Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano VI    Nº70    Dezembro 2003

Politécnico

CASTELO BRANCO

O impacto do Politécnico

A criação do Instituto Politécnico de Castelo Branco e a sua inserção nos aglomerados de Castelo Branco e Idanha-a-Nova trouxe inúmeras vantagens, visíveis pelos impactes que causa e pela sua importância enquanto instrumento de planeamento. Esta é uma das principais conclusões a que chegou Cristina Bento, a autora do estudo “O Instituto Politécnico de Castelo Branco e o seu Impacte no Espaço Envolvente – um contributo para o desenvolvimento local e regional”. Um trabalho académico de final de curso efectuado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e que foi divulgado no final de Novembro.

O Politécnico é assim, de acordo com o mesmo estudo, “um gerador de efeitos positivos com capacidade para influenciar os espaços urbanos e a economia do espaço envolvente, sendo valorizado como um investimento desejável ou mesmo indispensável, em particular para os municípios e para a região que o integra”. O que num momento em que as cidades e as regiões competem cada vez mais entre si, traz consigo um conjunto de mais valias de capital importância para as economias locais.

Cristina Bento, actualmente a estagiar no Centro de Estudos de Desenvolvimento Regional do IPCB, baseou o seu trabalho num leque de mais de trezentas entrevistas realizadas à população de Castelo Branco e Idanha-a-Nova, bem como a estudantes da instituição e concluiu, nomeadamente no domínio económico, que a presença do Politécnico se reflectiu sobretudo no aumento dos postos de trabalho, na fixação de quadros superiores, no aumento do investimento, na valorização do sector imobiliário e até no aumento do turismo nesta zona do país. No entanto, as mais valias estendem-se a aspectos como o demográfico, o social, a cultura, as infra-estruturas e a própria geografia.

Apesar de na balança entre o deve e o haver o peso deste impacte ser altamente positivo, o estudo revela também alguns aspectos considerados negativos e, entre eles, ganha relevo o facto de faltarem empregos para fixar os jovens diplomados, de não existir uma maior união entre as escolas e de existir ainda uma pouca cooperação entre a instituição e as empresas, nomeadamente no que diz respeito à escolha dos cursos a ministrar.

PROGNÓSTICO. Valter Lemos considera que este estudo é “um excelente ponto de partida para o aprofundamento da participação de novos parceiros”. Para o presidente do IPCB, esta foi também a ocasião para ressalvar que o estudo foi efectuado de forma independente por Cristina Branco no âmbito da realização de um trabalho académico. “Se fossemos nós a financiá-lo ou a encomendá-lo poderia criar-se aqui alguma suspeição em termos de resultados, pelo que podemos agora retirar daqui algumas conclusões interessantes e aprofundar outras em que a instituição deve melhorar o trabalho que já realiza”, disse.

Também presente nesta apresentação, o vereador Jorge Neves reiterou a ideia de que o IPCB é hoje um parceiro imprescindível para a cidade e a região onde se insere, destacando o facto de o seu crescimento alimentar esperanças fundadas de desenvolvimento e de aumento da qualidade de vida nesta área geográfica. Por parte da Câmara de Castelo Branco, a criação de “massa crítica” na região arrasta um conjunto de diversos factores positivos que na globalidade ajudam a cumprir as metas que a própria edilidade tem definido para esta zona do país. “É no triângulo autarquia-escola-empresas que a indução do desenvolvimento se consegue fazer”, sublinhou o vereador, chamando a atenção para o facto de “termos de apostar decisivamente na formação, na inovação e na inteligência” e também para a necessidade de se apostar na emergente sociedade da informação, “uma área onde a nossa região se pode afirmar de forma rápida e decisiva”.

 

 

 

FEDERAÇÃO ACADÉMICA DE CASTELO BRANCO

Facab arranca de novo

A Federação Académica do Instituto Politécnico de Castelo Branco acaba de dar posse ao seu novo presidente. Sérgio Pereira foi o aluno escolhido pela maioria dos alunos do Instituto Politécnico para assumir, durante um ano, a presidência da direcção provisória. A abertura de um museu académico, o lançamento de um jornal dedicado aos estudantes do Politécnico, a realização de um programa de rádio e a criação de um grupo de teatro são alguns dos objectivos da nova direcção.

Na cerimónia de tomada de posse, Valter Lemos, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, mostrou-se satisfeito com o início de um novo ciclo da Federação Académica. “Este é o primeiro dia de um processo que já tem vários anos. A Facab representa todos os estudantes do Politécnico e a diversidade das escolas deve constituir uma vantagem e não uma adversidade”, disse.

