GRAÇA CASTELO BRANCO

Relações Públicas da UBI a mudar

Graça Castelo Branco, licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Universidade Nova de Lisboa, é a nova responsável pelo Gabinete de Relações Públicas da Universidade da Beira Interior. Está na UBI desde 1993 e tomou posse do cargo no final de Março.

Tem novos projectos para aquele sector da Universidade e afirma que neste momento chegou a hora de relançar o “Ubiversitas”, um boletim de informação daquela instituição, que ultrapassa claramente as paredes da UBI. Ao mesmo tempo, será elaborado um novo site da Universidade, em língua inglesa, o qual poderá vir a ser feito pelo Gabinete de Relações Públicas.

O Gabinete de Relações Públicas ocupa-se da organização de acontecimentos, como conferências, exposições, congressos e reuniões, a representação em feiras, a organização de publicações, além da divulgação da Universidade a todos os níveis, seja interno ou externo. Faz ainda a recolha e tratamento da informação noticiosa e assegura os contactos com os meios de comunicação social.

Em termos de projectos de futuro, Graça Castelo Branco pretende dinamizar a realização de acontecimentos de índole cultural e científica, a diversificação de métodos de divulgação, além de promover o melhor possível a imagem da Universidade.

Não tem dúvidas que “a Universidade é o motor do desenvolvimento da Região” e que “o facto de ser uma Universidade recente e jovem permite-lhe uma capacidade de adaptação maior do que as restantes universidades. Esta adaptação diz respeito à inovação científica e à vida académica propriamente dita. A UBI tem uma grande vantagem, a de ter professores em full time, disponíveis por isso para auxiliar os alunos”.

Além disso, aquela responsável considera que “os alunos mostram uma grande dinâmica na organização de acontecimentos importantes para a sua própria formação e preparação da vida activa”.

De caminho, não teme que a UBI possa ver reduzido o seu número de alunos (actualmente são quatro mil e 500) devido à quebra na taxa de natalidade. “Em termos absolutos a UBI não irá reduzir o seu número de alunos, até porque vai ser criada a Faculdade de Ciências da Saúde. Mas a solução para não reduzir o número de aluno passa por uma aposta na qualidade”.

Graça Castelo Branco refere ainda que a nova faculdade “vai ser extremamente importante para a cidade, para a Região e até para o País, na medida em que se verifica uma falta de profissionais na área da medicina”.

Numa outra vertente, refere que “o ensino inovador que se pretende implementar constitui um grande desafio quer para o sistema de ensino dito «tradicional» quer para a capacidade da Universidade na implementação da nova faculdade”.

A Faculdade de Ciências da Saúde deverá entrar em funcionamento no próximo ano lectivo e vai “requerer muita atenção na sua fase inicial, o que não implica uma menor atenção às faculdades que já existem”.

A crescer está também o Gabinete de Relações Públicas, cujo número de tarefas tem vindo a aumentar e deverá crescer nos próximos anos. “Isso implica uma necessidade de adaptação muito grande face às necessidades que surgirem. E esse é que é o grande desafio, assim como a divulgação da Universidade a nível internacional, o que está a ser feito com a criação de um novo site da UBI em inglês”.

O FUTURO DA UBI

Comunicação e Artes

Só quem não tenha acompanhado o desenvolvimento do curso de Ciências da Comunicação da UBI pode admirar-se que surja agora o curso de Design Multimédia. A área de comunicação audiovisual é hoje uma área de excelência na UBI. A demonstrá-lo estão as pessoas, docentes e alunos finalistas, que, como em nenhum outro curso universitário no país, lidam com a produção e edição de imagem. Os filmes feitos internamente, nomeadamente o filme institucional da UBI e o filme documentário sobre o Museu de Lanifícios, que ganhou um primeiro prémio nacional, da autoria de Manuela Penafria, o protocolo com a SIC em Dezembro de 1998 do qual resultaram já 350 minutos de emissão nacional de notícias regionais produzidas e editadas na UBI, a televisão interna, são a face bem visível de um trabalho continuado e que já vem de há bastante tempo. Aliás os jornais regionais não têm silenciado o trabalho notável feito no CREA - Centro de Audiovisual e Multimédia da UBI. Qualquer pessoa que visite este Centro, e todos são convidados a fazê-lo, não só nos dias abertos da UBI, mas também em qualquer altura com aviso prévio, facilmente se dará conta de que há um ambiente francamente efervescente nesta área.

Apenas para referir o último ano, 1998/1999, deram cursos de produção e realização de televisão na UBI, Jacinto Godinho, jornalista da RTP e docente do Curso de Ciências da Comunicação da Universidade Nova de Lisboa, e o luso-americano Carlos Fontes, doutorado em Audiovisual pela Universidade de Massachusetts e docente no Worcester State College. Com o curso de Design Multimédia a UBI fortalece uma área em que se sabe estar à frente dos outros cursos congéneres em Portugal.

A comunicação e em particular a comunicação audiovisual vivem actualmente a revolução tecnológica da digitalização e do on-line. A era do analógico encontra-se na sua última fase.

O jornalismo converte-se cada vez mais em jornalismo on-line, a rádio e a televisão começam a emitir digitalmente, e a Internet torna-se cada vez mais no meio universal em que correio, telefone, rádio e televisão confluem. Ora é para fazer face à realidade emergente dos novos meios de comunicação que surge o Design Multimédia.

Saber comunicar era e é, quando de palavras, a arte da retórica; na época da imagem digital saber comunicar é a arte da imagem, o design. Mas mais do que da imagem parada, tratada pelo design gráfico, é a imagem em movimento, com som, tratada pelo design multimédia, que importa estudar e investigar.

O lançamento do novo curso de Design Multimédia, e a sua íntima ligação ao já solidificado curso de Ciências da Comunicação, e integração no novo Departamento de Comunicação e Artes, constitui certamente a estratégia correcta da UBI para enfrentar o desafio das novas tecnologias e das exigências culturais, científicas e tecnológicas daí decorrentes.

António Fidalgo

(Director do Urbi et Orbi - www.urbi.ubi.pt)

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