Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XIII    Nº145    Março 2010

Universidade

DEBATE NA UBI

Novos desafios do jornalismo

Debater as alterações que as mais recentes tecnologias apresentam ao jornalismo foi o mote de mais umas jornadas científicas promovidas pelo Laboratório de Comunicação e Conteúdos Online (Labcom) da Universidade da Beira Interior. O encontro internacional de investigadores e profissionais da área serviu para debater o que tem sido feito nos últimos 15 anos, no que diz respeito ao jornalismo na Web. Nesse sentido, as conferências começaram com a de debate sobre “Os 15 anos de Jornalismo na Web em Portugal”.

Em discussão estiveram questões como Quais as consequências da Internet no jornalismo? e Quais as consequências do jornalismo na Internet? A conferência, promovida pelo Labcom, analisou o panorama português, mas também o que se passa na Europa e na América Latina. Um vasto leque de oradores foi “garantia de uma boa jornada”, como disse Paulo Serra, presidente da Faculdade de Letras da UBI, ao dar início aos trabalhos. As jornadas começaram precisamente com a mesa que analisou o jornalismo online em Portugal. Depois dos primeiros tempos em que esta prática “era incipiente e experimental, o desembarque tem sido paulatino”, sublinhou Hélder Bastos, da Universidade do Porto. Mas os tempos continuam “de impasse” para aquele investigador.

Já Joaquim Fidalgo, da Universidade do Minho, preferiu retratar o jornalismo online português como uma actividade que está agora a conseguir a sua identidade. O investigador lembrou que este é um meio onde “tudo muda com uma rapidez assinalável”. As novas tecnologias vieram para ficar “tal como a relação entre os leitores e os jornalistas”. A participação dos cidadãos é um fenómeno “cada vez mais importante”. Hoje o leitor “tem a possibilidade de intervir no processo comunicacional, nem que seja, reencaminhando as informações que lhe chegam”. Também João Canavilhas, organizador do evento, abordou os novos desafios que a Internet colocou ao jornalismo. O docente do Departamento de Comunicação e Artes lembra que com esta plataforma “os meios serão mais multimediáticos, mais instantâneos, mais participados”, mas também, “hiperlocais e adaptados aos suportes móveis”.

Eduardo Alves

 

 

 

AMÉLIA AUGUSTO DIRIGE

UBI tem Gabinete da Qualidade

A Universidade da Beira Interior já tem em funcionamento o Gabinete da Qualidade, dirigido por Amélia Augusto, pró-reitora para a Qualidade, que tem como objectivo fazer evoluir as mentalidades no sentido de melhorar os diferentes processos na instituição, o que passa também por uma cultura de auto-avaliação permanente.

Em declarações ao jornal da UBI, o Urbi@Orbi, aquela responsável refere que o Gabinete ainda é jovem, pois foi criado em Dezembro, e tem estado ocupado na acreditação dos cursos. Ainda assim, tendo em conta o Plano de Acção do Reitor, estão definidas as linhas mestras e os objectivos estratégicos, que têm em conta as linhas definidas em termos nacionais e internacionais.

Amélia Augusto considera que o Gabinete tem de trabalhar de forma muito articulada com as Faculdades, o que ainda não está a acontecer, mas que avançará após a instalação das Comissões da Qualidade em cada unidade orgânica. A descentralização da Universidade será outra das alterações que contribui para a responsabilização de todos em termos de Qualidade.

“Aquilo que não gostaria que acontecesse é que a qualidade fosse vista como um procedimento “para auditor ver”. Ou seja, não queria que a qualidade fosse vista como um fim em si mesmo, como a produção de números para dar respostas a auditores e para sairmos bem “na fotografia”, mas que fosse vista de um ponto de vista estratégico, como uma ferramenta que nos permite fazer um diagnóstico, pensar reflexivamente as nossas práticas e reorientar práticas problemáticas, no sentido da existência efectiva de uma cultura de qualidade”, refere aquela responsável.

Eduardo Alves

 

 

 

 

DOCENTE DA UBI PRESIDE

SNEsup com nova direcção

António Vicente, Professor Auxiliar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior é o novo presidente da direcção do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), tendo iniciado funções no passado mês de Fevereiro. Aos 30 anos, doutorado em Ciências do desporto pela Universidade da Madeira, aquele investigador encara assim um desafio numa altura de mudanças consideráveis naquele sector.

O Sindicato mantém em funções a Coordenadora da Comissão Permanente da Direcção, Teresa Alpuim, Catedrática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. A Direcção reformulou porém a equipa de vice-presidentes, integrada agora por Teresa Nascimento (Universidade da Madeira), Catarina Fernando (Universidade da Madeira), Nuno Ivo Gonçalves (Instituto Superior de Gestão) e José Rodrigues (Instituto Politécnico do Porto).

