Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº58    Dezembro 2002

Politécnico

IV FITAL PAX JÚLIA

De Beja para o Mundo

A quarta edição do Festival Internacional de Tunas do Alentejo (FITAL), decorreu nos dias 29 e 30 de Novembro em Beja e constituiu mais um sucesso, tendo contado este ano com a participação de tunas académicas de Loulé, Porto, Lisboa e Santarém, bem como com cinco tunas vindas de Espanha e uma de Porto Rico, a denominada Tun´America Universitaria de Puerto Rico. O IV Fital foi o primeiro evento transmitido pelo Instituto Politécnico de Beja, em directo, via Internet, o que permitiu que o festival fosse visto em Espanha e Porto Rico, local de origem das tunas estrangeiras presentes. Do Fital ficam sempre boas recordações, tais como as reveladas nas fotos que aqui publicamos.

 

 

EST DE CASTELO BRANCO

Cerâmica em debate

A Escola Superior de Tecnologia de Castelo Branco promoveu, de 9 a 11 de Dezembro as primeiras Jornadas da Indústria Cerâmica. A iniciativa foi promovida pelos responsáveis do curso de Engenharia Industrial e para além da participação de um quadro bastante completo de entidades e responsáveis ligados ao sector, desde instituições académicas, empresas, Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro e da própria Associação Portuguesa da Indústria da Cerâmica, as jornadas ficaram marcadas pela forte presença do Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho (Idict).

De acordo com o director da EST, Armando Ramalho as jornadas pretendem “proporcionar condições aos alunos finalistas para a realização de estágios curriculares naquelas indústrias, abrindo-lhes as portas para o mundo empresarial e para o mercado de trabalho”. Aquele responsável recorda que nesse sentido tem havido uma estreita colaboração entre a escola e o Idict “no sentido de inverter o actual estado de coisas naquele que é um verdadeiro desígnio nacional”. Daí que tenha aceitado o desafio da indústria cerâmica por considerá-la “uma indústria de alta qualidade, uma verdadeira indústria de ponta, onde em algumas zonas é até já completamente automatizada”.

Armando Ramalho não esquece que o sector cerâmico é responsável actualmente pelo emprego de cerca de 10% da população activa portuguesa, lembrando que tanto a jusante como a montante existe um conjunto considerável de empresas fornecedoras de matérias primas e serviços, igualmente importantes naquele contexto, algumas das quais já em actividade nesta zona do país.

E os responsáveis pela iniciativa lembram que o processo evolutivo que o sector tem vindo a sofrer nos últimos anos obriga a que todos os seus actores se mantenham competitivos face não só às novas exigências do mercado como também da concorrência estrangeira, sobretudo aquela que chega da própria União Europeia através da vizinha Espanha.

 

 

IPP EM FESTA

No rescaldo do aniversário

O Instituto Politécnico de Portalegre comemorou, no passado dia 25 de Novembro, mais um aniversário. Uma data assinalada com a pompa e a circunstância que a cerimónia exigia e onde mais uma vez foi salientado o papel que aquela instituição tem tido no desenvolvimento da Região em que está inserida e do próprio país. Isso mesmo referiu Mata Cáceres, presidente da Câmara de Portalegre, que, na sessão de entrega dos prémios aos melhores alunos, sublinhou o papel que “o Politécnico de Portalegre tem tido na cidade e no Interior do País”.

Nuno Oliveira, presidente do Instituto, recordou o porquê do aniversário ser feito no dia 25 de Novembro, abrindo depois um pouco do véu sobre o futuro da instituição. Um futuro, que como referiu na última edição do Ensino Magazine é feito através da concretização de objectivos concretos que se traduzem em vitórias importantes. A construção das novas instalações da Escola Superior Agrária de Elvas, no Quartel do Trem, é um desses objectivos. Na entrevista concedida ao nosso jornal, dias antes da cerimónia de aniversário, Nuno Oliveira explicava que a quebra de investimento, por parte do Governo, no ensino superior não deverá condicionar essa obra.

“Relativamente às novas instalações da Superior Agrária, há dinheiro inscrito e requisitado em Piddac, pois já fiz despesas para a elaboração do projecto. Chegou-se mesmo a fazer um concurso público, que depois por vários motivos, acabou por ser anulado. Na reunião que mantive com o Ministro tive a oportunidade de lhe explicar aquilo que é o nosso ponto de vista para a Agrária de Elvas”.

No entender do responsável máximo do Politécnico de Portalegre, com o dinheiro já inscrito e requisitado em Piddac, “se houver uma comparticipação dos fundos comunitários – e não percebo por que é que o Prodep não intervém aqui -, o Estado português não necessita de despender qualquer verba. Pois para fazer a obra, que ronda o milhão de contos, se temos em nosso poder cerca de 160 mil contos, precisamos de mais 90 mil contos para a perfazer os 25 por cento da comparticipação nacional. Mas como temos a disponibilidade da Câmara de Elvas para apoiar a obra nesse montante, só necessitaremos da comparticipação comunitária”. Assim sendo, Nuno Oliveira acredita, que “vai haver, da parte do Ministro, abertura para que se possa vir a instalar a Escola Superior Agrária de Elvas com dignidade”.

MEDIDAS. O presidente do Instituto Politécnico de Portalegre defendeu, na mesma entrevista, a criação de medidas discriminativas positivas para o Interior. No seu entender essa é uma matéria há “muito defendida por nós. Na realidade, os Politécnicos do Interior representam para estas regiões uma mais valia que não pode, de forma nenhuma, ser desaproveitada pelo País”. Nuno Oliveira explicou: “o peso que um Politécnico de Portalegre, de Castelo Branco, Guarda, Bragança ou Beja, é proporcionalmente muito mais importante do que outros como Lisboa, Porto ou Coimbra. Daí que seja fundamental que exista, da parte de quem governa este País, a perspectiva que estas instituições são demasiado importantes para um desenvolvimento homogéneo, para a redução das assimetrias que todos dizem defender, mas que na prática nós não encontramos respostas activas nem reactivas. Não se pode exigir a um Instituto Politécnico, como o de Portalegre, nas condições em que trabalhamos neste momento, o mesmo que se exige a um Instituto de Lisboa ou de Setúbal. Isto da mesma forma que não se pode exigir ao Hospital de Portalegre o mesmo que se exige a um hospital central de Lisboa”. Segundo Nuno Oliveira é com essa discriminação positiva que será possível “ter condições para atrair técnicos, alunos, docentes e em suma ter condições para dar mais qualidade ainda ao ensino que estamos ministrando. O esforço que aqui fazemos é incomparavelmente maior do que aquele que é feito noutros politécnicos”.

DIPLOMAS. Na cerimónia protocolar de aniversário foram ainda atribuídos prémios aos melhores alunos pela Caixa Geral de Depósitos, Delta Cafés, Farmácia Esteves Abreu, Câmara Municipal de Portalegre e Câmara Municipal de Elvas, além da distinção aos melhores diplomados do 1º anos das diferentes escolas. Tal como também sucedeu em Castelo Branco, o Ensino Magazine atribuiu também os seus diplomas de mérito aos alunos que mais se destacaram no IPP, a saber: Sandrina Pereira (ESAE), Margarida Ferreira (ESEF), Carlos Pires (ESTG), Luísa Carvalho (ESE), Manuel Matos (ESAE), Maria Elizabete Oliveira (ESEF), Cidália Roque Anacleto (ESTG) e Sérgio Godinho (ESE).

 

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