QUATRO RODAS
Um País chamado
Lisboa

Há dias em que ouvimos determinadas
coisas que nos irritam e põem à beira de revolta. Isto porque por muito
que nos esforcemos não se conseguem mesmo perceber. Já algumas vezes me
insurgi pela forma como o estado explora com impostos incompreensíveis o
sector automóvel e seus relacionados que, lembre-se, é a maior indústria
exportadora nacional.
Vem isto a propósito de uma citação que recentemente ouvi de um qualquer
comentador económico onde referia que, com o recente reajustamento
(leia-se subida) dos preços dos combustíveis, as fronteiras de Portugal
tinham recuado em média 60 Km. Assim e tomando como verdadeiras estas
“contas “ o nosso País ficaria com o aspecto do mapa anexo, tomando em
conta apenas as 5 fronteiras mais conhecidas.
Queria o comentador dizer que num raio 60kms a partir dos antigos postos
fronteiriços, o País está a ficar seco de qualquer actividade comercial
porque as pessoas, que ainda por lá sobrevivem, passam a fazer as suas
transacções comerciais em Espanha, onde carregam os carros também com os
bens de primeira necessidade à boleia da desculpa de irem encher o
depósito.
Não conheço todas as fronteiras em pormenor. Posso no entanto
testemunhar que “o lado de lá” de Valença está bem abastecido de
superfícies comerciais. Mais a meio, em Vilar Formoso, vemos vários
postos de combustível que já são arqueologia industrial em contraste com
a prospera loja Gildo que “do lado de lá” prospera na pequena aldeia de
Fuentes de Oñoro ao lado dos viçosos postos de combustível.
Também fiz as minhas “contas” a partir dos preços de uma gasolineira com
a mesma marca em, Portugal e Espanha. Considerei um depósito médio de 50
litros e um consumo de 7 L/100Km e o resultado, tendo em conta uma média
entre diesel e gasolina 95 o resultado foi 65 Kms .
Nada de grave pois enquanto as fronteiras não chegarem à segunda
circular, os egocêntricos que nos governam não vão dar conta do que está
a ocorrer.
As soberanias hoje ganham-se ou perdem-se, não no tradicional campo de
batalha, mas com medidas imaginativas que nos projectem para fora. Mas
por este andar e com o território a encolher desta forma, de certeza
que, mais ano menos ano, o País vai deixar de se chamar Portugal para se
chamar Lisboa.

Paulo Almeida
Direitos reservados
RALI ROTA DO MEDRONHO, EM
MARÇO
Magazine acelera no
Pinhal

O Rali Rota do Medronho, prova nacional
da Escuderia de Castelo Branco (ECB) pontuável para vários campeonatos e
troféus, vai para a estrada nos próximos dias 12 e 13 de Março. Neste
segundo ano, o quartel-general das operações fica instalado na vila de
Oleiros, enquanto a primeira parte do rali, na manhã de domingo,
decorrerá em solo de Proença-a-Nova. A apresentação da prova foi feita
em Oleiros e o Rali conta com o apoio do Ensino Magazine e do Oleiros
Magazine, publicações da RVJ - Editores, Lda.
A prova, titular no calendário da Federação Portuguesa de Automobilismo
e Karting (FPAK), pontua para o Campeonato Nacional Open de Ralis,
Campeonato de Portugal Júnior, Troféu Nacional de Clássicos e Campeonato
Regional do Centro. No rali beirão integram-se ainda os troféus
monomarca Modelstand (Peugeot 206), Fastbravo (Seat Marbella) e Fiat (Fiat
Uno).
O rali de 2010 pautou-se por uma excelente bitola, tanto ao nível da
participação, como do espectáculo na estrada. Este ano a prova inicia-se
em Oleiros, segue para Proença-a-Nova e volta a Oleiros para encerrar as
hostilidades e brindar aos melhores classificados.
Para o primeiro dia, 12 de Março, está aprazado um shakedown nas
imediações de Oleiros, pelas 14 horas. A luta contra o cronómetro está
reservada para domingo, dia 13. As “máquinas” dirigem-se para o concelho
de Proença-a-Nova, onde decorrerão as primeiras quatro provas especiais
de classificação. Após as incidências da jornada vespertina, os carros
da competição irão estar parados no centro da vila, em Parque Fechado.
Oportunidade para os entusiastas observarem mais de perto os bólides,
permitindo assim, como referem os responsáveis da ECB, “aumentar o fluxo
de visitantes no centro de Proença-a-Nova”.
Posteriormente, os concorrentes regressam à zona de Oleiros, onde serão
disputados os restantes quatro troços. A Praça do Município foi o local
eleito para a consagração final dos vencedores, ao fim da tarde. O
percurso total do Rali Rota do Medronho compreende 219,74 km, dos quais
88,30 km são feitos em provas especiais de classificação.

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