Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XIII    Nº147    Maio 2010

Politécnico

ESTUDO INOVADOR

IPCB estuda energia dos cereais

Carlos Reis e José Monteiro, dois investigadores do Instituto Politécnico de Castelo Branco, estão a poucos meses de concluir os estudos de adaptação e produtividade de variedades de leguminosas na região de Castelo Branco e de cereais (aveia centeio e triticale) para produção de biocombustíveis de 1ª e 2ª geração. A garantia foi dada pelo próprio Instituto Politécnico, em nota a que tivemos acesso.

Os dois docentes da Superior Agrária têm vindo a desenvolver ensaios de campo em Castelo Branco e no Ladoeiro. Os estudos de adaptação e produtividade de leguminosas grão (20 cultivares diferentes de Ervilheira proteaginosa) estão a ser efectuados em dois campos de ensaio, um na Quinta da Srª. de Mércules, em Castelo Branco, e outro no Ladoeiro, enquanto na campina de Idanha estão instalados três campos de ensaio de estudo de aveia (13 cultivares), centeio (8 cultivares) e triticale (18 cultivares).

A investigação está a ser feita ao abrigo do projecto - “Transferência de tecnologia e experimentação do cultivo de cereais e leguminosas para usos energéticos e de alta qualidade alimentar em sistemas de regadio e de agricultura sustentável”. Um programa que decorre em colaboração com o ITACyL (Instituto Tecnológico Agrario de Castilla y Leon, Valladolid), no âmbito do programa de Cooperação Transfronteiriço Portugal-Espanha (AGROCELE).

Os trabalhos tiveram início em Fevereiro 2009 e deverão estar concluídos em Dezembro deste ano. Os dois investigadores revelam que o estudo permitirá “eleger as cultivares de ervilheira proteaginosa com boa capacidade produtiva nas regiões de Castelo Branco e Idanha-a-Nova e identificar as cultivares de cereais com interesse para produção de biocombustíveis”.

De referir que o AGROCELE tem como objectivos os “estudos de adaptação agronómica e produtividade de cultivares melhoradas de ervilheira proteaginosa nas regiões de Castelo Branco e Idanha-a-Nova”.

Além disso, e de acordo com o próprio Politécnico, o projecto pretende promover diferentes aspectos a saber: “o estudo da qualidade da palha para alimentação animal da proteaginosa; estabelecimento da rede Ibérica de avaliação de novas cultivares de leguminosas (GENVL); conhecimento dos stress bióticos a que está sujeita a cultura de ervilheira proteaginosa; desenvolvimento e estudo de variedades de cereais específicas para biocombustíveis de primeira e segunda geração; e o estudo da repartição das fracções das plantas de cereais e sua interacção com o potencial de produção de biocombustíveis”.

 

 

 

IPCB

Alunos com ideias originais

A primeira fase regional do Concurso Poliempreende está concluída. No total surgiram 22 ideias de negócio, numa iniciativa que envolveu mais de 400 participantes. Os responsáveis pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) mostram-se satisfeitos com a conclusão da 1ª fase regional da 7ª Edição do Concurso Poliempreende. “Podemos já afirmar que a mesma se saldou por um assinalável êxito”, refere fonte do IPCB.

O Instituto Politécnico destaca mesmo a excelente “ participação dos alunos e pessoas externas à comunidade académica do IPCB, nas sessões programadas das Oficinas E e Oficinas E2, tendo-se ultrapassado os 400 participantes”.

Adianta ainda o IPCB que os “inquéritos de satisfação revelaram índices de satisfação, sobre a relevância dos temas, superiores a 85% no somatório de muito adequado e adequado por parte dos assistentes”.

No que respeita a candidaturas, foram entregues 22 ideias de negócio. Um número que se traduz no segundo maior de sempre desde o início do concurso Poliempreende (o número mais alto foi, curiosamente, na 1ª Edição do Poliempreende, em 2003, com 24 ideias de negócio, tendo o número mais baixo, 2 ideias de negócio, sido registado em 2008).

Para o IPCB, “o resultado obtido é revelador do trabalho de motivação desenvolvido ao nível das escolas mas, fundamentalmente, do espírito inovador e empreendedor dos nossos alunos e docentes”.

Durante a última semana decorreu a apresentação prévia das ideias de negócio por parte das equipas participantes, perante os coordenadores do Poliempreende, após o que se passará para uma terceira fase, que consiste no acompanhamento tanto quanto possível tutorial, por parte dos coordenadores do Poliempreende de forma a ajudar as equipas a executar o respectivo Plano de Negócios a submeter ao Júri Regional, o que se prevê vir a acontecer até ao final de Junho.

Sete anos depois de ter tido início no Instituto Politécnico de Castelo Branco, hoje o Poliempreende é visto como uma iniciativa da maior importância na dinamização dos conceitos de inovação e empreendedorismo nas academias politécnicas. Como o Reconquista já tinha divulgado em primeira mão, “para o próximo ano, o concurso passará a ter um cariz internacional, com a participação de IES de Macau e Moçambique”.

