ELEIÇÕES NO POLITÉCNICO
DE CASTELO BRANCO
Três candidatos para
presidente
As eleições para a presidência do
Instituto Politécnico de Castelo Branco realizam-se dia 1 de Junho.
Fernando Raposo, Carlos Maia e Arminda Guerra apresentaram as suas
candidaturas ao cargo. Conheça algumas das suas propostas.

Fernando Raposo, director da
Escola Superior de Artes Aplicadas, foi o primeiro candidato a
apresentar oficialmente a sua candidatura à presidência do Instituto
Politécnico de Castelo Branco. Em conferência de Imprensa apresentou o
seu programa, o qual pretende tornar o IPCB como uma instituição forte,
num cenário que não é fácil para o ensino superior em Portugal.
Como primeiro aspecto, Fernando Raposo considera “que o futuro da
instituição passa por colocar as pessoas em primeiro lugar,
reconhecendo-as, valorizando-as, motivando-as, melhorando a sua
auto-estima e comprometendo-as no desenvolvimento institucional. Assim,
procurar-se-á a obtenção de melhores resultados a partir do desempenho
de cada um tendo em conta, por um lado, as capacidades e potencialidades
e, por outro, as suas expectativas e níveis de satisfação”.
Ao nível da formação, Fernando Raposo considera que é importante criar
condições favoráveis para que os alunos possam prosseguir para mestrado,
o que só será possível se as propinas forem mais baratas. Uma das
medidas que, na sua opinião, poderão contribuir para que isso aconteça,
passa por os professores de carreira e com habilitações para tal,
poderem ministrar aulas de mestrado, sendo estas consideradas como
extra. Isto permitirá rentabilizar recursos, e não engrossar a lista de
docentes. Por outro lado, garante-se também qualidade na formação
inicial.
Para aquele responsável a implementação do Processo de Bolonha no nosso
país não foi bem conseguida. “A minha preocupação é convencer os pares a
travar este processo que não é benéfico para os estudantes portugueses”.
Ainda ao nível interno uma das mensagens transmitidas por Fernando
Raposo passa pelo facto de garantir uma maior autonomia financeira às
escolas do Politécnico, “tendo em conta o princípio de que as unidades
orgânicas deverão dispor de um «plafond» orçamental, gerido com
autonomia financeira delegada, extensível à gestão de receitas
próprias”. Facto que no entender do candidato permitirá a prestação
qualificada de serviços em todas as áreas correspondentes aos seus
perfis de formação, articulando directamente a formação, a investigação
e a prestação de serviços à comunidade, a formação e consolidação, nas
unidades orgânicas, de centros de recursos e gabinetes de prestação de
serviços.
Fernando Raposo defende ainda que com essa autonomia sejam
desenvolvidos, em articulação com as unidades orgânicas, no âmbito do
Centro de produção audiovisual, programas de extensão comunitária,
nomeadamente ao nível da extensão rural”. De caminho defende a criação
de um Centro de Tecnologia Educativa no IPCB em parceria com a Câmara
Municipal de Castelo Branco”.
Para Fernando Raposo, na conjuntura actual, há que repensar o Instituto
Politécnico em termos de espaços físicos, rentabilizando desse modo os
recursos existentes. O actual director da Esart defende por isso que a
Escola Superior de Educação, a Escola Superior de Artes Aplicadas e os
serviços centrais fiquem situados no campus da Talagueira. Uma operação
que poderá passar pela negociação das actuais instalações dos serviços
centrais do IPCB, de forma a assegurar a comparticipação nacional no
financiamento da reestruturação e melhoramento do campus”.
O Campus da Talagueira passaria a acolher um novo espaço para a ESE,
concentraria os serviços académicos, uma biblioteca central (com horário
alargado e com uma política de aquisições única) e optimizaria o
funcionamento dos laboratórios.
No entender de Fernando Raposo, as actuais instalações da ESE poderiam
acolher um interface da prestação de serviços à comunidade, um centro de
formação profissional e formação ao longo da vida, um centro cultural e
de animação e um cibercentro, (salvaguardando a respectiva autonomia,
possibilidade de cedência de instalações à Federação Académica)”. A
reorganização proposta por Fernando Raposo, passa também por potenciar o
“espaço exterior da ESA, para zona de lazer e actividades lúdicas e
desportivas e hortas pedagógicas, e por transformar as actuais
instalações da ESART, num Centro de Apoio Social e Comunitário (Serviço
social e à terceira idade) em ligação com escolas anexas do pré-escolar
e primeiro ciclo (com eventual alargamento ao 2.º ciclo)”. Numa altura
em que o próprio Ministério do Ensino Superior defende a criação de
consórcios e parcerias, Fernando Raposo defende um entendimento com os
Politécnicos de Portalegre e Guarda.

