Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XIII    Nº146    Abril 2010

Politécnico

PROTOCOLO COM BOMBEIROS

IPL melhora sistemas

O Instituto Politécnico de Leiria celebrou a 23 de Março, com a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANBP), um Protocolo de Cooperação com vista à realização de estudos necessários e adequados a diferentes aspectos, como: Conhecer o tipo de apoios concedidos pelos municípios às associações humanitárias de bombeiros; Identificar, a nível municipal, as políticas de incentivo/estímulo ao voluntariado nos corpos de bombeiros; Conhecer a estrutura organizacional dos serviços municipais de Protecção Civil, nomeadamente quanto aos recursos humanos e materiais.

Os estudos a realizar pelo IPL permitirão conhecer, de forma detalhada, as estruturas de Protecção Civil existentes no nosso país e seu funcionamento, com vista a poder servir de suporte a futuras tomadas de decisão nesse domínio.

Esta parceria, significa uma aproximação objectiva e pragmática entre as instituições que actuam no domínio da Protecção Civil e o IPL, responsável pela produção de conhecimento científico e formação nesse domínio, onde, aliás, tem sido pioneiro no nosso país – iniciou o curso de licenciatura bi-etápica em Protecção Civil no ano lectivo de 2004/2005 na ESTM (Peniche), tendo transitado em 2007/2008 para a ESTG (Leiria), onde é ministrado actualmente.

 

 

 

COM CARACTERÍSTICAS INÉDITAS A NÍVEL MUNDIAL

Cadeira de rodas controlada pelo olhar

Uma cadeira de rodas eléctrica que pode ser conduzida apenas com o olhar é a mais recente novidade no âmbito do Projecto Magic Key, desenvolvido na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda.

Este trabalho, que constitui uma inovação a nível mundial, como diz o docente Luis Figueiredo – mentor deste projecto – surge na sequência de outras aplicações anteriores “já amplamente utilizados por pessoas com graves limitações físicas”.

“Mais do que uma ideia ou um mero protótipo, esta cadeira já foi testada recentemente, com sucesso, no Pólo Tecnológico de Lisboa, por um utilizador real”, adiantou o investigador, e docente, responsável pela “Magic Wheelchair”, assim de denomina a nova aplicação apresentada na Guarda.

Em Lisboa, o teste efectuado foi protagonizado por Pedro Monteiro, Presidente da Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, “cuja doença o impede de utilizar qualquer movimento voluntário do seu corpo sendo a única excepção a capacidade de movimentar os seus olhos”.

A “Magic Wheelchair”, cadeira de rodas eléctrica controlada pelo olhar, utiliza 10 sonares para aumentar as condições de segurança do seu utilizador e constitui uma inovadora solução para pessoas que não têm a possibilidade de usar o tradicional “joystick” de controlo, nomeadamente as pessoas tetraplégicas com boa capacidade de dicção.

Nesta aplicação, as palavras de comando podem ser transmitidas em português ou inglês; assim, após o utilizador desencadear o comando inicial “liga cadeira”, pode controlá-la pronunciando as palavras “anda”, “pára”, “recua”, “acelera”, “desacelera”, “esquerda” e “direita”.

No caso de utilizador ordenar “desliga cadeira” esta, de imediato, deixará de aceitar as palavras de comando anteriormente indicadas e só activará essas instruções quando for dada a ordem “liga cadeira”; isto permite que o utente possa desenvolver uma conversação normal com outras pessoas sem ter qualquer preocupação em dizer as palavras de controlo deste equipamento.

“Para quem não tem qualquer tipo de mobilidade isto é extremamente importante”, comentou-nos Luis Figueiredo que admite a introdução de alguns aperfeiçoamentos. “Contudo a cadeira está pronta para ser utilizada por qualquer pessoa”.

De salientar, e como nos foi referido, que a tecnologia desenvolvida na “Magic Wheelchair” permite a sua adaptação a qualquer tipo de cadeira eléctrica já existente no mercado, inclusive os modelos que não têm uma interface digital para ligação ao computador.

A mesma interface de voz pode ser usada para interagir com outros sistemas: controlo de luzes, abertura de portas e janelas ou activação/desactivação de qualquer dispositivo que funcione com infravermelhos.

O Magic key é uma aplicação nacional que começou a ser desenvolvida, há cinco anos atrás, por Luís Figueiredo, docente da Escola Superior de Gestão e Tecnologia/IPG; actualmente engloba os módulos Magickey, Magicjoystick, Magiceye, MagicPhone, Magickeyboard, Magichome, Magickeyboard e Magicwheelchair.

Estes três últimos foram agora apresentados à comunicação social, tendo sido sublinhado o propósito da continuidade do projecto para que “sejam criadas novas aplicações”.

Aliás, as solicitações têm crescido e hoje os utilizadores, das soluções concebidas no âmbito do Projecto Magic Key, estão distribuídos por todo o território nacional. “Muitas vezes lutamos contra o tempo”, afirmou-nos aquele investigador guardense que aludiu a um episódio ocorrido com uma pessoa acometida por um AVC. “Estávamos a desenvolver a configuração da aplicação, que iria utilizar, dadas as especificidades exigidas pela sua situação e quando estávamos a ultimar o trabalho recebemos a notícia do seu falecimento”.

