Director: João Ruivo    Publicação Mensal    Ano III    Nº33    Novembro 2000

 

Destaque

MARÇAL GRILO FALA DA GLOBALIZAÇÃO À EXECUÇÃO

As lições do professor

O ex-ministro da educação, Eduardo Marçal Grilo, esteve este mês em Proença-a-Nova, onde foi o principal orador numa palestra destinada a educadores e professores de diferentes graus de ensino.

GLOBALIZAÇÃO. A globa-lização é um processo e não um projecto. Está associada a “a uma grande alteração na maneira de viver da humanidade” e ainda à americanização da sociedade. Mas se por um lado há quem a defenda, como é o caso das grandes empresas e organizações, existe uma contestação crescente à globalização, como aconteceu recentemente em Seattle, Davos e Praga.

De qualquer modo, não se é contra ou a favor da globalização porque ela é inevitável. “Importa sim entender o fenómeno e entender todas as vertentes, aproveitando os aspectos positivos e não os negativos. Só assim seremos capazes de nos defender dos efeitos negativos da globalização”. A verdade é que a globalização não é de hoje. Já antes teve outros nomes, como foi o caso da internacionalização.

Vive-se actualmente uma segunda fase da globalização, que se iniciou no século XIX com a internacionalização da economia e o sistema colonial. Os exemplos abundam. No final do século XIX, o chocolate belga resultava de um grande processo de internacionalização, pois o cacau chegava da América Central e o açúcar era importado do Brasil, onde era produzido por empresas de portugueses usando mão-de-obra escrava africana.

Da economia à influência cultural foi um passo muito curto. O Senegal é um país com grande tradição musical, a qual tem influência do fado português. Mas o fado foi influenciado pela música brasileira, música esta que, já antes, tinha sofrido influências das canções e tradições dos escravos que chegavam de África.
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Elvas elege directort

Gonçalo Barradas acaba de ser eleito para presidente do primeiro Conselho Directivo da Escola Superior Agrária de Elvas. As eleições decorreram no início deste mês, reafirmaram a sua confiança a Gonçalo Barradas que já vinha exercendo as funções de director da Instituição. O Conselho Directivo é ainda composto por Francisco Rodrigues e Ricardo Ferreira, na qualidade de vice-presidentes.

Da eleição foi ainda escolhido o nome de Paulo Araújo para representante dos funcionários não docentes, enquanto que os alunos poderão expressar as suas opiniões, através de Alfredo Peneda. De resto, a eleição que deveria ocorrer apenas no dia 8 de Novembro foi prolongada para o dia seguinte, devido ao empate registado ao nível dos dois candidatos para representação dos estudantes.

Recorde-se que ao Primeiro Conselho Directivo da Escola tem, ao longo dos próximos três anos, objectivos importantes para o desenvolvimento daquele organismo, como a construção das novas instalações da ESAE, e desenvolver e apoiar actividades de investigação e Desenvolvimento, bem como a promoção de iniciativas técnicas, científicas e culturais relacionadas com o meio em que está inserida. Ao nível dos estudantes, está em perspectiva a criação de um Gabinete de Apoio ao Estudante. Outro dos objectivos do Conselho passa por implementar e concretizar actividades no âmbito do Centro de Informação Rural do Alto Alentejo, como estrutura de informação da União Europeia.

 

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