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       NA ABERTURA DO ANO 
		LECTIVO 
      Queiroz abre o livro 
		do futuro 
        
      A Universidade da Beira Interior está a 
		implementar “uma cultura de bem ensinar e aprender, pois pretende servir 
		os alunos da melhor forma”. A garantia é do novo reitor, João Queiroz, 
		para quem a academia covilhanense é já hoje “uma organização aprendente, 
		que incorpora a cultura do mérito”. 
		 
		As principais alterações estão em curso, mas num cenário de 
		constrangimento financeiro “os projectos conhecem uma dinâmica diferente 
		da que esteve na sua origem”. Lembrou ainda que o investimento feito nas 
		universidades “é um investimento certo no futuro e no desenvolvimento de 
		uma Europa mais competitiva”. A pensar nesse espaço mais alargado UBI 
		“vai caminhar no sentido da educação, da inovação e da investigação”. 
		 
		Na abertura do ano lectivo, João Queiroz lembrou que a universidade 
		“está pensada para os alunos, e é também com a ajuda destes que tem de 
		ser pensada uma academia virada para a Europa, com uma dimensão social, 
		uma empregabilidade, uma internacionalização e um método de ensino 
		inovadores”. Por isso mesmo, desafiou os alunos a terem um papel mais 
		interventivo na vida académica. 
		 
		Ao apelo respondeu Pedro Venâncio, presidente da Associação Académica da 
		Universidade da Beira Interior (AAUBI). Neste seu primeiro acto solene, 
		o representante dos estudantes garantiu que a nova direcção “vai 
		trabalhar em conjunto com a Reitoria, não faz sentido ser de outra 
		forma, e é para bem dos estudantes”. No projecto da lista a que preside 
		“os aspectos culturais vão estar sempre em primeiro plano. Por isso 
		mesmo, o nosso grande objectivo é o da formação pessoal dos alunos”, 
		referiu.  
		 
		O evento ficou também marcado pelo regresso das orações de sapiência à 
		academia da Covilhã, com a lição de José Carlos Venâncio. O catedrático 
		de Sociologia falou sobre A cruzada anti-ocidental: da inquietude ao 
		diálogo. Lembrou que “a racionalização do mundo é um assunto que tem 
		vindo a ganhar crescente valor”. Fruto dos processos coloniais e 
		intelectuais que foram desenvolvidos em estreita relação com o 
		capitalismo. 
		 
		No entender do docente, “o problema do século XX é que separou as raças 
		em caras e cores”. Um facto que o leva a dizer que “ainda hoje isso é 
		visível e ainda hoje, em pleno Século XXI, o racismo continua a 
		estigmatizar a Humanidade”. 
		 
		Na lição, o docente abordou também os caminhos que têm vindo a ser 
		percorridos pelos países africanos e asiáticos. As adaptações que estas 
		sociedades agora personificam, de novos conceitos, de novos culturas, de 
		novos mundos. A abertura de fronteiras, a interligação cultural, 
		económica e política leva a que o catedrático aponte “o inevitável, o 
		facto do mundo estar hoje, mais que nunca, condenado ao diálogo e ao 
		entendimento intercivilizacional”. Falou ainda na necessidade de 
		repensar a actual conjuntura. Um requisito que resulta também de um 
		intercâmbio de cultura e de valores.  
		 
		A cerimónia terminou ainda com a intervenção de Carlos Salema. O 
		presidente do Conselho Geral da UBI abordou as dificuldades com que se 
		depara actualmente o Ensino Superior em Portugal e falou sobre algumas 
		soluções para o futuro. Salema é apologista de uma aposta “na 
		qualificação de alunos e docentes e na diferenciação de métodos de 
		ensino”.   
		 
		Eduardo Alves 
        
		  
        
      PRÉMIO SANTANDER NA UBI 
      Paulo Almeida vence 
		
		  
		O docente da Universidade da Beira 
		Interior (UBI), Paulo Almeida, acaba de ser distinguido com o Prémio de 
		Mérito Científico Universidade da Beira Interior – Faculdade de Ciências 
		/ Santander Universidades, numa decisão unânime do júri, composto por 
		cinco membros de universidades portuguesas. 
		 
		As investigações desenvolvidas pelo docente, ao longo de 17 anos, na 
		área da Química, foram preponderantes para a atribuição ao professor 
		Paulo Almeida. O catedrático do Departamento de Química da UBI, e 
		vice-reitor da instituição é assim o primeiro a ser distinguido com este 
		prémio carreira, nesta área. 
		 
