POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO

Balanço positivo na Escola de Gestão

O director da Escola Superior de Gestão, João Ruivo, considera positiva a evolução que aquele estabelecimento de ensino teve desde a sua fundação, e lembra que “o ano lectivo 2000/2001 foi um ano charneira no que respeita à transição de um regime de instalação para o regime estatutário. A direcção investiu muito na criação de condições para o bom funcionamento interno da escola. Assim, todos os órgãos internos deste estabelecimento iniciaram as suas actividades e dotámos a Esgin de todas as infra-estruturas materiais e humanas, que permitem aos docentes, funcionários e alunos desenvolverem o seu trabalho da melhor forma”.

Com cerca de 650 alunos, a Escola Superior de Gestão integra um campus de ensino superior que João Ruivo considera como execelente. “Ao nível das infra-estruturas estamos muito bem equipados. A escola possui boas salas de aula, salas de informática - com ligação à Internet, que podem ser utilizadas pelos alunos-, uma excelente biblioteca, uma residência de estudantes nova, gabinetes de docentes únicos ao nível do Politécnico e uns serviços centrais instalados num palacete completamente renovado. Neste momento estamos a proceder à instalação da rede de ar condicionado, para melhorar ainda mais as condições de trabalho”.

A leccionar os cursos de bacharelato de Contabilidade e Gestão e de Licenciaturas bi-etápicas nos ramos de Contabilidade e Gestão Financeira, Contabilidade e Gestão de Recursos Humanos, e Contabilidade e Informática, a Escola Superior de Gestão, está já a pensar no futuro. A abertura de uma licenciatura bi-etápica em Marketing é uma aposta. “Este ano apresentámos a candidatura desse curso, mas a Secretaria de Estado da Educação entendeu não deferir a candidatura, pelo que iremos candidatá-lo para o ano. Continuamos a considerar, não só nós como o Nercab, o Observatório de Emprego, a Associação Comercial e outras entidades, que na zona centro do País faz falta um Curso de Marketing, já que não existe nenhum a funcionar”.

O director da Escola Superior de Gestão refere que a aposta passa também pela criação de cursos de formação pós-graduada e especializada e de cursos de curta duração. Cursos que irão funcionar em colaboração com outras instituições. “Estamos a pensar fazer cursos de curta duração, para técnicos ligados ao sector privado ou às autarquias, no que respeita à gestão de recursos urbanos, naturais e ambientais. Um outro curso de formação especializada que deverá avançar é o de contabilista, em horário pós laboral. Uma formação que iremos desenvolver com o Nercab. Além disso, vamos também promover um curso de gestão, na área de recursos de saúde, em colaboração da Escola Superior de Saúde”, explica João Ruivo.

A reestruturação interna da Escola Superior de Gestão englobou também a criação de três novas estruturas naquele estabelecimento de ensino superior, casos dos centros de Recursos, de Arquivo e Documentação; de Investigação e Desenvolvimento; e de Informação e Divulgação. “São estruturas importantes para o desenvolvimento da escola, para as quais já foram nomeados os respectivos coordenadores. Além disso, criámos três departamentos, de Ciências Sociais e Económicas; Contabilidade e Gestão; e de Matemática e Estatística. Departamentos que também já viram nomeados os respectivos coordenadores”.

E se internamente a escola melhorou, junto da comunidade a imagem daquele estabelecimento também saiu reforçada. No último ano lectivo “organizámos quatro grandes conferências, onde estiveram presentes uma média de 150 pessoas, e apoiámos a organização das jornadas de Educação Física e Desporto Escolar, da responsabilidade da Apef e do Centro Área Educativa, o que nos permitiu trazer até à escola cerca de 350 participantes, de todo o País”.

