NO COLÉGIO ESPÍRITO SANTO
Évora debate
arquitectura
Tempo na Arquitectura foi
o tema de um seminário internacional que decorreu nos passados dias 21 e
22 de Maio, no Colégio do Espírito Santo, Évora, em que participaram os
arquitectos João Carrilho da Graça, Paulo Mendes da Rocha e Emílio Tuñon,
entre outros.
Moderado por docentes da Universidade de Évora, o encontro subordinou-se
a quatro temas - Matéria e Processo, Percurso e Território, Templos do
Tempo e Lugares de Sincronia -, e propôs-se abordar as relações que se
podem fixar entre tempo e construção, percepção, concepção e usos na
arquitectura através de uma análise interdisciplinar.
Além do arquitecto português João Carrilho da Graça, do espanhol Emílio
Tuñon e do brasileiro Paulo Mendes da Rocha, o seminário contou ainda
com a participação da arquitecta paisagista chilena Teresa Moller, do
historiador de arte suíço Jacques Gubler e do historiador italiano
Giovanni Leoncini.
Os arquitectos espanhóis Mário Correa e António Arnesto, os arquitectos
paisagistas portugueses João Nunes e Aurora Carapinha, o arqueólogo
Cláudio Torres e o geógrafo Álvaro Domingues participaram também no
encontro.
Organizado por João Soares e Marta Sequeira, do Departamento de
Arquitectura da Universidade de Évora, no âmbito do Centro de História
da Arte e Investigação Artística (CHAIA), o seminário foi apoiado pela
Ordem dos Arquitectos, conta com a colaboração do Departamento de Artes
Visuais e com o patrocínio da autarquia local, Fundação para a Ciência e
Tecnologia e Fundação Eugénio de Almeida. 
RECUPERAÇÃO DA VIA LATINA
União Europeia
reconhecida

O projecto de conservação da Via Latina
acaba de ser premiado pela União Europeia e pela Europa Nostra no âmbito
dos “European Union Prize for Cultural Heritage/Europa Nostra Awards
2009”, integrando assim, um conjunto de projectos de elite,
seleccionados pelo reconhecimento do esforço exemplar na conservação e
protecção da herança cultural europeia, para as actuais e futuras
gerações.
Entre um total de 138 candidaturas, provenientes de 24 países, e após
uma rigorosa avaliação no local, por um painel de peritos independentes,
a distinção do projecto de recuperação e requalificação da Via Latina,
sublinha o rigor e qualidade do trabalho que tem vindo a ser
desenvolvido, fundamental para a valorização do Pátio das Escolas, e com
responsabilidade acrescida enquanto área integrada na candidatura da
Universidade de Coimbra a Património Mundial da Unesco.
A atribuição deste galardão vem pois reforçar o reconhecimento
internacional de um dos mais emblemáticos monumentos de Portugal e
servirá de mote a um espectáculo de celebração deste espaço, que contará
com a presença de um membro da organização da Europa Nostra. O evento
está agendado para o próximo dia 4 de Julho, Feriado Municipal, e terá
organização conjunta da Universidade e da Câmara Municipal de Coimbra,
através da Empresa Municipal de Turismo de Coimbra.

MAIORES TRILOBITES DO
MUNDO NO GEOPARQUE AROUCA
UTAD descobre fósseis
Uma equipa luso-espanhola de
paleontólogos co-dirigida por Artur Sá (Universidade de Trás-os-Montes e
Alto Douro) e por Juan Carlos Gutiérrez-Marco (Conselho Superior de
Investigações Científicas da Espanha), acaba de puiblicar um estudo, na
revista americana Geology, sobre as maiores trilobites do mundo,
encontradas na Pedreira do Valério em Canelas (Geoparque Arouca), em
ardósias do Ordovícico com 465 milhões de anos.
A monitorização científica da exploração de ardósias efectuada nos
últimos dez anos permitiu recuperar milhares de restos bem conservados
de trilobites, uns artrópodes marinhos característicos da Era
Paleozóica, cujos fósseis normalmente não superam os 10 centímetros de
comprimento. A novidade reside no facto de, na Pedreira de Canelas,
abundarem formas gigantes de diversas espécies, que excedem normalmente
os 30 centímetros e chegam a alcançar os 90 centímetros de comprimento,
o que estabelece um novo recorde mundial de tamanho para este grupo
fóssil.
Gutiérrez-Marco explica que “na pedreira encontram-se fósseis de
espécies conhecidas e amplamente distribuídas, mas o que é
verdadeiramente excepcional é que os adultos se conservam completos e
articulados, ao contrário daquilo que acontece noutros locais de
Portugal e de Espanha, onde em rochas com idades comparáveis apenas
dispomos de fragmentos e restos de mudas das carapaças dos indivíduos de
maior tamanho”.
Segundo Artur Sá, paleontólogo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro, “a possibilidade de estudar numa pedreira a mesma superfície de
rocha, numa extensão de várias centenas de metros quadrados, permite ver
que as trilobites se distribuíam aleatoriamente sobre o fundo do mar,
sendo que muitas vezes morreram quando se encontravam em grupos, de
algumas dezenas até milhares de indivíduos, rodeados por amplas
extensões sem quaisquer fósseis”.
Nesta jazida fossilífera foi encontrado um grupo de pequenas trilobites
de uma mesma espécie que se escondia sob a carapaça vazia de uma
trilobite gigante, bem como alinhamentos de trilobites que procuravam
protecção nas galerias escavadas e abandonadas por outros seres
marinhos, tendo morrido asfixiadas no seu interior.
Tanto a Pedreira como os impressionantes fósseis do Ordovícico podem ser
visitados no Centro de Interpretação Geológica de Canelas, que constitui
um dos principais atractivos do Geoparque Arouca, recentemente integrado
nas Redes Europeia e Global de Geoparques. 
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