ESE PORTALEGRE
15 anos de vida
A Escola Superior de Educação de Portalegre acaba de comemorar 15 anos de vida. Como referiu, durante as cerimónias, Abílio Amiguinho, presidente do Conselho Directivo daquela instituição, “a cidade, o concelho e o distrito têm razões para comemorar este aniversário. Fomos a primeira escola de Ensino Superior do Distrito de Portalegre e demos, por ventura, o pontapé de saúde para o que viria a ser o actual Instituto Politécnico de Portalegre. Projecto colectivo no qual nos assumimos e revemos plenamente”.
Durante a cerimónia de aniversário, também o presidente da Câmara de Portalegre sublinhou a importância da Escola na cidade, e na “colaboração estabelecida entre a ESE e o Instituto Pedagógico de Mindelo, em Cabo Verde, no âmbito da geminação entre as duas cidades”. Recorde-se que neste momento a ESE tem cerca de 876 alunos de formação inicial, 30 formandos a frequentarem cursos de estudos superiores especializados, 59 alunos em formação complementar e 40 em profissionalização em serviço. O corpo docente é composto por 85 professores, enquanto que o discente tem cerca de mil alunos. Os funcionários são 29.
Um dos grandes desafios da Escola Superior de Educação de Portalegre passa pela melhoria das suas actuais instalações. Uma situação que no entender de Nuno Oliveira, presidente do Instituto Politécnico, tem “sido equacionada pelo Politécnico”. Já Abílio Amiguinho lembrou que a “consolidação da escola passa pelo reforço do trabalho de apoio à inovação e ao desenvolvimento educativo e pelo significativo alargamento do quadro de parcerias que contribuirá para a melhoria das práticas de formação inicial e para a promoção da investigação”.
Neste momento a ESE de Portalegre ministra cursos de complemento de formação científica e pedagógica, como educação de infância e professores do 1º Ciclo do Ensino Básico, cursos de formação para o exercício de outras funções educativas, como educação especial. Além disso
ministra ainda licenciaturas bi-etápicas nas áreas de animação educativa e sócio-cultural, jornalismo e comunicação e turismo/termalismo. No que respeito ao ensino, ministra licenciaturas em educação de infância, Professores de 1º e 2º Ciclos, nas variantes Português/Inglês, Matemática/Ciências da Natureza e Educação Visual e Tecnológica.
MARIA JOÃO PIRES
Centro avança com 200
mil
A pianista portuguesa Maria João Pires e docente na Escola Superior de Artes Aplicadas, do Instituto Politécnico de Castelo Branco, acaba de conseguir o financiamento necessário para colocar o seu centro para o Estudo das Artes a funcionar, na Quinta dos Belgais, a 10 quilómetros da cidade albicastrense. Gulherme de Oliveira Martins, Ministro da Educação, garantiu um financiamento der 200 mil contos. Para Guilherme D’Oliveira Martins, “o facto deste projecto estar associado a Maria João Pires é sinónimo de qualidade e acredito que a alma e empenho que está a colocar no centro constitui o principal sucesso”. A pianista, que vive na sua quinta vai para 15 anos, também se mostrou satisfeita, até porque como referiu à Imprensa, agora “vai iniciar-se uma fase importante na minha vida, e vai realizar-se alguma coisa que não poderia ser feita sem o apoio do Governo”.
Ao que tudo indica, só em Outubro é que o Centro estará totalmente concluído. Mas ainda para este mês está prevista a primeira acção de formação. Trata-se de um curso de de interpretação de piano, sob o tema “Schubert – a sonata em Si bemol Maior”, coordenado por Maria João Pires e Caio Pagano. Martha Argerich, Radu Lupu (piano), Anna Larsen (canto), Augustin Dumay (violino), Brodsky Quartet (música de Câmara), Gerard Caussee (violino), Jian Wang (violoncelo) e Trevor Pinnok (direcção de orquestra), são alguns dos nomes que passarão pelo Centro de Belgais.
No primeiro ano, Maria João Pires e Caio Pagano vão promover quatro cursos de interpretação, e para o próximo ano lectivo estão agendados os seguintes cursos: técnica de som, coordenado por Helmut Burk; acústica, orientado por Daniel Commings; Afinação e Técnica de Pianos, coordenado por Kausto; Música de Câmara, sob a responsabilidade de Augustin Dumay, Jian Wang, Maria João Pires e Caio Pagano; e ainda um curso de música de Câmara, que será coordenado por Emmanuel Krivine.
Uma das apostas de Maria João Pires para o próximo ano passa por dar a oportunidade aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico das escolas da Mata e dos Escalos de Baixo, de participarem num curso específico. Um curso que será desenvolvido durante um ano, uma vez por semana, onde as crianças experimentam várias formas de expressão artística.
POLITÉCNICO. A ideia de transformar a Quinta dos Belgais num centro de formação já tem algum tempo. Em Dezembro, Maria João Pires, o Politécnico de Castelo Branco e a Câmara albicastrense deram corpo à associação Escola Dramática de Música e Outras Artes. Nessa altura, a pianista frisava, ao Ensino Magazine, que era sua intenção “fazer um centro de pesquisa na área da pedagogia, dedicado a professores que ensinem crianças, no domínio das artes. No fundo trata-se de um centro de aperfeiçoamento muito intensivo, para artistas que atingiram já um grande nível”.
Um centro que irá procurar solucionar alguns problemas no que respeita à pedagogia de ensino. “Este centro destina-se a professores que estejam interessados em aprender novas formas de ensinar. Maneiras de ensinar que virão resolver alguns problemas que se registam no ensino tradicional. Até porque está provado que têm problemas. Em todo o mundo têm sido feitas pesquisas para melhorar o ensino. Não significa que nós tenhamos a chave dos segredos pedagógicos, mas teremos a boa vontade de encontrar os melhores caminhos”, explicou. Para a pianista, “actualmente está-se num momento de impasse em relação à pedagogia das artes. Uma pedagogia que foi muito afectada, nos últimos anos, pela tecnologia e pela técnica. E ainda por uma era muito técnica e muito materialista”. Por isso, diz: “as artes têm que se ressentir disso
mesmo”.
POLITÉCNICO DE VISEU
Escola
de Lamego a abrir
ESE DA GUARDA
Cursos
de Verão a rasgar
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