UBI E UNIVERSIDADE DE
COLUMBIA
Docente faz mapa das
religiões
Um trabalho inédito de várias
universidades norte-americanas traçou as principais localizações das
crenças religiosas na região de Nova Iorque. Uma investigação que contou
com a participação de Donizete Rodrigues, docente do Departamento de
Sociologia da UBI e investigador desta área, que está agora ligado à
Universidade de Columbia.
A Universidade de Columbia, instituição académica localizada na cidade
norte-americana, promoveu uma iniciativa cujo objectivo foi o de traçar
um mapa onde se localizam as principais comunidades estrangeiras e as
suas igrejas. No caso da comunidade brasileira, uma das principais, a
academia nova-iorquina decidiu convidar um especialista estrangeiro.
Donizete Rodrigues foi o investigador contactado pelo Departamento de
Religião da Columbia University. Durante um ano a desenvolver trabalhos
de campo naquela cidade americana, o docente da academia beirã vai agora
apresentar parte dos resultados num livro de carácter científico, que
está a desenvolver.
A equipa de investigadores onde Rodrigues também esteve presente
conseguiu traçar “um mapa detalhado da localização das principais
comunidades estrangeiras residentes naquela cidade, dos seus cultos e
crenças religiosas, número de igrejas, praticantes, entre outros
aspectos”. Trabalhos que servem de base a muitos outros estudos de
diferentes áreas, mas que acima de tudo, “servem para uma maior
compreensão do fenómeno migratório”. Um projecto que teve também como
objectivo “identificar os locais onde residem as minorias étnicas e
religiosas na área metropolitana de Nova Iorque. A ideia era construir
um mapa religioso de todo esse território”.
O docente de Sociologia da UBI é também visitante convidado da
instituição de ensino nova-iorquina. Sublinha que a ligação a esta
instituição e mais recentemente também à Universidade de Harvard,
aconteceram “devido à publicação de trabalhos científicos em títulos de
referência”. Alguns dos trabalhos na área da sociologia das religiões
“integraram obras inglesas com impacto no meio académico”. Daí que
Donizete Rodrigues tenha sido contactado pelos americanos. Para o
docente e investigador esta é uma prova de que a publicação é cada vez
mais necessária. Mas, acrescenta Rodrigues, “não basta publicar, é
necessário ter noção do que se está a publicar e onde”. Durante o
período em que participou no projecto “Brazilian Immigrants and
Pentecostalism in New York City”, foi convidado a participar numa edição
de vários trabalhos científicos. É nesse momento “que se dá conta do
impressionante grau de exigência neste tipo de meios, bem maior do que
na comunidade académica europeia”, acrescenta.
Eduardo Alves
25 ANOS DA UNIVERSIDADE
UBI com nova imagem
Nos próximos meses a UBI terá uma nova
imagem. Um trabalho que está a ser desenvolvido pelo Gabinete de
Relações Públicas, conforme referiu Tiago Sequeira, pró-reitor para as
Saídas Profissionais e Relações Públicas.
Em declarações ao jornal On Line da Universidade (Urbietorbi), Tiago
Sequeira revela que “esse trabalho foi despoletado por dois factos. O
primeiro foi um movimento generalizado de mudanças de identidades
visuais das universidades portuguesas que a UBI não acompanhou. O
segundo uma óptima receptividade que temos tido da adopção de um símbolo
especifico para as comemorações dos 25 anos da instituição”.
Nesse sentido, diz Tiago Sequeira, “constituímos uma comissão com
peritos das áreas da comunicação, do design e do marketing que foi
favorável a que a UBI encetasse um processo de alteração da identidade
visual. É aliás de notar que estudos científicos que envolveram a
população estudantil da UBI mostram que esta não revela uma grande
identificação com a identidade visual actual da UBI”.
Tiago Sequeira adianta que “até agora consultamos os dirigentes
intermédios da UBI que nos enviaram ideias-chave que uma nova identidade
visual deveria incorporar. Adicionalmente desencadeamos um concurso de
ideias entre alunos de design para a nova identidade visual, ao qual
concorreram 31 propostas, tendo o júri seleccionado já cinco, que foram
divulgadas no passado dia 17 de Dezembro”.
São aquelas cinco propostas que serão “apresentadas à equipa reitoral,
aos presidentes das faculdades e à comissão de peritos que as analisará
e discutirá. Apresentaremos os resultados finais em Abril de 2011”.
Na mesma entrevista, concedida ao jornalista Eduardo Alves, Tiago
Sequeira sublinhou os 25 anos da UBI e as comemorações que estão a
decorrer. “Decidimos comemorar de forma marcante os 25 anos da UBI,
desde 30 de Abril de 2010 a 30 de Abril de 2011. Decidimos também que
todos os eventos durante este ano ostentariam o símbolo da efeméride.
Houve e haverá no entanto eventos marcantes destas comemorações: os
doutoramentos honoris causa do Engº António Guterres e do Dr. Francisco
Pinto Balsemão são dois dos mais notáveis”.
Além disso, revela, “a reitoria promoveu ainda concertos de música
clássica, tentando com isso complementar a agenda cultural da região.
