PORTUCEL E IPCB JUNTOS
Uma questão de imagem

A Portucel Tejo e o Instituto Politécnico de Castelo Branco acabam de assinar um protocolo de cooperação com vista à implementação de um plano de imagem na empresa de Celulose do Tejo. No entender de Valter Lemos, presidente do Politécnico, a realização de protocolos de cooperação já não é nova para o Instituto Politécnico de Castelo Branco, que assim continua a prestar serviços à Região. “As empresas vêm no Politécnico um parceiro credível e competente para desenvolver diferentes trabalhos. Para nós isso é muito bom, pois estamos a falar de empresas muito exigentes”, referiu.
Para aquele responsável o acordo vem “aprofundar os laços já existentes entre as duas instituições, pois já existem outros acordos entre ambos os organismos”. De acordo com o presidente do Politécnico, em traços gerais o acordo visa a realização de um plano de comunicação e imagem para a Portucel, bem como a realização de diversas actividades por equipas do Instituto e da Empresa.
Já Fernando Jorge Peixoto, administrador da Portucel Tejo, considera que há duas razões fundamentais em que a Portucel se baseou para avançar para a assinatura do protocolo. “A primeira diz respeito à vocação regional da empresa. O grupo Portucel tem uma dimensão nacional e internacional tendo sofrido um processo de reestruturação o que levou à sua divisão em diferentes áreas de negócios e a Portucel Tejo, apesar de ser uma empresa cujo principal mercado é o internacional, tem a maior parte dos seus quadros em Vila Velha de Ródão”. Por isso, diz Fernando Jorge Peixoto, “tem uma grande responsabilidade regional. Além disso, e fruto da reestruturação que o grupo sofreu, a Portucel Tejo será cada vez mais independente, com uma estratégia própria, o que lhe permitirá assumir a vertente regional dos seus recursos”.A segunda razão está mais ligada à lógica empresarial integrada da empresa. “O plano de imagem e comunicação deve estar muito em sintonia com a estratégia de desenvolvimento da empresa”.

JOÃO RUIVO TOMA POSSE
Nova vida na Gestão
João Ruivo já tomou posse no cargo de director da Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco, tornando-se o primeiro director eleito para aquele cargo na instituição. Como referiu Valter Lemos, presidente do Politécnico, “com a tomada de posse do novo director, a ESG entra numa nova vida, já que abandona o regime de instalação e entra no regime definitivo”. Valter Lemos sublinhou ainda as características únicas daquele estabelecimento de ensino, localizado em Idanha-a-Nova, frisando a importância que a autarquia lhe tem dado. E se dúvidas houvesse quanto à sua continuidade, o presidente do IPCB recordou o facto de para o presente ano lectivo se terem preenchido todas as vagas de candidatura.
O próprio presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Álvaro Rocha, fez questão de frisar que “o dever da autarquia passa por apoiar as instituições de ensino”, adiantando, que “em perspectiva está já a recuperação de dois espaços na vila que possam vir a ser utilizados pelos estudantes da instituição”.
Na cerimónia, João Ruivo elogiou o trabalho e a aposta que o Instituto tem feito na Escola e recordou também Domingos Rijo, o primeiro director daquele estabelecimento, e Filipe Pires, que nos últimos dois anos foi seu sub-director. Apesar do momento actual do ensino superior estar rodeado de algumas incertezas, João Ruivo tem objectivos bem definidos. “O futuro do ensino superior vai desenvolver-se num cenário de crise e incerteza que aconselham à apresentação de linhas programáticas dominadas pela sensatez e pela razoabilidade. No quadro do Ensino Politécnico, o IPCB tem um peso e uma dimensão relevante, pois é a maior instituição de ensino superior na região, com mais de cinco mil alunos. E dentro do Instituto Politécnico, a Escola Superior de Gestão tem resistido à crise”, disse ao Ensino Magazine.
O sucesso da ESG deve-se, no entender de João Ruivo, à “relação cursos-empregabilidade, à excelente imagem que a escola tem junto dos empregadores e da comunidade e à óptima qualidade dos cursos aqui ministrados”. Posto isto, o director da Escola Superior de Gestão do IPCB pensa que é necessário não só consolidar a formação inicial, mas também partir à procura de novas áreas que continuam a fazer falta no país e na região em que a escola está inserida. “A escola gostaria de desenvolver mais duas áreas em concreto. Uma ligada ao Turismo de Negócios/Gestão de Eventos e outra na área da Gestão do Comércio Electrónico, que no futuro será fundamental, pois cada vez mais as empresas têm duas lojas, a comercial e a virtual”.
PÓS-GRADUAÇÕES. No que respeita a cursos de pós-graduação, João Ruivo sublinha que em conjunto com o ISCTE, a “ESGIN está a desenvolver um projecto para a realização de um mestrado que poderá abranger o marketing, recursos humanos ou contabilidade”. Mas as novidades não se ficam por aqui. A reformulação do curso de Contabilidade e Gestão Financeira, uma licenciatura bi-etápica (três anos para o bacharelato e mais dois para o grau de licenciatura), já foi proposta, o que a ser aprovada encurtará para quatro anos a totalidade do curso. Desta forma, fica apenas um ano lectivo para a conclusão da licenciatura e os três anteriores para o bacharelato. Uma alteração elaborada com base nos critérios estabelecidos na Declaração de Bolonha.
Outra das apostas que já está em marcha diz respeito ao projecto que a escola está a desenvolver com a Universidade de Aveiro, e que passa pela realização de um estágio virtual que os alunos do 3º ano do Curso de Contabilidade e Gestão Financeira já estão a desenvolver e que está de acordo com as normas da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas.
A abertura de uma pós-graduação em Gestão de Sistemas de Saúde, em parceria com a Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, é outro objectivo traçado por João Ruivo, que quer tornar a ESG ainda mais forte e mais capaz de responder aos desafios do futuro no ensino superior. Além daquele curso, João Ruivo adianta que a abertura de uma pós-graduação para empresários, em colaboração com o Nercab também faz parte do desenvolvimento da escola, entre muitas outras apostas, como a abertura de disciplinas singulares do 1º ano à frequência de alunos do 12º ano, ou dos que não tenham entrado no ensino superior, como um dos meios de divulgação do pulsar do quotidiano da escola.

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