		O júri classificou a produção de carácter científico “como prova que 
		atesta o empenhamento do premiado na construção e consolidação da área 
		da Química na Faculdade de Ciências da UBI”. Uma das principais razões 
		para a escolha de Paulo Almeida passou pelo trabalho que o docente 
		realizou entre 2006 e 2008, período em que foi autor de 21 publicações, 
		editadas em revista internacionais “o que contribuiu para a afirmação 
		progressiva das áreas de investigação quer a nível da UBI, quer a nível 
		nacional”, adiantaram também os jurados. 
		 
		O vice-reitor vê este prémio “como um reconhecimento da academia, por 
		todo o trabalho que tenho feito. “Desde 1992 que entrei na UBI, comecei 
		a investigar nesta área científica de algum valor, trabalho que foi 
		agora reconhecido por isso mesmo”. Lembra também que o prémio “não é 
		apenas pelo esforço científico, até porque a minha acção dentro da UBI 
		tem sido bastante diversificada quer em termos de investigação, mas 
		também de aulas e de cargos de gestão nos diferentes organismos da 
		instituição”. 
		 
		Paulo Almeida é licenciado em Química Aplicada (ramo da Química 
		Orgânica) desde 1987 e doutorado na mesma área pela Faculdade de 
		Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. No próximo ano, o 
		Prémio Mérito Santander será atribuído a um docente ou investigador da 
		UBI, da área da Matemática.   
		Eduardo Alves 
		  
		  
        
      UBI 
      Provedor do estudante 
		toma posse 
		
		  
      Pedro Pombo, antigo aluno de Sociologia 
		da Universidade da Beira Interior, escolhido pelo Conselho Geral da 
		instituição para o cargo de Provedor do Estudante, iniciou funções a 15 
		de Setembro, tendo como um dos objectivos “dar substância ao cargo”. 
		 
		O antigo aluno vai ocupar o cargo durante dois anos, tempo que irá ter 
		para analisar as exposições dos alunos sobre matérias pedagógicas e 
		matérias administrativas com elas conexas e dirigir aos órgãos 
		competentes da UBI as recomendações que considere necessárias e 
		adequadas à prevenção e reparação das irregularidades ou injustiças 
		verificadas e a melhorar os procedimentos nestas matérias. Pedro Pombo 
		mostra-se expectante no trabalho que vai encontrar e confia “na 
		colaboração de todos para que este novo cargo seja desempenhado da 
		melhor forma”.  
		 
		Pelo lado de João Queiroz, reitor da academia covilhanense, “o provedor 
		terá todo o apoio”. O responsável máximo pela instituição espera que o 
		provedor do estudante “venha a ajudar a resolver e a melhorar os 
		processos e os procedimentos que ocorrem na Universidade da Beira 
		Interior, com os alunos, mas também, que seja um parceiro na melhoria da 
		qualidade na universidade e numa relação muito estreita, não diria com o 
		Reitor, mas com os Conselhos Pedagógicos, com os Presidentes das 
		Faculdades, com os alunos, com a Associação Académica, com os Núcleos de 
		Estudantes e portanto, a expectativa é grande e confio que a sua 
		presença vai ser muito positiva”.  
		 
		A actividade do Provedor desenvolve-se preferencialmente em articulação 
		com os Conselhos Pedagógicos das Faculdades, com a Associação de 
		Estudantes e com os Serviços de Acção Social, nos termos fixados pelo 
		Regulamento a aprovar pelo Conselho Geral.   
		Eduardo Alves 
		  
		  
		  
      PROTECÇÃO CIVIL 
      UBI liga serviços 
		
		  
		A rede de Internet sem fios que serve a 
		Faculdade de Ciências da Saúde da UBI pode vir a ser utilizada pelos 
		membros das forças de socorro, pela Polícia e também pela Protecção 
		Civil da zona da Cova da Beira. O projecto contempla a instalação de uma 
		rede sem fios de banda larga, com recurso à tecnologia WiMax, e que vai 
		permitir a todos os elementos destas forças de segurança e socorro ter 
		acesso à Internet, em qualquer lugar. 
		 
		Rui Costa, um dos responsáveis pela área informática da Universidade da 
		Beira Interior, é também o mentor da rede, que tem as mesmas 
		características, que serve a Faculdade de Ciências da Saúde e os 
		hospitais regionais onde os alunos estudam (Guarda, Covilhã e Castelo 
		Branco). Este projecto surge como “um aproveitamento de todas as 
		potencialidades este tipo de equipamentos”, começa por dizer o técnico 
		da UBI. Numa primeira fase, o objectivo era o de satisfazer as 
		necessidades de comunicações dentro da faculdade e também nos hospitais. 
		Mas para além disso “começou então a desenhar-se um sistema em que fosse 
		possível implementar uma rede capaz de cobrir toda a Cova da Beira e 
		desta forma fornecer Internet a todos os agentes da Protecção Civil, 
		nesta área”, afirma Rui Costa. 
		 
