ESGIN
Gestores à beira Raia

A Escola Superior de Gestão, instalada em Idanha-a-Nova, é de todas as escolas do Politécnico de Castelo Branco a que apresenta um espaço diferente, longe do ambiente urbano, onde a tranquilidade é um factor importante. Com cerca de 650 alunos, a Esgin, como é conhecida, duplicou o número de alunos no espaço de três anos. Domingos Rijo é um dos responsáveis pelo crescimento daquele organismo. Apesar de aguardar a sua aposentação, apresentou ao Ensino Magazine os planos que traçou para a Escola. Sobre os projectos futuros, prefere deixa-los para o seu sucessor, João Ruivo.
“Quando aqui cheguei faltavam instalações, equipamentos e recursos humanos qualificados”, começa por explicar Domingos Rijo. “Hoje a situação é bem diferente. Ao nível dos recursos humanos, todos os docentes têm mestrado ou estão a concluí-lo e quatro estão a frequentar o doutoramento. No capítulo das instalações, o edifício principal foi totalmente recuperado e hoje serve de sede dos serviços administrativos e do sector informático”, lembra.
Ainda no que se refere a instalações, Domingos Rijo recorda a “construção do novo edifício de sala de aulas e de gabinetes para 30 docentes e da abertura de um novo bar para os alunos”. E se em termos de instalações a escola cresceu e apresenta hoje novos espaços para as actividades lectivas, também ao nível do equipamento se registaram melhorias. “Fizemos um forte investimento em meios informáticos e audiovisuais e dotaram-se as instalações do conforto necessário para as actividades lectivas. Além disso apetrechámos a biblioteca com toda a bibliografia indicada pelos docentes”.
Domingos Rijo sublinha também o esforço efectuado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco no que respeita ao apoio social dos alunos. “A nova residência de estudantes, com capacidade para 109 alunos, já está aberta, e espera-se que brevemente o refeitório também comece a funcionar. Quando isso suceder os alunos vão deixar de utilizar a cantina da Câmara de Idanha-a-Nova, o que tem vindo a acontecer desde a abertura da escola”.
De todos os objectivos a que se propôs cumprir, Domingos Rijo diz deixar a visibilidade da escola e as relações com outras instituições nacionais e estrangeiras para o seu sucessor. Ao nível dos cursos, o director da Esgin refere que os dois cursos de bacharelato foram transformados num só com três ramos de licenciatura bi-etápica, casos de Contabilidade e Gestão de Recursos Humanos, Contabilidade e Gestão Financeira e Contabilidade Informática. “Propusemos ainda a criação de um curso de licenciatura bi-etápica na área da gestão e marketing, mas este ano não obteve a aprovação por parte do Ministério. Pelo que se espera que ele seja aprovado no próximo ano lectivo”, conclui Domingos Rijo.
Hoje, a Escola Superior de Gestão continua a ser um factor de desenvolvimento de um dos concelhos mais desertificados do Distrito de Castelo Branco. Facto que não tem passado despercebido à autarquia que tem mantido uma relação estreita com a Escola. Também as gentes de Idanha-a-Nova já se ambientaram aos futuros gestores e às muitas iniciativas que os estudantes realizam durante o ano.
ESE DE CASTELO BRANCO
Escola popular

A Escola Superior de Educação de Castelo Branco foi a segunda a nascer dentro do Instituto Politécnico. Hoje tem 73 professores, mil e 45 alunos em formação inicial e quase mais 150 entre complementos de formação, profissionalização em serviço e alunos de mestrado. O aniversário do Politécnico traz novidades importantes, pois concretiza-se uma velha aspiração, a construção do pavilhão desportivo.
O director da Escola, José Pires, está satisfeito com a evolução do estabelecimento de ensino. “A ESE herdou a formação de educadores de infância e de professores das escolas do Magistério, mas no enquadramento que decorria da Lei de Bases do Sistema Educativo. Desde o seu início que tem uma interacção obrigatória com a comunidade, o que lhe dá grande visibilidade”.
A novidade foi no entanto a formação de professores do 2º Ciclo do Ensino Básico. A formação inicial já era uma realidade, e a escola acabou por ter um papel importante na formação contínua e especializada. “A escola acompanhou os desafios aos diversos níveis da formação de professores. Foi das primeiras a criar cursos de estudos superiores especializados”.
Na formação contínua, “a dada altura, foi a única a nível nacional que respondeu a uma necessidade de formação de formadores ao nível da implementação do novo modelo de avaliação. A ESE assegurou sozinha toda a formação de formadores para todo o país e regiões autónomas. Sempre respondeu às necessidades”.
Ao mesmo tempo, o Politécnico de Castelo Branco fazia a sua caminhada. “O crescimento da ESE é correspondente ao do Instituto Politécnico. O Politécnico é uma instituição fundamental e indispensável, que se afirma cada vez mais como uma estrutura de valorização de Castelo Branco e da região. Tudo o que conseguiu trazer nestes seus anos de vida constituiu um profundo enriquecimento e valorização”.
Já a ESE cresceu e precisou de espaços. “A primeira etapa foi a construção do bloco de salas. A segunda foi a remodelação de alguns espaços internos. A terceira está em fase de conclusão, o pavilhão
gimnodesportivo e as salas de apoio. Neste momento a escola tem as condições suficientes, mas ainda faltam condições para actividades extra-curriculares dos alunos”.
A solução deverá passar pelo espaço do hall de entrada do primeiro andar do pavilhão, o que será disponibilizado a médio prazo. Serão ainda reconvertidas áreas que ficam livres com a construção do pavilhão, como os antigos balneários, arrecadações dedicados à educação física, que também permitirão disponibilizar mais espaços para os alunos.
Outro dos projectos a concretizar passa agora pela criação de um espaço entre o laboratório e o AT, que será uma área coberta de gestão autónoma dos alunos, quer para o convívio quer para o trabalho. Um projecto que agora terá de ser aprovado pelo Prodep para que se concretize.
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