Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XII    Nº135    Maio 2009

Politécnico

ELEIÇÕES NO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO

Três candidatos para presidente

As eleições para a presidência do Instituto Politécnico de Castelo Branco realizam-se dia 1 de Junho. Fernando Raposo, Carlos Maia e Arminda Guerra apresentaram as suas candidaturas ao cargo. Conheça algumas das suas propostas.
 

Fernando Raposo, director da Escola Superior de Artes Aplicadas, foi o primeiro candidato a apresentar oficialmente a sua candidatura à presidência do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Em conferência de Imprensa apresentou o seu programa, o qual pretende tornar o IPCB como uma instituição forte, num cenário que não é fácil para o ensino superior em Portugal.

Como primeiro aspecto, Fernando Raposo considera “que o futuro da instituição passa por colocar as pessoas em primeiro lugar, reconhecendo-as, valorizando-as, motivando-as, melhorando a sua auto-estima e comprometendo-as no desenvolvimento institucional. Assim, procurar-se-á a obtenção de melhores resultados a partir do desempenho de cada um tendo em conta, por um lado, as capacidades e potencialidades e, por outro, as suas expectativas e níveis de satisfação”.

Ao nível da formação, Fernando Raposo considera que é importante criar condições favoráveis para que os alunos possam prosseguir para mestrado, o que só será possível se as propinas forem mais baratas. Uma das medidas que, na sua opinião, poderão contribuir para que isso aconteça, passa por os professores de carreira e com habilitações para tal, poderem ministrar aulas de mestrado, sendo estas consideradas como extra. Isto permitirá rentabilizar recursos, e não engrossar a lista de docentes. Por outro lado, garante-se também qualidade na formação inicial.

Para aquele responsável a implementação do Processo de Bolonha no nosso país não foi bem conseguida. “A minha preocupação é convencer os pares a travar este processo que não é benéfico para os estudantes portugueses”. Ainda ao nível interno uma das mensagens transmitidas por Fernando Raposo passa pelo facto de garantir uma maior autonomia financeira às escolas do Politécnico, “tendo em conta o princípio de que as unidades orgânicas deverão dispor de um «plafond» orçamental, gerido com autonomia financeira delegada, extensível à gestão de receitas próprias”. Facto que no entender do candidato permitirá a prestação qualificada de serviços em todas as áreas correspondentes aos seus perfis de formação, articulando directamente a formação, a investigação e a prestação de serviços à comunidade, a formação e consolidação, nas unidades orgânicas, de centros de recursos e gabinetes de prestação de serviços.

Fernando Raposo defende ainda que com essa autonomia sejam desenvolvidos, em articulação com as unidades orgânicas, no âmbito do Centro de produção audiovisual, programas de extensão comunitária, nomeadamente ao nível da extensão rural”. De caminho defende a criação de um Centro de Tecnologia Educativa no IPCB em parceria com a Câmara Municipal de Castelo Branco”.

Para Fernando Raposo, na conjuntura actual, há que repensar o Instituto Politécnico em termos de espaços físicos, rentabilizando desse modo os recursos existentes. O actual director da Esart defende por isso que a Escola Superior de Educação, a Escola Superior de Artes Aplicadas e os serviços centrais fiquem situados no campus da Talagueira. Uma operação que poderá passar pela negociação das actuais instalações dos serviços centrais do IPCB, de forma a assegurar a comparticipação nacional no financiamento da reestruturação e melhoramento do campus”.

O Campus da Talagueira passaria a acolher um novo espaço para a ESE, concentraria os serviços académicos, uma biblioteca central (com horário alargado e com uma política de aquisições única) e optimizaria o funcionamento dos laboratórios.

No entender de Fernando Raposo, as actuais instalações da ESE poderiam acolher um interface da prestação de serviços à comunidade, um centro de formação profissional e formação ao longo da vida, um centro cultural e de animação e um cibercentro, (salvaguardando a respectiva autonomia, possibilidade de cedência de instalações à Federação Académica)”. A reorganização proposta por Fernando Raposo, passa também por potenciar o “espaço exterior da ESA, para zona de lazer e actividades lúdicas e desportivas e hortas pedagógicas, e por transformar as actuais instalações da ESART, num Centro de Apoio Social e Comunitário (Serviço social e à terceira idade) em ligação com escolas anexas do pré-escolar e primeiro ciclo (com eventual alargamento ao 2.º ciclo)”. Numa altura em que o próprio Ministério do Ensino Superior defende a criação de consórcios e parcerias, Fernando Raposo defende um entendimento com os Politécnicos de Portalegre e Guarda.

