EM TODO O PAÍS
República dá escolas à
República
No dia do seu 100.º aniversário, a 3.ª
República ofereceu à 1.ª República 100 escolas. São 100 escolas básicas
e secundárias, novas ou integralmente requalificadas, que no passado dia
5 de Outubro foram inauguradas em todo o País.
O Ministério da Educação revela que “100 anos depois, a escola continua
a ocupar um lugar central no 5 de Outubro”. Da extensa lista do
Ministério, o Ensino Magazine acompanhou a inauguração de dois desses
novos espaços, em Castelo Branco.
Ainda a cheirar a novo as escolas EB1 e pré-escolar do Agrupamento
Cidade de Castelo Branco e a EB 2/3 Afonso de Paiva, foram inauguradas
pelo secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, Valter
Lemos. O actos, simbólicos, permitiram ao membro do Governo lembrar que
“em 2005 foi feita a maior intervenção da história de Portugal no parque
escolar português”.
O secretário de Estado recordou que “na 1ª República foram construídas
mil escolas primárias em Portugal. No Estado Novo foi expandida a rede e
foi esse parque escolar já ultrapassado e degradado com que chegámos ao
século XXI”. Valter Lemos assegura que, “em 2005 foi preciso fazer uma
intervenção de fundo nessa área. Neste momento, ao nível do 1º ciclo e
do pré-escolar estão já concluídos e a funcionar 360 centros escolares
de um total de 600”.
Valter Lemos acrescentou “o custo de toda esta operação é de 3,5 mil
milhões de euros, o que é superior ao custo do novo aeroporto de
Lisboa”. No entender do secretário de Estado, este investimento também
tem permitido melhores resultados escolares a vários níveis. “Em 2009/10
tivemos mais 250 mil alunos nas escolas portuguesas, apesar da
demografia estar a baixar. Ao nível do 1º ciclo, por exemplo mais de 350
mil alunos participam em actividades de enriquecimento curricular.
Tivemos também, no último ano, mais 50 mil alunos a frequentar o ensino
secundário, o que é muito importante, pois o prolongamento dos estudos é
fundamental para os tempos modernos”.
Aquele membro do Governo lembrou ainda que “em 2005 a média nas escolas
era de 18 alunos por computador disponível. Hoje é de dois alunos por
computador”. Valter Lemos destacou a qualidade das duas escolas. “Estas
escolas fazem parte de uma cidade que está na vanguarda no plano da rede
escolar portuguesa”.
Valter Lemos lembrou ainda que “uma das lutas que devemos travar é que
todas as crianças tenham acesso ao pré-escolar. Neste momento somos o
quarto país da Europa em termos de frequência de pré-escolas (crianças
com cinco anos)”.
No entender do secretário de Estado “o combate da pré-escolarização
ainda vai durar. Da nossa parte queremos acrescentar ao ideal da
república que afirma que todos devem ter acesso à escolarização, que
todas as crianças devem ter acesso ao pré-escolar”.
Joaquim Morão, presidente da autarquia, sublinhou o esforço que a Câmara
tem feito nesta área. “Fizemos o nosso trabalho relativamente ao parque
escolar. Estamos atentos e a resolver todos os problemas que nos dizem
respeito. Nós cumprimos os nossos compromissos, definimos quais os
centros escolares do concelho e investimos cerca de 10 milhões de euros
nesta área”.
No entender do autarca foram construídas “escolas de qualidade. O nosso
empenhamento é total para resolver todas as questões da educação, e
enquanto estiver como presidente, este será sempre o nosso rumo. A
escola constrói-se com todos e nós sabemos quais são os nossos
objectivos. Eu sou um de vós e nós queremos ser os melhores”. Na Afonso
de Paiva, Joaquim Morão recordou que “a escola foi construída em tempo
recorde e que o novo equipamento será colocado até Dezembro, o mesmo
sucedendo com os arranjos exteriores”.
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