Carlos Maia, director da Escola
Superior de Saúde, aponta quatro eixos como estratégicos para o futuro
da instituição, a saber: Promover um ensino de qualidade; melhorar a
qualificação do corpo docente; implementar uma política de
desenvolvimento de investigação; e desenvolver uma política
institucional de internacionalização.
Em conferência de Imprensa, Carlos Maia, lembra que “as seis escolas do
IPCB possuem uma natureza e identidade próprias. Assumindo e valorizando
a diversidade e especificidade existentes, é fundamental que cada escola
contribua para o reforço da coesão do IPCB como um todo institucional”.
Nesse sentido, diz Maia, é importante “promover a organização e
implementação de formações que dêem resposta a necessidades
profissionais consolidadas ou emergentes”. Mas é também fundamental
“promover ofertas formativas transversais, através da interacção e
cooperação entre as escolas, aproveitando os recursos humanos e
materiais existentes, e garantir que as designações dos cursos permitam
identificar claramente as formações ministradas”.
Carlos Maia lembra ainda que no próximo ano lectivo “todos os ciclos de
estudos leccionados, no IPCB, funcionarão, em termos formais, de acordo
com a Declaração de Bolonha Mas a reforma mais importante de Bolonha, a
das metodologias, responsável pela mudança de paradigma
ensino/aprendizagem, está por realizar”. Por isso, assegura o candidato
“será nomeado um Coordenador Institucional do IPCB”.
Ainda nesta área, Maia fala num conjunto de acções que considera
pertinentes, a saber: Implementar o sistema de tutorias em todas as
Escolas; Criar Observatório dos Percursos Estudantis; Constituir equipa
técnica para criação de conteúdos e-learning; Criar uma Unidade de
Formação à Distância; Promover acções de formação, dirigidas a docentes,
sobre métodos pedagógicos inovadores; Implementar o regime de Créditos
de Livre Escolha em todas as Escolas; Elaborar um plano de aprendizagem
de línguas dirigido a estudantes, professores e funcionários; Criar
Gabinete de Mestrados e Pós-Graduações do IPCB; Reforçar a cooperação
nacional e internacional, através de acordos que permitam a atribuição
de “graus conjuntos”, na formação pós-graduada; Promover cursos
preparatórios de acesso ao ensino superior para maiores de 23 anos e
para estudantes do ensino secundário; Diversificar a oferta de formações
pós-secundárias não superiores (CET); e oferecer cursos breves
destinados a profissionais de áreas específicas.
Ao nível dos recursos humanos, a aposta passa por oito eixos
fundamentais: “Garantir condições de obtenção de doutoramento a todos os
docentes; Identificar áreas estratégicas de desenvolvimento do IPCB;
Reforçar os programas internos de apoio ao doutoramento; Fomentar
candidaturas a outros programas de apoio; Estabelecer acordos com
universidades, nacionais e estrangeiras; Definir critérios para
contratação de docentes; Promover a formação pedagógica e actualização
científica dos docentes; e integrar na distribuição de serviço, todas as
actividades dos docentes”.
Carlos Maia fala ainda na necessidade de implementar uma verdadeira
política de investigação no IPCB, lembrando no entanto que no
Politécnico já está a ser feita investigação. Por isso, diz, “no sentido
de valorizar o potencial científico existente, será proposta a criação
de uma unidade funcional, que terá como objectivo coordenar as
actividades de investigação realizadas no seio do IPCB, de modo a
optimizar os recursos disponíveis e potenciar os resultados obtidos”. Do
mesmo modo serão identificadas áreas de actuação prioritária, e criado
um gabinete de projectos junto do Ceder, bem como repositório do IPCB
(que permita a consulta online de toda a investigação científica
realizada”.
Outro eixo fundamental é a internacionalização. Para Carlos Maia há um
conjunto de acções a desenvolver, das quais se destacam a reorganização
do Gabinete de Relações Internacionais do IPCB; o fomento da mobilidade
internacional de estudantes, professores e funcionários; aumento do
número de estudantes e professores estrangeiros no IPCB; e estabelecer
parcerias com instituições de ensino superior de prestígio. Maia fala
ainda na constituição de um “Fórum Regional de Ensino Superior”; o qual
poderá integrar os Institutos Politécnicos da Guarda, de Portalegre e de
Tomar, e as Universidades da Beira Interior, de Salamanca e da
Extremadura.

