Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano IV    Nº36    Fevereiro 2001

Politécnico

ESGIN RECEBE APEF

O desporto e a Escola

A Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova foi o local escolhido pela Associação de Profissionais de Educação Física de Castelo Branco e pelo Centro de Área Educativa de Castelo Branco, para a realização das 1ª Jornadas de Educação Física e Desporto Escolar. Uma iniciativa agendada para os dias 26 e 27 de Abril, e que segundo José Felgueiras e Luís Santos, responsáveis pelas Jornadas, pretende ser “um espaço para debate e reflexão sobre as mais variadas questões relacionadas com os métodos e problemas desta área de conhecimento”.

De acordo com a organização, as jornadas estão divididas em quatro secções temáticas, subordinadas aos temas “Metodologias e Planeamento do Treino com Jovens”, “Avaliação e Controlo do Processo de Treino”, “Traumatologia Desportiva e Primeiros Socorros” e “Aspectos psicológicos ligados à actividade”. Temas que serão abordados respectivamente por Jorge Vieira (director técnico nacional da Federação Portuguesa de Atletismo), Paulo Colaço (da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto), Júlio Fernandes (Coordenador Distrital da Saúde dos Adolescentes) e José Alves (Escola Superior de Desporto de Rio Maior).

Além das secções temáticas, as jornadas são ainda compostas pelas comunicações livres, com o máximo de 10 minutos e cinco minutos para debate. As inscrições já se encontram abertas, até ao dia 23 de Março, e de acordo com a organização tem o limite de 150 participantes.

Quem também se mostrou satisfeito com a realização das jornadas em Idanha-a-Nova foi o próprio presidente da autarquia. Para Francisco Baptista, as jornadas “vêm de encontro aos objectivos da câmara, no que respeita à promoção dos valores desportivos”. O autarca lembrou mesmo que a “Câmara tem apoiado a escola C+S no pentatlo, e que está a fazer um grande investimento em todo o concelho na criação de estruturas para o desporto. Além disso, em Idanha-a-Nova, estamos a investir cerca de 120 mil contos na recuperação do Estádio Municipal, que ficará relvado”.

Já João Ruivo, director da Escola Superior de Gestão, considerou que “Idanha-a-Nova tem as melhores condições do país para se estudar. Tem uma excelente escola, uma residência de estudantes ímpar, piscinas, um centro cultural entre outras valias, que fazem desta vila um campus politécnico único no País”.

 


Programa

Quinta-Feira 26 de Abril

09h00 - Recepção e entrega de documentação

10h00 - Sessão de Abertura

10h30 - Secção 1 (Conferência/debate)
Metodologia e Planeamento do treino  com Jovens
Dr. Jorge Vieira

11h30 - Coffee Breack

11h45 - Comunicações livres

12h30 - Almoço

15h00 - Secção 2 (Conferência/debate)
Avaliação e Controlo do Processo de Treino
Dr. Paulo Colaço

16h00 - Coffee Breack

16.15 - Comunicações livres

17h00 - Encerramento dos Trabalhos



27 de Abril - 6ª Feira


10h00 – Secção 3 (Conferência/debate)
Traumatologia Desportiva e Primeiros Socorros
Dr. Júlio Fernandes

11h00 – Coffee Breack

11h30 - Comunicações livres

12h30 - Almoço

15h00 - Secção 4 (Conferência/debate)
Aspectos Psicológicos Ligados à Actividade
Doutor José Alves

16h00 – Coffee Breack

16h15 - Comunicações livres

17h00 - Sessão de Encerramento

 

 

ESE DE PORTALEGRE

Nos caminhos do desenvolvimento

Fundada há 15 anos, a Escola Superior de Portalegre tem vindo a cumprir os seus objectivos. Instalada bem no centro da cidade são vários os projectos que está a desenvolver em prol da Região. Abílio Amiguinho, presidente do Conselho Directivo, desde 1996, mostra-se satisfeito com o desenvolvimento que a Escola teve, mas considera que se têm que descobrir novos caminhos para o futuro. Caminhos, que no entender daquele responsável podem passar pelos complementos de formação. “O trabalho que fizemos e fazemos com os professores poderíamos fazê-lo junto de outro tipo de público”.