 

Carlos Maia, director da Escola Superior de Saúde, aponta quatro eixos como estratégicos para o futuro da instituição, a saber: Promover um ensino de qualidade; melhorar a qualificação do corpo docente; implementar uma política de desenvolvimento de investigação; e desenvolver uma política institucional de internacionalização.

Em conferência de Imprensa, Carlos Maia, lembra que “as seis escolas do IPCB possuem uma natureza e identidade próprias. Assumindo e valorizando a diversidade e especificidade existentes, é fundamental que cada escola contribua para o reforço da coesão do IPCB como um todo institucional”. Nesse sentido, diz Maia, é importante “promover a organização e implementação de formações que dêem resposta a necessidades profissionais consolidadas ou emergentes”. Mas é também fundamental “promover ofertas formativas transversais, através da interacção e cooperação entre as escolas, aproveitando os recursos humanos e materiais existentes, e garantir que as designações dos cursos permitam identificar claramente as formações ministradas”.

Carlos Maia lembra ainda que no próximo ano lectivo “todos os ciclos de estudos leccionados, no IPCB, funcionarão, em termos formais, de acordo com a Declaração de Bolonha Mas a reforma mais importante de Bolonha, a das metodologias, responsável pela mudança de paradigma ensino/aprendizagem, está por realizar”. Por isso, assegura o candidato “será nomeado um Coordenador Institucional do IPCB”.

Ainda nesta área, Maia fala num conjunto de acções que considera pertinentes, a saber: Implementar o sistema de tutorias em todas as Escolas; Criar Observatório dos Percursos Estudantis; Constituir equipa técnica para criação de conteúdos e-learning; Criar uma Unidade de Formação à Distância; Promover acções de formação, dirigidas a docentes, sobre métodos pedagógicos inovadores; Implementar o regime de Créditos de Livre Escolha em todas as Escolas; Elaborar um plano de aprendizagem de línguas dirigido a estudantes, professores e funcionários; Criar Gabinete de Mestrados e Pós-Graduações do IPCB; Reforçar a cooperação nacional e internacional, através de acordos que permitam a atribuição de “graus conjuntos”, na formação pós-graduada; Promover cursos preparatórios de acesso ao ensino superior para maiores de 23 anos e para estudantes do ensino secundário; Diversificar a oferta de formações pós-secundárias não superiores (CET); e oferecer cursos breves destinados a profissionais de áreas específicas.

Ao nível dos recursos humanos, a aposta passa por oito eixos fundamentais: “Garantir condições de obtenção de doutoramento a todos os docentes; Identificar áreas estratégicas de desenvolvimento do IPCB; Reforçar os programas internos de apoio ao doutoramento; Fomentar candidaturas a outros programas de apoio; Estabelecer acordos com universidades, nacionais e estrangeiras; Definir critérios para contratação de docentes; Promover a formação pedagógica e actualização científica dos docentes; e integrar na distribuição de serviço, todas as actividades dos docentes”.

Carlos Maia fala ainda na necessidade de implementar uma verdadeira política de investigação no IPCB, lembrando no entanto que no Politécnico já está a ser feita investigação. Por isso, diz, “no sentido de valorizar o potencial científico existente, será proposta a criação de uma unidade funcional, que terá como objectivo coordenar as actividades de investigação realizadas no seio do IPCB, de modo a optimizar os recursos disponíveis e potenciar os resultados obtidos”. Do mesmo modo serão identificadas áreas de actuação prioritária, e criado um gabinete de projectos junto do Ceder, bem como repositório do IPCB (que permita a consulta online de toda a investigação científica realizada”.

Outro eixo fundamental é a internacionalização. Para Carlos Maia há um conjunto de acções a desenvolver, das quais se destacam a reorganização do Gabinete de Relações Internacionais do IPCB; o fomento da mobilidade internacional de estudantes, professores e funcionários; aumento do número de estudantes e professores estrangeiros no IPCB; e estabelecer parcerias com instituições de ensino superior de prestígio. Maia fala ainda na constituição de um “Fórum Regional de Ensino Superior”; o qual poderá integrar os Institutos Politécnicos da Guarda, de Portalegre e de Tomar, e as Universidades da Beira Interior, de Salamanca e da Extremadura.

