IPP APRESENTA NOVAS
TECNOLOGIAS
Jorge Sampaio visita
Portalegre

O presidente da República, Jorge Sampaio, desloca-se, no próximo dia 23, ao Instituto Politécnico de Portalegre para se inteirar das actividades de inovação tecnológica que aquele organismo tem vindo a desenvolver.
A visita de Jorge Sampaio a Portalegre resulta do interesse manifestado pelo Chefe de Estado em conhecer por dentro os programas que o Instituto Politécnico de Portalegre tem vindo a desenvolver nos domínios da inovação tecnológica.
Segundo o programa, a visita inicia-se às 15 horas, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, onde decorrerá uma sessão demonstrativa, na qual serão abordados os projectos “Campus Virtuais” e “Portalegre Distrito Digital”.
Nesta matéria, recorde-se que o Instituto Politécnico de Portalegre é uma das oito instituições nacionais de ensino superior (sendo o único Politécnico) a desenvolver o programa piloto Campus Virtuais. Um projecto da responsabilidade da Unidade de Missão para a Inovação e Conhecimento, que visa alargar o acesso à Internet nas escolas, a partir de qualquer local, devido à instalação de redes de banda larga sem fios.
Como referiu Graça Mocinha, ao nosso jornal (na edição de Fevereiro), o programa a que o Politécnico aderiu baseia-se em três vectores. O primeiro passa por implementar uma rede informática sem fios. O segundo envolve a possibilidade de estudantes e docentes adquirirem computadores portáteis através de um crédito, que não ultrapassará uma mensalidade de 50 Euros. “Neste caso concreto, há a hipótese de escolha entre um computador topo de gama, ou um de gama mais baixa”, adiantou aquela técnica responsável no Instituto de
Portalegre.
O terceiro vector do programa passa por colocar os conteúdos educativos on-line, desde formulários para as matrículas, notas dos testes ou informação relacionada com as aulas. “Neste momento o Politécnico já entregou os formulários necessários à Fundação para a Computação Científica Nacional, pelo que aguardamos a entrega dos acess-point, que nos permitirão ligar os postos de trabalho entre si, sem recorrer à tradicional utilização de fios”, explica Graça Mocinha.
No entender daquela responsável, com a vinda dos acess-point e com a implementação de uma rede informática sem fios, “terminam alguns dos problemas resultantes da instalação de postos de trabalho, pois os espaços físicos deixam de ser obstáculos, já que não existem fios”.
No que respeita à aquisição dos computadores, Graça Mocinha lembra que “qualquer estudante ou docente do Politécnico pode aderir. O mesmo sucederá com outros politécnicos, que no entanto terão que fazer a sua candidatura”.
DIGITAL. Jorge Sampaio terá ainda oportunidade de conhecer o projecto «Portalegre Distrito Digital», no qual o IPP tem sido a principal entidade dinamizadora. Um projecto que tem como missão colocar as tecnologias de informação e comunicação ao serviço das pessoas e da sua qualidade de vida, tal como os «campus virtuais».
Como o próprio presidente do Politécnico de Portalegre referiu ao nosso jornal, aquando da comemoração de mais um aniversário, a formação à distância poderá também estar envolvida no Portalegre Distrito Digital. “O Instituto tem tido um papel decisivo no desenvolvimento da Região e esse aspecto não foge à regra, arrastando para esse desenvolvimento outras associações e instituições. Por isso, e como somos parceiros da associação Portalegre Distrito Digital vamos apresentar uma candidatura para o desenvolvimento de projectos nessa área”.
POLITÉCNICO. Durante a visita, Jorge Sampaio ficará também a conhecer a importância que o IPP tem tido no desenvolvimento daquela região alentejana. Se o plano de desenvolvimento se cumprir, em 2006 o Politécnico de Portalegre terá cerca de cinco mil alunos. As palavras são de Nuno Oliveira e espelham bem o desenvolvimento que os responsáveis da instituição querem dar ao Politécnico. “Cinco mil alunos é o número aceitável e para lá do qual nós não poderemos ter ambições”. Uma meta que está também aliada às novas infraestruturas do Instituto, casos da Residência e Escola em Elvas, a cantina central nos serviços centrais e a extensão da Superior de Tecnologia, para o qual já existe projecto, e à criação da Escola Superior de Saúde. “Com esta reformulação que estamos a fazer até 2006, haverá depois tempo para se pensarem noutros projectos para o Politécnico, como a concretização da Residência Académica, para a qual já existe uma verba simbólica em Piddac e que estou a procurar articular com a Câmara de Portalegre para o projecto conjunto da Fundação Robinson”.