Abílio Amiguinho lembra que o futuro das Escolas Superiores de Educação passa também pela formação ao longo da vida. “Este ano propusemos cinco cursos de complemento de formação, nas áreas da Supervisão Pedagógica, Administração Escolar, Gestão e Animação, Animação Sócio-Cultural e Comunicação Educacional e Gestão da Informação. Áreas que um dia mais tarde poderão servir para cursos especializados para outros públicos. É que aqui podem existir condições para uma outra formação que não seja apenas a inicial”. 

O presidente da ESE lembra ainda que “quando as ESEs foram criadas tinham como objectivo não só a formação inicial, mas também fazerem a formação contínua e em serviço. E se a formação em serviço se juntou à formação inicial e foi assim que começou a Escola Superior de Portalegre, já na formação contínua isso não aconteceu, pois esse trabalho foi sempre considerado um parente pobre da intervenção das ESEs. E se a partir de 1992/93 tivemos algum trabalho nesse âmbito foi graças aos quadros comunitários de apoio”.

Apesar da formação contínua ter ficado aquém das expectativas, a intervenção da ESE de Portalegre no meio onde está inserida tem sido muito positiva, no entender de Abílio Amiguinho. “Temos feito diversas parcerias com diferentes instituições e implementámos projectos no terreno, como acontece com os programas Internet na Escola, Escolas Rurais ou Luta Contra a Pobreza. Também no capítulo da investigação foi feito um trabalho significativo”.


INSTALAÇÕES. Com 1200 alunos, a ESE de Portalegre está a tentar resolver o problema da falta de espaço. “Começámos a leccionar com 200 alunos e hoje temos mais mil. O que significa um crescimento assinalável. Só que as instalações não cresceram e esse é um dos nossos principais problemas. O edifício foi o antigo Liceu Nacional de Portalegre e estava preparado para receber cerca de 400 alunos”. Um problema que, segundo Abílio Amiguinho, tem sido resolvido com a utilização “do edifício dos serviços centrais do Instituto Politécnico”.

A criação de uma extensão da Escola Superior de Portalegre noutro ponto da cidade parece ser a solução encontrada pelos responsáveis do Instituto e da ESE. “Nos últimos anos temos vindo a fazer esforços para criar uma extensão da escola dentro da própria cidade, pois consideramos que ao termos a escola no centro histórico é um factor de dinamização de Portalegre. Não querendo sair daqui, foi mais difícil arranjar soluções. Mas neste momento o Instituto Politécnico irá adquirir um terreno, onde será instalada a nova extensão da ESE. O que se traduz na construção de mais oito salas de aula, gabinetes para docentes e espaços de apoios”.

A solução apresentada por Abílio Amiguinho deve ser concretizada daqui a três anos. Daí que o Conselho Directivo da ESE esteja já a ponderar o aluguer de um espaço para solucionar o problema. “O grande salto da Escola Superior de Educação foi dado em 1999/2000, altura em que ultrapassámos os mil alunos, o que colocou os nossos espaços alternativos à beira da ruptura”, explica.


FORMAÇÃO. Com 95 docentes, cinco dos quais com o grau de doutor, e 35 com o de mestre, a Escola Superior de Educação tem vindo a aumentar o número de cursos de formação inicial. “Desde 1997/98 que apostámos em áreas diferentes. Apostámos, então, em cursos de Animação Educativa e Sócio-Cultural, Jornalismo e Comunicação, e Turismo e Termalismo. São cursos com uma componente curricular bastante forte, em termos de estágio, para sublinhar o carácter profissionalizante dos politécnicos”. Abílio Amiguinho diz mesmo que, hoje, aquilo que se verifica é que “as ofertas de estágio para os alunos excedem, em muitos casos, o número de alunos”.

A aposta naquelas áreas tem-se revelado uma aposta ganha, numa região onde os profissionais daqueles sectores eram reduzidos. “Neste momento, os alunos formados no curso de em Animação Educativa têm uma taxa de empregabilidade de 100 por cento. Já nos outros dois cursos, a taxa ronda os 70 a 80 por cento, o que é muito bom”. Inicialmente aqueles cursos atribuíam apenas o grau de bacharel, mas hoje já são licenciaturas bi-etápicas. “aquilo que se verificou foi o regresso de muitos antigos alunos para concluírem a licenciatura, depois de terem tido experiências profissionais”.

 

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