Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº53    Julho 2002

Politécnico

INSTITUTO POLITÉCNICO

Novos Cursos na Guarda

O Instituto Politécnico da Guarda vai abrir três novos cursos já no próximo ano lectivo. Assim, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda surge o curso de Marketing. Um curso que visa formar profissionais com competências para exercer funções de gestão, essencialmente de marketing e imagem das mais diversas entidades públicas ou privadas. Também na mesma escola surge o curso de engenharia do Ambiente que tem por objectivo formar profissionais com capacidade técnica e científica na análise e resolução de problemas ambientais e na gestão dos recursos naturais e energéticos.

SEIA. Já na Escola Superior de Turismo e Telecomunicações de Seia aparece o Curso de Turismo e Lazer. Uma formação que segundo os responsáveis da escola “tem como filosofia de orientação específica as relações existentes entre os conceitos de turismo e de lazer que são assumidos no currículo e processo de educação”. De acordo com a Escola, “na Europa, os cursos de turismo desenvolveram-se, predominantemente, numa perspectiva de gestão e negócio. Por sua vez, os cursos de lazer, historicamente, desenvolveram-se a partir de uma perspectiva sociológica e política. Estes factos reflectem uma diferença básica entre turismo e lazer, como áreas de produção social (turismo) e de consumo social (lazer). Na actualidade, esta divisão tende a desaparecer, porque o lazer tende a ser visto como fonte de rendimento e de emprego, abordado também na perspectiva de produção”. 

O curso de formação inicial em Turismo e Lazer está preparado para fornecer as competências conceptuais, as ferramentas essenciais de uma disciplina e os saberes de base de uma profissão, na base de aprendizagens sólidas decorrentes da sua estrutura de banda larga, presente nos três primeiros anos do Curso.

O Curso Superior de Turismo visa preparar quadros técnicos (grau de bacharelato) e técnicos superiores (grau de licenciatura) para a actividade turística nacional, num sector económico onde a formação superior é ainda deficitária. A estrutura seleccionada pretende preparar quadros técnicos intermédios (bacharéis) para exercer funções aos níveis técnico e de supervisão em diversos sectores da complexa indústria turística e da administração pública regional e nacional do turismo. Um objectivo fundamentado em vários aspectos: no fornecimento de uma sólida formação nos domínios económico, sociocultural e ambiental, tendo em vista o melhor conhecimento do funcionamento do sector do turismo e da sua importância para os processos de desenvolvimento regional e de ordenamento do território; na valorização do conhecimento técnico, prático e aplicado, com vista à integração profissional nos sectores público e privado do Turismo; no proporcionar de bases sólidas para o conhecimento regional (Serra da Estrela) e nacional do território, dos seus recursos e potencialidades para a actividade turística, no quadro de um desenvolvimento integrado e sustentado, económica, social e ambientalmente.

A segunda etapa da Licenciatura Bietápica em Turismo fornece um conjunto de disciplinas de aprofundamento do conhecimento holístico e interdisciplinar do sistema e da actividade turística. Assim, no seguimento do bacharelato existem as variantes de Turismo, de Turismo Ambiental e Rural, de Desporto, Animação e Lazer e de Gestão de Empreendimentos Turísticos. As saídas profissionais proporcionadas por este projecto formativo, são: a gestão de empreendimentos de turismo em espaço rural e de unidades de alojamento de turismo de natureza, a criação de empresas de promoção ambiental e de animação, no espaço rural, a gestão de áreas protegidas do território nacional.

 

 

GUARDA

944 Km por litro de gasolina

A equipa Egiteam, pertencente ao Projecto Egiecocar da Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda acaba de bater o seu recorde em provas da Shel Eco Marathon, tendo percorrido com apenas um litro de gasolina 944 quilómetros. Uma marca que satisfez a equipa da cidade mais alta de Portugal e que foi obtido em Nogaro, na tradicional prova francesa, onde participaram centenas de veículos, no início do mês de Junho.

Além de bater o recorde, a formação da Guarda foi a terceira melhor entre os participantes portugueses e obteve a 12º posição no ranking mundial dos Institutos Superiores Politécnicos. Como referiu ao Ensino Magazine Marco Mendonça, do projecto Egiecocar, além das performances do veículo, é necessário conhecer muito bem a pista, para que se recorra à ajuda do motor só quando é realmente necessário.

