Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XII    Nº141    Novembro 2009

Politécnico

INSTITUTO POLITÉCNICO DE TOMAR

IPT rumo ao futuro

O Instituto Politécnico de Tomar acaba de comemorar mais um aniversário. Pires da Silva, presidente da instituição mostrou-se satisfeito com os resultados obtidos no último ano. Aquele responsável refere que “o ano lectivo foi recheado de momentos importantes, que elevaram o nome do nosso Instituto, aos níveis regional, nacional, ou internacional, e contribuíram para a afirmação do Instituto Politécnico de Tomar como um parceiro estratégico da região do Médio Tejo e como elemento activo na construção de um espaço europeu de ensino superior”.

Pires da Silva refere que “vimos reconhecido o nosso trabalho pela Comissão Europeia, ao sermos a única Instituição de Ensino Superior Politécnico a ser contemplada com o Prémio de Excelência tanto na implementação do Sistema de Créditos ECTS como na implementação do Suplemento ao Diploma”. Além disso, refere, “foi aceite a candidatura do IPT ao processo de Avaliação que está a ser desenvolvido pela Associação Europeia das Universidades (EUA) às Instituições de Ensino Superior em Portugal e a decorrer neste momento no nosso Instituto tendo sido apresentada à Comissão a nossa auto-avaliação”.

O presidente do IPT lembrou que “no âmbito de candidaturas ao QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), foram estabelecidas parcerias estratégicas com várias Instituições que permitiram ao IPT tornar-se parceiro de projectos tais como o Programa Integrado de Valorização Urbana com a Câmara Municipal de Tomar, o Programa de Acção para a Reabilitação Urbana do Centro Histórico de Torres Novas, o Projecto Rota dos Mosteiros Portugueses Património da Humanidade com o IGESPAR, a Rede de Constelação Urbana do Médio Tejo e o programa de valorização económica da Associação de Desenvolvimento de Sicó, entre muitos outros projectos, com outros tantos parceiros, ainda em fase de aprovação ou de candidatura”.

Naquele que terá sido o último aniversário do Politécnico presidido por si, Pires da Silva explicou que “em conjunto com as empresas da região e os nossos parceiros estratégicos, TagusValley e NERSANT, foram desenvolvidos vários projectos de transferência de tecnologia e valorização do conhecimento. Por outro lado, no domínio da adequação e diversificação da oferta formativa, foi proposta e aprovada a entrada em funcionamento de 5 novos Cursos de Mestrado, 4 Licenciaturas em regime Pós-Laboral, 1 nova Licenciatura, e 1 um novo Curso de Especialização Tecnológica”.

Com 3700 alunos distribuídos por um curso de Doutoramento Europeu, 20 cursos de mestrado, sendo 13 cursos de mestrados sob sua tutela e seis cursos de mestrado em parceria com Universidades portuguesas e estrangeiras, 23 cursos de licenciatura e 16 cursos de especialização tecnológica, o IPT procura responder às necessidades e aos desafios de toda uma região, que se estende desde a Sertã, Ferreira de Zêzere, passando por Mação, Abrantes, Torres Novas e Golegã.

Para Pires da Silva, o IPT, “é uma instituição com um rumo, uma estratégia bem definida e está dotado dos instrumentos necessários para enfrentar os desafios que se lhe depararem e que se avizinham”.

 

 

 

IPCB

Latada em Castelo Branco

Os alunos do Instituto Politécnico de Castelo Branco, realizaram, no passado dia 4, a tradicional latada. A iniciativa abordou diferentes temas, como a gripe A. Uma ambulância abria o cortejo mais louco que engripado, onde havia porcos, ovelhas, piratas, operadores de call center, marionetas e até jornais censurados, entre outros personagens mais ou menos perceptíveis. Os que ficaram confusos com tamanha mistura sempre tinham o “super tamiflu”, um medicamento servido em garrafões de cinco litros que também é vendido como genérico ostentando o nome de… vinho tinto. A crítica social também esteve presente em temas como as obras públicas ou o emprego precário e através de mensagens como “A praxe não é crime”.

 

 

 

EDUCAÇÃO PARA OS MÉDIA NO DISTRITO

Especialistas europeus em Castelo Branco

Os investigadores Evelyne Bevort, do Ministério de Educação de França, e Pier Cesare Rivoltella, da Universidade Católica de Milão, vão estar em Castelo Branco de 18 a 22 de Novembro, para conhecerem melhor o terreno em que está a ser desenvolvido o projecto “Educação para os Média na Região de Castelo Branco”, além de reunirem com a equipa de investigação e com os professores das 24 escolas aderentes ao projecto. O momento alto da visita daqueles especialistas, que se encontram entre os mais conceituados em termos mundiais, no que diz respeito à Educação para os Média, será uma reunião agendada para o dia 21, no Auditório da Escola Superior de Educação de Castelo Branco.
Na reunião de dia 21 serão apresentados os resultados intermédios do projecto, recolhidos em Julho e Agosto deste ano. As intervenções estarão a cargo dos membros da equipa de investigação, Helena Menezes, Vitor Tomé, Guilhermina Miranda, Cristina Ponte e João Ruivo. Serão ainda apresentadas experiências de várias escolas, de modo a estimular o debate e facilitar a discussão e replicação de boas práticas. No final, os dois especialistas, que são avaliadores internacionais do projecto em causa, farão a sua intervenção, avaliando os resultados e explicando as tendências actuais na área da Educação para os Média.

