ESTUDO INOVADOR
IPCB estuda energia
dos cereais

Carlos Reis e José Monteiro, dois
investigadores do Instituto Politécnico de Castelo Branco, estão a
poucos meses de concluir os estudos de adaptação e produtividade de
variedades de leguminosas na região de Castelo Branco e de cereais
(aveia centeio e triticale) para produção de biocombustíveis de 1ª e 2ª
geração. A garantia foi dada pelo próprio Instituto Politécnico, em nota
a que tivemos acesso.
Os dois docentes da Superior Agrária têm vindo a desenvolver ensaios de
campo em Castelo Branco e no Ladoeiro. Os estudos de adaptação e
produtividade de leguminosas grão (20 cultivares diferentes de
Ervilheira proteaginosa) estão a ser efectuados em dois campos de
ensaio, um na Quinta da Srª. de Mércules, em Castelo Branco, e outro no
Ladoeiro, enquanto na campina de Idanha estão instalados três campos de
ensaio de estudo de aveia (13 cultivares), centeio (8 cultivares) e
triticale (18 cultivares).
A investigação está a ser feita ao abrigo do projecto - “Transferência
de tecnologia e experimentação do cultivo de cereais e leguminosas para
usos energéticos e de alta qualidade alimentar em sistemas de regadio e
de agricultura sustentável”. Um programa que decorre em colaboração com
o ITACyL (Instituto Tecnológico Agrario de Castilla y Leon, Valladolid),
no âmbito do programa de Cooperação Transfronteiriço Portugal-Espanha (AGROCELE).
Os trabalhos tiveram início em Fevereiro 2009 e deverão estar concluídos
em Dezembro deste ano. Os dois investigadores revelam que o estudo
permitirá “eleger as cultivares de ervilheira proteaginosa com boa
capacidade produtiva nas regiões de Castelo Branco e Idanha-a-Nova e
identificar as cultivares de cereais com interesse para produção de
biocombustíveis”.
De referir que o AGROCELE tem como objectivos os “estudos de adaptação
agronómica e produtividade de cultivares melhoradas de ervilheira
proteaginosa nas regiões de Castelo Branco e Idanha-a-Nova”.
Além disso, e de acordo com o próprio Politécnico, o projecto pretende
promover diferentes aspectos a saber: “o estudo da qualidade da palha
para alimentação animal da proteaginosa; estabelecimento da rede Ibérica
de avaliação de novas cultivares de leguminosas (GENVL); conhecimento
dos stress bióticos a que está sujeita a cultura de ervilheira
proteaginosa; desenvolvimento e estudo de variedades de cereais
específicas para biocombustíveis de primeira e segunda geração; e o
estudo da repartição das fracções das plantas de cereais e sua
interacção com o potencial de produção de biocombustíveis”.
IPCB
Alunos com ideias
originais

A primeira fase regional do Concurso
Poliempreende está concluída. No total surgiram 22 ideias de negócio,
numa iniciativa que envolveu mais de 400 participantes. Os responsáveis
pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) mostram-se
satisfeitos com a conclusão da 1ª fase regional da 7ª Edição do Concurso
Poliempreende. “Podemos já afirmar que a mesma se saldou por um
assinalável êxito”, refere fonte do IPCB.
O Instituto Politécnico destaca mesmo a excelente “ participação dos
alunos e pessoas externas à comunidade académica do IPCB, nas sessões
programadas das Oficinas E e Oficinas E2, tendo-se ultrapassado os 400
participantes”.
Adianta ainda o IPCB que os “inquéritos de satisfação revelaram índices
de satisfação, sobre a relevância dos temas, superiores a 85% no
somatório de muito adequado e adequado por parte dos assistentes”.
No que respeita a candidaturas, foram entregues 22 ideias de negócio. Um
número que se traduz no segundo maior de sempre desde o início do
concurso Poliempreende (o número mais alto foi, curiosamente, na 1ª
Edição do Poliempreende, em 2003, com 24 ideias de negócio, tendo o
número mais baixo, 2 ideias de negócio, sido registado em 2008).
Para o IPCB, “o resultado obtido é revelador do trabalho de motivação
desenvolvido ao nível das escolas mas, fundamentalmente, do espírito
inovador e empreendedor dos nossos alunos e docentes”.
Durante a última semana decorreu a apresentação prévia das ideias de
negócio por parte das equipas participantes, perante os coordenadores do
Poliempreende, após o que se passará para uma terceira fase, que
consiste no acompanhamento tanto quanto possível tutorial, por parte dos
coordenadores do Poliempreende de forma a ajudar as equipas a executar o
respectivo Plano de Negócios a submeter ao Júri Regional, o que se prevê
vir a acontecer até ao final de Junho.
Sete anos depois de ter tido início no Instituto Politécnico de Castelo
Branco, hoje o Poliempreende é visto como uma iniciativa da maior
importância na dinamização dos conceitos de inovação e empreendedorismo
nas academias politécnicas. Como o Reconquista já tinha divulgado em
primeira mão, “para o próximo ano, o concurso passará a ter um cariz
internacional, com a participação de IES de Macau e Moçambique”.
PATRIMÓNIO NACIONAL
Santarém e a cultura
avieira