		Este tipo de solução abre um vasto leque de novas potencialidades e 
		também, de actuações das forças policias. “Estamos a falar num sistema 
		capaz de fornecer Internet a Bombeiros, Ambulâncias, Polícias e outras 
		entidades. Desta forma, todos os veículos podem estar equipados com 
		aparelhos de ligação à Internet e os seus operacionais podem também 
		comunicar com as centrais através de comunicações móveis, totalmente 
		integradas nesta rede”, acrescenta o responsável pelo sistema. 
		 
		No caso em concreto “estamos perante a possibilidade, por exemplo, de 
		uma ambulância poder estar a transportar um paciente de um determinado 
		ponto, onde foi socorrido e nesse momento começar a fazer exames aos 
		sinais vitais dessa pessoa ou outro tipo de análises, estando esses 
		dados a ser transmitidos para o hospital onde uma outra equipa médica os 
		está a analisar e a preparar-se para receber o paciente com melhor 
		conhecimento do seu estado e dos procedimentos que devem ser feitos 
		naquele caso concreto”, adianta Rui Costa. 
		 
		Mas há também a possibilidade das viaturas policiais patrulharem as suas 
		áreas e terem acesso informático às suas bases de dados de uma forma 
		mais rápida, para além de ser possível instalar câmaras de vídeo e fazer 
		a transmissão, em directo, das imagens que estão a ser recolhidas. A UBI 
		vai agora concorrer a um programa comunitário que poderá financiar a 
		aquisição de mais equipamentos e a instalação destes nas forças da 
		Protecção Civil.
        
		  
		  
		  
      500 INVESTIGADORES DE 
		PORTUGUÊS 
      Simpósio Mundial em 
		Évora 
		Mais de 500 investigadores de países 
		onde o português é língua oficial ou se estuda em universidades 
		estiveram reunidos na Universidade de Évora, de 6 a 11 de Outubro, no II 
		Simpósio Mundial de Estudos da Língua Portuguesa (SIMELP). A iniciativa 
		promovida pela Universidade, que está a comemorar os 450 anos da sua 
		fundação, e pelas universidades brasileiras de São Paulo e Cruzeiro do 
		Sul, contou com a presença de Maria Cavaco Silva.  
		 
		Na cerimónia inaugural, a mulher do Presidente da República, Maria 
		Cavaco Silva, que lembrou ter leccionado português na Universidade 
		Católica durante vários anos, realçou que a língua materna de Portugal é 
		hoje partilhada com “mais sete países independentes”.  
		 
		“O português autonomizou-se há mais de 700 anos. Nele convivem há 
		séculos duas grandes literaturas e, nas últimas décadas, estão a emergir 
		outras que, apesar da sua juventude, já possuem obras de autores 
		internacionalmente reconhecidos”, salientou. 
		 
		Por isso, Maria Cavaco Silva frisou que, hoje em dia, o português se 
		tornou “uma pátria feita de muitas pátrias”, com “mais de 200 milhões de 
		falantes”, pelo que é “imperativo garantir o seu ensino e divulgação a 
		nível internacional”. 
		 
		“O português tem de se afirmar como uma língua global. É uma língua que 
		pode ouvir-se nos quatro cantos do mundo e, por isso mesmo, justifica-se 
		que muitos outros se sintam motivados a aprendê-la como língua 
		estrangeira”, disse. 
		 
		O II SIMELP teve como temas centrais as questões da linguística, 
		literatura e cultura da língua portuguesa. 
		 
		O ensino do português para estrangeiros, a história da língua portuguesa 
		e a da literatura portuguesa dos séculos XVI e XVII foram outras das 
		temáticas abordadas. “É muito importante termos um espaço de reflexão e 
		de encontro daqueles que estudam, investigam e ensinam a língua 
		portuguesa nas geografias mais variadas”, disse à agência Lusa a 
		responsável pela organização do simpósio, Maria João Marçalo, da 
		Universidade de Évora. 
		 
		A nível mundial, vincou, o português está “nos lugares cimeiros” e é uma 
		língua capaz de “ombrear com o castelhano ou o inglês”, encontrando-se 
		“viva” nos mais diversos países, desde os maiores aos mais pequenos.   
		  
