Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XIII    Nº148   Junho 2010

Escola

UM DIA NA BELA VISTA

Alunos da Escola Solar animam Rock in Rio

O Concurso Escola Solar, promovido pelo Rock in Rio e pela Fundação SIC Esperança, levou centenas de alunos das escolas vencedoras ao maior festival de música que se realiza no País. O Ensino Magazine acompanhou uma dessas visitas e seguiu quarenta alunos, com idades a partir dos 9 anos, e 10 professores do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco.

Com um programa bem definido, a comitiva albicastrense foi das que mais gente levou ao evento, no âmbito daquele concurso. O Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco que venceu a fase regional foi recebido pelo actor Ricardo Carriço, já que um acidente impediu Roberta Medina de estar com os alunos.

Para os pequenos estudantes esta foi uma experiência única, assistindo aos concertos de João Pedro Pais, Leona Lewis, Elton Jonh e Trovante (palco Mundo), e de Rui Veloso & Maria Rita, Tim & Marisa, Soulbizness & Zoey Jones (palco Sunset). Mas se os espectáculos foram o momento alto do Rock in Rio, tudo aquilo que envolve o festival foi vivido de forma intensa pela comitiva do Agrupamento.

De referir que esta participação no Rock in Rio foi possível devido ao Clube de Ciências ter vencido a etapa distrital do Concurso Rock In Rio Escola Solar, com um projecto, desenvolvido pela docente Florinda Baptista.

O projecto teve como parceiros a Câmara Municipal de Castelo Branco, o semanário Reconquista, jornal Ensino Magazine, RVJ – Editores e a Edutopia. Além da ida ao Rock in Rio, o Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco ganhou vários painéis solares.

A proposta albicastrense passava pela construção “de um jardim solar, instalando um painel solar como alimentador do sistema de rega gota-a-gota, uma fonte/chafariz de água solar e candeeiros solares”. Outra das componentes do projecto passava por realizar uma auditoria energética e ambiental às casas do bairro. Após a análise destes resultados, iríamos proceder à sensibilização dos moradores do bairro para a separação dos lixos e elaborar um projecto de eficiência energética”.

 

 

 

GUIÕES DE GÉNERO E CIDADANIA NAS ESCOLAS

Guias para derrubar preconceitos

A secretária de Estado da Igualdade destacou hoje a importância dos guiões de educação ‘Género e Cidadania’ para ajudar a derrubar preconceitos e a promover os valores do respeito e da compreensão nas escolas.

“A ideia é promover uma educação para a cidadania e para a igualdade de género e dar conta às nossas crianças (…) de que há um conjunto de ideias feitas, de preconceitos e estereótipos que depois condicionam a prática delas enquanto adultos e aí se constroem as ideias de posse e de domínio que não fazem sentido”, afirmou Elza Pais, no final da cerimónia de apresentação dos guiões, na Escola Básica Josefa de Óbidos, em Lisboa.

“Temos de substituir esses valores pelo respeito, pela compreensão e responsabilidade coletiva e partilhada”, acrescentou.

A governante sublinhou que estes guiões “vão permitir integrar a perspetiva de género nas áreas curriculares e vão ajudar os professores, através dos trabalhos que desenvolvem com os alunos, a construir esta cultura para a cidadania, esta educação para a igualdade”.

Os dois guiões apresentados, para o pré-escolar e para o 3.º ciclo do ensino básico, têm uma parte teórica e outra mais virada para o trabalho prático desenvolvido nas actividades escolares, com dicas e sugestões de actividades.

De acordo com Elza Pais, os documentos serão de uso obrigatório nas áreas curriculares não disciplinares e nas outras disciplinas o uso é facultativo.

“A partir de agora o Ministério da Educação definirá os timings de introdução dos manuais nessas áreas curriculares”, explicou.

Na sua intervenção na cerimónia, Elza Pais deu o exemplo das consequências positivas do trabalho desenvolvido nas escolas com as crianças, na área do Ambiente, afirmando: “Hoje há muitas crianças que explicam aos pais por que é importante reciclar”.

“Se surtiu efeito nessa área, estou certa de que também surtirá na área da igualdade de género”, acrescentou, sublinhando a importância do trabalho “em diálogo” com a família para conseguir um melhor resultado.

Durante a apresentação dos manuais, coordenadores dos dois documentos deixaram a ideia de que os manuais não são livros de receitas, mas sim um conjunto de orientações e sugestões para os professores.

“O guião não é um livro de receitas, até porque não pode haver receitas. São linhas orientadoras para os educadores se basearem”, afirmou Maria João Cardona, coordenadora do guião para o pré-escolar, realçando que “o trabalho não se esgota na sala de aula”.

A responsável confessou ainda que “o mais difícil é envolver a família e a comunidade” neste trabalho.

A elaboração dos guiões foi um trabalho conjunto com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) e os dois guiões estão disponíveis no site da comissão.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

 

 

 

MINISTRA DA JUVENTUDE DE CABO VERDE

"Contamos com os nossos alunos"

A ministra da Juventude de Cabo Verde terminou em Castelo Branco uma visita oficial para conhecer a realidade dos alunos que escolheram Portugal para estudar. Jamina Hoffer Almada foi recebida na Associação Comercial e Industrial de Castelo Branco, que através da Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense (Etepa) recebe há vários anos jovens daquele país africano.

A governante cabo verdiana, que também estudou em Portugal, mostrou-se “agradavelmente surpreendida” com o que encontrou na visita a Portugal, sublinhando no entanto que há alguns problemas que vão merecer a atenção do seu governo.

“Constato que os alunos cabo-verdianos estão a ter uma excelente integração e sobretudo estão a gostar da formação que estão a fazer”, afirmou no final de uma conversa com os jovens, que decorreu na língua local.

Jamina Almada diz que há todo o interesse em enviar alunos para Portugal, mas neste momento o país já começa a ter condições próprias para essa formação, através da abertura de centros de formação profissional ou a criação da universidade pública. Estas condições pretendem servir os jovens que não queiram ou não possam sair do país.

Cabo Verde tem uma população maioritariamente jovem, com 70 por cento dos seus habitantes dentro desta faixa etária. E estes, diz a ministra, “têm de assumir a sua quota de responsabilidade daquilo que o país será daqui a 10 ou 15 anos (…) Eles são esperados em Cabo Verde e contamos com eles neste processo de desenvolvimento”.

Olga Preto, a directora da Etepa, lembrou que a colaboração com Cabo Verde é antiga e que foi através deste país que a escola albicastrense começou a receber jovens de países africanos de língua oficial portuguesa. Actualmente estudam em Castelo Branco 21 jovens de Cabo Verde mas também de S. Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.

 


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