone de Itália e a Turbomeca de França. São também várias as universidades europeias, envolvidas no consórcio. Para além da UBI há uma pequena participação do Instituto Superior Técnico. Colaboram ainda no projecto a Universidade de Rouen em França, a Universidade de Zaragoza em Espanha, a Universidade de Agricultura na Grécia, entre outras. O Instituto Francês do Petróleo e o Centro Nacional de Investigação Científica também de França são outros parceiros envolvidos na iniciativa.

Jorge Barata salienta que “um projecto desta natureza é sempre enriquecedor”. O contacto com novos métodos de trabalho e até outras formas de ver o próprio ensino é algo que agrada ao docente da UBI.

O projecto tem uma duração de 42 meses. Os primeiros seis são essencialmente dedicados à organização e gestão do trabalho. Jorge Barata explica que tem necessidade de contratar duas pessoas licenciadas a tempo inteiro. Para isso será aberto concurso até 31de Março. Os seleccionados podem começar a trabalhar a partir de 1 de Julho. Cada um vai receber cerca de 24 mil euros por ano.

Catarina Rodrigues

 

 

 

NOVOS CURSOS

UBI quer arquitectura e cinema

O reitor da UBI anunciou durante o lançamento da nova revista de “Psicologia e Educação” que esta instituição já tem reunidas todas as condições para a abertura do curso de cinema em Outubro deste ano. Santos Silva considera que “esta é uma área carenciada, a nível nacional e europeu, de profissionais devidamente qualificados”.

A criação de uma licenciatura desta natureza é muito importante para Portugal, se bem que já exista um curso de cinema num politécnico em Lisboa. A capacidade de instalações, meios humanos e materiais existentes na UBI são as condições necessárias para levar a bom termo a abertura deste curso. Contribuindo para dar ao País e à Europa licenciados nesta área.

O reitor anunciou também que tem pronto o projecto para a criação de uma licenciatura em Arquitectura. Este é um projecto desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Civil, em colaboração com professores de arquitectura de instituições reputadas a nível nacional. Santos Silva salienta que “há uma proliferação enorme de escolas de Arquitectura, sobretudo no domínio privado, e que neste momento poderão lançar no mercado um número provavelmente superior ao que será desejável de arquitectos”.

No entanto, o reitor não deixa passar em branco que “a UBI sempre se preocupou com a colocação dos seus licenciados e continua a preocupar”. Apesar desta produção excessiva de arquitectos a nível nacional, “não há produção de arquitectos a nível do Interior do País”, defende. Devido aos cortes orçamentais para as universidades, não há ainda data prevista para a abertura desta licenciatura.

Alberta Fernandes
e Helena Sousa

 

 

 

NA UBI

Psicologia e educação em revista

O Departamento de Psicologia e Educação acaba de apresentar a revista “Psicologia e Educação”, numa cerimónia realizada no auditório da Biblioteca Central, no dia 17 de Janeiro.

A revista conta a colaboração de professores de universidades espanholas, da Universidade de Coimbra, de Évora e do Minho, assim como de professores da Universidade da Beira Interior.

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