		  
		  
      UTAD INVENTOU MÉTODO PARA 
		DATAR ÁRVORES 
      Azeméis ganha oliveira 
		com 460 anos 
		
		  
		A Universidade de Trás-os-Montes e Alto 
		Douro (UTAD) desenvolveu um método único no mundo para datar árvores 
		idosas, podendo chegar aos três mil anos. A patente acaba de ser 
		registada em nome desta Universidade e do empresário André Soares dos 
		Reis, proprietário do Grupo Oliveiras Milenares, um empresário que 
		ofereceu uma oliveira, com 460 anos, ao município de Oliveira de 
		Azeméis, a qual foi datada já de acordo com o novo método. 
		 
		O método de datação foi encontrado na sequência de um aturado estudo 
		coordenado pelo investigador José Luís Cerveira Lousada, do Departamento 
		Florestal da Utad, ao abrigo de um protocolo entre esta Instituição e o 
		Grupo Oliveiras Milenares. O estudo da UTAD desenvolveu uma metodologia 
		não destrutiva que permite estimar a idade de qualquer árvore muito 
		idosa, podendo ir até aos três mil anos, mesmo que esta se apresente oca 
		no seu interior. 
		 
		Esta metodologia permite estimar a idade das árvores através de um 
		modelo matemático que relaciona a idade com uma característica 
		dendrométrica do tronco (raio, diâmetro ou perímetro). Ou seja, não se 
		baseia na identificação e contagem dos anéis de crescimento, ou na 
		análise de radiocarbono da madeira formada nos primeiros anos de vida da 
		árvore, mas sim através de um parâmetro dendrométrico do tronco das 
		árvores (traduzido por exemplo pela dimensão do raio, diâmetro ou 
		perímetro do tronco), com o qual a idade está bem correlacionada.  
		 
		Como principais vantagens deste invento podemos salientar os seguintes 
		aspectos: ser possível a sua utilização em árvores ocas; ser um método 
		não destrutível (não obriga ao abate da árvore); ausência de lesões na 
		árvore que comprometam a sua sanidade; ser um método extremamente 
		rápido, comparativamente aos métodos tradicionais.   
  
		  
		  
      INVESTIGAÇÃO 
      Minho ganha patente 
		A Universidade do Minho acaba de obter 
		a patente de uma tecnologia que se encontra a ser explorada por uma das 
		suas empresas spin-off, a Somática – Materials & Solutions. A 
		tecnologia, patenteada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial 
		(INPI), foi desenvolvida por uma equipa liderada por Senen 
		Lanceros-Méndez, do Departamento de Física, e diz respeito a filmes não 
		porosos na fase beta de poli-fluoreto de vinilideno orientados, processo 
		para a sua obtenção e respectivas utilizações.  
		 
		Aqueles filmes poliméricos e o processo para a sua produção foram 
		optimizados pela equipa, de forma a serem particularmente eficientes na 
		sua aplicação nas áreas de electro-óptica, electromecânica e biomédica, 
		como sensores, actuadores e baterias. A utilização deste material 
		permitiria, por exemplo, desenvolver teclados flexíveis para 
		computadores ou telemóveis, écrans tácteis, ou mesmo têxteis 
		inteligentes, estando estas aplicações a ser desenvolvidas pela Somática 
		– Materials & Solutions. 
		 
		Neste momento a Universidade do Minho encontra-se a aguardar pela 
		decisão dos Gabinetes internacionais, uma vez que o pedido de patente, 
		dado o seu potencial comercial, foi estendido para outros países. A 
		TecMinho acompanha este processo enquanto Gabinete de Transferência de 
		Tecnologia da Universidade do Minho, gerindo o processo de protecção da 
		Propriedade Industrial e a sua exploração junto da Somática.   
  
		  
		  
      PROTOCOLO COM A 
		ENTREAJUDA 
      ISCTE mais solidário 
		
		  
		A ISCTE Business School (IBS), através 
		do Career Club, celebrou um protocolo de cooperação com a Entreajuda, 
		uma instituição particular de solidariedade social pertencente ao Banco 
		Alimentar que presta apoio a outras instituições de solidariedade 
		social, ao nível da organização e da gestão. 
		O protocolo, dirigido aos alunos finalistas da licenciatura em Gestão e 
		integrado na cadeira de Projecto Empresarial Aplicado, o projecto de 
		final de curso, consiste na realização de um projecto de apoio a uma 
		instituição de solidariedade social apoiada pela Entreajuda, projecto 
		que abordará tópicos como Estratégia, Mercado, Produto, Localização, 
		Operacionalização, Projecto e Análise Económico-Financeira. 
		A Entreajuda, que tem como missão apoiar outras instituições de 
		solidariedade social ao nível da organização e gestão, com o objectivo 
		de melhorar o seu desempenho e eficiência em benefício das pessoas 
		carenciadas, beneficiará assim do apoio e know how dos finalistas do 
		curso de gestão, que desta forma têm a oportunidade de aplicar, em 
		contexto real, os conhecimentos adquiridos ao longo do curso.   
  