A apresentação dos resultados estará a cargo do editor do Ensino Magazine, Vitor Tomé, actualmente professor-adjunto convidado da Escola Superior de Educação de Castelo Branco, o qual considera que o trabalho desenvolvido nas escolas tem sido positivo. “O grande problema das escolas era o apoio à produção de jornais escolares, a existência de recursos pedagógicos e tecnológicos. Nós desenvolvemos um DVD que apoia professores e alunos na produção de conteúdos para jornais escolares em papel e on-line. Validámos esse DVD com especialistas e em escolas, com alunos e professores. Criámos uma plataforma de produção de jornais on-line e um manual de apoio à utilização da plataforma e do DVD”.

O projecto está no terreno desde o início do ano lectivo de 2008/09, depois de um ano em que foram produzidos os recursos, além de ter sido feito o levantamento da situação no que diz respeito à produção de jornais escolares em formato papel e on-line, na região de Castelo Branco. “Os primeiros resultados mostraram que há um grande trabalho feito por professores e alunos, apesar da falta de apoio profissional, bem como de tempo e recursos. De facto, a grande maioria das escolas publicava regularmente um jornal escolar, sobretudo em suporte papel”, refere Vitor Tomé.
 

Projecto no Japão. Refira-se que o projecto já deu origem a mais de 20 comunicações e publicação de artigos científicos em conferências internacionais, tendo sido as mais recentes no 2º Congresso Europeu de Literacia dos Média, em Bellaria, Itália, e na 1ª Conferência Asiática em Educação, em Osaka, Japão. A apresentação esteve a cargo de Vitor Tomé, cuja estada no Japão permitiu ser professor convidado da Universidade de Hosei, em Tóquio, onde desenvolveu actividades com alunos do 3º Ano de Licenciatura, além de ter proferido uma conferência para alunos e professores daquela e de outras universidades de Tóquio.

“Os recursos pedagógicos criados no âmbito do projecto e disponibilizados às escolas do Distrito de Castelo Branco já estão traduzidos em inglês. Apresentámos essa versão em Itália, tendo surgido interesse na sua tradução para alemão. Já para francês e espanhol existem contactos estabelecidos. Verificaram-se ainda progressos no Japão, onde professores da Universidade de Hosei, em Tóquio, colocam a possibilidade de traduzir os conteúdos do DVD para japonês, além de procurarem replicar o projecto naquele país”, afirma Vitor Tomé.

O Projecto, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pelo Jornal Reconquista, está por isso a crescer em termos internacionais, pelo que a equipa de investigação considera que há um grande potencial de crescimento em termos das escolas. Em termos de resultados do primeiro ano de execução do projecto no terreno, aquele membro da equipa de investigação refere que “apesar de ter sido um ano atípico, sobretudo devido à luta em torno da avaliação de professores, o projecto registou progressos importantes em algumas das escolas, sobretudo devido à dedicação de professores e alunos”.

No total, 23 de 24 escolas produziram o seu jornal escolar em suporte papel, na sua maioria com duas ou três edições ao longo do ano lectivo, o que foi possível com o apoio do Jornal Reconquista. Já em termos da produção de jornais on-line, apenas cinco escolas produzem edições regulares ou continuadas, o que leva a equipa do projecto a concluir que, “tal como refere a literatura internacional, apesar de vivermos na sociedade digital, ainda é cedo para a deriva cibernética dos jornais escolares”.

Apesar de tudo, Vitor Tomé refere que o mais importante é que os alunos tenham a possibilidade de produzir artigos para jornais escolares, pois a produção dessas mensagens média “ajuda a desenvolver competências ao nível do sentido crítico e da produção criativa e reflexiva, competências essenciais do cidadão do século XXI”.

Foi a pensar nesse objectivo que este ano o projecto conta com um concurso interno de jornais escolares, que já está no terreno, que é patrocinado pelo Governo Civil do Distrito de Castelo Branco e pela Associação de Desenvolvimento da Raia Centro-Sul (Adraces). “Este apoio foi fundamental e esperamos que os jornais possam melhorar, dando ainda mais espaço aos alunos, aos seus interesses, ao desenvolvimento de competências, no fundo, à Educação para os Média”, conclui.