No entender de Valter Lemos, o “relacionamento entre o Instituto Politécnico e os estudantes passará a ser feito pela Facab. O que não significa que todas as outras estruturas associativas deixem de existir”. Por isso, o responsável máximo pelo Instituto Politécnico sublinhou o papel importante que a Federação pode ter, e lembrou os desafios imediatos, que “passam por organizar estatutariamente a Facab”. 

OBJECTIVOS. De acordo com Sérgio Pereira, as “grandes preocupações da Federação passam por criar e potenciar actividades e iniciativas capazes de representar todos os gostos e saberes intrinsecamente relacionados com o Instituto Politécnico”. É dentro desta lógica que a Facab pretende unir todos os estudantes do IPCB. Para breve está agendado um concerto de Natal, onde serão angariados brinquedos para entregar a crianças desfavorecidas da região. Mas os objectivos da Federação são mais vastos. Ao nível cultural Sérgio Pereira e a sua equipa querem dar um novo fôlego à tuna académica do Instituto Politécnico. A tradicional Semana Académica será outro dos momentos altos das actividades.

Ao nível pedagógico, a Federação quer “salvaguardar a situação académica dos alunos que não alcançaram o final de curso nas épocas normais e especiais consagradas”. Ao mesmo tempo vai incentivar a formação extra-curricular em áreas complementares às ministradas. A criação das primeiras jornadas de Divulgação da Experiência no Trabalho com as temáticas que compõem o nome das seis escolas, é outra aposta da Facab, que também quer incentivar a mobilidade de estudantes, através dos programas Sócrates, Erasmus, Leonardo da Vinci e Vasco da Gama.

As apostas da nova direcção passam ainda por fazer a revisão estatutária da Federação e por criar a Comissão de Antigos Alunos do Instituto. Já ao nível desportivo, será promovida a Taça Facab, em basquetebol, futebol e rugby, e um fim de semana de campismo dedicada à prática de actividades radicais.

CARAS. Coube a Ana Lourenço, aluna da Escola Superior Agrária, e até à passada terça-feira presidente da Assembleia Geral da Facab, dar posse aos novos dirigentes associativos. A cerimónia ficou ainda marcada pela entrega simbólica de plantas de medronheiro às entidades e pessoas que têm apoiado a Facab desde a sua existência, como aconteceu com o Ensino Magazine. Depois, tomaram posse, na direcção provisória, os senhores (as) que se seguem: Sérgio Pereira (presidente), Marco Cordeiro (vice-presidente), Alexandra Portas (tesoureira), Andreia Rijo (Secretária), Paulo Ramalho, Nuno Silva e João Adriano (vogais), na qualidade de membros efectivos.

 

 

 

INAUGURAÇÕES

Novos espaços

O Dia do Instituto Politécnico de Portalegre foi assinalado com a inauguração de vários espaços. Em Elvas, abriu-se oficialmente a a residência de estudantes e a cantina. Instalados no antigo Hotel Alentejo, os novos espaços conservam algumas das estruturas originais daquele espaço, como os quartos que se mantiveram amplos com as respectivas instalações sanitárias. No total a residência possui 23 quartos individuais, 16 duplos (13 dos quais com casa de banho) e seis triplos (todos eles com wc). Além dos quartos, o renovado edifício possui uma sala de estudo, cinco copas e duas grandes varandas com vista para o centro histórico da cidade. No rés do chão encontra-se o refeitório. Já na cave estão localizadas a lavandaria, cozinha e as arrumações. Para facilitar a mobilidade entre os vários pisos, a residência está também equipada com um elevador.

Em Portalegre inaugurou-se o novo edifício da Escola Superior de Tecnologia e Gestão. O novo edifício, localiza-se na zona poente da Escola (em frente à sala de CAD-CAM). Naquela infraestrutura existirão três salas/laboratórios de ensino, um auditório para o mesmo efeito, instalações sanitárias e uma zona técnica de apoio. O auditório terá capacidade para 120 pessoas e estará equipado com sistema de som. As salas de aula, que serão divididas por painéis amovíveis insonorizados, podem transformar-se num espaço único, com 90 lugares sentados, que será de extrema utilidade em épocas de exames.

Já nos serviços centrais foi inaugurado o auditório. Um espaço construído com a dedicação de vários funcionários do Instituto, de entre os quais se destacam João Novo, e os jovens pertencentes ao Gabinete Técnico do IPP
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