SUPERIOR DE SAÚDE MARCA
PONTOS
Rastreio à maneira

Professores e alunos da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, do Politécnico de Castelo Branco, decidiram assinalar o Dia Mundial da Saúde da melhor maneira, com a organização de um rastreio de hipertensão e diabetes, o qual decorreu na passada segunda-feira à porta de uma supermercado localizado no centro da cidade.
A actividade começou cerca das 9 da manhã e prolongou-se até às 20, tendo por ali passado centenas de pessoas. A actividade envolveu vários professores e cerca de 40 alunos do 2º Ano do Curso de Licenciatura em Enfermagem. Duas dessas alunas, Catarina Roque e Lídia Antunes, referiram ao Ensino Magazine que este tipo de actividade já decorreu no ano passado, então no Passeio Verde.
“A Escola avança com este tipo de iniciativa porque esta são algumas das patologias mais frequentes, especialmente nas pessoas mais idosas. Por isso estão aqui muitas pessoas, à semelhança do que já sucedeu no ano passado. Alguns sofrem da doença e vêm apenas fazer uma verificação, enquanto outras o fazem por descargo de consciência”.
Seja como for, a todas as pessoas que aceitaram fazer os exames rápidos e gratuitos foram distribuídos panfletos com conselhos como o que alerta para a necessidade de praticar exercício físico, bem como para uma alimentação correcta. Os panfletos alusivos à diabetes explicam o que é a doença, como se manifesta, como se diagnostica e como se processa o tratamento com insulina.
Já o relativo à hipertensão apresentava planos alimentares de mil e 500 Kilocalorias diárias, enquanto alerta para vigiar a tensão, não fumar, manter o peso ideal para a altura, moderar a ingestão de álcool e de sal e para cumprir com rigor as instruções do médico. Mais actual será o conselho: “Reformule a sua vida, evitando situações de tensão exageradas, gozando plenamente a sua existência”. Nada mais actual numa sociedade
stressante como a actual. 
POLITÉCNICA -
ASSOCIAÇÃO DOS POLITÉCNICOS DO CENTRO
Institutos exigem
igualdade
A Politécnica – Associação dos Institutos Politécnicos do Centro, que engloba os institutos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Portalegre, Viseu e Tomar, considera que os cortes de vagas anunciados pelo Governo devem obedecer ao mesmo critério em todas as instituições. De caminho, aquele organismo anuncia a criação de Bolsas de Investigação. No comunicado enviado à Imprensa, aquele organismo sublinha que “será completamente injustificável que os cortes no Politécnico possam ser superiores aos do universitário, sendo que este detém uma maior parte dos estudantes e das vagas e sendo que as áreas consideradas prioritárias pelo Ministério (Artes e Saúde) têm maior expressão no ensino politécnico”.
Segundo aquela associação, “qualquer diferenciação de tratamento significaria uma falta de compromisso a que se obrigou o Ministro da Ciência e do Ensino Superior, que assegurou às instituições que os cortes
incidiriam rigorosamente nas mesmas percentagens, em cada politécnico e universidade públicos”. Outra nota importante a reter do comunicado, diz respeito à retracção que os cortes anunciados vão provocar no ensino superior público. “Facto que permite levantar a suspeita sobre uma encapotada privatização do ensino superior, através da progressiva asfixia das instituições públicas, sob uma alegada atitude de racionalização”.
Os receios da Politécnica são justificados com um exemplo. “Os politécnicos públicos, através das suas Escolas Superiores de Educação, têm somente 14,5 por cento dos diplomados do ensino superior português em cursos de formação de professores, pertencendo os restantes 85,5 por cento às universidades públicas e ao sector privado. Apesar disso, o discurso oficial criou a ideia que a crise de excesso de professores se deve aos politécnicos”. O comunicado adianta: “A acusação além de injusta é falsa e, na prática, invalida uma actuação correcta no sentido da regulação da oferta, que obviamente tem que ser geral, de nada servindo ao país, as alterações feitas somente ao nível das escolas superiores de educação”.
BOLSAS. O conjunto daqueles sete Politécnicos considera que o ensino superior “necessita de estudos rigorosos que sustentem as modificações a introduzir, pois as mesmas podem provocar graves danos ao desenvolvimento do país em geral e das pessoas em particular”. Assim, diz o comunicado, “a Politécnica para além de declarar o seu apoio a uma avaliação externa internacional pela OCDE, do ensino superior politécnico português, decidiu promover a realização de estudos científicos sobre o ensino superior, através da criação de bolsas de investigação”.
De acordo com a Politécnica, o concurso público deverá decorrer nos meses de Abril e Maio, e os temas sobre os quais deverão incidir os projectos serão a Transição entre o Ensino Secundário e o Ensino Superior; a Relação entre o Aproveitamento no Ensino Secundário e no Ensino Superior; e Modelos de Gestão nas Instituições de Ensino Superior. 
seguinte >>>
|