Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº53    Julho 2002

Politécnico

MESTRADO NA AGRÁRIA

Ambiente positivo

O sub-director da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESA), Tomáz Monteiro, considera positiva a aposta que a sua escola fez no curso de mestrado sobre gestão e conservação da natureza, em parceria com as universidades do Algarve e dos Açores. “Nesta primeira fase, o curso correspondeu às expectativas. É evidente que o facto de ser uma organização tripartida, obrigou-nos a termos uma estrutura mais complexa”, explica. No entender daquele responsável, “a opção de realizar o curso em módulos poderá ser ainda melhorada, já que houve alunos que o consideraram demasiado intensivo, mas todos eles concordaram que o mestrado está a ser muito enriquecedor”.

Na realização desta pós graduação, Tomáz Monteiro explica que “a organização contou com a participação de diversos especialistas”. Quanto a participantes, houve mais candidatos que vagas disponíveis, pelo que teve que ser feita uma selecção. Com 13 doutorados e quatro em fase de conclusão desse grau, e 32 mestres, a Escola Superior Agrária sente capacidades para avançar para pós-graduações de forma independente. “Podem surgir novas portas para cursos de mestrado, mas nós continuamos dependentes da legislação sobre essa matéria, já que actualmente os politécnicos ainda não podem, autonomamente, realizar essa formação. Mas se isso for alterado, nós poderíamos avançar para uma organização a sós. Se não houver alterações na legislação, dentro de dois ou três anos, poderemos avançar de novo por uma organização repartida”.

Recorde-se que o curso de mestrado, cuja primeira parte está a ser concluída, teve início no passado mês de Outubro. Como na altura foi referido pelo director da Superior Agrária, o curso de mestrado foi feito em parceria com a Universidade dos Açores e Universidade do Algarve. A formação foi justificada “pela inserção territorial da Escola numa região onde a gestão dos recursos naturais e a conservação da natureza são aspectos fundamentais do uso sustentado do território. A área geográfica abrangida estende-se pelo que se pode chamar a “Raia Central”, que compreende toda a Beira Interior, assim como o norte alentejano (distrito de Portalegre)”. Ainda de acordo com o director da Superior Agrária, José Carlos Gonçalves, o curso será dividido entre a parte curricular e a tese. Quem concluir a parte curricular ficará com um diploma de pós-graduação.

BIOLÓGICA. O Curso de Engenharia Biológica e Alimentar que a Escola Superior Agrária propôs ao Ministério da Educação este ano já mereceu o despacho favorável iniciando-se já no próximo ano lectivo. Como referiu ao nosso jornal, José Carlos Gonçalves, director da Superior Agrária, com este curso “pretende-se projectar uma nova área de ensino e investigação por parte da Escola, de forma a consolidar e reforçar o alargamento da sua área de formação para fora das ciências agrárias tradicionais, embora mantendo uma inevitável interligação aos sistemas produtivos”.

Ainda de acordo com aquele responsável, a “licenciatura pretende ser uma abordagem parcialmente generalizada dos diferentes aspectos que hoje fazem parte, em sentido lato, da designação de engenharia biológica e alimentar, por forma a que os alunos que concluírem este bacharelato e licenciatura tenham obtido uma sólida formação teórica e prática, que lhes permita a iniciação de uma carreira profissional e empresarial em diferentes áreas”.

Como provas de ingresso, a ESA exige uma das seguintes disciplinas: matemática, biologia e química. Além do da licenciatura em engenharia biológica e alimentar, a Escola Superior Agrária apresenta mais quatro licenciaturas: Engenharia Florestal, Engenharia de Ordenamento e Recursos Naturais, Produção Animal e engenharia das Ciências Agrárias e Ambiente, nos ramos de opção agrícola ou opção rural
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ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO

Marketing e recursos

A Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco vai ministrar dois novos cursos já no próximo ano lectivo. A reunião entre o presidente do Instituto Politécnico e o ministro da ciência e do Ensino Superior foi decisiva, e para o ano a ESG apresenta três licenciaturas: Marketing, Recursos Humanos, e Contabilidade e Gestão Financeira, com 40 vagas cada um para o primeiro ano. Na prática a aprovação dos cursos de Marketing e de Recursos Humanos vem de encontro aos objectivos de desenvolvimento da escola, mas também às solicitações das entidades representativas do sector empresarial, que há muito reclamavam por estas duas formações.

Com a aprovação, os alunos candidatos ao ensino superior podem optar por uma das três áreas que a ESG oferece. No caso do Marketing, as provas de ingresso solicitadas são o português ou psicologia, ou filosofia ou matemática, ou ainda português mais sociologia. O novo curso tem por objectivos “formar técnicos especializados na área do marketing capazes de desenvolverem diferentes estratégias. Estratégia que poderão passar por desenvolver estudos de mercado, lançar novos produtos, definir circuitos de distribuição, criar uma imagem de marca ou gerir equipas de força de vendas, entre outras”.

Ainda de acordo com o projecto apresentado, o novo curso tem diversas saídas profissionais, como director de marketing, assistente de marketing, gestor de produto, gestor de força de vendas, técnico de estudos de mercado, técnico de publicidade ou consultor. Dividido em dois ciclos (3+1 ano), o novo curso será um dos primeiros a abrir na região centro.

A licenciatura em Recursos Humanos exige as mesmas provas de ingresso que o de Marketing, sendo também uma das áreas de formação com grande saída profissional, de acordo com os indicadores do tecido empresarial da região e do País.

Finalmente, a licenciatura em Contabilidade e Gestão Financeira é outra opção e tem sido a área de formação por que a Escola é mais conhecida, sendo classificado pela Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas como um dos melhores exemplos a nível nacional e hoje há ex-alunos que desempenham funções chave em empresas de dimensão nacional. Para Contabilidade e Gestão Financeira, as provas de ingresso exigidas são Economia ou Matemática ou Geografia e Matemática
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Esart com trompete

A Escola Superior de Artes Aplicadas viu aprovada a abertura de dois novos cursos, na área da Música, a saber: Formação Musical e Variante de Instrumento – Opção Trompete, juntando-se assim às 11 opções já em funcionamento. Além dos cursos de música, cujas opções de instrumento passam a ser trompete, violino, viola d’arco, violoncelo, contrabaixo, flauta transversal, clarinete, oboé, fagote, trompa, piano e acordeão, a ESART apresenta formação em Artes da Imagem, nos ramos de Design Gráfico e Multimédia-Audiovisuais, e em Design moda e têxtil, nas variantes design de moda e design têxtil. Sendo uma das escolas mais jovens do Politécnico é também uma das que tem tido muita procura para os seus cursos, sendo ainda responsável pela dinamização cultural que tem incutido no Distrito, quer através da sua Orquestra (já orientada por grandes maestros internacionais, como Osvaldo Ferreira - assistente do maestro da Orquestra Filarmónica de Berlim, Joana Carneiro ou do maestro da Royal Scotish Orchestra), quer através dos simpósios e colóquios promovidos ao longo do ano lectivo.

CONVITES. A Orquestra da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco vai encerrar o Festival Internacional da Póvoa de Varzim, o qual decorre no dia 31 de Julho. Nessa actuação, a Orquestra será dirigida pelo maestro Osvaldo Ferreira e contará com o solista António Rosado. Entretanto, a Orquestra foi também formalmente convidada para actuar no festival Internacional de Curitiba, no Brasil.

 

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