Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano IV    Nº39    Maio 2001

Politécnico

ALUNA DA ESART VENCE PRÉMIO

A arte dos arcos

Raquel Pinheiro, aluna do curso de música da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (ESART), acaba de vencer o 3º Concurso Internacional de Arcos Júlio Cardona. Uma iniciativa que se realizou, no último mês na Covilhã, onde participaram 40 jovens. “Há dois anos também tinha participado no concurso, passei à final mas acabei por não ganhar. Este ano era o último em que podia participar, já que limite de idades é 18 anos, pelo que decidi inscrever-me”, conta ao Ensino Magazine Raquel Pinheiro.

Além do prémio conquistado, a aluna da Esart, natural da Covilhã, recebeu também o troféu da melhor intérprete da cidade serrana. “A participação no concurso obrigou-me a uma preparação específica, onde o papel do professor Rogério Peixinho foi importante. Tivemos que alterar o reportório, mas valeu a pena o esforço”, adianta. Para chegar à fase final, Raquel Pinheiro teve que interpretar, no seu violoncelo, a segunda suite de Bach, os 2º e 3º andamentos de uma sonata de Sann Martini e uma peça obrigatória de Claudio Carneiro. “Na final interpretei o tema phantasiestucke, de Hindemith e o concerto em lá menor de Saint-Saens”, diz.

Quando se inscreveu no concurso, Raquel Pinheiro confessa que “sempre acreditou que teria hipóteses de conquistar um prémio. Obtive o segundo com outro concorrente, o que foi óptimo, pois o primeiro não foi atribuído a ninguém”. Depois da excelente participação no concurso da Covilhã, a jovem estudante da Esart está a prepara-se “para em Julho participar no Prémio de Jovens Músicos de Lisboa”.

Apesar de jovem, Raquel Pinheiro apresenta um currículo importante na sua formação. “Participei em diversos seminários de orquestra, com maestros como Leornardo de Barros, Luís Cipriano, António Oliveira e Silva, Arnauld Allum, Ernest Shell ou Cristopher Bachnan. Além disso integrei estágios fora do País, através da Epabi”, explica. A acrescentar aos estágios, estão também os concertos onde participou, não só em Portugal, como em Itália, Espanha e França.

Ligada à música desde os 11 anos, e depois de ter estudado na Epabi, na Covilhã, onde também foi acompanha por um dos seus professores no momento, Rogério Peixinho, Raquel Pinheiro, sublinha que “quando fiz as provas de acesso ao ensino superior estava decidida em vir estudar para Castelo Branco. Aliás só concorri para a Esart”. Uma aposta que a está a deixar satisfeita, pois considera que a “escola tem um bom ambiente”. No futuro, os seus objectivos passam por concluir o curso, depois quem sabe se o ensino da música será uma aposta, ou se o sonho de tocar a solo numa orquestra será concretizado.

 

 

ALUNA DA ESE DE CASTELO BRANCO

Ana Hormigo e a arte do Judo

Ana Hormigo, 20 anos, é estudante do 2º ano do curso de Línguas e Secretariado da Escola Superior de Educação. Mas é no desporto que se tem destacado, mais concretamente no judo, modalidade em que conquistou títulos nacionais por seis vezes. Nos passados dias 19 e 20 de Maio participou no Campeonato da Europa de Judo, na categoria sénior. A atleta da Academia de Judo de Castelo Branco representou Portugal e apesar de ter perdido com a turca Nese Sensoy, considera positiva a sua presença na prova. “Foi a primeira vez que participei no Europeu de seniores, pelo que o meu objectivo era ganhar rodagem para o futuro e ao mesmo tempo conhecer as possíveis adversárias no circuito europeu, onde tenho competido”, disse.

A atleta da Academia de Judo de Castelo Branco pratica a modalidade desde os oito anos de idade, e hoje é uma das promessas do judo nacional. “Vou continuar empenhada em estudar, mas não vou desistir do judo”, lembra. A medalha de bronze alcançada por Nuno Delgado nos jogos Olímpicos de Sidney, veio dar um novo alento à geração mais jovem do judo português. “Foi uma motivação muito grande para nós. Agora, o objectivo passa por conseguir os mínimos para os Jogos Olímpicos de Atenas em 2004. O trabalho que estou a desenvolver visa alcançar essa meta”, diz Ana Hormigo, que apesar de ser atleta de alta competição, sentiu, ao princípio, uma certa dificuldade na ESE de Castelo Branco, “pois não aceitava muito bem o facto de eu ter que faltar a algumas aulas e de poder fazer as frequências noutra data diferente dos meus colegas. Mas isso agora está ultrapassado”.

Com participações nos mundiais de juniores e em diversas provas internacionais de judo, Ana Hormigo, que já tem no seu palmarés seis títulos de campeã nacional (dois em cada uma das seguintes categorias: juvenil, júnior e sénior), está a participar no circuito europeu de judo. “Neste momento ainda existem algumas diferenças entre o judo português e o de outros países da Europa”, sublinha a atleta, que depois conclui: “isso verifica-se sobretudo nas decisões da arbitragem, que em caso de dúvida prejudicam o nosso País”.

Aquela teoria é também confirmada pelo seu técnico, Jorge Fernandes, para quem a “Ana Hormigo foi prejudicada no último Campeonato da Europa, uma vez que a turca Nese Sensoy deveria ter sido penalizada por diversas vezes o que não aconteceu”. O treinador albicastrense atribui esse facto aos muitos votos que têm os países de leste no judo internacional, o que pode condicionar também a arbitragem. Mas há outros aspectos que também podem ficar condicionados, como a realização de eventos importantes. “Portugal candidatou-se à realização do Campeonato da Europa de Judo de 2004. Todos estão de acordo que o nosso País é o que tem melhores instalações, com a possibilidade de utilização do Pavilhão Atlântico, mas a Jugoslávia, com menos estruturas, poderá ser o País escolhido”, refere Jorge Fernandes.

Com 500 sócios (todos eles praticantes em diversas modalidades), a Academia de Judo de Castelo Branco inaugurou recentemente a sua nova sede social. Uma estrutura com mil metros quadrados, que proporciona aos seus associados diferentes modalidades, desde o judo, karaté, defesa pessoal, ginástica de manutenção, ginástica aeróbica, ginástica acrobática, musculação ao cardio fitness. “Além disso é prestado todo o apoio complementar com massagens e sauna”, adianta Jorge Fernandes, que tem na Academia “atletas desde os 3 aos 60 anos de idade”
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