Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº56    Outubro 2002

Dossier

ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO

Novas apostas já para o ano

A Escola Superior de Gestão vai apresentar, já em Janeiro, no Ministério da Ciência e do Ensino Superior, uma proposta para a abertura de um novo curso relacionado com a área da gestão. Isso mesmo foi garantido ao nosso jornal pelo director daquele estabelecimento de ensino, João Ruivo. Apesar de não querer abrir muito o véu sobre esse novo curso, aquele responsável refere que será uma formação inovadora que “vai corresponder às exigências do mercado”.

Mas aquele é apenas um dos desafios que João Ruivo está empenhado em concretizar, depois deste ano ter conseguido a abertura dos cursos de Marketing e de Recursos Humanos, já a funcionar. “Vamos proceder à reestruturação do curso de Contabilidade e Gestão Financeira, tendo por base a Declaração de Bolonha. Quando essas alterações forem aprovadas haverá um regime transitório para os alunos que já frequentam essa formação”, explica o director da Superior de Gestão. Aquelas propostas vão ser enviadas em Janeiro ao ministro Pedro Lynce, para que possam ser analisadas e aprovadas.

Ao nível dos curso de Contabilidade e Gestão Financeira, João Ruivo anunciou ainda a realização de uma seminário sobre Ética, até ao final do ano civil. Já o Gabinete de Estágios Virtual, vai avançar no segundo semestre do presente ano lectivo, para os alunos do terceiro ano do Curso de Contabilidade e Gestão Financeira. “Esse gabinete fará parte da disciplina de Informática de Gestão e permitirá aos alunos desenvolverem actividades como se estivessem a trabalhar num gabinete de contabilidade exterior. Nesse sentido vamos assinar, no próximo mês, um protocolo de cooperação com a Universidade de Aveiro. Deste modo, os alunos daquele curso ficam em condições de se inscrever na Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, após a conclusão dos seus estudos”.

MESTRADO. A criação de um curso de mestrado, em colaboração com o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (Iscte) é outro objectivo em que João Ruivo e a sua equipa se encontram a trabalhar. “A ideia passa por colocar em prática, no ano 2004, o protocolo que assinámos com aquele Instituto”, diz. O director da Superior de Gestão fala também na realização de um curso de pós-gradução, em colaboração com a Escola Superior de Saúde DR. Lopes Dias do IPCB, que abrangerá formação na área das técnicas de gestão para a saúde.

E enquanto a aposta em novas formações não pára, a Escola Superior de Gestão, que há dois anos lançou o Iº Congresso Transfronteiriço de Escolas Superiores de Gestão, está também a preparar, em colaboração com a Universidade da Extremadura (Espanha), a segunda edição do ciclo de conferências. “Neste momento estão a ser dados os primeiros passos, mas desejamos que o Congresso tenha lugar em Idanha-a-Nova, em 2003”.

 

 

 

Ensino dá Diploma

Como havia anunciado durante as comemorações do seu IV aniversário, o nosso jornal vai atribuir um diploma de mérito aos alunos de mérito do Instituto Politécnico de Castelo Branco. A entrega da distinção, uma aguarela personalizada, pintada pelo cartoonista do Ensino Magazine, Bruno Janeca, será entregue durante a atribuição das bolsas de mérito. Aos vencedores os nossos parabéns!

 

 

 

EST ACAUTELA O FUTURO

Há falta de formados

A áreas das engenharias é aquela que mais procura tem em termos de mercado de trabalho, pelo que os alunos formados pelas diferentes escolas não chegam para as encomendas. A prova é que, só este mês, a EST de Castelo Branco recebeu 12 solicitações de engenheiros para estágios com boas possibilidades de emprego futuro, mas teve de recusar a oferta, dado que não há formados para esses lugares.

Curiosamente, esta situação ocorre numa altura em que os cursos de engenharia vão tendo menos candidatos. “Na primeira fase de colocações vivemos uma situação menos boa, a qual, no entanto, já prevíamos tendo em conta o panorama global que se vive na região ao nível dos cursos tecnológicos. Estamos por isso a trabalhar em políticas a desenvolver para inflectir essa tendência”, garante o director da escola, Armando Ramalho.

Uma das políticas a desenvolver passa por “fazer notar aos potenciais candidatos as mais valias dum curso tecnológico, nomeadamente as perspectivas claras de emprego. Algo que tem de ser feito com um marketing selectivo e não massivo”. Esta tarefa deverá ser desenvolvida desde já junto de escolas secundárias, numa lógica de cooperação que a escola está a definir e a qual pretende mostrar o que se faz e o que se fez, com sucesso, na EST, além de se irem dando a conhecer cursos de especialização tecnológica.

A par desta lógica de marketing, Armando Ramalho refere que “quando se avançou com a nota mínima não se acautelaram alguns mecanismos que permitissem superar as dificuldades daí resultantes”. Neste caso inclui o facto das provas específicas admitidas para a EST serem apenas as de Matemática e Física. “O número de candidatos que as realizam são muito poucos, o que limita a escola. Ora, é possível ir buscar outras provas específicas sem desvirtuar aquilo que deve ser uma escola de engenharia.

O director da EST considera ainda que a escola tem um papel a desempenhar junto das empresas da região, nas quais existem quadros e operários que estão interessados em receberem formação, seja ela específica, numa lógica de evolução ou por necessidade de formação ao longo da vida. “É preciso captar essas pessoas, pelo que este ano até estabelecemos horários mais flexíveis, mais acessíveis aos trabalhadores-estudantes”.

Em preparação estão ainda novas áreas de formação, as quais ainda não revela para já. “A ideia passa por diminuir o número de vagas nos cursos com menos procura e criar outros cursos mais apetecíveis para os nosso potenciais candidatos. Para já estamos a trabalhar em duas áreas que serão muito atractivas”. Até lá, vem aí a segunda fase, na qual Armando Ramalho espera “complementar satisfatoriamente os resultados da primeira, de modo a atingir os objectivos”, os quais passam por chegar este ano a cerca de 1270 alunos.

E enquanto não chegam os novos cursos, vão surgindo algumas reformulações, como foi o caso de Engenharia Industrial que, além do estágio do terceiro ano, passou agora a ter um outro, com a duração dum semestre, no quinto ano, estágio este a facultar pela escola, a realizar em empresas, colocando assim o formado mais próximo do mercado de trabalho. Outra novidade passa pela promoção do sucesso escolar, pelo que, em alguns casos, há cadeiras que vão avançar apenas em Novembro, para que os alunos da segunda fase acompanhem desde início. Algo que obrigará a um horário acrescido.

 

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