 

 

 

ESCOLA SUPERIOR DE TURISMO E HOTELARIA DE SEIA

Júri do CineEco na ESTH

A Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH) do Instituto Politécnico da Guarda recebeu no passado dia 21 de Outubro a visita do Júri do Festival Internacional de Cinema de Ambiente – CINEECO’09.

Esta presença na ESTH surgiu na sequência da exibição do documentário “AGRESTE”, concorrente ao referido certame, na competição “Lusofonia”; um trabalho realizado pelos alunos do I Curso de Licenciatura em Informática para o Turismo, intitulado “A natureza como Criadora de Recursos”.

O júri do CineEco 2009 composto por diversas personalidades da cena nacional e internacional, entre os quais se destacam Laura Soveral, actriz (Portugal), Suzana Borges, actriz (Portugal), Ricardo Pereira, actor (Portugal), Anabela Teixeira, actriz (Portugal), Marie Elizete Fayad, Professora (Goiás – Brasil), Flo Stone, Directora do Festival de Cinema de Ambiente de Washingthon (EUA); António Escudeiro, Director de Fotografia, Realizador (Portugal), foi conhecer a ESTH onde teve lugar um almoço preparado e servido pelos alunos do 2º Ano do Curso de Licenciatura em Restauração e Catering.

De acordo com a direcção da ESTH, o convívio serviu para reforçar os laços de parceria entre aquela Escola e a organização do CineEco’09, bem como para apresentar esta instituição de ensino superior à comunidade senense.

 

 

 

DIA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE PORTALEGRE

Zorrinho no Dia do IPP

O Instituto Politécnico de Portalegre assinala, no próximo dia 25 de Novembro, o seu aniversário. A iniciativa integra diferentes actividades, que vão desde um passeio de bicicleta até às cerimónias oficiais. A sessão solene que contará com a presença do Secretário de Estado da Inovação, José Carlos Zorrinho, está agendada para as 15 horas, nos serviços centrais, e contará com a presença de autarcas, governador civil, e dos presidentes do Instituto Politécnico de Portalegre, Joaquim Mourato, e do presidente do Conselho geral.

A sessão integra ainda a atribuição de prémios e distinções aos melhores alunos diplomados, aos trabalhadores não docentes pelo desempenho em 2008, aos trabalhadores docentes e não docentes, que completaram 15 anos de serviço e aos vencedores do 3.º Prémio de Boas Práticas no IPP.

As cerimónias encerram-se à noite, com a apresentação da peça de teatro, “O fim atroz de um sedutor”, de Anca Visdei, pelo Teatro d’ O Semeador.

 

 

 

HENRIQUE GIL DENUNCIA SITUAÇÃO

Dívidas afectam ESE's

As Escolas Superiores de Educação do País estão a atravessar um período de dificuldades financeiras acrescidas em virtude dos atrasos verificados nas transferências de verbas do Ministério da Educação relativas aos anos lectivos de 2007/2008 e 2008/2009.

As verbas, provenientes do Programa Operacional do Potencial Humano (POPH) são relativas a programas como o Ensino Experimental das Ciências, Programa Nacional de Ensino do Português (Pnep) e Programa de Formação Contínua em Matemática para professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico.

A situação é preocupante, pois algumas escolas contrataram professores para exercerem funções nestes programas, tendo-lhes pago com a certeza que receberiam o dinheiro de volta. Porém, esse dinheiro tarda em chegar. Pelo menos, na última reunião da Associação de Reflexão e Intervenção na Política Educativa das Escolas Superiores de Educação (Aripese) foi referido que estarão em causa cerca de dois milhões de euros.

Henrique Gil, director da Escola Superior de Educação de Castelo Branco, a escola que exerce a presidência da Aripese no actual mandato, refere que “apenas uma pequena percentagem das verbas foi transferida. Mas o mais grave é que, em relação ao ano lectivo 2009/2010, o Ministério da Educação não conseguiu dar uma informação clara e objectiva em relação ao financiamento a atribuir aos programas em causa”.

Em causa, relativamente a 2007/2008, estarão 57,3 por cento do total de verbas do Pnep e 47,6 por cento das verbas do Programa de Ensino Experimental das Ciências. Já no que diz respeito ao ano de 2008/2009, os montantes em dívida rondam os 59 por cento do total em termos de Pnep, os 93 por cento no caso das Ciências, enquanto na Matemática há montante em dívida diferentes na parte do programa dirigida ao 1.º Ciclo (65 por cento) e ao 2.º Ciclo (79 por cento).

Ainda de acordo com aquele responsável, a situação é mais grave nas escolas de Porto, Coimbra, Setúbal e Algarve. Nesse sentido, a Aripese solicitou uma audiência ao Ministério para tentar encontrar uma solução, “por forma a que o enquadramento legal relacionado com a Formação Contínua de Professores seja clarificado, devendo ser concedido prioritariamente às ESE”.

 


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