Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano V    Nº50    Abril 2002

Politécnico

POLITÉCNICO ORGANIZA INICIATIVA

Crianças e sonho

O Gabinete de Apoio Psico-pedagógico do Instituto Politécnico de Beja vai organizar um espectáculo, no próximo dia 18 de Abril, denominado “As crianças, a música e o sonho”. Esta iniciativa integra actividades na área das expressões como música, expressão dramática e literatura infantil, as quais são dirigidas a crianças do pré-escolar.

A dinamização das actividades está a cargo de docentes e discentes dos cursos de Educação Musical e de Professores do 1º Ciclo da Escola Superior de Educação e por contadores de histórias da Biblioteca José Saramago.

Na parte da tarde irá realizar-se o projecto Músicos de Fraldas, do Orfeão de Leiria, o qual dinamizará workshops para alunos, profissionais de Educação Musical e de Educação de Infância, bem como para pais e crianças até aos cinco anos de idade.

De referir que esta iniciativa foi pensada essencialmente porque existe evidência empírica de que o ser humano tem uma maior aptidão musical quando nasce. Além disso, depois dos cinco anos de idade, a idade com que geralmente as crianças são admitidas nos conservatórios, talvez seja já demasiado tarde para desenvolver algumas aptidões musicais.

 

 

 

CULTURA EM VISEU

Grande Maio no Viriato

A Tempestade, de William Shakespeare, é a peça que estará em cena no Teatro Viriato, em Viseu, de 29 de Abril a 1 de Maio, a qual tem a duração de cerca de uma hora e é recomendada para crianças dos sete aos nove anos. A encenação está a cargo de Letizia Quintavalla, estando a interpretação a cargo de Flavia Armenzoni, Maria Maglietta e José Abreu.

De acordo com um texto do Teatro delle Briciole, “A Tempestade é algo mais, ou menos, do que um espectáculo: trata-se de uma iniciação ao teatro, uma lição de teatro talvez, certamente uma imersão na ficção no âmbito da qual o público se disponibiliza a viver uma tempestade, a ser envolvido pelo teatro e pelas suas formas. Partindo da misteriosa e mais límpida obra de Shakespeare, o espectáculo atravessa outras “tempestades”, para chegar à reflexão sobre a natureza do teatro, sobre as suas possibilidades e os seus limites”.

Ainda em Maio, mas entre 14 e 18, o Teatro Meridional vai estar no Viriato para mostrar Histórias 100 tempo, um espectáculo destinado a maiores de seis anos, mas ideal para toda a família, o qual é da autoria de Miguel Seabra e Natália Luíza e com interpretações de Carla Chambel, Carla Maciel, Dinarte Branco e Fernando Nobre.

Em relação a este espectáculo, o Teatro Meridional considera que “quatro actores brincam com a seriedade das emoções, contando segredos entre alegria e espanto, na descoberta sempre renovada do mundo. Partindo do desafio de contar uma história cuja linguagem expressiva, gestual, linguística e sonora seja inteligível em Trás-os-Montes, Paris ou África e que esteja aquém e além de todas as idades este espectáculo procura desenvolver características que, de alguma forma, se aproximem dum conceito universal de comunicação”.

Mais para o final do mês, dias 24 e 25, o teatro dá lugar à música, dado que sobe ao palco do Viriato o Cuarteto Cedron, um grupo de músicos franceses e argentinos que se estreiam em Portugal. Um espectáculo a não perder, conforme nos prova a crítica de Jean-Louis Barrault: “O que mais dizer do Cuarteto Cedron que já não tenha sido dito? Interpretações esplendorosas, textos finalmente escritos, arranjos soberbos. Um quarteto de virtuosos que guardou vivo, em Buenos Aires e no exílio, a sua consciência universal poética e musical. É grande, é corajoso, é lindo”.

 

 

NOVOS CURSOS NO POLITÉCNICO DE VISEU

Em banho maria

O presidente do Politécnico de Viseu, João Pedro de Barros, está insatisfeito com o congelamento de aprovações de novos cursos recentemente decidida pelo novo elenco do Ministério da Educação. “A informação que temos é que a aprovação de novos cursos ficou parada, pelo que vamos protestar essa decisão”.

O Politécnico de Viseu propôs ao Ministério a abertura de dois novos cursos para a Superior de Educação, três para a Escola Superior de Gestão de Lamego e um para a Superior Agrária. Para a Agrária foram ainda propostos dois cursos, pós-secundário, que certificam mas não acreditam, designadamente na área da vitivinicultura e na área agro-alimentar. Os cursos de licenciatura serão Informática Aplicada, Contabilidade e Auditoria, e outro curso de Guias Turísticos. Para a Superior de Educação foi proposto o Curso de Jornalismo e Marketing. Para a Agrária propôs-se o de Enologia.

Embora os pretenda ver todos aprovados, o presidente do Politécnico está sobretudo insatisfeito com a não aprovação do Curso de Enologia. “Se há cursos que podem ficar congelados, há outros que são absolutamente necessários, como é o caso do de Enologia. Estamos numa região de produção de vinhos e precisamos de formar técnicos nesta área”, afirma aquele responsável.

Para está também a passagem da Escola Superior de Enfermagem a Escola Superior de Saúde. “Essa alteração também parece estar congelada e não entendemos porquê. Agimos de acordo com a lei e cumprimos todos os preceitos, mas a transformação ainda não foi aprovada”. Parada está também a criação da Escola Superior de Artes. “Estávamos à espera da aprovação dessa escola, o que não aconteceu, pelo que até já perdemos o Ricardo Pais, que veio para Viseu e acabou por partir, uma vez que a escola não avançou”.

Ainda em relação à Superior de Artes, o presidente do Politécnico afirma ainda que fez “há pouco tempo uma comunicação ao Ministério a dizer que estava a perder a paciência. Uma foi proposta em Abril e outra em Junho de 1999. Tivemos então a indicação que a decisão estava por dias, mas a verdade é que ainda não foi aprovada”.

 

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