Estas alterações surgem no quadro de uma recomposição da equipa de coordenação da Direcção, decidida após a Assembleia da República ter introduzido no Estatuto da Carreira Docente Universitária (ECDU) e no Estatuto da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico (ECPDESP) numerosas alterações propostas pelo Sindicato.

 

 

 

116 LICENCIADOS ENVOLVIDOS

UBI dá "ética" às Engenharias

A Universidade da Beira Interior e a Ordem dos Engenheiros estão a desenvolver um projecto comum na área da Ética e Deontologia no Trabalho, o que esteve na origem de uma formação naquela área, realizada este mês na Universidade, onde estiveram 116 licenciados, que puderam assim realizar uma formação considerada obrigatória pela Ordem.

João Lanzinha, docente do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura da UBI representante da Ordem dos Engenheiros no Distrito de Castelo Branco foi um dos promotores. Segundo afirma, a formação realizada “costuma realizar-se em Lisboa, Porto e Coimbra”. Ainda assim, a Covilhã passa agora contar com esta formação e os licenciados nas diferentes engenharias podem assistir ao curso.

Durante dois dias, este evento teve como objectivo “explicar os aspectos que têm a ver com a forma de agir, as questões da ética e da deontologia profissional e também o regulamento da Ordem dos Engenheiros”.

João Lanzinha refere que a formação não se destina apenas a engenheiros civis, mas também electromecânicos, aeronáuticos, electrotécnicos, têxteis, entre outros. Um evento que conta com a participação de formadores de várias áreas que abordam diferentes campos, como as leis que regem as actividades destas profissões, até à segurança no trabalho ou a ligação ao mercado de trabalho. Depois de um período de aprendizagem os participantes têm também de realizar uma prova escrita que lhes permite integrar a Ordem.

Eduardo Alves

 

 

 

MELHOR PROJECTO HP

Aveiro ganha na América

Os dois projectos do Departamento de Electrónica, Telecomunicações e Informática da Universidade de Aveiro que, em Junho de 2009, a HP premiou pela utilização de tecnologias e metodologias inovadoras de ensino e aprendizagem, acabam de ser distinguidos na Califórnia com os prémios de Melhor Projecto no 2010 HP Innovations in Education Conference. Premiados foram igualmente os materiais foto e vídeo preparados no âmbito de um destes dois projectos distinguidos.

A votação ditou a distinção dos projectos StimuLearning: Stimulating Learning in Engineering Students by Collaborative Entrepreneurship Training», liderado por Manuel Oliveira Duarte, e Use of HP Mobile Technology to Enhance Teaching Reconfigurable Systems for Electrical and Computer Engineering Curricula, da responsabilidade de Valeri Skliarov. Os prémios foram entregues em S. Francisco, na Califórnia, na 2010 HP Innovations in Education Conference que decorreu, entre 22 e 25 de Fevereiro, naquele estado norte-americano. 

 

 

 

PEQUENOS CIENTISTAS

Taguspark abre portas

Vivenciar o espírito académico, interagir com futuros colegas e professores, construção de robôs e assistir a demonstrações de “engenhocas” são algumas das actividades que os alunos das escolas do ensino básico e secundário experienciaram na Semana Aberta de Engenharia do IST Taguspark, que decorreu de 22 a 25 de Fevereiro.

A iniciativa teve como objectivo potenciar o convívio de alunos com a ciência e tecnologia, engenharias, física, química e matemática através da experimentação e jogos pedagógicos e científicos. Os jovens visitantes assistiram ainda a demonstrações de diversos projectos de actuais alunos do Instituto Superior Técnico. O SUBA – Seja Um Bom Aluno, projecto da área de Engenharia Electrónica que engloba um sistema de ensino e de experimentação de sistemas mecânicos e electrónicos baseado num mini modelo do carro de ralis Subaru Impreza WRX da Fuji Heavy Industries foi um dos projectos em demonstração. Destaca-se ainda o Projecto CERMINES – Robot LEGO MINDSTORMS NXT, criado por alunos da Licenciatura e Mestrado de Engenharia de Redes de Comunicação, que visa a concepção e o desenvolvimento de uma rede de robots móveis que desenvolvem uma actividade de forma colaborativa.

 

 

 

ECOLOGIA INDUSTRIAL

Minho investiga

A Universidade do Minho acaba de apresentar a Plataforma Ecologia Industrial, que permite potenciar candidaturas conjuntas a projectos, de âmbito nacional ou internacional, ou planear a participação da Universidade em eventos ou instituições de relevância internacionais na área. Pode-se, sobretudo, cruzar experiências e conhecimentos.

