Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº57    Novembro 2002

Politécnico

AGRÁRIA EM MANIFESTAÇÃO

Nova escola previsa-se

Os estudantes da Escola Superior Agrária de Viseu manifestaram-se no passado dia 30 de Outubro contra a ausência no PIDDAC da verba de 100 mil euros (20 mil contos) que permitiria iniciar o processo para a construção de instalações pedagógicas próprias.

Representantes dos estudantes entregaram ao governador civil, Azevedo Maia, um panfleto em que referiam que, desde a criação da escola, há oito anos, têm sido “alvo de promessas que nunca foram cumpridas”. Nas faixas negras que ostentavam, os alunos da Agrária lamentavam ser “Os sem abrigo do ensino”.

As seis centenas de alunos são obrigadas a dividir-se diariamente entre o edifício da Escola Superior de Tecnologia, onde são ministradas as aulas teóricas, e a Quinta da Alagoa, onde têm aulas práticas.

Pedro Cerdeira, presidente da Associação de Estudantes da Agrária, contou aos jornalistas que o seu dia-a-dia e dos colegas “é cheio de fitness”, percorrendo a pé, várias vezes por dia, o quilómetro e meio que separa a Escola Superior de Tecnologia e a Quinta da Alagoa.

“Tem de haver um grande exercício na elaboração dos horários”, frisou, acrescentando que não existem autocarros que façam a ligação entre as duas instalações e “o que vale muitas vezes é a solidariedade dos colegas que têm carro”.

No Orçamento de Estado para 2002, elaborado pelo Governo socialista, estava inscrita no Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) uma verba de 100 mil euros que, segundo Pedro Cerdeira, “permitiria que o Tribunal de Contas desse andamento ao processo”.

No entanto, com o Orçamento Rectificativo, os 100 mil euros para a construção do edifício pedagógico foram retirados e não voltaram a ser incluídos na proposta de Orçamento de Estado para 2003.

Por isso, os estudantes fizeram mais uma longa caminhada, mas para o centro da cidade, onde estavam à sua espera o presidente do Instituto Politécnico de Viseu, João Pedro Barros, um responsável do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), Francisco Almeida, e Miguel Ginestal, em representação dos deputados socialistas.

João Pedro Barros, que se reuniu com os representantes dos estudantes e o governador civil, disse estar solidário com a luta, uma vez que o Instituto Politécnico de Viseu já gastou cerca de 300 mil contos (1,5 milhões de euros) no projecto do novo edifício a construir na Quinta da Alagoa, na compra do terreno e em outros investimentos já feitos no local.

Anunciou que já pediu autorização ao Governo que o deixe avançar com o projecto, utilizando receitas próprias, que irá “desencantar em algum lado”.

“Tenho 300 mil contos resultantes da reposição que o Governo tem de fazer daquilo que adiantei para a residência. Esse dinheiro dará para lançar a obra e construir durante dois anos. Depois logo se verá”, frisou.

 

 

 

A 27 DE NOVEMBRO

Dia do Politécnico

O Instituto Politécnico de Viseu assinala o dia do Politécnico no dia 27 de Novembro, uma cerimónia que decorre a partir das 15 horas, na Aula Magna da Presidência e na qual serão entregues medalhas de ouro da instituição a várias personalidades da vida portuguesa. Entre os galardoados encontram-se os nomes de Paulo Sousa, Carlos Lopes, Belmiro de Azevedo, Ludgero Marques, Fernando Nunes (Visabeira) e Coelho de Araújo, este último homenageado a título póstumo pela sua contribuição no mundo empresarial e na instalação do Instituto Politécnico de Viseu.

No mesmo dia em que o Politécnico celebra o seu dia, será ainda oficialmente inaugurado o edifício dos Serviços Centrais e da Presidência do Instituto, situado junto à Escola Superior de Tecnologia. O edifício custou cerca de um milhão de contos e a sua construção permitiu libertar um espaço considerável na actual Escola Superior de Educação.

É aliás nesta edifício que decorre toda a cerimónia, a qual será aberta pelo presidente do Politécnico, João Pedro de Barros, seguindo-se uma intervenção do presidente da Associação Académica, Bruno Sequeira. A oração de sapiência estará a cargo de Adriano Moreira, a qual antecede uma homenagem aos vice-presidentes aposentados do Politécnico. O encerramento estará a cargo do ministro da Ciência e do Ensino Superior, Pedro Lynce.

 

 

 

CARLOS MARTINS

Novo vice-presidente

O presidente do Politécnico de Viseu, João Pedro de Barros, acaba de nomear para vice-presidente do Instituto o professor Carlos Jorge Videira Martins, até agora professor-adjunto do quadro de nomeação definitiva da Escola Superior de Tecnologia.

O novo vice presidente é licenciado em Economia, mestre em Finanças e doutorando em Engenharia e Gestão Industrial. Foi professor do Ensino Secundário, técnico superior do Iapmei e primeiro presidente da Associação para o Desenvolvimento e Investigação de Viseu, criada no âmbito do IPV, em 1996.

A nomeação agora ocorrida deverá ser seguida de uma outra, dado que os dois vice-presidentes do Politécnico que se encontravam em exercício, António Soares de Sousa e Vasco Soares de Oliveira e Cunha, passaram recentemente à aposentação.

 

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