SAÚDE
Cespu presta saúde a
preço de amigo

Os idosos de cinco aldeias do concelho de
Mirandela já não precisam de se deslocar para ir ao médico ou para obter
outros cuidados de saúde já que os passaram a ter disponíveis, perto de
casa, por apenas dois euros e meio.
É por este preço que o grupo CESPU assegura, a partir de agora, às
populações rurais isoladas destas aldeias transmontanas consultas de
clínica geral, podologia, higiene oral, psicologia clínica e rastreios
vários, num total de 12 serviços que incluem também transporte gratuito
de doentes e encaminhamento para especialidades.
Tornar a saúde mais próxima é o propósito deste projeto piloto de cariz
social do grupo privado nortenho ligado ao ensino e prestação de
cuidados de saúde em parceria com a Câmara de Mirandela, cidade onde
está a construir um hospital privado da rede “Nova Saúde”.
O projeto, segundo o responsável da CESPU, Cordeiro Tavares, poderá ser
alargado em breve a outros municípios que mostrem interesse.
O responsável sublinhou que o propósito desta iniciativa é dar o mínimo
de saúde às pessoas que habitam em freguesias mais recônditas, ter um
papel complementar, subsidiário em relação ao Estado e garantir também
estágios profissionais remunerados aos alunos dos cursos das escolas de
saúde do grupo.
Com prestação de cuidados de saúde a preços simbólicos, os promotores do
projeto pretendem atenuar os problemas de mobilidade dos residentes em
núcleos rurais mas, igualmente, de acessibilidade económica que, muitas
vezes, impossibilita as famílias mais carenciadas de recorrer a
consultas de especialidade.
As beneficiárias são, para já, as aldeias de Fradizela, Franco, Lamas de
Orelhão, Mascarenhas e Passos com unidades clínicas, onde equipas
multidisciplinares prestam variados serviços de apoio à população.
Os profissionais facilitam também à população a marcação de exames
complementares de diagnóstico na rede CESPU, com transporte gratuito,
marcação de consultas junto dos médicos de família nos centros de saúde,
recolha de análises clínicas, rastreios e encaminhamento de utentes para
consultas de especialidade para o Centro Hospitalar do Nordeste (CHNE).
O projeto está no terreno desde maio e no início “as pessoas não queriam
acreditar”, disse à Lusa o presidente da junta de freguesia, Jorge
Sousa.
“Numa aldeia onde não acontece nada aparecer um serviço destes é a
melhor coisa que podia acontecer”, afirmou o autarca que, à semelhança
das outras freguesias, disponibiliza o espaço para os serviços
funcionarem com as necessárias condições.
A iniciativa tem ainda o apoio da Câmara Municipal local, como salientou
o vereador, António Branco.

Este texto foi escrito ao abrigo do
novo Acordo Ortográfico
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