 

Arminda Guerra, docente na Escola Superior de Tecnologia, entregou, no passado dia 18, a sua candidatura ao cargo de presidente do Politécnico de Castelo Branco. O seu nome surge assim como uma surpresa no processo eleitoral e a decisão de avançar teve em conta o facto da actual presidente, Ana Maria Vaz, mostrar indisponibilidade para se recandidatar.

A apresentação da sua candidatura é justificada com o facto de “dar resposta à confiança depositada pelas pessoas que votaram na lista de que fiz parte e que procuram um candidato que claramente reflicta os seus interesses e posições, na certeza de que serei uma candidata de todo o IPCB”. “Candidato-me sobretudo por que me preocupo com o Instituto, com os seus docentes e restantes funcionários, com os seus alunos e instituições, numa altura não apenas complexa e repleta de desafios, mas também impregnada de oportunidades”. Com o lema, «Uma vivência Universal para servir o IPCB», Arminda Guerra procura intervir nas seguintes áreas: Ensino; Investigação; Internacionalização e desenvolvimento de parcerias; Gestão e Organização; e Qualidade. Na área do ensino, Arminda Guerra procura “diversificar públicos alvos de forma a potenciar gerações de mais valias para a comunidade; e proceder de forma sistemática e pró-activa à avaliação da implementação do Processo de Bolonha promovendo a optimização pedagógica bem como a reconhecida proficiência profissional”. Diz ainda que “a diversificação e incremento de públicos alvo pode ser atingida através da implementação de algumas medidas, como o aumento do número de alunos; adaptação da oferta formativa às necessidades de mercado; inovação e flexibilidade da oferta formativa; e avaliação da implementação do Processo de Bolonha”. Aquela docente, ao nível da investigação frisa que “é importante integrar unidades de Investigação & Deserência de tecnologia e conhecimento.

 

 

 

POLITÉCNICO DE TOMAR

Bruxelas reconhece qualidade

6 O Instituto Politécnico de Tomar obteve dois importantes selos de qualidade da Comissão Europeia, designadamente o selo de qualidade para as melhoras práticas na utilização do Sistema de Transferência e Acumulação de Créditos (ECTS Label) e o selo de qualidade para o Suplemento ao Diploma (SD Label). Os selos serão oficialmente entregues em Bruxelas, a 11 de Junho.

A atribuição do ECTS Label e do SD Label consagra de forma transversal um grau de reconhecimento internacional e traduz o culminar de todos os esforços que o IPT tem feito na qualidade da organização das suas actividades de internacionalização assim como da completa implementação das recomendações da Declaração de Bolonha.

Candidataram-se a estes dois certificados de qualidade cerca de 161 das mais de 2000 Instituições de Ensino Superior Europeu, tendo 22 obtido o ECTS Label e 52 o SD Label. Entre as Instituições de Ensino Superior Português e, para além do IPT, receberam o ECTS Label a Universidade do Minho, a Universidade de Aveiro e a Universidade Técnica de Lisboa e o SD a Universidade do Minho e a Universidade de Aveiro.
 

 

 

CONCURSO NACIONAL DE JORNALISMO

Abrantes vence

Três alunos de Comunicação Social da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes venceram o Prémio Nacional de Jornalismo Universitário (PNJU) na categoria de Televisão. Alison Silva, Nuno Pinto e Sara Pereira ganharam este prémio com uma reportagem de 18 minutos, realizada e produzida em Abrantes, subordinada ao tema “Por que votamos?”.

O concurso, na área da televisão, foi decidido por um júri constituído por Ricardo Costa e Carla Castelo, da SIC. Considerando a actualidade e o tema do concurso – Direitos Humanos e Cidadania –, os três alunos de Jornalismo da ESTA optaram por produzir uma reportagem sobre a importância do voto. Questionaram abrantinos do meio rural e do meio urbano com o objectivo de compreender o que pensam sobre a sua participação em actos eleitorais. Para fazer o contraponto, a reportagem inclui também a opinião do actual presidente da Câmara de Abrantes, Nelson de Carvalho.

