ESACB E MUSEU TAVARES
PROENÇA JÚNIOR
Protocolo para a
cultura
A Escola Superior Agrária de Castelo
Branco e o Museu Francisco Tavares Proença Júnior acabam de assinar um
protocolo de cooperação cultural. De acordo com o documento a que o Ensino
Magazine teve acesso, a Escola Superior Agrária vai disponibilizar os
serviços da sua bibliotecária para orientar a catalogação informatizada do
acervo da biblioteca Doutor Fernando de Almeida e a sua acessibilidade ao
público.
Deste modo, com o contributo da ESACB, a o Museu Tavares Proença Júnior
vai poder apresentar aquele espaço cultural de que dispõe à comunidade.
Aquela biblioteca é especializada em arte, arqueologia e, mais
recentemente, em tecnologias têxteis tradicionais, com particular relevo
para os tecidos dos bordados. Por isso, e de acordo com os responsáveis
pelo Museu, “serve as necessidades de investigação interna do Museu, mas
goza da particularidade de se encontrar aberta a todos os públicos, em
horário regular”.
Segundo o Museu Tavares Proença Júnior, aquele espaço “é regularmente
frequentado por investigadores e estudantes de vários níveis de ensino,
sendo desejável que alargue o leque dos seus leitores, com proveito
cultural para toda a comunidade”. Recorde-se que em 1997 e numa
perspectiva mais abrangente, o Museu celebrou com a Biblioteca Nacional um
convénio de forma a que aquele organismo nacional disponibilizasse os seus
fundos no sistema Probase, que permitiria uma consulta online da
biblioteca. Facto que ainda não foi conseguido.
Por tudo isto, o protocolo assinado com a Escola Superior Agrária é
bastante importante para a dinamização daquela biblioteca. É que com o
protocolo, o Museu compromete-se a disponibilizar o seu acervo
bibliográfico a toda a comunidade, quer através da Internet, que em
leitura presencial. O corpo docente, funcionários e alunos da Escola
Superior Agrária e do Politécnico, usufruirão de entrada gratuita no
Museu, durante o período abrangido pelo protocolo. Além disso, os
professores, funcionários e alunos da Escola Superior Agrária beneficiarão
de um desconto de 20 por cento nos produtos editados pelo IPM à venda na
loja do Museu.
Mas o acordo vai mais longe, e durante um ano – prazo de duração do
acordo, permitirá também a realização de visitas guiadas em grupo para
docentes, alunos, funcionários, colaboradores ou convidados da escola.
Recorde-se que já no início do ano lectivo a Escola Superior Agrária
assinou mais quatro protocolos, com a Associação de Agricultores da Cova
da Beira, Adegas Cooperativas da Covilhã e do Fundão, e com a empresa
Ecocampo. Acordos que visam estreitar a colaboração entre as quatro
instituições e a Superior Agrária, nos domínios da investigação e
aconselhamento técnico.

ESART
Moda e têxtil em força

Depois de ter realizado mais um seminário
de orquestra, que decorreu entre os dias 9 e 15 de Fevereiro e que
envolveu dois concertos pela Orquestra da Esart, a Escola Superior de
Artes Aplicadas de Castelo Branco está já a preparar outra iniciativa de
dimensão nacional. Entre 25 de Fevereiro e 1 de Março, a música associa-se
à moda e ao têxtil, na realização do Iº Simpósio de Moda e Têxtil que
trará até Castelo Branco alguns dos melhores estilistas e modelos
nacionais.
De acordo com Fernando Raposo, director da Esart, e de Alexandra Cruchinho,
coordenadora do evento, “o simpósio deverá realizar-se de dois em dois
anos, intercalando-se com o Fórum da Imagem que também foi muito bem
aceite pelo comunidade estudantil e extra-escolar”. A aposta neste tipo de
iniciativas visa contribuir para uma melhor formação dos alunos da Esart e
ao mesmo tempo envolver a Região.
O Simpósio está dividido em três partes. Numa primeira surgem os works
shops, onde estará presente a estilista Maria Gambina, a designer têxtil,
Maria Graciete, o fotógrafo Paulo Andrade, entre outros elementos ligados
à moda e ao têxtil. “Os work Shops vão realizar-se na Escola Superior
Agrária, enquanto que as palestras vão ser feitas no auditório que a
Escola possui no Cine Teatro”, explicam aqueles responsáveis.
De acordo com Fernando Raposo e Alexandra Cruchinho, são três as palestras
a realizar. A primeira está agendada para a noite do dia 25 de Fevereiro,
e abordará o tema «perspectivas dos empresários de moda e têxtil», tendo
como prelectores Ramiro Rafael, da Dielmar, e João Carvalho, da Fitcom.
Para o dia 26 falar-se-á sobre a experiência profissional na área do
design e têxtil, com a presença da designer Helena Cardoso, enquanto que
para o dia 27, Hugo Ferrão, docente da Faculdade de Belas Artes, falará
sobre Tapeçaria Contemporânea.
Mas as actividades do Simpósio não se ficam por aqui. Para a noite de 28
de Fevereiro está prevista a realização de um desfile de moda masculina e
feminina. O cine-teatro servirá de palco para a apresentação das colecções
da Dielmar (masculina) e Benoli (Feminino), além da mostra de trabalhos de
alunos da escola. Outro dos momentos altos da noite será a apresentação da
colecção da estilista Maria Gambina. Como modelos vão aparecer caras bem
conhecidas, todas elas pertencentes à Central Models, casos de Luisa
Beirão, Iva (miss Portugal em 2001) ou Alexandre (Tiago em Nunca Digas
Adeus). Para a realização do desfile, a Esart contou ainda com o apoio da
Celeste Cabeleireiros, que vai pentear os modelos, e com as galerias Preto
que vão calçar as modelos que apresentarão a colecção Benoli.
Para culminar uma noite tão preenchida, nada melhor que a subida ao palco
de uma das melhores fadistas portuguesas da nova geração, Cristina Branco.
Com estes condimentos, e com a exposição de tapeçaria contemporânea que
será inaugurada a 28 de Fevereiro, na sala da nora do Cine Teatro Avenida,
estão lançados os dados para que o Simpósio seja mais um êxito da Escola
Superior de Artes Aplicadas.

