Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº57    Novembro 2002

Dossier

ESE DE PORTALEGRE

Os caminhos da Educação

Numa altura em que algumas áreas de formação registam quebras na procura, por parte dos candidatos ao ensino superior, e quando as vagas são mais que os candidatos disponíveis, o futuro da Escola Superior de Educação passa por repensar algumas áreas formativas. Isso mesmo afirmou ao Ensino Magazine, Albano Silva o novo presidente do Conselho Directivo da Superior de Educação de Portalegre, após a sua tomada de posse. “As nossas prioridades vão no sentido de reinventar a escola na sua linha de formação. Um trabalho que será desenvolvido dentro dos organismos apropriados, como o Conselho Científico e Pedagógico, e para o qual nos iremos empenhar”.

Como referiu à nossa última edição, “neste momento já se está a trabalhar para definir novas prioridades formativas. Os momentos de crise nas instituições são, por norma, bons momentos de reflexão e criatividade, pelo que vamos procurar encontrar novas soluções. Temos que pensar não só na formação inicial, mas também na pós-graduada e na técnico-profissional, entre outras”. 

Com cerca de 1000 alunos, a ESE de Portalegre tem sido uma referência na Região onde está implantada e tem desenvolvido projectos junto da comunidade, sobretudo junto das escolas de 1º ciclo. Nessa perspectiva, Albano Silva salienta o facto “das escolas do Interior do País terem a vantagem de estar mais perto das do ensino básico, podendo desenvolver um trabalho muito positivo e inovador”. É com base nestes argumentos que o novo presidente da ESE defendeu a criação de “outras formas de financiamento que não incidam apenas sobre o número de alunos, mas também sobre o trabalho e os projectos desenvolvidos junto da comunidade”. Aliás, Albano Silva sublinhou que o futuro passa por diversificar o trabalho das ESE’s, através da investigação e de projectos que envolvem a comunidade.

Ao nível da entrada de novos alunos, a ESE de Portalegre foi das escolas que mais vagas preencheu na primeira fase de candidaturas, tendo ficado completos os cursos de Turismo e Termalismo; Jornalismo e Comunicação; Animação Educativa e Sócio-Cultural; Educadores de Infância e professores do 1º ciclo. No entanto, as variantes Português-Inglês, Matemática-Ciências da Natureza e Educação Visual e Tecnológica acompanharam a negatividade nacional. Daí que os novos desafios da ESE de Portalegre passem também por apresentar outras ofertas, o que já está a ser discutido a nível interno.

MARVÃO. O curso de Turismo e Termalismo da Escola Superior de Educação de Portalegre promoveu, no final do mês de Outubro, o 1º Fórum Marvão, destinado a debater o tema «Património, Turismo e Despovoamento/Descaracterização dos Centros Históricos». A iniciativa, que foi co-organizada com o Gabinete de Candidatura de Marvão a Património Mundial, contou com a presença de especialistas da Península Ibérica.

 

 

 

ESTG DE PORTALEGRE

Dois mil na Escola

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Portalegre é aquela que goza de maior dimensão no Instituto Politécnico. Cerca de dois mil alunos estudam naquele estabelecimento de ensino, mas Francisco Tomatas, presidente do Conselho Directivo, acredita que é possível apresentar outras ofertas formativas e já em Janeiro novos cursos vão ser propostos ao Ministério da tutela. Mas para já, o responsável da ESTG mostra-se satisfeito com o nível de entradas de novos alunos na escola. “As duas primeiras fases de candidatura foram positivas para escola, se atendermos ao panorama nacional. Neste momento, ficaram preenchidas 80 por cento das vagas disponíveis, pelo que as restantes ficarão em aberto para a terceira fase de candidatura”, diz.

No entender de Francisco Tomatas, “nos últimos dois anos lectivos, no que respeita à entrada de novos alunos, conseguimos atingir um patamar muito positivo, até porque nos encontramos numa zona do Interior do país”. Perante a crise que já se sente no ensino superior, as instituições do Interior do País começam a sentir alguma dificuldade em cativar alunos. Segundo Francisco Tomatas esse aspecto é importante, mas “tem que se ter em conta um conjunto de atractivos que não dependem só da escola. De qualquer modo, há dois aspectos que podem contribuir para essa atracção. Em primeiro lugar surgem os antigos alunos, que podem testemunhar a qualidade da escola. Depois surgem também os apoios que são dados extra actividades lectivas, que passam pelas condições que disponibilizamos – desde as cantinas às residências -, o que constituem factores importantes para a vinda de novos alunos”. 

Ainda assim, Francisco Tomatas considera que devem ser tomadas medidas de discriminção positiva para o Interior do País. “70 por cento das verbas do Piddac estão canalizadas para instituições de ensino superior do Litoral, pelo que o Governo deveria redimensionar essa distribuição”.

CURSOS. Para Janeiro, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão vai apresentar ao ministério, novamente, os quatro cursos que desde há dois anos espera ver aprovados, a saber: Fiscalidade, Segurança Social, Engenharia Informática e Engenharia Electrotécnica. “No último ano houve alteração de Governo, pelo que não foi possível a sua aprovação. Mas este ano vamos apresentá-los novamente ao ministério da tutela. São cursos que vão rentabilizar ainda mais as nossas instalações e o corpo docente. Além disso são formações que vão respostas às necessidades locais e nacionais naquelas áreas. As próprias sensibilidades que nos chegam do exterior demonstram isso”.

 

 

 

DIPLOMAS DE MÉRITO DO ENSINO MAGAZINE

Os melhores

Tal como também sucedeu em Castelo Branco, o Ensino Magazine está a atribuir diplomas de mérito aos alunos que mais se tem destacado nas respectivas instituições de ensino superior. No passado dia 25 fez essa entrega no Instituto Politécnico de Portalegre. Aqui ficam os premiados: Sandrina Pereira (ESAE), Maragrida Ferreira (ESEF), Carlos Pires (ESTG), Luísa Carvalho (ESE), Manuel Matos (ESAE), Maria Elizabete Oliveira (ESEF), Cidália Roque Anacleto (ESTG) e Sérgio Godinho (ESE).

 


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