 

 

 

PATRIMÓNIO NACIONAL

Santarém e a cultura avieira

A cultura e a identidade dos pescadores avieiros vai ser elevada a património nacional, num projeto de recuperação de várias aldeias avieiras que prevê a criação de mais de 450 postos de trabalho, o qual foi promovido pelo Instituto Politécnico de Santarém.

O coordenador do projeto de candidatura a património nacional, João Serrano, explicou à agência Lusa que o objetivo é “criar um novo destino turístico para o país”, num conjunto de programas que estimam criar 127 postos de trabalho diretos e de 350 a 360 indiretos.

“Este destino turístico já está aprovado pelo PROVERE [Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos]. É um projeto de investimento que envolve 41 instituições e 59 projetos de investimento e prevê ligar pelo Tejo desde a Marina do Parque das Nações até Constância, sendo que o Tejo só é navegável até Valada”, adiantou João Serrano.

O coordenador do projeto - avaliado em cerca de 30 milhões de euros - explicou ainda que a candidatura prevê “um turismo fluvial que parte do Parque das Nações até Valada por barco” e, a partir daí, vai ser desenvolvido um “percurso por um barco muito leve para fundos baixos ou por autocarros para levar os turistas até Constância”.

“A oferta é enorme: prevêem-se vários investimentos na área da hotelaria, na restauração, no turismo fluvial e equestre e consideramos que é a partir do Tejo que se deve criar um destino turístico que valorize a região”, acrescentou, lamentando que o Ribatejo “esteja hoje despovoado” porque “as pessoas não encontram aqui empregos”.

Os avieiros, “os mais pobres dos pobres”, nas palavras de Alfredo Pinheiro Marques, diretor do Centro de Estudos do Mar (CEMAR), uma associação científica do Centro Litoral que estuda a cultura avieira, foram o último grande movimento migratório português.

Donos do “mais belo barco do mundo, em forma de meia lua”, numa referência à arte xávega, “os mais pobres dos pobres, a cada inverno e com a fome, começaram uma migração sazonal para o Tejo”, explicou o investigador, acrescentando que estes pescadores são oriundos da Vieira de Leiria e “da mãe de todos os pescadores que é a Ria de Aveiro”.

No início do século XX e até aos anos 60, famílias inteiras de pescadores subiram as margens do rio Tejo, na tentativa de encontrar melhores condições de pesca e mais oportunidades, mas mantendo sempre a sua identidade.

O projeto de elevar a cultura avieira a património nacional nasceu há cerca de quatro anos, tendo sido aprovado em julho de 2009, numa iniciativa do Instituto Politécnico de Santarém (IPS), através do Gabinete da Cultura Avieira.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

 

 

 

EST DE CASTELO BRANCO

Aplicação que poupa energia

A Escola Superior de Tecnologia, do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), anunciou a criação de um novo software que permite poupar energia.

A aplicação informática “EST Shutdown” foi desenvolvida pelo Centro de Informática do Politécnico e permite a monitorização remota dos computadores.

Sempre que o período de inatividade de um computador ultrapasse um tempo definido e se verifique um conjunto de condições previamente programadas, será enviada uma ordem para o seu encerramento, evitando gastos supérfluos de energia.

Este software é visto como uma mais valia pelos responsáveis do IPCB, já que a escola tem como principal área de formação a tecnologia, possuindo por isso muitos equipamentos informáticos.

Para já a aplicação “EST Shutdown” só está em funcionamento nesta escola mas deverá chegar a todos os serviços do Politécnico.

“Há que perceber se a utilização da aplicação informática não vai causar nenhuma incompatibilidade com outro software já existente”, explicou Pedro Gonçalves, responsável pelo Centro de Informática do IPCB/EST.

 

 

 

LEIRIA E ALTA ESTREMADURA

Folclore em debate

A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria promove um encontro de folclore no próximo dia 21 de Maio, a partir das 14h30, no Auditório 2.

Participam neste evento, como oradores convidados, Acácio Sousa e Filomena Martins, personalidades com experiência na elaboração de roteiros culturais na região, e ainda José Alberto Sardinha, etnomusicólogo e estudioso da realidade etnográfica e do património associado.

Esta iniciativa insere-se no âmbito da unidade curricular de Património Cultural I do 2.º ano do Curso de Animação Cultural da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, a que se associa o CIID (Centro de Investigação Identidades e Diversidades) do Instituto Politécnico de Leiria.

Procura-se com este evento, cruzar a vertente dos estudos ligados à cultura com as realidades da etnografia e do folclore regional, como oportunidade de abertura de novas áreas de conhecimento e de investigação. Neste sentido, os alunos da unidade curricular de Património Cultural I estão a realizar trabalhos de investigação, sobre esta temática, procurando-se dar uma outra perspectiva sobre o processo de elaboração de um itinerário cultural com base nos ranchos folclóricos que têm espólio e que, deste modo, podem mostrar o modo de vida rural e algumas das actividades artesanais associadas, realçando a importância da preservação e da manutenção da identidade cultural das comunidades locais em que estão enraizados.
 

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