SERVIÇOS CENTRAIS
Auditoria positiva

O relatório da auditoria realizada aos serviços centrais do Instituto Politécnico de Portalegre pela Inspecção Geral de Educação teve conclusões bastante positivas para o Instituto. Dos pontos mais relevantes destaca-se o facto do Politécnico “cumprir o quadro legal, quer na constituição, quer no funcionamento dos órgãos; de se encontrar no grupo dos institutos cujo peso do pessoal na carreira docente, relativamente ao total de pessoal docente em exercício, é mais elevado; e de pertencer ao grupo da minoria em que a participação feminina no corpo docente é superior a 40 por cento”.
As conclusões da Inspecção Geral de Educação revelam ainda que o Politécnico cumpre “os requisitos inseridos nos vários campos de acção preconizados pela modernização administrativa”. Um aspecto onde apenas existem dois institutos que superam o IPP. Outro dado importante diz respeito ao facto do Politécnico “ser um dos três institutos que têm boa organização e funcionamento do economato, e de fazer parte dos 50 por cento dos institutos que promovem formação interna para o seu pessoal não docente”.
COOPERAÇÃO. O Instituto Politécnico de Portalegre, no âmbito da Cooperação Transfronteririça que une as instituições de ensino superior do Alentejo, Algarve, Andaluzia Ocidental e Extremadura, acaba de assinar um protocolo de cooperação com os restantes dez parceiros. O objectivo passa por desenvolver um projecto comum em matéria de investigação científica e de desenvolvimento e inovação tecnológica.
Como apurámos, o projecto será desenvolvido nos próximos dois anos e o seu orçamento global ronda os 2,5 milhões de Euros, pelo que se aguarda a sua aprovação e financiamento no âmbito do Programa comunitário Interreg III. De referir que aquela rede de cooperação integra, além do Instituto, a Universidad de Cádiz, os Politécnicos de Beja e Setúbal, e as universidades de Évora, Algarve, Extremadura, Huelva, Códoba, Sevilla e Pablo de Olavide, de
Sevilla.
PROTOCOLO. Ainda no âmbito da cooperação, o IPP acaba de assinar um protocolo de colaboração com o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. O acordo prevê o desenvolvimento de parcerias em áreas da ciência, como “actividades de ensino, projectos de investigação, estágios científicos e técnicos, serviços prestados à comunidade e acesso às bibliotecas das duas instituições”.

SUPERIOR AGRÁRIA DE
ELVAS
Novas formações à
vista

A dois passos de Espanha, a Escola Superior Agrária de Elvas tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento daquela região alentejana, apostando numa formação de qualidade e numa forte ligação com a comunidade agrícola local. Com 151 alunos, a instituição procura agora novos espaços de crescimento, a que estão aliadas a oferta de novas formações e a construção da nova escola. Isso mesmo explica ao Ensino Magazine, Gonçalo Barradas, presidente do Conselho Directivo da Escola.
Dos dois cursos que a Escola ministra apenas um conseguiu uma boa performance ao nível das entradas de novos alunos. “No caso da Produção e Utilização de Cavalos, preenchemos a totalidade das vagas que tínhamos disponíveis. Da nossa parte houve um esforço muito grande para que isso sucedesse, promovendo essa oferta formativa de forma eficaz”, começa por referir Gonçalo Barradas. Já o curso de Engenharia Agrária não teve uma grande aceitação por parte dos candidatos. “Já existia, da nossa parte, algum receio que isso acontecesse, pois trata-se de um curso que, a nível nacional, começa a estar desgastado”.
Perante este cenário, o presidente da ESAE considera importante a apresentação de novas ofertas formativas. “Em Janeiro iremos apresentar ao Ministério do Ensino Superior novas propostas. A Escola está a trabalhar nesse sentido e os novos cursos podem passar pela Gestão de Espaços Verdes, Enfermaria Veterinária e Informática Aplicada à Gestão Agrícola”. Cursos que Gonçalo Barradas acredita que poderão trazer muitos mais alunos à Escola que dirige, que a médio prazo poderá atingir os 500.
Mas os desafios da Superior Agrária de Elvas são mais vastos. “A nova residência de estudantes e a cantina, que resultaram da recuperação do antigo Hotel de Elvas, situado mesmo no centro da cidade, estão praticamente concluídas. Esperamos que no início de 2003 elas possam entrar em funcionamento”, refere Gonçalo Barradas, para quem o investimento, superior a 300 mil contos, vai permitir dar melhores condições aos alunos da escola.
A grande dor de cabeça do presidente da ESAE passa pela construção das novas instalações da escola. “Caso a autorização da sua construção, que passa pela reconversão do antigo Quartel do Trem numa escola moderna, não seja dada a Superior Agrária fica numa situação complicada”. As dimensões das actuais instalações da ESAE têm impedido o seu crescimento, mas Gonçalo Barradas está esperançado que a luz verde seja dada. Caso isso não suceda, outras medidas terão que ser tomadas. “Se isso não for feito teremos que optar por outras soluções, já que as actuais instalações começam a ser insuficientes. Uma dessas soluções poderá passar por recuperar, através de dinheiro que temos em nosso poder, resultante de Piddac’s anteriores. Uma recuperação mais superficial que nos permita utilizar esse espaço”.
Ao nível das pós graduações, Gonçalo Barradas garante que a ESAE está empenhada em desenvolver um curso de mestrado na área da Agricultura Sustentável. “Trata-se de uma pós graduação que será ministrada em conjunto com a Universidade da Extremadura, de Espanha, e que deverá abrir no ano 2004. Num outro patamar, estamos à espera da luz verde do Ministério da Educação para que possamos abrir um curso de especialização tecnológica, o que poderá acontecer já em 2003”.