A cultura e a identidade dos pescadores
avieiros vai ser elevada a património nacional, num projeto de
recuperação de várias aldeias avieiras que prevê a criação de mais de
450 postos de trabalho, o qual foi promovido pelo Instituto Politécnico
de Santarém.
O coordenador do projeto de candidatura a património nacional, João
Serrano, explicou à agência Lusa que o objetivo é “criar um novo destino
turístico para o país”, num conjunto de programas que estimam criar 127
postos de trabalho diretos e de 350 a 360 indiretos.
“Este destino turístico já está aprovado pelo PROVERE [Programas de
Valorização Económica de Recursos Endógenos]. É um projeto de
investimento que envolve 41 instituições e 59 projetos de investimento e
prevê ligar pelo Tejo desde a Marina do Parque das Nações até
Constância, sendo que o Tejo só é navegável até Valada”, adiantou João
Serrano.
O coordenador do projeto - avaliado em cerca de 30 milhões de euros -
explicou ainda que a candidatura prevê “um turismo fluvial que parte do
Parque das Nações até Valada por barco” e, a partir daí, vai ser
desenvolvido um “percurso por um barco muito leve para fundos baixos ou
por autocarros para levar os turistas até Constância”.
“A oferta é enorme: prevêem-se vários investimentos na área da
hotelaria, na restauração, no turismo fluvial e equestre e consideramos
que é a partir do Tejo que se deve criar um destino turístico que
valorize a região”, acrescentou, lamentando que o Ribatejo “esteja hoje
despovoado” porque “as pessoas não encontram aqui empregos”.
Os avieiros, “os mais pobres dos pobres”, nas palavras de Alfredo
Pinheiro Marques, diretor do Centro de Estudos do Mar (CEMAR), uma
associação científica do Centro Litoral que estuda a cultura avieira,
foram o último grande movimento migratório português.
Donos do “mais belo barco do mundo, em forma de meia lua”, numa
referência à arte xávega, “os mais pobres dos pobres, a cada inverno e
com a fome, começaram uma migração sazonal para o Tejo”, explicou o
investigador, acrescentando que estes pescadores são oriundos da Vieira
de Leiria e “da mãe de todos os pescadores que é a Ria de Aveiro”.
No início do século XX e até aos anos 60, famílias inteiras de
pescadores subiram as margens do rio Tejo, na tentativa de encontrar
melhores condições de pesca e mais oportunidades, mas mantendo sempre a
sua identidade.
O projeto de elevar a cultura avieira a património nacional nasceu há
cerca de quatro anos, tendo sido aprovado em julho de 2009, numa
iniciativa do Instituto Politécnico de Santarém (IPS), através do
Gabinete da Cultura Avieira. 
Este texto foi escrito ao abrigo do
novo acordo ortográfico
EST DE CASTELO BRANCO
Aplicação que poupa
energia

A Escola Superior de Tecnologia, do
Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), anunciou a criação de um
novo software que permite poupar energia.
A aplicação informática “EST Shutdown” foi desenvolvida pelo Centro de
Informática do Politécnico e permite a monitorização remota dos
computadores.
Sempre que o período de inatividade de um computador ultrapasse um tempo
definido e se verifique um conjunto de condições previamente
programadas, será enviada uma ordem para o seu encerramento, evitando
gastos supérfluos de energia.
Este software é visto como uma mais valia pelos responsáveis do IPCB, já
que a escola tem como principal área de formação a tecnologia, possuindo
por isso muitos equipamentos informáticos.
Para já a aplicação “EST Shutdown” só está em funcionamento nesta escola
mas deverá chegar a todos os serviços do Politécnico.
“Há que perceber se a utilização da aplicação informática não vai causar
nenhuma incompatibilidade com outro software já existente”, explicou
Pedro Gonçalves, responsável pelo Centro de Informática do IPCB/EST. 
LEIRIA E ALTA
ESTREMADURA
Folclore em debate

A Escola Superior de Educação e Ciências
Sociais do Instituto Politécnico de Leiria promove um encontro de
folclore no próximo dia 21 de Maio, a partir das 14h30, no Auditório 2.
Participam neste evento, como oradores convidados, Acácio Sousa e
Filomena Martins, personalidades com experiência na elaboração de
roteiros culturais na região, e ainda José Alberto Sardinha,
etnomusicólogo e estudioso da realidade etnográfica e do património
associado.
Esta iniciativa insere-se no âmbito da unidade curricular de Património
Cultural I do 2.º ano do Curso de Animação Cultural da Escola Superior
de Educação e Ciências Sociais, a que se associa o CIID (Centro de
Investigação Identidades e Diversidades) do Instituto Politécnico de
Leiria.
Procura-se com este evento, cruzar a vertente dos estudos ligados à
cultura com as realidades da etnografia e do folclore regional, como
oportunidade de abertura de novas áreas de conhecimento e de
investigação. Neste sentido, os alunos da unidade curricular de
Património Cultural I estão a realizar trabalhos de investigação, sobre
esta temática, procurando-se dar uma outra perspectiva sobre o processo
de elaboração de um itinerário cultural com base nos ranchos folclóricos
que têm espólio e que, deste modo, podem mostrar o modo de vida rural e
algumas das actividades artesanais associadas, realçando a importância
da preservação e da manutenção da identidade cultural das comunidades
locais em que estão enraizados. 
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