As outras duas mais recentes aplicações inscrevem-se na linha de apoio às pessoas portadoras de deficiências, área em que este projecto tem inovado.

Muito mais que um teclado virtual, o Magickeyboard viabiliza uma escrita inteligente com recurso a um dicionário, em português, de cerca de 700.000 palavras, assim como a sua respectiva probabilidade de ocorrência. Esta aplicação, desenvolvida na ESTG/IPG, assegura mais de 3 milhões de ligações entres as diferentes palavras e permite uma aprendizagem em tempo real com a inserção de novos termos.

Através do Magickeyboard, o utilizador tem a possibilidade de fazer a síntese de voz, em português, a partir de qualquer texto, seja qual for a aplicação do computador (PC); por outro lado, o reconhecimento permite activar qualquer função utilizando palavras ou expressões em português.

Este novo módulo do Projecto Magic Key garante o controlo completo de dispositivo que funcionem com infravermelhos, sem qualquer limitação do seu número, ou mesmo dispositivos eléctricos simples que podem ser controlados até uma distância de 150m por um sistema de rádio frequência. Os menus podem ser configurados em função da necessidade do utilizador.

A Magic Home, outra das últimas aplicações apresentadas, permite o controlo de dispositivos por infravermelho ou por rádio frequência; fácil de instalar, configurar e usar “vai mais além que os conceitos da domótica”.

Com a utilização de um simples computador – por exemplo o mediatizado Magalhães – pode ser feito o controlo de toda casa, desde o ligar de luzes, aparelhagem de som, estores, ar condicionado, regulação/elevação de camas eléctricas e todo um conjunto de outros equipamentos usados no quotidiano, assumindo-se como um precioso auxílio, sobretudo às pessoas com deficiências (funciona quer com o “clique” no computador, quer com reconhecimento da voz do utilizador). O Projecto Magic Key tem contado com o apoio da Escola Superior de Tecnologia e Gestão/Instituto Politécnico, da ADSI da Guarda e da Fundação PT.

Hélder Sequeira

 

 

 

SEIA

Cozinha do mestre André

A Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia, integrada no Instituto Politécnico da Guarda, foi escolhida para cenário da gravação de um episódio do programa da SIC K «A Cozinha do Mestre André».

Este trabalho decorreu no passado dia 24 de Abril, a partir das 15 horas, e contou com a presença de utentes do Solar do Mimo, centro de acolhimento de jovens e crianças em risco do concelho de Seia. André Domingos, aluno do segundo ano da Licenciatura em Gestão Hoteleira na Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH) do IPG, conduziu a emissão onde foi confeccionada uma receita simples e saudável.

De referir que esta iniciativa foi o resultado da conjugação de esforços da Direcção da ESTH e da produtora do programa, com o objectivo de proporcionarem aos jovens do Solar do Mimo uma tarde diferente, através da qual poderão descobrir os encantos e a magia do mundo da cozinha.

 

 

 

COM O APIO DA CGD

IPV premeia os melhores alunos

A Sala de Actos do Instituto Politécnico de Viseu acolheu no passado dia 26 de Março, a cerimónia solene que distingue os melhores alunos finalistas do IPV. Esta sessão é fruto de uma parceria ente o Politécnico de Viseu e a Caixa Geral de Depósitos, e tem como intuito maior reconhecer e premiar os alunos finalistas pelo seu elevado desempenho e pelas médias alcançadas.
 
A entrega dos prémios anuais “Caixa Geral de Depósitos/IPV”, relativos ao ano lectivo 2008/2009, foi presidida por Paula de Carvalho, vice-presidente do IPV, para quem a cerimónia visa “reconhecer publicamente os melhores alunos finalistas do IPV através do prémio que agora se atribui”.

O director comercial da CGD da Região sublinha que “a CGD está com os estudantes aquando da sua entrada no ensino superior, mas também à saída, para os apoiar na inserção na vida profissional”. Ainda na sua alocução, faz referência ao facto de muitos dos quadros superiores da CGD serem profissionais formados pelo Instituto Politécnico de Viseu, e aproveita o ensejo para abrir os braços aos alunos, enfatizando que na Caixa estão sempre “disponíveis para receber alunos do IPV” que se queiram candidatar a estágios.

Foram 12 os alunos contemplados com um prémio unitário no valor de 500 euros, a saber: Celestino Gonçalves (Ensino Básico 1º Ciclo), Ana Fonseca e Rogério Bento (Animação Cultural), todos alunos da Escola Superior de Educação; Miguel Barros (Turismo), Sérgio Lima (Marketing), José Martins (Engenharia e Gestão Industrial), Cláudio Correia (Engenharia de Madeiras) e António Celso Soares e Nuno Cardoso (Tecnologias e Design de Multimédia), estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu; Matilde Silva (Engenharia Alimentar), da Escola Superior Agrária de Viseu; Inês Silva (Serviço Social), da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego; e Elsa Correia (Enfermagem), da Escola Superior de Saúde de Viseu.

