Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VI    Nº60    Fevereiro 2003

Politécnico

AGRÁRIA DE CASTELO BRANCO

Biológica com curso de especialização

A Escola Superior Agrária de Castelo Branco está integrada num conjunto de identidades que querem avançar com um curso de especialização tecnológica em Agricultura Biológica, sendo que alguns dos módulos daquele curso poderiam funcionar nas instalações da escola albicastrense.

A confirmação é do director da instituição, José Carlos Gonçalves, segundo o qual, “a Beirambiente em conjunto com algumas associações holandesas, italianas e espanholas, e as escolas agrárias de Castelo Branco, Viseu e Beja, está a preparar um curso de especialização tecnológica, de nível IV, pós-secundário, o qual funcionará por módulos”.

O curso será financiado pelo Fundo Social Europeu e pelo Estado Português e carece de aprovação pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior, mas está avançado. “No final de Janeiro reunimos em Beja. Estamos neste momento na fase final de definição do currículo e da forma de funcionamento do curso”.

Na Agrária de Castelo Branco aguarda-se ainda resposta à pretensão dos alunos formados em Engenharia das Ciências Agrárias poderem ser acreditados como formadores em Agricultura Biológica. “Há cerca de um ano que preparámos um dossier, que enviámos ao secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, com a informação do peso que tem a agricultura biológica na formação dos alunos nesta escola”.

Nesse dossier é referido que “além da disciplina de agricultura biológica e de protecção integrada, existe um leque vasto de disciplinas que contribui para a formação dos alunos na área da agricultura não intensiva”. Dada essa especificidade, José Carlos Gonçalves pretende que os formados sejam reconhecidos como formadores. “Os agricultores necessitam de uma melhor formação profissional, dado que há lacunas nessas áreas. Mas estamos em crer que os nossos formados serão reconhecidos”
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ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO

Ruivo eleito director

João Ruivo, professor coordenador no Instituto Politécnico de Castelo Branco, acaba de ser eleito como director da Escola Superior de Gestão do IPCB, situada em Idanha-a-Nova, nas primeiras eleições realizadas na instituição para o efeito. Com aquele acto eleitoral, a escola abandona o regime de instalação e passa para o regime estatutário.

Apesar do momento actual do ensino superior estar rodeado de algumas incertezas, João Ruivo tem objectivos bem definidos para uma escola que, no início deste ano lectivo, preencheu totalmente as vagas de acesso ao ensino superior que tinha disponíveis. “O futuro do ensino superior vai desenvolver-se num cenário de crise e incerteza que aconselham à apresentação de linhas programáticas dominadas pela sensatez e pela razoabilidade. No quadro do Ensino Politécnico, o IPCB tem um peso e uma dimensão relevante, pois é a maior instituição de ensino superior na região, com mais de cinco mil alunos. E dentro do Instituto Politécnico, a Escola Superior de Gestão tem resistido à crise”, começa por explicar João Ruivo.

Doutorado em Teoria e História da Educação/Supervisão e Formação Profissional pela Faculdade de Educação da Universidade de Salamanca, tendo recebido o prémio da melhor tese de doutoramento daquela faculdade, João Ruivo, natural de Castelo Branco, vinha desempenhando o cargo de director da Escola Superior de Gestão nos últimos dois anos, por indicação do presidente do Instituto Politécnico, Valter Lemos. Apesar das dificuldades conseguiu, com a sua equipa, alcançar os objectivos a que se propôs quando tomou posse: criou condições para que a ESGIN deixasse o seu regime de instalação, criou novas formações iniciais, fazendo com que as vagas fossem preenchidas na sua totalidade e publicou o primeiro número da revista científica Gestin.

O facto da Esgin ter preenchido todas as vagas de acesso, tendo neste momento 650 alunos, deve-se, no entender de João Ruivo, à “relação cursos-empregabilidade, à excelente imagem que a escola tem junto dos empregadores e da comunidade e à óptima qualidade dos cursos aqui ministrados”. Posto isto, o director da Escola Superior de Gestão do IPCB pensa que é necessário não só consolidar a formação inicial, mas também partir à procura de novas áreas que continuam a fazer falta no país e na região em que a escola está inserida. “A escola gostaria de desenvolver mais duas áreas em concreto. Uma ligada ao Turismo de Negócios/Gestão de Eventos e outra na área da Gestão do Comércio Electrónico, que no futuro será fundamental, pois cada vez mais as empresas têm duas lojas, a comercial e a virtual”.

