POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO
Saúde no centro da
cidade
A Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, recentemente criada, poderá vir a utilizar um edifício localizado no centro da cidade, perto das instalações da ex-Escola Superior de Enfermagem. A garantia foi dada pelo próprio presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Valter Lemos, ao Ensino Magazine. De acordo com aquele responsável, caso se concretize o negócio, já no próximo ano lectivo a Escola Superior de Saúde funcionará, em parte nessas instalações e no edifício da antiga escola de enfermagem.
Com o aumento do número de cursos e do número de alunos, o imóvel que está a ser negociado, situado no coração da cidade, permitirá que as aulas ministradas na Escola Superior Agrária a alunos da escola de saúde, venham a ser leccionadas nas novas instalações. De acordo com Valter Lemos, se as negociações chegarem a bom termo quanto ao aluguer das instalações, as aulas do próximo ano lectivo vão ser ministradas nesse mesmo imóvel. “O Politécnico e a autarquia estão em negociações com um imóvel situado no centro da cidade, perto da actual escola, e pensamos que até ao final do mês as negociações fiquem encerradas”, explica Valter Lemos.
No próximo ano lectivo, além da licenciatura em enfermagem, a Escola de Saúde terá já a funcionar os cursos de análises clínicas e de saúde pública, e o de fisioterapia, pelo que o aluguer das novas instalações virá solucionar o problema de espaço da nova escola, enquanto as instalações definitivas, a construir junto à avenida do empresário, não estiverem concluídas.
Com a criação da Escola Superior de Enfermagem Dr. Lopes Dias, Valter Lemos vê concretizado um dos objectivos da Politécnico de Castelo Branco, que de acordo com aquele responsável “foi pioneiro na apresentação do projecto”. Um projecto entregue ao Ministério da Educação há já alguns anos, mas que só agora veio a ser aprovado, após a integração das escolas de enfermagem nos respectivos institutos politécnicos.
GESTÃO. A Escola Superior de Saúde vem juntar-se assim às escolas superiores Agrária, de Educação, Tecnologia, Gestão e Artes Aplicadas, o que torna o Instituto Politécnico de Castelo Branco como um dos que possui um maior número de escolas no País. Apesar da criação da Escola Superior de Saúde, Valter Lemos esperava, já para este ano, a aprovação do curso de licenciatura em marketing, para a Escola Superior de Gestão. “Trata-se de um curso fundamental para Esgin. Espero que a nova equipa ministerial compreenda isso, já que essa situação não foi assim entendida pelo anterior secretário de Estado do Ensino Superior”.
Valter Lemos lembra também que além daquele cursos, um outro, mas na Escola Superior Agrária, também não foi aprovado. “Nas escolas agrárias não foram aprovados novos cursos a nível nacional. No entanto, no nosso entender, o curso de Engenharia Alimentar é bastante importante e iria diversificar as áreas de ensino da Escola Superior Agrária de Castelo Branco. Vamos voltar a discuti-lo com o ministério, para que possa ser aprovado”. O presidente do Politécnico de Castelo Branco sublinha também o facto de “todos os cursos do Instituto terem nota mínima de acesso. Nos últimos anos o Ministério da Educação tem sugerido às instituições que estabelecessem nota mínima. Até ao último ano lectivo só a Escola Superior de Gestão e dois cursos da Escola Superior de Tecnologia é que não tinham nota mínima. Nessa matéria optámos por uma política progressiva, pois não colocámos nota mínima em todos os cursos, mas fizemo-lo de uma forma progressiva, pelo que a procura pelos cursos do Instituto não sofreram quebras”.
ALUNOS. Pela primeira vez o número de alunos diminuiu enquanto que o número de vagas de acesso ao ensino superior aumentou, pelo que há áreas que se poderão ressentir casos das engenharias, gestão e direito. No entender de Valter Lemos, a maior procura deverá ocorrer nos curso relacionados com a área de saúde. “No Politécnico de Castelo Branco a procura tem sido sustentada, mas neste momento há um problema com que o Interior se debate. É que havendo quebras de procura, o Interior do País é o primeiro a ressentir-se, daí que não concorde com o aumento do número de vagas no litoral do País”.
O presidente do Politécnico de Castelo Branco reforça a sua ideia com o facto dos últimos censos terem demonstrado que as cidades do interior não terem perdido população, tendo algumas delas aumentado o seu número de habitantes. Facto que no entender de Valter Lemos também está relacionado com o ensino superior existente nessas cidades. “Isso verificou-se em Castelo Branco, onde o ensino superior contribuiu para esse aumento ou então impediu o esvaziamento da região. Só em Castelo Branco estudam cerca de três mil estudantes de fora do Distrito. Muitos acabam por ficar, mas mesmo nos casos em que isso não sucede vêm novos estudantes para a cidade”.