HOMENAGEM. O antigo director da Escola Superior de Gestão do Politécnico de Castelo Branco (Esgin), Domingos Rijo, acaba de ser distinguido com uma festa de homenagem (na foto), organizada por aquele estabelecimento de ensino superior. Domingos Rijo foi um dos fundadores da Esgin e da Escola Superior de Educação. A cerimónia foi simples, por vontade expressa do homenageado, e participaram nela cerca de uma centena de pessoas.

Durante a homenagem foi atribuído o seu nome ao auditório da escola, que agora passará a chamar-se auditório Domingos Rijo. A cerimónia terminou com um porto de honra.

EM VISEU

Ensino à distância avança

O Instituto Politécnico de Viseu acaba de dar um passo decisivo no ensino à distância, com a criação do Núcleo de Ensino-Aprendizagem à Distância (NEAD) um organismo ligado à intervenção no esforço de combate ao insucesso escolar, recorrendo às novas tecnologias, nomeadamente à Internet, mas que não pretende ficar apenas por aí, podendo vir a ter uma influência importante na alteração de hábitos de auto-aprendizagem entre os alunos do Politécnico.

É que aquele organismo tem a missão de concretizar um objectivo do Politécnico, o qual definiu como necessidade estratégica conseguir ser detentor de uma plataforma, na vertente tecnológica e de massa crítica, capaz de lhe permitir disponibilizar formação (distribuída e/ou à distância) a terceiros ou entre terceiros. Em suma, os alunos poderão ter acesso a informações sobre determinadas disciplinas, as quais serão disponibilizadas on-line.

O Politécnico responde assim à grande procura de mecanismos acessíveis de transmissão de conteúdos educativos, começando precisamente pela ligação entre a escola e os alunos, numa lógica de desenvolver a auto-formação. Ao mesmo tempo, há no entanto o cuidado de alertar os alunos para o facto das informações disponibilizadas na Net não substituírem as aulas, mas sim de as complementarem, dado que o projecto se destina, para já, a alunos ordinários do Politécnico.

DISCIPLINAS. Para já existe um conjunto de disciplinas abrangidas pelo projecto, sendo maioritariamente leccionadas pelo departamento de Matemática, o que se justifica porque aquelas disciplinas apresentam, por um lado, um elevado índice de insucesso e, por outro, uma larga abrangência, por fazerem parte do currículo de vários cursos.

A leccionação dessas disciplinas em cada curso tem de cumprir os requisitos próprios do curso e funciona, portanto, como se se tratasse de disciplinas diferentes. O que se pretende é explorar o facto destas disciplinas manterem, entre si, bastantes similaridades, tendo contudo requisitos específicos, que se podem traduzir no acréscimo ou decréscimo de unidades curriculares ou na administração de unidades em diferentes graus de profundidade.

As disciplinas leccionadas pelo Departamento de Matemática, envolvidas neste projecto, envolvem as áreas da Estatística, Análise Matemática e Matemática para a Gestão. As restantes disciplinas envolvidas no projecto são leccionadas pelo Departamento de Informática e basicamente são disciplinas de introdução à informática e verificam também a característica de serem leccionadas a vários cursos, com programas curriculares semelhantes.

Tendo em conta que um dos grandes entraves comummente apontado à implantação destas novas metodologias é a resistência dos docentes à mudança, o NEAD temeu, nas suas origens, pela viabilidade deste projecto fora das fronteiras do Departamento de Informática. No entanto, desde os primeiros contactos estabelecidos com o Departamento de Matemática, obteve o maior apoio. Desde então, os seus elementos têm-se mostrado empenhados em embarcar nesta aventura e é com frequência que surgem conversas de corredor sobre esta temática.

Entretanto, outros docentes, de outros departamentos, tendo tomado conhecimento do projecto, manifestaram também o seu interesse em participar, pelo que é de esperar que até Setembro a lista de disciplinas possa ainda crescer, mas esse crescimento não poderá ser muito grande, dado que terá de existir capacidade de resposta para as solicitações, manutenção, monitorização e outros aspectos, para cada uma delas.

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