POLITÉCNICO DE CASTELO
BRANCO
Planos cumpridos...
Valter Lemos está a cumprir o seu segundo mandato à frente dos destinos do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Com um currículo invejável, o actual presidente do IPCB mostra-se satisfeito com o trabalho que, com a sua equipa, tem vindo a desenvolver. O plano de desenvolvimento que apresentou aquando da sua primeira eleição está praticamente cumprido. Aliás, como refere, muitos dos objectivos estão a ser atingidos antes do tempo previsto. “Fazia parte desse plano a passagem dos cursos de bacharelato a cursos de licenciaturas bi-etápicas e neste momento esse processo está completo. Em termos de infra-estruturas, estava prevista a construção do pavilhão desportivo da Escola Superior de Educação. Obra que está concluída e que vai ser inaugurada na próxima segunda-feira. A pista de atletismo, em tartam, na Escola Superior Agrária também foi inaugurada, o novo bloco da Escola Superior de Tecnologia também foi construído e já funciona, o mesmo sucedendo com o novo bloco da Escola Superior de Gestão, em Idanha-a-Nova. Ainda na Idanha, foi feita a recuperação do palacete e construída uma residência de estudantes, onde começará a funcionar uma cantina já no início de 2001”.
Além daquelas obras, o Plano de Desenvolvimento lançado pelo Politécnico, incluía a recuperação do edifício dos serviços centrais, “o que também já foi feito”. Valter Lemos lembra ainda que no que respeita ao número de alunos, “o seu crescimento estava fixado, para este ano, em 4000, e vamos ter 5000, pelo que ultrapassamos as previsões”. Outra nota salientada pelo presidente do Politécnico diz respeito, ao alargamento do número de cursos e ao reajustamento da matriz de formação de algumas escolas, como a Superior de Tecnologia e Superior Agrária.
Uma das grandes apostas do Plano apresentado, na altura, por Valter Lemos dizia respeito à abertura de uma escola superior de artes aplicadas. “A escola já está criada, entrou em funcionamento um ano antes do que era previsto no Plano, apresentando já este ano novos cursos”.
A integração da escola superior de enfermagem no Instituto Politécnico e a criação da Escola Superior de Saúde eram outros dos aspectos abordados no Plano de Desenvolvimento. “Neste momento o processo encontra-se em fase de resolução, uma vez que o ante-projecto de Decreto Lei que visa essa integração está para ser aprovado em Conselho de Ministros”, explica Valter Lemos, para quem o processo vai mesmo avançar. “Não há razões para pensar o contrário. Parto do pressuposto que estamos num estado de direito e que as Leis são para se cumprir. Por outro lado há razões importantes que apontam nesse sentido. A primeira é que foi o próprio Governo que estabeleceu as relações da integração da enfermagem nos Institutos. Depois, o Governo tem repetido que as áreas da saúde são prioritárias no âmbito do terceiro Quadro Comunitário de Apoio. Houve atrasos, mas estou convencido que a integração vai ser feita a partir de Janeiro de 2001, até porque a proposta de orçamento da escola superior de enfermagem já foi feito no âmbito do Ministério da Educação e não do Ministério da Saúde”. O presidente do Politécnico de Castelo Branco mostra-se optimista quanto à criação rápida da Escola Superior de Saúde e lembra que “as verbas para o avanço do projecto de construção dessa escola já estarem integradas no Piddac de
2001”.
7 MIL ALUNOS NO FUTURO
Planos para cumprir
Com o anterior Plano de Desenvolvimento, que deveria estender-se até 2003, quase cumprido, o Instituto Politécnico prepara-se para apresentar um outro mais ambicioso e que se estende até 2006. “Vamos reorganizar o anterior plano de desenvolvimento, já que o anterior está praticamente cumprido”, explica Valter Lemos. O novo plano, com um investimento de quatro milhões de contos, vai englobar a construção das Escolas Superiores de Saúde e de Artes Aplicadas, de uma nova cantina e de uma nova residência de estudantes. “Tenho a certeza que todas estas obras vão ser feitas, pois o seu financiamento está assegurado”, diz o presidente do Politécnico.