MAESTRO OSVALDO FERREIRA
Orquestra no bom
caminho
Osvaldo Ferreira, maestro assistente do
maestro Claudio Abbado da Orquestra Filarmónica de Berlim, considera que
desde o seminário que dirigiu no ano passado para o que realizou entre os
dias 9 e 15 de Fevereiro, “houve uma evolução inacreditável. Facto que
demonstra o excelente trabalho realizado pelos professores da Escola
Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco. Durante a semana dei os
parabéns aos jovens, pelo seu empenho, mas este trabalho não teria sido
possível se não fosse a qualidade do corpo docente e o trabalho que ele
tem desenvolvido”.
Aquele responsável participou no seminário de orquestra promovido pela
Escola Superior de Artes Aplicadas e ao que tudo indica vai intensificar a
sua colaboração com a Esart, nos próximos anos. Para já, Osvaldo Ferreira
mostra-se agradado com a evolução dos alunos da escola. “É como se de
repente tivesse encontrado outros alunos de melhor qualidade”, adianta.
Quanto à Orquestra da Esart, o maestro lembra que ela está a caminhar da
melhor forma. “Os alunos têm estado a realizar dois ou três estágios de
orquestra por ano. A cidade pode assistir aos concertos que ela vai
realizando, como se de uma orquestra profissional se tratasse, pois ela
toca a esse nível. Por tudo isto, o futuro só pode ser melhor”.
Natural de Paços Brandão, Osvaldo Ferreira é um dos jovens maestros
portugueses. Assistente do maestro Cláudio Abbado, na Orquestra
Filarmónica de Berlim, Osvaldo Ferreira vai passar a ter funções de
docente na escola, na formação de jovens maestros. “Para já trata-se de um
curso livre, mas esperemos que a curto ou média prazo ele se possa
transformar num curso oficial, talvez num mestrado nessa área”.
Com o diploma de pós-graduação e performance, em direcção de orquestra,
curso que concluiu no Conservatório de S. Petersburgo (foi na rússia que
trabalhou com Alexander Palichuk e Leonid Kortchumar), Osvaldo Ferreira é
também mestre em direcção de orquestra, um título atribuído pela
Northwestern University de Chicago. Em Portugal tem desenvolvido diversos
projectos, como acontece com a Orquestra de Santa Maria da Feira e o
Festival Internacional de Música daquela cidade. A trabalhar desde
Setembro de 2000 com o maestro Cláudio Abbado, na Orquestra Filarmónica de
Berlim, Osvaldo Ferreira considera a sua experiência em Berlim como muito
positiva. “Só tenho aprendido, pois estou no meio mais avançado, em termos
musicais, ao nível do mundo. Tem sido uma grande experiência ao nível da
aprendizagem, pois estamos sempre a aprender e essa aprendizagem é um
processo que nunca está acabado. Espero que esta minha experiência possa
também ser útil a outras pessoas e que possa contribuir para o
desenvolvimento do panorama nacional português”.

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