Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VI    Nº59    Janeiro 2003

Politécnico

ORQUESTRA DA ESART

Sucesso no Brasil

A participação da Orquestra da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco na XXI Oficina de Música de Curitiba, o maior festival de música erudita da América do Sul, excedeu as expectativas. A opinião é de Augusto Trindade, docente na escola, e do maestro Osvaldo Ferreira, um dos responsáveis pela ida dos jovens albicastrenses ao Brasil. “Foi uma oportunidade única que os nossos estudantes tiveram, já que participaram numa das maiores iniciativas do género realizadas no continente americano e que envolveu cerca de 1700 alunos”, começa por explicar Augusto Trindade, que como docente também foi responsável pelo leccionamento de um master classe em violino.

O festival, dividido em duas fases, uma dedicada à música erudita e que decorreu entre 5 a 15 de Janeiro, onde participaram os jovens portugueses, e uma outra sobre música popular brasileira (16 a 25). “Os estudantes tiveram a oportunidade de participar em master classes, onde estiveram presentes alguns dos melhores instrumentistas e directores artísticos do mundo, casos de Shmuel Ashkenasi, Mauricio Aguiar, Cláudio Cruz ou Paulo Porto Alegre. Além disso, foi-lhes também possibilitado frequentarem as diversas actividades orquestrais, estando parte dos jovens a fazer ópera, e outra orquestra”. Augusto Trindade lembra ainda que no caso da Orquestra, foi interpretada uma das peças mais difíceis de interpretar, a Consagração da Primavera, de Igor Stravinsky.

No entender daquele docente, a “resposta dos alunos foi bastante boa e a sua participação foi benéfica para eles, pois estiveram em contacto com professores e estudantes de parte do mundo”. De acordo Augusto Trindade a participação da Esart naquele festival foi “muito importante, pois criou nos jovens um grande entusiasmo e uma motivação redobrada, enquanto que para a Orquestra significa que estamos a trabalhar com qualidade”. O sucesso da participação da Esart ficou demonstrado por um novo convite por parte da organização para a participação da Orquestra da Esart no festival do próximo ano.

SATISFAÇÃO. A participação da Orquestra da Esart no Festival de Curitiba deveu-se, em parte, ao maestro Osvaldo Ferreira, que tem colaborado com a escola albicastrense. Tal como Augusto Trindade, aquele responsável faz um balanço muito positivo. “Foi uma experiência muito interessante, pois os alunos da Esart tiveram uma oportunidade excelente de fazerem novos contactos, conhecendo outros professores de nível internacional. Além disso, foi-lhes dada a oportunidade de comparar a realidade artística dos vários países, e a possibilidade de trabalharem uma obra que está no topo no modernismo que é a Consagração da Primavera, de Igor Stravisnsky”.

Osvaldo Ferreira considera que não “se verificaram grandes diferenças entre os estudantes portugueses e os dos restantes países. Aliás, nalguns aspectos até demos cartas, o que significa que os professores da Esart estão a fazer um bom trabalho, tal como ficou assinalado com as críticas feitas pelos jornais brasileiros”.

Com sucesso da iniciativa, Osvaldo Ferreira acredita que a participação da Esart vai permitir fazer novas pontes entre o Brasil e Portugal, não só através da participação de alunos, mas também dos professores.

A qualidade dos cursos de música da Esart foi também sublinhada por Osvaldo Ferreira. “Nós estamos a oferecer um produto que é aliciante, pois os alunos sabem que o projecto escola está bem elaborado, que encontram oportunidades únicas de contactarem e viajarem e sobretudo de apreenderem. Estamos a conseguir ser criativos e isso é muito importante. Facto que se verifica não só na música, como noutras áreas. Por isso, a Esart é hoje uma referência a nível nacional”.


Master classe positivo

Augusto Trindade foi um dos docentes que leccionou um master classe no festival, na área do violino. “Tive uma classe de 15 alunos, de várias nacionalidades desde argentinos, paraguaios ou uruguaios. Aquilo que senti foi uma grande vontade da parte deles em singrar na música, apesar de nalguns desses países não existir uma grande tradição naquelas áreas”, refere.