No que respeita a cursos de pós-graduação, João Ruivo sublinha que em conjunto com o ISCTE, a “ESGIN está a desenvolver um projecto para a realização de um mestrado que poderá abranger o marketing, recursos humanos ou contabilidade”. Mas as novidades não se ficam por aqui. A reformulação do curso de contabilidade e gestão financeira, uma licenciatura bi-etápica (três anos para o bacharelato e mais dois para o grau de licenciatura), já foi proposta, o que a ser aprovada encurtará para quatro anos a totalidade do curso. Desta forma, fica apenas um ano lectivo para a conclusão da licenciatura e os três anteriores para o bacharelato. Uma alteração elaborada com base nos critérios estabelecidos na Declaração de Bolonha.

Outra das apostas que já está em marcha diz respeito ao projecto que a escola está a desenvolver com a Universidade de Aveiro, e que passa pela realização de um estágio virtual que os alunos do 3º ano do Curso de Contabilidade e Gestão Financeira já iniciaram neste semestre lectivo. Um estágio que vai de encontro às recentes normas impostas pela Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas para a inscrição de novos membros.

A abertura de uma pós-graduação em Gestão de Sistemas de Saúde, em parceria com a Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, é outro objectivo traçado por João Ruivo, que quer tornar a ESGIN ainda mais forte e mais capaz de responder aos desafios do futuro no ensino superior. Além daquele curso, João Ruivo adianta que a abertura de uma pós-graduação para empresários, em colaboração com o Nercab também faz parte do desenvolvimento da escola, entre muitas outras apostas, como a abertura de disciplinas singulares do 1º ano à frequência de alunos do 12º ano, ou dos que não tenham entrado no ensino superior, como um dos meios de divulgação do pulsar do quotidiano da escola
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INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA

Museu muito botânico

O Museu Botânico da Escola Superior Agrária de Beja continua a fazer as delícias daqueles que gostam da mãe natureza. Inaugurado em Outubro, mantém uma exposição permanente denominada discretos tesouros, até ao próximo dia 30 de Abril. A mostra inclui mais de uma centena e meia de objectos naturais, matérias-primas vegetais e objectos manufacturados pelo Homem.

Aquele Museu, único no seu género em Portugal, está vocacionado para a apresentação de exposições temporárias nas áreas da etnobotânica e da botânica económica. No nosso país existem outros museus botânicos como o Museu Botânico da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, que apresenta uma exposição permanente e o Museu Botânico da Faculdade de Ciências de Lisboa, que não se encontra aberto ao público. O programa daquele organismo, prevê, nos próximos dois anos, a organização de duas novas exposições por ano.

O Museu reúne cerca de um milhar e meio de peças; destas, seleccionaram-se cento e sessenta e oito para integrar a exposição temporária Discretos Tesouros. Uma visita à exposição permite descobrir exemplos de gomas e resinas vegetais, especiarias, óleos e gorduras vegetais, plantas psico-activas, plantas medicinais e aromáticas, fibras e corantes vegetais, objectos naturais e objectos manufacturados pelo Homem.

As peças foram recolhidas «in situ» ou obtidas com a colaboração de inúmeras organizações internacionais, públicas e privadas, entre as quais os Royal Botanic Gardens, Kew (Londres), Kuala Lumpur Botanic Gardens (Malásia), Singapore Botanic Gardens, Hong Kong Polytechnic University, Serviços Culturais da Embaixada do Japão, entre muitos outros.

Para além da E.S.A.B. e do Instituto Politécnico de Beja, o Museu conta com o apoio da Aronson Trust Fund (U.S.A.), Câmara Municipal de Beja, Caixa de Crédito Agrícola de Beja, Caixa de Crédito Agrícola de Coruche, Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo e da Associação de Estudantes da E.S.A.B.

A visita aquela exposição pode ser enriquecida com a consulta de um catálogo da autoria de Luís Mendonça Carvalho (E.S.A.B.) e Francisca Fernandes (E.S.E.B.) e editado pelo Instituto Politécnico de Beja. A entrada é livre e o atendimento, ao qual se atribuiu especial atenção, permite a preparação de visitas guiadas, com marcação prévia.

 

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