Como reconhecimento pelo seu trabalho, cada um dos autores da reportagem premiada recebeu um curso de televisão do Centro Protocolar de Formação Profissional de Jornalistas (Cenjor). Para os três alunos da ESTA, esta é uma oportunidade importante na sua formação. Para a comunidade académica desta instituição de ensino, o prémio é visto como o reconhecimento do trabalho desenvolvido por todos, todos os dias.

 

 

 

TOMAR

Curso de TIC no Cespoga

O Centro de Estudos Politécnicos da Golegã, do Instituto Politécnico de Tomar, foi o palco escolhido para a realização do primeiro curso de Tecnologias de Informação e Comunicação, dirigido ao pessoal funcionário da Misericórdia da Golegã. A primeira aula teve lugar no dia 7 de Abril e contou com a presença de Luís Mota Figueira, director executivo do Cespoga, de Fernanda Oliveira, directora técnica da Misericórdia da Golegã, e de Joaquim Pombo, responsável pela área de Informática e Tecnologias do Cespoga, que congratularam a iniciativa e transmitiram as boas vindas a todos os formandos. A par desta iniciativa, executada pelos recentes estagiários do CESPOGA oriundos do Centro de Formação Profissional de Tomar, encontra-se disponível para toda a população o espaço Século XXI, com acesso gratuito à internet e com inúmeras actividades para os mais novos.

 

 

 

INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

Alunos da Esth no Estoril Open

Dezassete alunos da Escola Superior de Turismo e Hotelaria (ESTH) do Instituto Politécnico da Guarda foram seleccionados para prestar apoio nos serviços de catering e restauração do Estoril Open, que decorreu entre 2 e 10 de Maio.

Esta participação que resultou de uma parceria estabelecida entre a direcção da Escola Superior de Turismo Hotelaria (Seia) e uma empresa de organização de eventos desportivos (João Lagos Sport S.A.) procurou ligar o nome da ESTH a um evento de projecção internacional.

A direcção daquela escola superior pretendeu, por outro lado, facultar aos alunos a oportunidade de ficarem envolvidos directamente no processo de organização, planeamento e execução de diversas actividades relacionadas com o evento.

Segundo a direcção da ESTH, esta colaboração evidenciou aquela escola como “uma instituição de reconhecido valor ao nível da formação de profissionais de turismo e hotelaria altamente especializados e qualificados”.

É intenção da Escola Superior de Turismo e Hotelaria e da referida empresa prosseguirem esta cooperação em futuros eventos assim como ao nível da colocação de alunos em programas de estágio ou recrutamento.

 

 

 

NA EUROPEAN SHELL ECO-MARATHON

Guarda ganha na França

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda alcançou, através da equipa Egiteam, o terceiro lugar do “Prémio Segurança” na XXV European Shell Eco-Marathon que decorreu na Alemanha, de 7 a 9 de Maio.

Este prémio é atribuído pela Shell às equipas que mostrem maiores preocupações com a segurança dos seus pilotos e com a concepção geral dos veículos, aspecto realçado na prova deste ano que se realizou na pista EuroSpeedway de Lausitz.

A equipa guardense classificou-se, com o Egiurban, em 9º lugar na categoria dos veículos Urban-Concept com a marca de 297 km/l “em condições climáticas adversas”, como nos foi referido por um dos elementos. “Dos 56 inscritos apenas lograram classificar-se 28 equipas, entre as quais cinco veículos equipados com Células de Combustível.”

Na classe de veículos com motores de combustão interna o Egiurban (o mais recente protótipo da equipa da ESTG) passou do 17º lugar registado no ano passado, com 79 km/litro, para 4º lugar nesta vigésima quinta edição da European Shell Eco-Marathon, entre 23 classificados, “o que se revelou a melhor evolução de todas as equipas em prova”; entre as equipas equipadas com motor a Gasolina o Egiurban obteve a terceira melhor marca.

No que diz respeito ao posicionamento entre as doze equipas nacionais em prova, a Egiteam classificou-se em segundo lugar, logo atrás da equipa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e à frente da equipa da Universidade da Beira Interior.

Nesta prova estiveram presentes duas centenas de equipas (da Europa, África e Ásia) e mais de 4000 participantes, segundo dados da organização.

O objectivo desta competição, recorde-se, é apurar o veículo que, percorrendo a maior distância utilize a menor quantidade de combustível.

 

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