Tivemos em 30 de Abril de 2010, um concerto Missa Corpus, orientada por
Luís Cipriano, um concerto do violoncelista Bruno Borralhinho no dia da
Abertura Solene do Ano Lectivo. No próximo dia 30 de Abril teremos 2
concertos memoráveis, Missa Brevis em C, com a participação especial de
filhos dos colaboradores da UBI que desejem participar e Missa in
Angustiis de Joseph Haydn. Editaremos ainda uma Revista Comemorativa a
encartar num jornal, com elementos sobre a história, o passado e os
projectos futuros da Universidade. Mas não desvendarei ainda todo o
programa das comemorações do 25º Aniversário. Todo este trabalho envolve
ainda a procura de empresas e entidades que estejam disponíveis para ser
mecenas da Universidade, de forma a aliviar o esforço financeiro próprio
que é necessário para trazer à comunidade cada uma destas actividades”.
UNIVERSIDADE DO MINHO E
INSTITUTO PIAGET ANGOLA
Formação para África
A Universidade do Minho (UMinho) e a
Associação Instituto Piaget Angola (AIPA) assinaram este mês um
protocolo de cooperação, na Reitoria da UMinho, em Braga. O acordo
inclui o intercâmbio de docentes, de investigadores e de estudantes de
graduação e pós-graduação, o desenvolvimento de projectos de
investigação, a realização de programas de ensino graduado e
pós-graduado e, ainda, outras acções de interesse comum, nomeadamente de
extensão universitária. O acordo é válido por quatro anos, renovável
tacitamente.
“A UMinho tem uma postura crescente de internacionalização, sendo, por
exemplo, a universidade portuguesa com maior presença em Timor-Leste. É
chegado o momento de uma estratégia de maior fôlego em Angola e com um
parceiro reconhecido. Depositamos uma esperança muito positiva neste
projecto”, declarou o Reitor da UMinho, António M. Cunha. A Fundação
Carlos Lloyd Braga foi designada como coordenadora das actividades. A
área da Engenharia vai estar em destaque, mas pondera-se abordar também
outros domínios. Para o vice-presidente da AIPA e reitor da Universidade
Jean Piaget de Angola, Pedro Domingos Peterson, o protocolo “responde
aos desafios deste século” e “vai trazer mais-valias na melhoria das
relações humanas, no envolvimento dos quadros, na consolidação do ensino
e no desenvolvimento científico necessário ao crescimento e à
reconstrução de Angola”.
INVESTIGAÇÃO
UTAD quer patente
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro (UTAD) acaba de apresentar um pedido de registo internacional de
patente para uma invenção, conseguida por três dos seus investigadores,
que permite determinar o vigor e o equilíbrio vegetativo de uma videira,
através de uma fotografia.
Os investigadores, Ana Alexandra Ribeiro Coutinho de Oliveira, Paula
Cristina Ribeiro Coutinho de Oliveira e João Paulo Fonseca da Costa
Moura, ligados aos Departamentos de Agronomia e Engenharias da UTAD,
desenvolveram com sucesso o Projecto “Metodologia não destrutiva e
dispositivo para calcular o vigor e a expressão vegetativa das
arbóreo-arbustivas e suas aplicações”, que pode vir a ter grande
repercussão, em especial, na viticultura nacional e internacional. Este
projecto foi realizado no âmbito de um conjunto de trabalhos que a
equipa está a desenvolver com o objectivo de melhorar a qualidade e a
produção vitícola, aplicando novas tecnologias nos processos e
metodologias da vitivinicultura. Os resultados do Projecto podem,
contudo, ser também aplicados a outras plantas com condução presa, como
é caso da actinidia (a árvore do Kiwi).
EX-ALUNO DA UBI AVANÇA
PARA
Filme a três dimensões
O antigo aluno da UBI, Telmo Martins, vai
avançar com o primeiro filme gravado com tecnologia 3D. Uma produção da
Lobby, empresa que conta com vários membros licenciados pela academia
beirã, que se propõe agora a “fazer história” no cinema luso.
Telmo Martins, que conta já no currículo com a realização de várias
curtas-metragens e a longa-metragem “Funeral à Chuva”, não tem sido
contemplado com fundos que apoiem as suas realizações.
Mesmo sem apoios estatais, Telmo Martins tem avançado com alguns
projectos cinematográficos, reconhecidos em solo nacional e no
estrangeiro, como é o caso de “Rupofobia” e “Funeral à Chuva”. Nesse
espírito pioneiro, o criador da Lobby Productions, empresa sedeada na
Covilhã e que conta com diversos licenciados da UBI, está a delinear o
primeiro filme português rodado com tecnologia 3D estereoscópica real.
Martins começa por explicar que se trata “de facto do primeiro filme
rodado com técnica de três dimensões”.