Arminda Guerra, docente na
Escola Superior de Tecnologia, entregou, no passado dia 18, a sua
candidatura ao cargo de presidente do Politécnico de Castelo Branco. O
seu nome surge assim como uma surpresa no processo eleitoral e a decisão
de avançar teve em conta o facto da actual presidente, Ana Maria Vaz,
mostrar indisponibilidade para se recandidatar.
A apresentação da sua candidatura é justificada com o facto de “dar
resposta à confiança depositada pelas pessoas que votaram na lista de
que fiz parte e que procuram um candidato que claramente reflicta os
seus interesses e posições, na certeza de que serei uma candidata de
todo o IPCB”. “Candidato-me sobretudo por que me preocupo com o
Instituto, com os seus docentes e restantes funcionários, com os seus
alunos e instituições, numa altura não apenas complexa e repleta de
desafios, mas também impregnada de oportunidades”. Com o lema, «Uma
vivência Universal para servir o IPCB», Arminda Guerra procura intervir
nas seguintes áreas: Ensino; Investigação; Internacionalização e
desenvolvimento de parcerias; Gestão e Organização; e Qualidade. Na área
do ensino, Arminda Guerra procura “diversificar públicos alvos de forma
a potenciar gerações de mais valias para a comunidade; e proceder de
forma sistemática e pró-activa à avaliação da implementação do Processo
de Bolonha promovendo a optimização pedagógica bem como a reconhecida
proficiência profissional”. Diz ainda que “a diversificação e incremento
de públicos alvo pode ser atingida através da implementação de algumas
medidas, como o aumento do número de alunos; adaptação da oferta
formativa às necessidades de mercado; inovação e flexibilidade da oferta
formativa; e avaliação da implementação do Processo de Bolonha”. Aquela
docente, ao nível da investigação frisa que “é importante integrar
unidades de Investigação & Deserência de tecnologia e conhecimento.
POLITÉCNICO DE TOMAR
Bruxelas reconhece
qualidade
6 O Instituto Politécnico de Tomar obteve
dois importantes selos de qualidade da Comissão Europeia, designadamente
o selo de qualidade para as melhoras práticas na utilização do Sistema
de Transferência e Acumulação de Créditos (ECTS Label) e o selo de
qualidade para o Suplemento ao Diploma (SD Label). Os selos serão
oficialmente entregues em Bruxelas, a 11 de Junho.
A atribuição do ECTS Label e do SD Label consagra de forma transversal
um grau de reconhecimento internacional e traduz o culminar de todos os
esforços que o IPT tem feito na qualidade da organização das suas
actividades de internacionalização assim como da completa implementação
das recomendações da Declaração de Bolonha.
Candidataram-se a estes dois certificados de qualidade cerca de 161 das
mais de 2000 Instituições de Ensino Superior Europeu, tendo 22 obtido o
ECTS Label e 52 o SD Label. Entre as Instituições de Ensino Superior
Português e, para além do IPT, receberam o ECTS Label a Universidade do
Minho, a Universidade de Aveiro e a Universidade Técnica de Lisboa e o
SD a Universidade do Minho e a Universidade de Aveiro. 
CONCURSO NACIONAL DE
JORNALISMO
Abrantes vence
Três alunos de Comunicação Social da
Escola Superior de Tecnologia de Abrantes venceram o Prémio Nacional de
Jornalismo Universitário (PNJU) na categoria de Televisão. Alison Silva,
Nuno Pinto e Sara Pereira ganharam este prémio com uma reportagem de 18
minutos, realizada e produzida em Abrantes, subordinada ao tema “Por que
votamos?”.
O concurso, na área da televisão, foi decidido por um júri constituído
por Ricardo Costa e Carla Castelo, da SIC. Considerando a actualidade e
o tema do concurso – Direitos Humanos e Cidadania –, os três alunos de
Jornalismo da ESTA optaram por produzir uma reportagem sobre a
importância do voto. Questionaram abrantinos do meio rural e do meio
urbano com o objectivo de compreender o que pensam sobre a sua
participação em actos eleitorais. Para fazer o contraponto, a reportagem
inclui também a opinião do actual presidente da Câmara de Abrantes,
Nelson de Carvalho.