		  
		  
      COM COIMBRA E PORTSMOUTH 
      UBI desenvolve 
		plásticos 
		As universidades da Beira Interior, 
		Coimbra e Portsmouth estão a desenvolver um plástico biodegradável 
		vocaionado para a área da saúde e que é considerada uma das importantes 
		inovações em matéria de ambiente. Na verdade são necessários cerca de 
		300 anos para a degradação de um saco plástico, na natureza. Os 
		materiais utilizados na sua concepção, os mesmos que lhe conferem 
		resistência e flexibilidade, são bastante difíceis de se degradarem. Mas 
		a situação podem ser alterada dentro em breve por uma nova forma de 
		obter este tipo de produto. 
		 
		Paulo Reis, docente do Departamento de Engenharia Electromecânica (DEM) 
		da Universidade da Beira Interior, trabalha em parceria com a 
		Universidade de Coimbra e também com a Universidade de Portsmouth há 
		vários anos num projecto cujo objectivo passa por “desenvolver novos 
		plásticos de apoio médico, que são vulgarmente utilizados em vários 
		objectos como garrafas de soro ou sacos para pessoas acamadas”. Neste 
		momento, os investigadores estão a tentar transformar esses sacos 
		plásticos com materiais mais resistentes, mas também biodegradáveis. Um 
		passo que vai no sentido de “conferir mais resistência ao produto 
		durante o seu tempo de vida útil, mas fazer com que estes se tornem 
		biodegradáveis no final e possam ser transformados em fertilizante”. 
		 
		Estas transformações são feitas através do material que está na sua 
		construção. Desta maneira, o trabalho da UBI, “passa pela caracterização 
		mecânica dos materiais, isto é, determinar as resistências e as 
		capacidades dos novos materiais que vamos empregar nestes objectos”, 
		lembra Paulo Reis. 
		 
		A nanotecnologia tem vindo a ganhar destaque nas investigações de ponta. 
		Os seus vastos campos de aplicação contrastam com o tamanho dos 
		instrumentos e materiais utilizados. Produzir ferramentas em escala 
		atómica e molecular, com espessuras cerca de 80 mil vezes menores que um 
		cabelo humano é a principal inovação da nanotecnologia que está agora 
		também presente na academia covilhanense.   
		 
		Eduardo Alves 
  
		  
		  
      DESAFIO É RECICLAR 
		300.000 EMBALAGENS 
      Lusíada põe mãos à 
		obra 
		  
		A Universidade Lusíada de Lisboa quer 
		ajudar a reciclar 300.000 embalagens de vidro, até Dezembro 2009, e 
		assim contribuir simbolicamente para a meta de reciclagem de Vidro de 
		Portugal, de 500 milhões de embalagens. Este desafio surge no âmbito de 
		um apelo europeu lançado por um eco-movimento de consumidores intitulado 
		Friends of Glass. 
		 
		Uma embalagem por dia é o esforço que cada aluno, professor e 
		funcionário da Universidade Lusíada terá de fazer para encher o Vidrão 
		que foi especialmente colocado no interior da Universidade. Garrafas, 
		boiões e frascos, qualquer embalagem de alimentos ou bebidas são 
		exemplos do objectos que aí podem ser colocados. 
		 
		A Semana Europeia do Vidro tem como objectivo alertar para os benefícios 
		do vidro e da importância da preferência de embalagens de vidro, já que 
		as mesmas são 100 por cento recicláveis. O vidro tem ainda a vantagem de 
		ser fabricado com produtos 100 por cento naturais como a areia, soda e 
		calcário, pelo que não provoca quaisquer malefícios para a saúde, nem 
		altera o sabor dos alimentos que transporta. 
		 
		A “Choose Glass Week” está a ser assinalada em sete países da Europa, e 
		cada país tem de cumprir o seu objectivo de reciclagem. Portugal foi 
		convidado para fazer parte desta primeira iniciativa, para além da 
		Espanha, França, Itália, Reino Unido, Alemanha e Bélgica.  
		 
		Uma pequena parte do vidro recolhido e reciclado, terá como objectivo a 
		realização de uma peça de arte da autoria da artista portuguesa Teresa 
		Almeida, a qual irá assinalar o 24º aniversário da Universidade Lusíada 
		de Lisboa.   
		
           
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