Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº49    Março 2002

Politécnico

ESTG DA GUARDA

Dia Aberto em Abril

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda realiza, no próximo dia 17 de Abril, o Dia Aberto. Na prática a ESTG abrirá as suas portas à comunidade da Guarda, dando especial atenção à camada estudantil. De acordo com a organização “este ano foram convidadas, para além de todas as escolas secundárias do distrito, as escolas preparatórias e primárias da cidade”. O objectivo da é que, cada vez mais cedo, os jovens tomem contacto com o ensino superior, o seu funcionamento, as suas instalações e os cursos ministrados.

Para que O Dia Aberto seja possível de concretizar, os vários departamentos da ESTG uniram esforços elaborando um vasto programa de actividades, que terão em comum a realização de um Peddy-Paper, em que os alunos terão de responder a algumas questões sobre o que lhes foi apresentado.

Deste modo, o Departamento de Engenharia Informática vai promover durante todo o dia, visitas aos laboratórios e terá patente no corredor de Informática exposições interactivas de protótipos. Juntamente com o Laboratório de Internet e Informática Aplicada (LIIA), o departamento terá à disposição de todos alguns computadores ligados à Internet, possibilitando aos alunos a criação de contas de correio electrónico.

Por sua vez, o Departamento de Línguas e Culturas irá organizar visitas ao laboratório de Línguas e à Sala de Línguas, onde irá apresentar extractos de filmes de Banda Desenhada. Os alunos terão ainda a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre línguas como o francês e o inglês.

Já a Secção de Física levará também os visitantes a conhecer o seu laboratório, onde estará patente uma exposição didáctica e onde lhes será mostrado um filme sobre a molécula da água. Outro dos departamentos envolvidos é do Matemática que promoverá exposições como a “Matemática Assassina” e a “Matemática Interactiva”. O Departamento de Engenharia Mecânica terá exposto o Egiecocar e outro equipamento e possibilitará a alguns alunos experimentar um Kart. Serão ainda organizadas visitas aos laboratórios, onde serão executados vários tipos de ensaios.

A apresentação de uma exposição Interactiva sobre a Balança de Pagamentos, bem como trabalhos realizados, ficará a cargo do Departamento de Ciências Sociais e Humanas, enquanto que o Departamento de Gestão vai realizar uma apresentação didáctica sobre “O Funcionamento da Empresa”. Finalmente, o Departamento de Engenharia Civil promoverá visitas aos laboratórios permitindo aos alunos assistir a alguns ensaios e experiências. A Secção de Ciências Geográficas efectuará uma visita à “Sala da Terra e do Espaço”. O Laboratório de Hidráulica e Recursos Hídricos e Ambiente realizará ensaios laboratoriais subordinados ao tema “A Água e a Vida” e a sua unidade, enquanto que o Laboratório de Águas e Controle de Poluição irá demonstrar e executar ensaios analíticos em águas de consumo.

Para além destas actividades, os visitantes terão ainda a oportunidade de conhecer os gabinetes da ESTG, como o Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais, o Gabinete de Promoção e Divulgação, o Gabinete de Avaliação e o Laboratório de Internet e Informática Aplicada
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POLITÉCNICO DA GUARDA

Um brasileiro na cidade

Bruno Alves Fernandes é brasileiro e estuda no Instituto Politécnico da Guarda. Depois de uma anterior experiência em terras portuguesas optou por fazer aqui a sua licenciatura e encara mesmo a hipótese de, no nosso país, avançar para o seguinte escalão académico. “O Instituto Politécnico da Guarda fornece boas condições para o estudo e possui bons laboratórios, pelo menos os que eu conheço, da área de informática”, disse Bruno Fernandes. Rendido a alguns encantos da região e da Guarda, salienta que “apesar de ser uma cidade pequena tem uma noite divertida”. A vida não é só feita de estudo.

Como surgiu este regresso a Portugal?