Já com o caderno de trabalhos delineado, Telmo Martins espera agora
apoios financeiros para avançar mais rapidamente com a ideia. A grande
novidade tecnológica, nesta produção nacional, passa por “ter um efeito
tridimensional trabalhado logo na fase da captação de imagens”. Segundo
o realizador “essa opção dá origem a um efeito 3D muito superior”. Para
o responsável pela Lobby, esta tecnologia está agora a ganhar a sua
verdadeira “forma”. Martins acredita que o efeito tridimensional
representa, no caso do cinema, “uma evolução semelhante à implementação
do som ou da cor”. O antigo aluno da UBI, apaixonado confesso pela 7ª
arte, tem vindo a assistir “a todos os filmes que apresentam esta
tecnologia” e acredita que está agora na sua fase maior.
Eduardo Alves
MEDICINA DA UBI
Aluna representa
Portugal
Joana Brioso vai participar num dos mais
conceituados encontros de estudantes que se realiza na Europa. A aluna
do terceiro ano de Medicina da UBI participa, durante 11 dias no
International Student Festival, que este ano tem lugar na Noruega.
A frequentar o terceiro ano do curso de medicina, na UBI, Joana Brioso é
já uma veterana dos estágios de Verão e bolsas de estudo no estrangeiro.
Desde Filadélfia, cidade onde esteve durante cinco semanas ao abrigo de
uma bolsa Fulbright, passando pela Irlanda, país que visitou com uma
bolsa da Gulbenkian e terminando na experiência do ano passado na
Holanda, a jovem natural do Fundão parece já ter desenvolvido
actividades em diversos locais.
Entre os dias 10 e 21 de Fevereiro, Joana Brioso vai estar em Trondheim,
na Noruega, para fazer parte deste seminário onde são discutidas
temáticas internacionais com a presença de diversas individualidades
como o Dalai Lama ou Bill Clinton.
Conhecer novas realidades, criar redes de contactos e ganhar novas
informações “são alguns dos objectivos” que Joana Brioso espera
conquistar. A estudante da academia ubiana foi uma das 450 pessoas a
serem seleccionadas de entre um painel de 4300, oriundas de 147 países.
U. COIMBRA E AGRÁRIA DE
CASTELO BRANCO TESTAM PLANTAS
Sai um medronho!!!
Uma equipa de investigadores da Faculdade
de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e da Escola
Superior Agrária de Coimbra está a liderar um projecto de clonagem de
medronheiros para os tornar “mais produtivos e mais resistentes”, uma
investigação que contou ainda com a colaboração de especialistas do
Instituto Nacional de Recursos Biológicos e da Escola Superior Agrária
de Castelo Branco.
A investigação, que decorreu nos últimos cinco anos, já obteve, “através
de um conjunto de metodologias de selecção e clonagem, genótipos de
medronheiros mais produtivos e mais resistentes a condições ambientais
adversas e com frutos de qualidade superior”.
Margarida Ribeiro, docente da Escola Agrária de Castelo Branco, foi quem
participou neste projecto, ajudando na análise da variabilidade do
medronheiro.
Jorge Canhoto, docente do departamento de Ciências da Vida da FCTUC,
explica que “o objectivo é fornecer aos produtores plantas de qualidade
para serem exploradas em termos agrícolas, industriais e mesmo
medicinais”.
Apesar de muito abundante em várias regiões do país, “o medronheiro é
uma espécie ainda muito pouco aproveitada e sobre a qual ainda não há
muita informação recolhida”.
Nesta fase, as plantações de medronheiros seleccionados e propagados in
vitro já estão estabelecidas em áreas florestais. Foram feitas,
sobretudo, na região de Oleiros, Sertã e Pampilhosa da Serra. “Agora
vamos acompanhar as plantas no terreno e continuar a recolher material,
para poder estender ainda mais esta espécie, uma vez que não há muita
informação sobre a formação da semente, do fruto, no fundo do seu
processo de reprodução, uma vez que a maioria nasce espontaneamente”,
refere o investigador, dando conta ao Ensino Magazine que “a ideia final
é conseguir ter algumas espécies certificadas, oferecendo maiores
garantias aos produtores da sua capacidade”.
Outro dos objectivos da investigação, segundo explica Jorge Canhoto, é
explorar ao máximo as potencialidades de utilização do medronheiro. “Ao
nível alimentar, devido ao alto teor de açúcar, os frutos podem ser
utilizados para produção de compotas e geleias. Em termos farmacêuticos,
os medronheiros apresentam propriedades anti-sépticas e diuréticas”,
exemplifica Jorge Canhoto, avançando ainda que muitas vezes as suas
folhas e ramagem é usada na indústria floral, nos arranjos. Mas
refira-se ainda que é também do medronho que se faz a aguardente que, na
Beira Baixa e no Algarve, é um dos produtos tradicionais da região do
pinhal.
Com as plantações já estabelecidas em áreas florestais, os
investigadores centram-se, agora, na optimização do processo de
transferência dos medronheiros de laboratório para as condições
naturais. “Neste processo de optimização está a ser utilizada a
micorrização das plantas (associação nas plantas de um conjunto de
fungos necessários para que elas cresçam mais e produzam melhor), para
que a sua adaptação a condições de solo seja mais eficaz evitando, por
exemplo, o uso de adubos químicos e de fitofármacos”, conclui.
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