Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XIV    Nº156   Fevereiro 2011

Motor

QUATRO RODAS

Um País chamado Lisboa

Há dias em que ouvimos determinadas coisas que nos irritam e põem à beira de revolta. Isto porque por muito que nos esforcemos não se conseguem mesmo perceber. Já algumas vezes me insurgi pela forma como o estado explora com impostos incompreensíveis o sector automóvel e seus relacionados que, lembre-se, é a maior indústria exportadora nacional.

Vem isto a propósito de uma citação que recentemente ouvi de um qualquer comentador económico onde referia que, com o recente reajustamento (leia-se subida) dos preços dos combustíveis, as fronteiras de Portugal tinham recuado em média 60 Km. Assim e tomando como verdadeiras estas “contas “ o nosso País ficaria com o aspecto do mapa anexo, tomando em conta apenas as 5 fronteiras mais conhecidas.

Queria o comentador dizer que num raio 60kms a partir dos antigos postos fronteiriços, o País está a ficar seco de qualquer actividade comercial porque as pessoas, que ainda por lá sobrevivem, passam a fazer as suas transacções comerciais em Espanha, onde carregam os carros também com os bens de primeira necessidade à boleia da desculpa de irem encher o depósito.

Não conheço todas as fronteiras em pormenor. Posso no entanto testemunhar que “o lado de lá” de Valença está bem abastecido de superfícies comerciais. Mais a meio, em Vilar Formoso, vemos vários postos de combustível que já são arqueologia industrial em contraste com a prospera loja Gildo que “do lado de lá” prospera na pequena aldeia de Fuentes de Oñoro ao lado dos viçosos postos de combustível.

Também fiz as minhas “contas” a partir dos preços de uma gasolineira com a mesma marca em, Portugal e Espanha. Considerei um depósito médio de 50 litros e um consumo de 7 L/100Km e o resultado, tendo em conta uma média entre diesel e gasolina 95 o resultado foi 65 Kms .

Nada de grave pois enquanto as fronteiras não chegarem à segunda circular, os egocêntricos que nos governam não vão dar conta do que está a ocorrer.

As soberanias hoje ganham-se ou perdem-se, não no tradicional campo de batalha, mas com medidas imaginativas que nos projectem para fora. Mas por este andar e com o território a encolher desta forma, de certeza que, mais ano menos ano, o País vai deixar de se chamar Portugal para se chamar Lisboa.

Paulo Almeida
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RALI ROTA DO MEDRONHO, EM MARÇO

Magazine acelera no Pinhal

O Rali Rota do Medronho, prova nacional da Escuderia de Castelo Branco (ECB) pontuável para vários campeonatos e troféus, vai para a estrada nos próximos dias 12 e 13 de Março. Neste segundo ano, o quartel-general das operações fica instalado na vila de Oleiros, enquanto a primeira parte do rali, na manhã de domingo, decorrerá em solo de Proença-a-Nova. A apresentação da prova foi feita em Oleiros e o Rali conta com o apoio do Ensino Magazine e do Oleiros Magazine, publicações da RVJ - Editores, Lda.

A prova, titular no calendário da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), pontua para o Campeonato Nacional Open de Ralis, Campeonato de Portugal Júnior, Troféu Nacional de Clássicos e Campeonato Regional do Centro. No rali beirão integram-se ainda os troféus monomarca Modelstand (Peugeot 206), Fastbravo (Seat Marbella) e Fiat (Fiat Uno).

O rali de 2010 pautou-se por uma excelente bitola, tanto ao nível da participação, como do espectáculo na estrada. Este ano a prova inicia-se em Oleiros, segue para Proença-a-Nova e volta a Oleiros para encerrar as hostilidades e brindar aos melhores classificados.

Para o primeiro dia, 12 de Março, está aprazado um shakedown nas imediações de Oleiros, pelas 14 horas. A luta contra o cronómetro está reservada para domingo, dia 13. As “máquinas” dirigem-se para o concelho de Proença-a-Nova, onde decorrerão as primeiras quatro provas especiais de classificação. Após as incidências da jornada vespertina, os carros da competição irão estar parados no centro da vila, em Parque Fechado. Oportunidade para os entusiastas observarem mais de perto os bólides, permitindo assim, como referem os responsáveis da ECB, “aumentar o fluxo de visitantes no centro de Proença-a-Nova”.

Posteriormente, os concorrentes regressam à zona de Oleiros, onde serão disputados os restantes quatro troços. A Praça do Município foi o local eleito para a consagração final dos vencedores, ao fim da tarde. O percurso total do Rali Rota do Medronho compreende 219,74 km, dos quais 88,30 km são feitos em provas especiais de classificação.

 


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