Como reconhecimento pelo seu trabalho, cada um dos autores da reportagem
premiada recebeu um curso de televisão do Centro Protocolar de Formação
Profissional de Jornalistas (Cenjor). Para os três alunos da ESTA, esta
é uma oportunidade importante na sua formação. Para a comunidade
académica desta instituição de ensino, o prémio é visto como o
reconhecimento do trabalho desenvolvido por todos, todos os dias.
TOMAR
Curso de TIC no
Cespoga

O Centro de Estudos Politécnicos da
Golegã, do Instituto Politécnico de Tomar, foi o palco escolhido para a
realização do primeiro curso de Tecnologias de Informação e Comunicação,
dirigido ao pessoal funcionário da Misericórdia da Golegã. A primeira
aula teve lugar no dia 7 de Abril e contou com a presença de Luís Mota
Figueira, director executivo do Cespoga, de Fernanda Oliveira, directora
técnica da Misericórdia da Golegã, e de Joaquim Pombo, responsável pela
área de Informática e Tecnologias do Cespoga, que congratularam a
iniciativa e transmitiram as boas vindas a todos os formandos. A par
desta iniciativa, executada pelos recentes estagiários do CESPOGA
oriundos do Centro de Formação Profissional de Tomar, encontra-se
disponível para toda a população o espaço Século XXI, com acesso
gratuito à internet e com inúmeras actividades para os mais novos.
INSTITUTO POLITÉCNICO DA
GUARDA
Alunos da Esth no
Estoril Open

Dezassete alunos da Escola Superior de
Turismo e Hotelaria (ESTH) do Instituto Politécnico da Guarda foram
seleccionados para prestar apoio nos serviços de catering e restauração
do Estoril Open, que decorreu entre 2 e 10 de Maio.
Esta participação que resultou de uma parceria estabelecida entre a
direcção da Escola Superior de Turismo Hotelaria (Seia) e uma empresa de
organização de eventos desportivos (João Lagos Sport S.A.) procurou
ligar o nome da ESTH a um evento de projecção internacional.
A direcção daquela escola superior pretendeu, por outro lado, facultar
aos alunos a oportunidade de ficarem envolvidos directamente no processo
de organização, planeamento e execução de diversas actividades
relacionadas com o evento.
Segundo a direcção da ESTH, esta colaboração evidenciou aquela escola
como “uma instituição de reconhecido valor ao nível da formação de
profissionais de turismo e hotelaria altamente especializados e
qualificados”.
É intenção da Escola Superior de Turismo e Hotelaria e da referida
empresa prosseguirem esta cooperação em futuros eventos assim como ao
nível da colocação de alunos em programas de estágio ou recrutamento.
NA EUROPEAN SHELL
ECO-MARATHON
Guarda ganha na França

A Escola Superior de Tecnologia e
Gestão (ESTG) do Instituto Politécnico da Guarda alcançou, através da
equipa Egiteam, o terceiro lugar do “Prémio Segurança” na XXV European
Shell Eco-Marathon que decorreu na Alemanha, de 7 a 9 de Maio.
Este prémio é atribuído pela Shell às equipas que mostrem maiores
preocupações com a segurança dos seus pilotos e com a concepção geral
dos veículos, aspecto realçado na prova deste ano que se realizou na
pista EuroSpeedway de Lausitz.
A equipa guardense classificou-se, com o Egiurban, em 9º lugar na
categoria dos veículos Urban-Concept com a marca de 297 km/l “em
condições climáticas adversas”, como nos foi referido por um dos
elementos. “Dos 56 inscritos apenas lograram classificar-se 28 equipas,
entre as quais cinco veículos equipados com Células de Combustível.”
Na classe de veículos com motores de combustão interna o Egiurban (o
mais recente protótipo da equipa da ESTG) passou do 17º lugar registado
no ano passado, com 79 km/litro, para 4º lugar nesta vigésima quinta
edição da European Shell Eco-Marathon, entre 23 classificados, “o que se
revelou a melhor evolução de todas as equipas em prova”; entre as
equipas equipadas com motor a Gasolina o Egiurban obteve a terceira
melhor marca.
No que diz respeito ao posicionamento entre as doze equipas nacionais em
prova, a Egiteam classificou-se em segundo lugar, logo atrás da equipa
da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e à frente da equipa
da Universidade da Beira Interior.
Nesta prova estiveram presentes duas centenas de equipas (da Europa,
África e Ásia) e mais de 4000 participantes, segundo dados da
organização.
O objectivo desta competição, recorde-se, é apurar o veículo que,
percorrendo a maior distância utilize a menor quantidade de combustível.
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