Aquele responsável lembra ainda que os conhecimentos “transmitidos pelos professores que viajaram da Europa lhes vão ser úteis na sua evolução futura”. Augusto Trindade frisa que os alunos portugueses evidenciaram “uma abordagem mais clara do que os sul americanos, pois parecem-me estar mais preparados pedagogicamente”.

 

 

 

ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE CASTELO BRANCO

Novo director toma posse

Carlos Maia, professor coordenador, é novo director da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, substituindo no cargo Ana Maria Vaz, que foi desempenhar as funções de vice-presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Na direcção da Instituição continua também Preto Ribeiro, um docente da escola que com a antiga directora desempenhou as mesmas funções, e que tal como Carlos Maia tomou posse em meados deste mês.

De acordo com Carlos Maia, a escolha do sub-director está relacionada “com as capacidades de trabalho que são reconhecidas a Preto Ribeiro e pelo facto de ter vindo a desempenhar esse cargo nos últimos anos, de forma exemplar”. Os desafios do novo director são claros e passam, na sua maioria, pela resolução do problema das instalações da escola e pela abertura de novas ofertas formativas. “O sucessivo adiamento da construção das novas instalações acaba por interferir na concretização de outros desafios que temos definidos no nosso Plano de Desenvolvimento. A escola diversificou as áreas de formação, leccionando os cursos de enfermagem, análises clínicas e fisioterapia, o que resultou num maior número de alunos”.

Manter a qualidade formativa da escola, é outro dos objectivos do novo director da instituição. Facto que será conseguido “naquilo que depender dos docentes e dos funcionários”. O aparecimento de novos cursos parece estar, por agora em banho maria, pois as instalações não o permitem. “Neste momento temos dois cursos de fisioterapia, dois de análises clínicas e quatro de enfermagem e vamos avançar com as pós-graduações em enfermagem, pelo que as actuais instalações começam a ser exíguas”.

Deste modo, o plano de desenvolvimento da escola, previsto até 2006, vai ter que ser revisto. O director da Escola lembra que para já ainda não existem datas sobre o início das obras, até porque essa é uma matéria que depende do Ministério. “Neste momento estamos todos expectantes quanto à construção das instalações. O que sabemos é que inicialmente a obra foi retirada do Piddac, depois voltou a ser lá colocada, mas sem qualquer verba. Agora, aquilo que sublinhamos é que essas instalações são fundamentais para a escola”.

A funcionar em dois pólos separados, a Escola Superior de Saúde tem já elaborado o seu projecto para a construção de novas instalações no campus politécnico do IPCB, junto à Escola Superior de Tecnologia, e onde também ficará instalada a Escola Superior de Artes Aplicadas. Mas enquanto esse novo espaço não for construído aumentam as limitações daquela que é considerada uma das melhores escolas superiores de saúde do País. No futuro, Carlos Maia considera que vai haver uma selecção natural das melhores escolas, após um período de grande proliferação. “As mais competentes vão ficar, as outras vão extinguir-se, já que o que está a acontecer, em muitos casos, é que os critérios financeiros se sobrepõem aos científico-pedagógicos”. E adianta: “o nosso objectivo passa por manter elevados padrões de qualidade, para que possamos continuar a ser uma escola de referência como somos reconhecidos actualmente”
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Sexualidade em debate

A Escola Superior de Educação de Beja e os alunos dos cursos de Educação de Infância e de Professores do 1º Ciclo daquela instituição, organizaram neste mês de Janeiro o III seminário de Formação Pessoal e Social, o qual teve como tema a “Sexualidade na infância - vamos aprender”, o qual decorreu no Auditório dos Serviços Comuns do Politécnico, no dia 9.

No seminário foram abordados temas como o perfil do formador na sexualidade na infância, a articulação entre família, jardim de infância, escola e comunidade no que diz respeito à abordagem da educação sexual na infância, entre outros. O objectivo final passou por valorizar a Educação Sexual no Jardim de Infância e no 1º Ciclo do Ensino Básico, bem como sensibilizar educadores, professores e encarregados de educação paras a abordagem da sexualidade na infância.

O debate teve uma especial importância, uma vez que é durante os primeiros meses de vida que se estabelecem alguns dos alicerces onde assentará toda a história do indivíduo, do ponto de vista sexual, e da forma como esta se poderá manifestar.

 

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