MARÇAL GRILO FALA DA
GLOBALIZAÇÃO À EXECUÇÃO
As lições do
professor
O ex-ministro da educação, Eduardo Marçal Grilo, esteve este mês em Proença-a-Nova, onde foi o principal orador numa palestra destinada a educadores e professores de diferentes graus de ensino.
GLOBALIZAÇÃO. A globa-lização é um processo e não um projecto. Está associada a “a uma grande alteração na maneira de viver da humanidade” e ainda à americanização da sociedade. Mas se por um lado há quem a defenda, como é o caso das grandes empresas e organizações, existe uma contestação crescente à globalização, como aconteceu recentemente em Seattle, Davos e Praga.
De qualquer modo, não se é contra ou a favor da globalização porque ela é inevitável. “Importa sim entender o fenómeno e entender todas as vertentes, aproveitando os aspectos positivos e não os negativos. Só assim seremos capazes de nos defender dos efeitos negativos da
globalização”. A verdade é que a globalização não é de hoje. Já antes teve outros nomes, como foi o caso da internacionalização.
Vive-se actualmente uma segunda fase da globalização, que se iniciou no século XIX com a internacionalização da economia e o sistema colonial. Os exemplos abundam. No final do século XIX, o chocolate belga resultava de um grande processo de internacionalização, pois o cacau chegava da América Central e o açúcar era importado do Brasil, onde era produzido por empresas de portugueses usando mão-de-obra escrava africana.
Da economia à influência cultural foi um passo muito curto. O Senegal é um país com grande tradição musical, a qual tem influência do fado português. Mas o fado foi influenciado pela música brasileira, música esta que, já antes, tinha sofrido influências das canções e tradições dos escravos que chegavam de África..
Elvas elege directort
Gonçalo Barradas acaba de ser eleito para presidente do primeiro Conselho Directivo da Escola Superior Agrária de Elvas. As eleições decorreram no início deste mês, reafirmaram a sua confiança a Gonçalo Barradas que já vinha exercendo as funções de director da Instituição. O Conselho Directivo é ainda composto por Francisco Rodrigues e Ricardo Ferreira, na qualidade de vice-presidentes.
Da eleição foi ainda escolhido o nome de Paulo Araújo para representante dos funcionários não docentes, enquanto que os alunos poderão expressar as suas opiniões, através de Alfredo Peneda. De resto, a eleição que deveria ocorrer apenas no dia 8 de Novembro foi prolongada para o dia seguinte, devido ao empate registado ao nível dos dois candidatos para representação dos estudantes.
Recorde-se que ao Primeiro Conselho Directivo da Escola tem, ao longo dos próximos três anos, objectivos importantes para o desenvolvimento daquele organismo, como a construção das novas instalações da ESAE, e desenvolver e apoiar actividades de investigação e Desenvolvimento, bem como a promoção de iniciativas técnicas, científicas e culturais relacionadas com o meio em que está inserida. Ao nível dos estudantes, está em perspectiva a criação de um Gabinete de Apoio ao Estudante. Outro dos objectivos do Conselho passa por implementar e concretizar actividades no âmbito do Centro de Informação Rural do Alto Alentejo, como estrutura de informação da União
Europeia.
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