“A ecologia industrial é uma área interdisciplinar que contempla abordagens e intervenções ambientais, económicas, sociológicas e tecnológicas para lidar com sistemas sócio-técnicos, tratando-os como entidades naturais.” Foi inspirado nesta frase que um grupo de investigadores da Universidade do Minho decidiu partilhar experiências e trabalhar em conjunto para poder afirmar a posição da Universidade na área da Ecologia Industrial.

 

 

 

PRÉMIO JOAQUIM CARVALHO

Reis Torgal vence

A obra Estados Novos, Estado Novo, de Luís Reis Torgal foi considerada, pelo júri do Prémio Joaquim de Carvalho, como o melhor trabalho de investigação e de divulgação científica editado pela Imprensa da Universidade de Coimbra em 2009, de entre as 52 obras publicadas no ano passado.

A actualidade do tema e a sua conformidade com o espírito do Prémio Joaquim de Carvalho – que era o director da Imprensa da Universidade de Coimbra quando esta foi encerrada por Oliveira Salazar em 1934 – bem como o rigor científico do trabalho, a utilidade da obra como instrumento precioso de apoio a futuras investigações, o interesse que pode suscitar num público alargado e a qualidade e clareza da redacção, foram as razões invocadas pelo júri na atribuição do Prémio à segunda edição de “Estados Novos, Estado Novo”.

O livro, que se divide em dois volumes num total de 1119 páginas, é uma caracterização do Estado Novo de Salazar nos seus aspectos políticos e culturais. Reis Torgal, investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20) da Universidade de Coimbra e professor catedrático aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), abordou nesta obra as várias tendências que visavam a formação de concepções diferentes de ‘Estados Novos’, mas também as experiências de tipo corporativo que se verificaram no mundo - sobretudo o Fascismo italiano. Não deixou ainda de abordar questões sensíveis, como a relação do Estado Novo com o fascismo (em sentido genérico) e até com o totalitarismo.

 

 

 

UNIVERSIDADE DE ÉVORA

Novo Reitor toma posse

O professor catedrático Carlos Alberto Braumann tomou posse, no passado dia 3 de Março, como novo reitor da Universidade de Évora (UE). Preocupado com a situação financeira da academia alentejana, o novo reitor defende o reforço das verbas transferidas pelo Estado para as instituições do ensino superior.

No seu discurso, o novo dirigente referiu que se candidatou ao lugar de reitor plenamente consciente das dificuldades que a sua instituição enfrenta. “Atravessamos um período turbulento cujas ondas de choque ainda vão persistir no tempo. A asfixia financeira, a adequação acelerada ao processo de Bolonha, a adaptação às novas exigências decorrentes da evolução económica e social e das alterações do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior e dos novos estatutos de carreira, tudo isto é gerador de tensões e cria desajustamentos, no nosso caso agravado pelas dificuldades de desenvolvimento da região que em nós se repercutem e por algumas debilidades que ainda não conseguimos ultrapassar”, disse.

No entanto, Carlos Braumann acrescentou que está “também consciente das enormes potencialidades que os nossos recursos humanos oferecem, bem como, a concretizarem-se as infra-estruturas e investimentos previstos para o Alentejo, do grande potencial de atractividade da região”.

Sobre os caminhos futuros da universidade, o novo reitor apontou no seu discurso três grandes desafios: a) Melhorar a qualidade dos serviços prestados, a eficiência organizacional e a produtividade global da instituição; b) Garantir a sustentabilidade financeira e c) finalmente afirmar a universidade nas múltiplas vertentes da sua missão.

No que diz respeito ao primeiro desafio, o novo reitor colocou em destaque a necessidade de concretizar a autonomia das escolas e do Instituto de Investigação e Formação Avançada (IIFA), a reorganização da oferta formativa, a promoção do sucesso educativo, a avaliação da qualidade e a formação e qualificação do pessoal docente e não-docente. Assim, considera que é preciso “dar conteúdo mais efectivo à autonomia das nossas unidades orgânicas, escolas e IIFA, consagrada nos Estatutos da UE e nos Estatutos próprios de cada uma”. Carlos Braumann frisou ainda a necessidade de proceder “gradualmente à reorganização da oferta formativa, promovendo uma melhor adequação ao espírito de Bolonha, mais centrado no aluno e no processo de aprendizagem, com parcerias regionais, nacionais e internacionais”.

