ESCOLAS
Ministra reforça
poderes a directores

A ministra da Educação, Isabel Alçada,
insistiu que é preciso “dar mais força” aos diretores das escolas para
resolver casos de agressões e de “bullying” em meio escolar,
considerando “grave” qualquer violência sobre alunos ou professores.
“Vamos aprovar um diploma que reforça a rapidez na intervenção do
diretor em caso de agressão. E agressão é sempre grave. Quando se fala
em violência, é sempre grave”, afirmou Isabel Alçada.
A ministra da Educação falava aos jornalistas em Évora, no passado dia
16, após presidir à cerimónia de entrega da terceira edição do Prémio
Nacional de Professores.
Questionada sobre o debate que vai ter lugar na Assembleia da República
sobre violência, agressões e indisciplina nas escolas e “bullying”
(violência física ou psicológica reiterada) em meio escolar, a
governante reconheceu que esse tema a preocupa.
“Sempre que uma criança, um jovem ou um professor é agredido numa escola
ou fora da escola, preocupa-me. Todas as pessoas que pensam sobre esta
questão, claro que se têm que preocupar”, disse.
Por isso, Isabel Alçada recordou que, na quinta feira passada, o Governo
anunciou que vai apresentar um diploma para reforçar os poderes dos
diretores de escola, para que os alunos agressores possam ser suspensos
imediatamente logo após a ocorrência da agressão.
“Vamos reforçar o poder da suspensão preventiva da parte do diretor de
escola ou do agrupamento de escolas”, frisou, acrescentando que, em
simultâneo, vão ser propostas “medidas de apoio imediato e continuado”
para todos os que “possam ser alvo de alguma forma de violência”.
Segundo a ministra, há que “mostrar que existem meios e uma atitude de
grande responsabilidade da parte dos professores que estão presentes e
que resolvem as situações”.
“Precisamos de dar mais força àqueles que estão empenhados em resolver
as questões. Precisamos que os professores tenham autoridade” e que a
sociedade a “reconheça”, sustentou.
As situações graves de violência nas escolas “não são numerosas,
felizmente”, mas basta “uma situação grave ou duas para nos termos que
preocupar muito”, realçou.
“Não podemos deixar que, no nosso país, haja nem um caso desta natureza.
Sabemos que tem havido comunicação de quatro casos, mas quatro casos é
muito. É indispensável que não haja nenhum caso”, argumentou.
Questionada também sobre o inquérito ao caso do rapaz que, alegadamente,
se suicidou em Mirandela, após agressões dos colegas da escola, a
ministra da Educação disse não dispor ainda do relatório definitivo.
“Trata-se, do lado do Ministério da Educação, de um inspetor e nós
respeitamos a responsabilidade e o ritmo do trabalho do inspetor”,
limitou-se a afirmar, esclarecendo que estes casos “que provocam muito
sofrimento” não devem ser abordados “publicamente”, para não “agravar o
sofrimento” das famílias.
O rapaz, de 12 anos, desapareceu no rio Tua a 2 de março, junto ao
parque de merendas de Mirandela, a alguma distância da escola.
O caso foi associado a violência escolar e o afogamento da criança,
resultado de uma alegada tentativa de suicídio, a uma consequência de
alegadas agressões de que seria frequentemente vítima na escola.
Já as autoridades policiais acreditam na possibilidade de uma
brincadeira que acabou de forma trágica, segundo fontes ligadas ao
processo.

Este texto foi escrito ao abrigo
do novo Acordo Ortográfico
Qualific@

A QUALIFIC@ - Feira de Educação,
Formação, Juventude e Emprego vai realizar-se de 15 a 18 de Abril de
2010 na Exponor. A iniciativa volta a ter como media partner o Ensino
Magazine, o qual estará representado com um expositor, onde irá promover
diversos passatempos e distribuir gratuitamente esta edição do jornal.
Após o sucesso das últimas edições, a Qualific@ contará novamente com o
apoio e cooperação das diversas instituições públicas - Ministério da
Educação, Agência Nacional para a Qualificação, Instituto de Emprego e
Formação Profissional, Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude,
que contribuem para a consistência e dimensão do maior evento do sector
em Portugal.
Para a organização, a Qualific@ afirma-se cada vez mais como um evento
de grande impacto, dando especial enfoque à qualificação profissional e
à adaptação da oferta à procura. Num só local reunimos os diversos
interlocutores neste processo, aproximando as entidades responsáveis
pela educação, formação e emprego, e o seu público-alvo.
O baixo custo por contacto e a grande visibilidade, acompanhada de uma
comunicação direccionada e personalizada fazem da Qualific@, a feira
ideal para a divulgação de projectos, produtos e serviços.
As áreas são diversas, mas ao mesmo tempo transversais e
interdisciplinares, permitindo num só espaço a apresentação de um grande
«espaço» dedicado à qualificação.

|