Para a prova francesa, a equipa Egiteam levou o carro Egi, um veículo construído integralmente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão da Guarda, que ao longo dos anos tem sofrido alterações, com vista a melhorar as suas performances. “O carro que temos foi sofrendo muitas alterações ao longo dos últimos anos, pelo que neste momento se encontra no seu limite. Daí que estejamos já a trabalhar na construção de um outro, que continuará a ser desenvolvido no próximo ano lectivo”, explica.

Mas os sucessos da equipa da Guarda não se ficaram por aqui. Já no final de Junho, a Egiteam participou numa prova internacional realizada na Bélgica, mas de características diferentes, uma vez que foi corrida num circuito citadino. Por categorias, o Egiteam obteve a segunda posição no escalão Basic, tendo na classificação geral alcançado 0 14º posto, percorrendo 659,8 quilómetros com um litro de gasolina.

Além do Egi, a cidade da Guarda foi também representada pelo veículo Hermes, da Escola Secundária da Sé. Um carro construído no âmbito da parceria que existe entre aquele estabelecimento de ensino secundário e o Instituto Politécnico da Guarda, que já começou a dar frutos. Na Bélgica, o Hermes, obteve a 28º posição, tendo percorrido cerca de 251 quilómetros, com um litro de gasolina.

 

 

 

AGRÁRIA DE ELVAS

Investigação a rasgar

A Escola Superior Agrária de Elvas está a desenvolver vários projectos de investigação, cujos resultados poderão vir a ser implementados nas práticas agrícolas da Região. Como referem os seus responsáveis, os trabalhos que estão a ser desenvolvidos não são meramente académicos, e tem como objectivo a “obtenção de resultados concretos que possibilitem uma aplicação prática, promovendo deste modo uma forte ligação com a comunidade envolvente e projectando nome da Escola para lá da Herdade do Reguengo”.
A maioria dos projectos que estão a ser desenvolvidos integram na acção 8.1 do Programa Agro, do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas. Segundo o Ensino Magazine apurou, a primeira dessas acções de investigação diz respeito ao tema “etnobotânica, o uso e a gestão das plantas aromáticas e medicinais e a sua utilização sustentável como contributo para a valorização do meio rural”. Um projecto que está a ser coordenado pela Direcção Geral de Entre Douro e Minho e que envolve diversos parceiros, entre os quais a Escola Superior Agrária de Elvas. Deste modo, a ESAE dedica-se ao estudo de três espécies de plantas aromáticas e medicinais, a saber: coentros, poejo e hortelã-da-ribeira.

O trabalho desenvolvido neste projecto pela ESAE consiste caracterizar as plantas em termos de tamanho de folha, data da floração e quantidade de sementes produzidas. No caso das sementes, elas serão transportadas para o Banco Português de Germoplamas, onde serão conservadas durante 100 anos, período durante o qual se poderão fazer novas investigações. Além da recolha do material, foi também feito um inquérito, para perceber como é que as pessoas utilizam essas plantas.

A segunda investigação diz respeito à utilização “do porco de raça alentejana”. Uma investigação liderada pela própria Escola Superior Agrária de Elvas, num projecto que integra também o Agrupamento de Produtores Pecuários e a Associação Nacional de Criadores de Porco Alentejano. O estudo pretende definir quais os regimes alimentares mais adequados para dar ao porco preto, de forma a que haja produção regular de carne ao longo do ano, quer em quantidade, quer em qualidade e rentabilidade.

Nesta segunda investigação estão a ser analisados 20 animais e o estudo tem o apoio de um empresário agrícola de Elvas, que tem fornecido as condições necessárias à realização do estudo.

Já o terceiro projecto, que visa abordar a temática da implementação de um sistema de avisos de reganos perímetros do Alentejo, é liderado pelo Centro Operativo de Tecnologia de Regadio, sediado em Beja, e conta com a participação das Escolas Superiores Agrárias de Elvas e de Beja. Neste ano zero, está a fazer-se o acompanhamento da cultura do milho. Com base neste estudo os agricultores vão começar a receber aconselhamentos de rega, esperando-se conseguir uma economia do consumo de água da ordem dos 30 por cento.

Finalmente, um outro projecto que tem sido desenvolvido pela ESAE diz respeito ao tema “resposta da fava e do grão-de-bico à rega de complemento”. Uma iniciativa que está a ser desenvolvida no âmbito do Programa Luso-Tunisino de Cooperação Científica e Tecnológica do Ministério da Ciências e do Ensino Superior, em colaboração com investigadores tunisinos do Institut National de la Recherche Agronomique de Tunisie
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