A ideia de vir estudar aqui surgiu através de conversas com o professor José Carlos Miranda, que foi meu orientador de estágio quando estive aqui em 2000. No Brasil eu estava a terminar o curso de Tecnologia em Informática (equivalente ao Bacharelato em Engenharia Informática em Portugal) e de qualquer maneira teria que ir para outra universidade para poder ter um curso de Engenharia pleno (Licenciatura como é chamado em Portugal), já que a minha universidade não o fornecia. Gostei muito de trabalhar com o professor José Miranda, em 2000 desenvolvemos o trabalho intitulado “Espaços Virtuais Cooperativos na Arquitectura” que nos rendeu um poster aceite no IV Simpósio Brasileiro de Realidade Virtual. Deste modo tomei a decisão de vir terminar o curso aqui e desenvolver outros projectos com este Professor. É muito bom para um aluno desenvolver projectos de investigação no âmbito do curso pois o curso torna-se mais prático e interessante, além de ajudar ao aluno a descobrir qual área dentro de seu curso gosta mais e pretende seguir.

A experiência anterior, e a estada na Guarda, foi decisiva na opção por Portugal? 

Sim, pois eu já sabia o que ia encontrar por aqui. Quando já se conhece o lugar e as pessoas é mais fácil tomar uma decisão como essa.

Como foi a reacção dos seus familiares ao decidir vir para o Politécnico da Guarda?

De início não gostaram muito da ideia porque é um lugar muito longe, etc., e sempre existem aqueles laços afectivos. Mas depois quando eles viram que era o que eu queria me deram apoio. 

A relação com os colegas portugueses como é?

A relação tem sido muito boa. Da primeira vez que estive aqui não tive oportunidade de conhecer nenhum colega da turma com a qual estudo este ano, mas eles são muito legais e em pouco tempo me relacionei com eles.

O sistema de ensino em Portugal, e sobretudo na sua área, é muito diferente do brasileiro? 

Não, mas existem algumas diferenças. Aqui os estudantes podem trabalhar e só aparecer para fazer os exames, no Brasil isso não é permitido pois cada estudante tem que frequentar a um número mínimo de aulas em cada disciplina, normalmente 75% das aulas, mas essa percentagem pode variar entre as universidades. Outra diferença é que no Brasil cada professor deve aplicar seus exames no decorrer do semestre e não existe uma época reservada apenas para exames, em que não há aulas, como acontece na ESTG. Na minha opinião o sistema de exames sem aulas é melhor porque temos mais tempo para estudar. Mas eu também sei que aqui em Portugal os estabelecimentos de ensino podem adoptar um sistema ou outro.

O que acha do Instituto Politécnico da Guarda?

Na minha opinião o Instituto Politécnico da Guarda fornece boas condições para o estudo e possui bons laboratórios, pelo menos os que eu conheço, da área de informática. É claro que também tem seus problemas, como qualquer outro estabelecimento, mas estou gostando de estudar aqui.

 

 

 

NOVA ESCOLA E UMA RESIDÊNCIA

Tudo é prioritário

Com quatro mil alunos e mais de 300 professores na instituição, José Luís Ramalho anseia agora por obras importantes como a construção do novo edifício da Escola de Tecnologia e Gestão, actualmente a funcionar em instalações provisórias, as quais limitam o crescimento em número de alunos.

“Neste momento tudo é prioritário. Houve uma das obras que parou em, virtude da empresa responsável ter falido, pelo que o processo se arrastou e, há dois anos atrás, tínhamos apenas o edifício da Superior de Educação, estando as outras em situações improvisadas, com aulas a decorrer em pavilhões pré-fabricados”.

Mas o problema começa a ser resolvido. A primeira fase da Superior Agrária está construída e a segunda já se iniciou. Os arranjos exteriores do campus também vão avançar este mês. A Superior de Tecnologia, a maior do Instituto Politécnico de Beja, está ainda em instalações provisórias, mas está a decorrer o concurso para adjudicação do novo edifício, o qual custará mais de dois milhões e meio de contos e ficará junto ao campus.

Ao nível da acção social vai ser criada a segunda residência mista de estudantes, a qual se vai juntar à primeira residência mista e às residências masculina e feminina. No total existem cerca de 230 camas, o que é considerado pouco, pelo que o Politécnico tem protocolos com instituições, como é o caso do IPJ, para conseguir alojar todos os alunos, nomeadamente os estrangeiros que chegam ao abrigo do Erasmus.

Apesar do avanço, o presidente do Politécnico considera que tudo deveria ser mais rápido. Reconhece porém que chegou à presidência na altura de mudança de quadro comunitário, o que atrasou os processos, além de terem passado entretanto três ministros pelo Ministério da Educação, pelo que “quando já estão sensibilizados para as nossas aspirações vão embora e temos de iniciar o processo de novo”.

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