Joaquim Amaral

 

 

 

PORTALEGRE

Nova direcção da ESEP

Luís Miguel Cardoso é o novo director da Escola Superior de Educação de Portalegre desde 23 de Fevereiro. O docente partilha o cargo na direcção da escola com a Sub-directora Isabel Silva Ferreira. Os principais desafios do novo director assentam na construção de um ambiente de diálogo e cooperação para que se possa construir um futuro auspicioso, repensar a oferta formativa no 1º Ciclo e apostar no 2º Ciclo e pós-graduações. Para além disso, pretende tornar a Escola mais interventiva criando canais de comunicação de forma a construir uma ESEP mais dinâmica e actuante.

 

 

 

INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA

Beja ganha na investigação

Um centro de investigação e aplicações agrometeorológicas vai ser criado em Beja para dar informação meteorológica aos agricultores do Baixo Alentejo e monitorizar os impactos climáticos da albufeira de Alqueva na região.

O projecto surge no âmbito de um protocolo, formalizado no final de Março, em Beja, entre o Instituto de Meteorologia (IM), o Instituto Politécnico de Beja (IPB) e a Associação de Agricultores do Baixo Alentejo (AABA). O Centro vai permitir aplicar as competências que o IPB desenvolveu nesta área e antecipar e monitorizar as alterações e impactos climáticos da albufeira de Alqueva sobre a região.

Trata-se de “um espaço de investigação que junta três entidades que vão trabalhar a informação de carácter meteorológico e climatológico para ser utilizada pelos agricultores do Baixo Alentejo”, disse à agência Lusa o presidente do Instituto de Meteorologia, Adérito Serrão.

O Centro de Investigação e Aplicações Agrometeorológicas do Baixo Alentejo (CIAABA), que vai funcionar nas instalações desativadas do IM em Beja, entra em funcionamento assim que estiver concluído um plano de actividades.

De acordo com o responsável, CIAABA pretende fazer com que haja “uma maior proximidade de informação meteorológica, quer ao nível de previsão, quer de informação climatológica, junto dos potenciais utilizadores”.

Os agricultores “carecem de informação do ponto de vista meteorológico e climatológico para tomadas de decisão”, disse, sublinhando a necessidade de “haver uma antecipação daquilo que é a evolução de alguns parâmetros meteorológicos importantes para os agricultores”.

Assim, o CIAABA vai permitir aos agricultores o acesso a parâmetros meteorológicos, como a precipitação e a temperatura, assim como aos dados monitorizados pelo Observatório de Secas, já constituído pela IM.

“É fundamental o agricultor saber e ter uma antecipação relativamente às previsões que possamos fazer da evolução destes fenómenos para saber quando serão as melhores fases para as suas culturas, quer para semear, quer para colher”, afirmou.

 

 

 

POLITÉCNICO DE BEJA

Encontro de Culturas junta Hungria e Portugal

O IPBeja realizou, de 14 e 16 de Abril, o 1º Encontro de Culturas, tendo a cultura húngara em destaque nesta 1ª edição. O Encontro de Culturas 2010: Portugal – Hungria ficou marcado pela assinatura de um protocolo de cooperação entre a Szolnok University College (HU) e o Instituto Politécnico de Beja (PT).

Centrado no conhecimento mútuo das culturas portuguesas e húngaras e na projecção das características da História e Identidade do povo húngaro, a iniciativa veio formalizar os laços de cooperação já existentes.

O desenvolvimento de projectos de cooperação em áreas como a mobilidade de estudantes e docentes, a organização de cursos e o desenvolvimento de projectos de investigação conjuntos marcaram, por isso, a agenda desta iniciativa. Em paralelo, o IPBeja irá dinamizar um Encontro de Estudantes Erasmus Húngaros. Estas iniciativads vêm ao encontro do programa apresentado pelo presidente do IPB, Vito Carioca, no sentido de promover iniciativas de cooperação internacionais.

 

 

 

NOVA UNIDADE CRIADA

Santarém faz investigação

O Instituto Politécnico de Santarém anunciou que vai criar uma nova unidade dedicada à investigação científica. A directora do instituto, Clara Ferrão, revela que o objetivo da nova unidade é “potenciar a criação e divulgação de mais investigação científica”.

A Unidade de Investigação do Instituto Politécnico de Santarém surge no âmbito dos novos estatutos do Politécnico e vai ter cerca de 300 docentes e investigadores, tantos quantos os professores do instituto, informou a instituição.

Segundo o presidente do IPS, Jorge Justino, esta é uma das primeiras a serem criadas entre o sistema de ensino superior politécnico nacional e vai agora integrar a Associação Internacional de Investigação Aplicada.

Não sendo ainda uma unidade acreditada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Jorge Justino disse à Lusa que pretende que esta unidade possa estabelecer protocolos e parcerias com outras unidades de forma a captar fundos para financiar a investigação.

Para o segundo semestre de 2010 está previsto que a Unidade de Investigação do ISP edite uma revista científica do IPS e que seja criado um repositório digital dos mestrados e doutoramentos realizados pelos docentes das escolas do instituto.

 


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