SUPERIOR DE ENFERMAGEM
Escola de Saúde em
marcha

A transformação da Escola Superior de Enfermagem em Escola Superior de Saúde e a criação de uma extensão em Elvas são dois dos objectivos que o Conselho Directivo da ESEP tem em mãos. De acordo com a sua presidente, Graça Carvalho esse é um dos desafios do futuro. “O que está pensado é transformar a escola em Superior de Saúde, o que permitirá aumentar a oferta formativa, abrindo cursos ligados às tecnologias da saúde, casos de fisioterapia, higiene e nutrição, e saúde ambiental, entre outros”, explica.
A comemorar 30 anos, a Superior de Enfermagem olha o futuro com ambição e além da sua transformação em Superior de Saúde, Graça Carvalho fala também na ampliação das actuais instalações. “Para que essas novas formações sejam feitas aqui, é necessário ampliarmos a escola na sua área envolvente. Além disso, queremos abrir um pólo em Elvas, onde a prioridade seria ministrar cursos nas tecnologias da saúde e, mais tarde, de enfermagem ou de complementos de enfermagem”.
No que respeita à ampliação das actuais instalações da ESEP, a presidente do Conselho Directivo dá como prioridade a “construção de mais salas de aulas, um laboratório de práticas, um anfiteatro e uma nova zona de convívio para alunos”. Com 250 alunos, dos quais 210 de formação inicial, e os restantes em complementos de formação, a Escola poderá ver aumentado esse número para 350 em Portalegre com as novas estruturas. “No futuro poderemos ser uma escola de dimensão média”, diz.
Como sucedeu um pouco por todo o País, também em Portalegre a Escola Superior de Enfermagem foi integrada no Instituto Politécnico. Para já, no entender de Graça Carvalho, o “entendimento tem sido excelente. Quer a escola, quer os serviços centrais do Instituto estão todos empenhados em que tudo corra bem”. Com as saídas profissionais garantidas, muitos dos jovens diplomados pela escola acabam por permanecer na Região. “Cerca de 80 por cento dos profissionais desta área no Hospital de Portalegre foram formados na escola”.
As comemorações dos 30 anos têm permitido aumentar a ligação entre a escola e a comunidade. “Essa tem sido uma das nossas preocupações. Este ano, desde Janeiro, que temos desenvolvido actividades nesse sentido, como o encontro de antigos alunos da escola, o projecto raiz, que apoia crianças carenciadas, o peditório para as crianças necessitadas de Angola e sessões de esclarecimento”, adianta. Àquelas actividades acrescentam-se ainda as sessões de esclarecimento junto dos estudantes do Instituto Politécnico. Deste modo, “temos construído uma escola que concilia a formação humana, científica, pedagógica e técnica, promovendo uma grande interligação com a comunidade”.

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