É dentro daquele perspectiva que Valter Lemos considera o Distrito de Castelo Branco como “um importador líquido de jovens estudantes. Entre o número dos que terminam o ensino secundário e os que entram para o ensino superior existe um saldo positivo em cerca do dobro. E o ensino superior é a única maneira de contrariar, de forma sustentada, a perda da população. Ou seja trata-se também de uma questão de política nacional para contrariar a desertificação. Ao nível do ensino superior há soluções para evitar a desertificação”.

UNIVERSIDADE EM VISEU
Problema
nacional
A criação de uma unidade orgânica da Universidade de Aveiro em Viseu não é um problema de Viseu contra Aveiro. É um problema de política geral de ensino superior. Quem o afirma é o presidente do Politécnico de Castelo Branco e da Associação dos Institutos Politécnicos do Centro, Valter Lemos. Na opinião do também membro do Conselho Coordenador do Institutos Politécnicos, “não podemos encaminhar o problema como se fosse de pessoas ou de instituições, é isso sim um problema de política geral de ensino superior. A posição dos politécnicos, é que havendo uma Instituto Politécnico em Viseu não faz sentido criar-se, ao lado, uma instituição universitária pública”.
No entender dos institutos politécnicos, “o desenvolvimento do ensino superior público deve orientar-se por uma rede universitária e politécnica, não fazendo sentido que se duplique essa rede no País. Deve, isso sim, é ser complementar. É isto que nós defendemos, até porque a imagem social e o efeito sociológico sobre o ensino universitário e politécnico, de que resulta a ideia que o universitário é mais nobre, com essa duplicação está-se a dar um sinal que apoia essa ideia. O que não corresponde à verdade. No nosso entender a solução de criar mais uma instituição de ensino superior em Viseu não é correcta”. Valter Lemos diz mesmo, que de resto, a ideia da duplicidade de instituições, foi também criticada por alguns dos membros do actual ministério. “A haver necessidades de desenvolvimento do ensino superior público em Viseu, tudo deve ser feito no âmbito do Instituto Politécnico de Viseu, sejam as escolas designadas politécnicas ou universitárias”.
Quanto ao novo Ministério da Educação, Valter Lemos lembra que os novos membros do ministério “tem provas dadas de saber fazer e de fazer bem. Há um salto qualitativo da anterior equipa para esta. Não quero com isto dizer que as pessoas da anterior equipa não fossem de altíssimo gabarito, mas o seu desempenho ficou abaixo das expectativas”. O presidente do Politécnico de Castelo Branco considera que a nova equipa não foi escolhida por trabalho político, mas sim pelo trabalho desenvolvido no ensino, pelo que estão criadas expectativas muito positivas quanto ao desempenho das suas funções.
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ESART DE CASTELO BRANCO
Fórum da Imagem
A Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco vai organizar o seu primeiro Fórum da Imagem, de 1 a 5 de Outubro, nas instalações que possui no edifício do Cine-Teatro Avenida, e que trará à região figuras do mundo da comunicação, casos de Pinto Balsemão, Carlos Correia, da Universidade Nova de Lisboa, e Ángel Espina Barrio, da Universidade de Salamanca.
Aquelas três personalidades irão participar em palestras sobre fotografia, vídeo e multimédia, as temáticas desta primeira edição de um fórum que, segundo o director da escola, Fernando raposo, deverá acontecer todos os anos, sendo que poderá assumir outros temas, designadamente os de gravura, design gráfico, entre outros.
Além das palestras agendadas e que serão abertas ao público em geral, decorrem várias exposições associadas ao fórum. Uma delas será de tipografia, da autoria de Jorge dos Reis, docente da Escola Superior de Belas Artes e da Esart. A organização do Fórum está ainda a diligenciar junto do Centro Português de Design, no sentido de conseguir uma exposição de cartaz.
Uma outra exposição será composta pelos trabalhos de um concurso de fotografia sobre a problemática das minorias. Na área da fotografia decorrem ainda exposições dos fotógrafos profissionais Carlos Ramos e Paulo Almeida, que se deslocam a Castelo Branco para participarem em workshops de fotografia.
Os workshops a realizar passam ainda por outras áreas, pelo que estarão na Esart várias personalidades do mundo da imagem, como Fernando Pinho, editor da RTP Porto, e ainda Paula Silva Porto, uma técnica da Universidade de Aveiro na área da multimédia. Entre os professores da escola, Carlos Reis apoia a área do vídeo, Paulo Afonso estará na multimédia e Alexandra Cruchinho na fotografia.
De referir que os workshops estão limitados a 10 participantes e destinam-se a alunos do Secundário e do Superior que estudem nestas áreas, bem como a profissionais destes domínios, nomeadamente docentes, fotógrafos, operadores de câmara, entre outros. Os interessados devem contactar a escola pelo mail
info-esart@esart.ipcb.pt e podem obter a ficha de inscrição no site
www.esart.ipcb.pt.

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