EST DE CASTELO BRANCO
Cooperação é
importante
A Escola Superior de Tecnologia abriu oficialmente mais um ano lectivo, no início deste mês. Com 1300 alunos e alguns prémios internacionais na bagagem, a EST continua a colocar todos os seus diplomados no mercado de trabalho. Mas a nota mais importante da cerimónia de abertura do ano escolar diz respeito ao facto de este ser o último ano em que aquele organismo funcionará em regime de instalação. Facto salientado pelo director da instituição, Francisco Lucas e por Valter Lemos, presidente do Politécnico de Castelo Branco, que vai contribuir ainda mais para a afirmação da EST no panorama nacional.
Francisco Lucas apresentou as contas da instituição, que além dos mais de mil alunos, englobam os 110 docentes e 60 funcionários, 20 laboratórios e cerca de 250 mil contos investidos na aquisição de equipamento para laboratórios, em bibliografia e visitas de estudo. Números que são acrescidos pela “elevada taxa de empregabilidade que os nossos diplomados encontram no mercado de trabalho. Neste momento os mais de 200 bacharéis e os licenciados estão empregados ou a prosseguir os seus estudos”, explica. O Director da Superior de Tecnologia sublinha também o facto de alguns dos alunos “formados na escola serem funcionários da EST, quer como encarregados, quer como docentes”.
A cooperação que a Superior de Tecnologia tem promovido junto de diversas entidades foi outra das áreas sublinhadas pelo director da EST. Aliás, durante a cerimónia foi assinado mais um acordo, agora com a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (Appacdm). Um protocolo que vai permitir à EST o desenvolvimento de projectos de investigação tecnológica, e que implementará também uma página Internet na própria Appacdm de Castelo Branco. Para Dias de Carvalho, presidente daquele organismo, “o acordo vem provar que as novas tecnologias são indispensáveis para todo o cidadão, mas também podem levar à integração dos deficientes. E é para que as novas tecnologias sejam úteis que é importante desenvolvermos este espírito de cooperação”. Valter Lemos, presidente do Politécnico, reforçou a importância da cooperação que a Escola tem tido para com diferentes entidades. “O maior número de protocolos que assinei enquanto presidente do Instituto pertencem à EST. A escola tem feito um magnífico trabalho e apresenta uma característica fundamental, pois é uma instituição virada para fora. Por outras palavras, a EST é um bom exemplo dos novos tempos, onde existe um grande intercâmbio entre a escola e o exterior, afastando por completo a velha tradição académica da torre de marfim, onde os responsáveis universitários só se preocupavam com o que acontecia dentro das suas instituições”.
Ainda no âmbito dos trabalhos desenvolvidos, Francisco Lucas destacou o primeiro prémio alcançado na Dinamarca (linguagem gestual), o primeiro lugar obtido, entre Institutos Politécnicos, no Concurso de Betão Estrutural, a excelente classificação da equipa da EST na prova Shell Eco-Marathon, com um veículo desenvolvido na
escola.

AGRÁRIA DE CASTELO
BRANCO, 22 ANOS DEPOIS
À procura da
Veterinária

“A criação das licenciaturas em Engenharia Biológica/Alimentar e Medicina Veterinária são propostas sustentadas e, como tal, necessárias à Região e ao País”. As declarações são de José Carlos Gonçalves, director da ESA de Castelo Branco que falava à comunidade escolar e à imprensa durante a abertura oficial do ano lectivo naquele estabelecimento, no passado dia 21. José Carlos Gonçalves reforçava de novo a ideia de ser necessária a criação daqueles dois cursos, que em seu entender vem de encontro aos desafios do futuro.
Vinte e dois anos depois, a Escola Superior Agrária continua empenhada em ser uma instituição virada para o desenvolvimento e para a comunidade. Considerada pelos seus responsáveis como uma das melhores a nível nacional, nas últimas duas décadas muitas transformações se verificaram, sobretudo no que respeita aos sistemas de exploração, transformação e de gestão do sector primário. Alterações que levam José Carlos Gonçalves a considerar importante a criação daquelas duas novas licenciaturas. “A principal transformação foi a significativa interdependência entre o sector produtivo e o sector da transformação alimentar, com a consequente preocupação ambiental. Há 22 anos davam-se os primeiros passos daquela que veio a ser chamada de revolução biotecnológica, e desde então, não se puderam dissociar os aspectos da capacidade produtiva com a investigação e aplicação do desenvolvimento tecnológico daí obtido”.
José Carlos Gonçalves recordou ainda que “foi crescendo em todos os cidadãos e consumidores uma consciência ecológica, com absoluta necessidade de integrar os aspectos do desenvolvimento tecnológico, com o facto de não comprometermos o equilíbrio do nosso planeta e o bem estar de todos os seres vivos”. É perante esta reflexão que aquele responsável lembra que é preciso “tomarmos consciência das dificuldades que também neste sector se nos afiguram quanto à definição dos modelos de formação e tipos de matrizes formativas que se exigem ao nível do ensino superior. Por isso considero que esta nova realidade deve ser motivo de reflexão permanente e como tal capaz de responder e de se adaptar aos modelos de formação adequados”. Foi precisamente com aqueles argumentos que José Carlos Gonçalves reclamou os novos cursos de licenciatura.
O director da ESA lembrou também a procura dos candidatos para formação superior no sector agrícola. “Os resultados deste ano são o reflexo das transformações que descrevi”. José Carlos Gonçalves teceu ainda críticas ao facto de se terem criado novas escolas agrárias, quando elas não eram necessárias ao País, dando como exemplo a criação do curso de engenharia das Ciências Agrárias na Universidade do Porto.
PROTOCOLO. Com 1400 alunos, a Escola Superior Agrária de Castelo Branco continua, a dar um forte contributo para o desenvolvimento da Região. Exemplo disso e da forte ligação com o meio exterior está a assinatura de quatro protocolos, com a Associação de Agricultores da Cova da Beira, Adegas Cooperativas da Covilhã e do Fundão, e com a empresa Ecocampo. Acordos que visam estreitar a colaboração entre as quatro instituições e a Superior Agrária, nos domínios da investigação e aconselhamento técnico.
Protocolos que no entender de Valter Lemos, presidente do Instituto Politécnico, “vêm cumprir um dos objectivos do ensino superior politécnico e da ESA, que passa pela profunda ligação às áreas de trabalho com as quais estão relacionados. Os politécnicos foram concebidos para contribuírem para o desenvolvimento da Região, onde se inclui a prestação de serviços à comunidade, através das unidades orgânicas e este é apenas mais um exemplo dessa ligação”, explicou Valter Lemos. O presidente do Politécnico lembrou também que “cada vez que se assina um protocolo é dado mais um passo nesse
sentido”.

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