No segundo desafio, o novo dirigente sublinhou que a academia alentejana apresenta um ensino “não massificado e de melhor qualidade, com uma muito maior proximidade entre docentes e alunos, mas com custos per capita mais elevados”. Neste âmbito, considera que o Estado “deverá atender a esta situação, bem como ao papel insubstituível que desempenhamos no desenvolvimento regional, compensando-nos no financiamento por aluno, o que não tem sucedido”.

No seu último ponto, o novo reitor salientou que a instituição deve passar por uma maior internacionalização do ensino e da investigação através de uma “utilização mais intensa dos mecanismos de intercâmbio de docentes e estudantes e com várias parcerias”.

No final do seu discurso disse que a afirmação da universidade passa também pelo seu “forte compromisso para com o desenvolvimento da Região Alentejo, em cooperação com os demais agentes”.

A equipa do novo reitor é constituída por três vice-reitores: José Manuel Caetano (professor do Departamento de Economia) que vai tutelar as questões relacionadas com a organização interna da universidade; Hermínia Vilar (professora do Departamento de História) que vai tutelar os ensinos e Manuel Cancela d’Abreu (professor do Departamento de Zootecnia) que será responsável pelas questões ligadas à internacionalização e às relações com a comunidade.

A nova equipa conta ainda com dois pró-reitores: Jacinto Vidigal (professor do Departamento de Gestão), responsável pelas questões ligadas à avaliação e Marta Silvério (professora do Departamento de Gestão) responsável pelos espaços da academia.

Noémi Marujo
 

 

 

 

O ADEUS A UM RESISTENTE

Faleceu o professor
Rogério Fernandes

O professor e investigador universitário, Rogério Fernandes (78 anos), faleceu, na madrugada do passado dia 4, vítima de ataque cardíaco. O docente foi um dos pioneiros em Portugal na área da História da Educação e foi um dos impulsionadores das primeiras reformas do ensino primário no pós-25 de Abril.

A convite do então ministro da Educação do segundo Governo provisório, Vitorino Magalhães Godinho, Rogério Fernandes foi director-geral do Ensino básico entre Agosto de 1974 e Agosto de 1976, altura em que foi afastado deste cargo pelo ministro socialista Sottomayor Cardia.

Rogério Fernandes foi um dos responsáveis pela primeira reforma das escolas do magistério primário, onde eram formados os professores. Para o ingresso passou a ser obrigatório o 7º ano, que era então o último ano do secundário, e o curso passou de dois para três anos. Por outro lado começou também a implementar-se uma nova concepção do que é ser professor. Os recém-formados passaram a ter um mês de estágio nas áreas do interior, uma experiência que contribuiu ou para que se apaixonassem pela docência ou que optassem por desistir.

Num artigo publicado há alguns anos, Rogério Fernandes conta que se tratava de pôr em em prática a “defesa de um modelo de professor enquanto profissional não burocrata tal como o definira António Sérgio, reforçando o sentimento do carácter idealista, apostólico, missionário, da função do professor”.

Resistente antifascista, Rogério Fernandes foi proibido de leccionar durante o Estado Novo, o que o levou a procurar um refúgio no jornalismo. Foi redactor do jornal A Capital, onde ingressou em 1968. Aquele vespertino, entretanto já extinto, tinha acabado de aparecer pelas mãos de Norberto Lopes e Mário Neves, director e sub-director respectivamente. João Mendes, que iniciou ali a profissão aos 18 anos, lembra que o jornal se afirmava, no seu estatuto editorial, como “uma voz independente”. Proclamava que “mão se dobrava ao poder político, mas também não obdecia ao homem da rua.

EM/Público

 

 

 

INVESTIGAÇÃO NA CESPU

Importância do tomate

Um estudo de uma equipa da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) comprovou os benefícios do consumo diário de tomate, nomeadamente na diminuição do colesterol, triglicéridos e ácido úrico.

Durante um mês, alunas do Instituto Politécnico de Saúde do Norte ingeriram um tomate por dia. Em resultado, os níveis de triglicéridos e de colesterol baixaram de forma significativa, apresentando uma correlação proporcional com a diminuição de peso.

Este estudo deverá agora ser alargado a nível nacional, informa o CESPU em comunicado.

Ambiente: Bandeira Azul parte a bordo da Sagres para primeira volta ao mundo. A Bandeira Azul vai dar a sua primeira volta ao mundo, ao ser hasteada a bordo do Navio Escola Sagres que hoje inicia a sua terceira viagem de circum-navegação.

Segundo a Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), a viagem da Sagres será acompanhada por relatos da observação de espécies nos diferentes sítios por onde o navio irá passar, como o Brasil ou Timor-Leste.

“Este será um dos contributos da Sagres para o Ano Internacional da Biodiversidade”, pode ler-se no comunicado da ABAE.


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