Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº52    Junho 2002

Universidade

ARQUIVO HISTÓRICO DOS LANIFÍCIOS

O futuro do passado

Preservar documentos que se encontram em risco de perda iminente é uma das principais funções desempenhadas pelo Centro de Documentação/Arquivo Histórico dos Lanifícios, uma entidade sob a tutela do Museu de Lanifícios da UBI, o qual irá ter novas instalações dentro de algum tempo, dada a quantidade de documentos recebidos desde 1997, altura em que o Centro foi criado, através do Projecto Arqueotex.

A documentação, bem como outros produtos de empresas que foram extintas ou ficaram desactivadas, têm uma grande carga de informações preciosas. Do Arquivo Histórico fazem parte documentos provenientes de empresas públicas, privadas, instituições nacionais e até organismos locais. Segundo Elisa Pinheiro, directora do Museu de Lanifícios da UBI, “existem no Centro documentos e exemplares únicos que devem ser preservados. O tratamento e organização dos documentos, que muitas vezes chegam em péssimo estado é fundamental. A conservação segundo os critérios de segurança e o tratamento de dados são também passos importantes seguidos com todo o rigor. A directora do Museu confessa que “existem ainda toneladas de documentos a tratar”.

ABERTURA. O Arquivo Histórico não está, até ao momento, aberto ao público em geral. Elisa Pinheiro considera que “isso só será possível quando a documentação estiver catalogada e inventariada”. Esta situação irá alterar-se com a mudança do Centro para as novas instalações, criadas de raiz, no edifício da “Real Mendes Veiga”, uma antiga fábrica localizada junto à Ribeira da Goldra. As obras já começaram. Foram feitas várias alterações de projecto mas, os trabalhos continuam e a data de conclusão está prevista para dentro de um ano.

Elisa Pinheiro garante que “está projectada uma belíssima sala de acesso ao público no sítio mais bonito do Museu pois é importante que os investigadores e visitantes se sintam bem e disponham das melhores condições de trabalho”. Actualmente, os destinatários primordiais do Centro de Documentação são investigadores de várias áreas de conhecimento, museólogos, estilistas de moda, empresários e técnicos têxteis. Todo um conjunto de pessoas que pelos mais diversos motivos contribui para que as finalidades do Museu possam ser cumpridas.

A existência do Arquivo histórico foi uma mais valia para o curso de Design Têxtil e do Vestuário da UBI. Os interessados podem encontrar neste Centro documentos e material que pode ser estudado, analisado e trabalhado.

Catarina Rodrigues
e Verónica Sousa

 

 

UNIVERSIDADE DE ÉVORA CRIA

Observatório do Alentejo

Preocupado com o desenvolvimento do Alentejo e com os percursos do presente e futuro da sociedade alentejana, o reitor da U.E., Manuel Ferreira Patrício, decidiu criar o Observatório do Desenvolvimento do Alentejo (ODA).

Para pôr em prática este instrumento de desenvolvimento realizaram-se, no passado dia 17 de Junho de 2002, na Universidade de Évora, as “I Jornadas sobre o Desenvolvimento do Alentejo”, que contou com a presença do director geral do ensino superior e de diversas entidades regionais do distrito de Portalegre, Évora e Beja.

Na sessão de abertura, o reitor da U.E. salientou que o progresso e o desenvolvimento do Alentejo não podem “jamais separar-se do ensino universitário”. Neste âmbito, considerou que a criação do ODA vai permitir uma reflexão sobre o estado em que se encontra a região e quais as medidas que devem ser tomadas para que ela se “liberte do seu subdesenvolvimento crónico e se afirme no quadro nacional e europeu como um espaço de progresso, prosperidade e qualidade de vida”.

Para estas primeiras jornadas, o reitor decidiu escolher o tema “Lógicas de Desenvolvimento e Estratégias de Formação e Qualificação”. “Não há desenvolvimento sem a formação e qualificação das pessoas que inscrevem a sua vida e actividade num determinado meio. Logo o tema da formação e da qualificação é nuclear”, disse.

Manuel Ferreira Patrício referiu, ainda, que as primeiras jornadas são “um primeiro sinal do nascimento e da dinâmica de crescimento do ODA”. No entanto, acrescentou que “o observatório não terá sucesso se não for aceite por aqueles a quem se dirige e de quem na mais funda verdade das coisas emana. Para esses é feito nestas jornadas o primeiro teste”. Logo, para a correcta concretização do referido projecto, espera contar com a sociedade alentejana e todas as instituições públicas e privadas.

A iniciativa dividiu-se por quatro sessões: “Apresentação do ODA”, “Rumos para a Educação Tecnológica e Profissional no Alentejo”, “Educação e Formação Superior no Alentejo: situação presente e perspectivas futuras” e “O Ensino Terciário Não-Graduado na Universidade de Évora”.

Noémi Marujo

 

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