Com a construção das duas novas escolas, o Instituto Politécnico vai passar ficar dotado de um campus de ensino superior, composto além daquelas duas escolas pela escola Superior de Tecnologia, já instalada na Avenida do Empresário, e de um edifício comum a todos os estabelecimentos de ensino, com cantina e outras estruturas de apoio. No anterior Plano de Desenvolvimento Valter Lemos lembra que “foram investidos cerca de um milhão e meio de contos, na construção de infra-estruturas”.
Uma das próximas obras a ser lançadas pelo Politécnico é a construção da nova residência de estudantes. Uma estrutura com capacidade para mais 110 alunos de ambos os sexos, e que custará 300 mil contos. No início do ano Valter Lemos acredita que as obras poderão iniciar-se.
ALUNOS. Mas as novidades do novo Plano não se ficam por aqui. “Temos lançado cursos novos todos os anos. No futuro vamos continuar a fazê-lo, sobretudo nas escolas novas, e elaborar alguns reajustamentos noutros cursos. No caso dos cursos novos, na Escola Superior de Artes há várias perspectivas, como o teatro e outras áreas do design”. Com cinco mil alunos, 370 docentes e 280 funcionários, o Instituto Politécnico prevê atingir os sete mil alunos, no futuro. “O Politécnico ainda vai crescer mais, mas não com a mesma velocidade com que o fez até aqui. Há áreas que ainda estão em crescimento e do novo Plano mantém-se aberta a hipótese de ser criada uma nova escola, muito provavelmente na área do desporto. Mas isso não será a curto prazo”.
Ainda no que respeita ao aumento do número de alunos, numa altura em que cada vez há menos candidatos ao ensino superior, Valter Lemos considera que ainda há espaço de crescimento. “Quando se diz que o número de alunos está a diminuir, também tem que se pensar que isso não deve organizar-se atingindo as instituições todas da mesma maneira. Nós temos uma situação em que é necessário que haja uma política, que não tem sido perseguida pelos Governos, de contenção ao nível da expansão no Litoral, permitindo a expansão no Interior. Caso contrário todas as conversas que os políticos possam ter sobre as assimetrias, são conversas sem sentido. Isto é se em Lisboa, Porto ou Coimbra se continuar a crescer mais que em Castelo Branco, Guarda ou Bragança, obviamente que os políticos têm que ser responsabilizados. É evidente que isto é difícil de se fazer, porque os políticos estão sujeitos às pressões dos lobies e quem é maior mais força tem”.
ENSINO SUPERIOR
O futuro passa
por aqui
O Instituto Politécnico de Castelo Branco está a comemorar 20 anos de existência. Uma data que irá ser assinalada com a pompa e a circunstância que é exigida. Porque comemora 20 anos e porque, como instituição de ensino que é, tem contribuído para o desenvolvimento da Região em que está inserida, o Ensino Magazine decidiu dedicar-lhe algumas das suas páginas, retratando, de alguma forma, aquilo que é hoje a única instituição de ensino superior público em Castelo Branco. Porque o progresso se faz com instituições como esta e como todas as outras onde o Ensino Magazine chega, casos da Universidade da Beira Interior, e Institutos Politécnicos da Guarda, Portalegre e Viseu, o nosso jornal vai estar atento e, a seu tempo, também publicará dossiers referentes a todas essas instituições.
Há cerca de dois anos e meio, quando nos lançamos nesta missão de levar a escola ao seu meio envolvente, traçamos as nossas linhas orientadoras. Linhas que temos seguido, sempre com o mesmo objectivo. Hoje, o Ensino Magazine tem uma tiragem de 15 mil e 500 exemplares, 12 mil e 500 distribuídos em conjunto com o semanário Reconquista, e três mil distribuídos gratuitamente aos estudantes do ensino superior dos Distritos de Castelo Branco, Portalegre, Guarda e Viseu. Com este trabalho especial sobre o Instituto Politécnico de Castelo Branco estamos a dar mais um passo na consolidação de um projecto que não é só nosso, mas de todos quantos nos lêem. Este será o primeiro dossier especial de muitos outros, sobre os mais variados assuntos, mas e acima de tudo, sobre as instituições de quem falamos todos os meses. Instituições que contribuem para o progresso do País e das Regiões onde estão inseridas, onde o Ensino Magazine também tem já o seu espaço, divulgando os mais variados assuntos, sempre com a mesma linha editorial que o caracterizou, com isenção, honestidade, humildade e
credebilidade.
RVJ - Editores
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