GEO-RÚBRICA
Uma lição da natureza

“O Monumento Natural das Portas de Ródão
e o Vale do Tejo” é o tema de mais uma aula em contacto com a Natureza
que o Geopark Naturtejo propõe às escolas inseridas no seu território,
abrangido pelos municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa,
Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, bem como às restantes
escolas nacionais e às estrangeiras.
Durante esta saída de campo, que integra os programas educativos do
primeiro Geoparque português inserido nas Redes Europeia e Global de
Geoparques da UNESCO, serão abordados conteúdos pedagógicos no âmbito da
disciplina de Ciências Naturais, como as grandes etapas da história da
Terra, os fósseis, os tipos de rochas, o desenvolvimento sustentável, o
geoparque e geomonumento, entre outros conceitos.
Pelas águas calmas do Rio Tejo, os alunos e professores realizam um
tranquilo passeio de barco, que pode ter um trajecto mais curto, ficando
pelo imponente geomonumento Portas de Ródão, ou mais longo, indo até ao
Complexo de Arte Rupestre do Vale do Tejo, onde são apreciadas gravuras
rupestres, não submersas pelas águas do Tejo. A diversidade arqueológica
do Ródão será também explorada durante a visita a um espaço museológico
dedicado a esta temática.
Seja qual for a opção escolhida para o passeio de barco, os
participantes poderão ser surpreendidos por algumas espécies selvagens,
como javalis, grifos, lontras, entre outras.
Este programa pode também ser complementado com um conjunto de
actividades opcionais, desenvolvidas e acompanhadas por empresas de
animação especializadas. No Campo Aventura, um local próprio para a
prática de desportos, os alunos vão entrar em acção, através da
realização de escalada, slide ou arvorismo (Circuito de Pontes).
Dirigidas aos alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico, as saídas de campo
que constituem os programas educativos no Geopark Naturtejo podem ser
adaptadas aos diferentes níveis de escolaridade, como o 1 e 2º Ciclos do
Ensino Básico, o Ensino Secundário e Superior. Saliente-se que esta
adaptação torna-se possível porque a abordagem dos conteúdos pedagógicos
das disciplinas da área das geociências é realizada por monitores do
Geopark Naturtejo que apresentam qualificação superior
científico-pedagógica em Geologia e / ou Património Geológico.
A coordenadora dos Programas Educativos, Manuela Catana, conta esta
aventura da seguinte forma: “Alunos e Profs. vestem os seus coletes
salva-vidas e entram entusiasmados nos dois barcos. Para os que
escolheram a opção de dar uma espreitadela ao núcleo de gravuras
rupestres de S. Simão, dirigem-se para o lado oposto às Portas do Ródão
e sobem Tejo acima. Durante o trajecto podem ter a sorte de ser
brindados por selvagens personagens: cágados, garças, patos, lontras e
javalis. Para os da outra opção, os barcos zarpam do porto do Tejo de
Vila Velha de Ródão como que atraídos por um íman, rumo às Portas do
Ródão, aquelas duas imponentes muralhas quartzíticas pacientemente
escancaradas, à espera de nova visita, atravessadas pelo rio criador e
habitadas por numerosas famílias de Grifos! Pelo caminho os viajantes
ouvem falar da presença humana nestas margens, desde há mais de 150000
anos, atestada pelos inúmeros achados arqueológicos, lêem as rochas e
escutam a explicação da evolução da paisagem da área, condicionada nos
últimos 3 Milhões de anos (Ma), pela existência deste geomonumento. Mas,
de repente, um ocupante do barco, grita de excitação: - Olhem, estão
aqui trilobites! E afirma que viu através do sonar sombras desses seres,
a revolver lamas, argilas e areias do fundo do rio. Bem, talvez as
tivesse confundido com lagostins! Tratou-se de pura ilusão óptica, pois
as trilobites eram seres marinhos, extinguiram-se há 250 Ma e viveram
por aqui quando esta área estava coberta por mar, há cerca de 500 Ma.
Finalmente, atravessam aquela porta natural colossal e a seguir, na
margem esquerda do rio, vislumbram o Conhal do Arneiro, uma exploração
mineira de ouro, provavelmente, do tempo dos Romanos, da qual são
testemunhos os inúmeros amontoados de blocos quartzíticos arredondados.
É hora de regressar ao ponto de partida, deixar o barco, seguir para a
vila e iniciar lides desportivas no “Campo Aventura” ou visitar o espaço
museológico dedicado à Arqueologia do Ródão. Agora, a argumentista passa
a bola e o final do dia fica ao critério das personagens!”
Para mais informações sobre os programas educativos, contacte a
NATURTEJO: Call Center 707 200 065| WebSite: www.naturtejo.com | E-mail:
geral@naturtejo.com | Telefone: 272 320 176 | Fax: 272 320 137. 
Texto: Cristina Preguiça
Foto: Manuela Catana
CENTRO ARTÍSTICO
ALBICASTRENSE
Camões resolve crise

A crise directiva do Centro Artístico
Albicastrense (CAA) chegou ao fim. Na última Assembleia Geral, realizada
no passado dia 11, António Camões, técnico superior do Instituto
Politécnico de Castelo Branco, foi eleito presidente da instituição. No
entender do novo líder daquela que é uma das mais antigas colectividades
da cidade, importa “devolver o CAA à sua essência”.
António Camões considera que os objectivos da sua direcção passam por
cumprir as metas para as quais o Centro foi criado e que passam pela
“instrução dos seus associados e familiares por meio de aulas, sessões
literárias, dança, música e outras manifestações culturais”. O desafio
apresentado por António Camões é grande. Para o concretizar, o novo
presidente pensa “desenvolver parcerias com diversas instituições da
cidade (IPCB, Conservatório Regional, Museu, IPJ e outras) que têm,
também, como objectivo o apoio, a promoção e divulgação de
saberes”.Outra das metas de António Camões passa por levar as novas
tecnologias à instituição, criando para isso uma página de Internet.
A lista liderada por António Camões foi a única a concorrer ao acto
eleitoral, resolvendo deste modo um impasse que poderia ser problemático
para a instituição. A direcção tem como presidente António Camões,
secundado por Abel Luís (funcionário do IPCB e estudante do 2º ano do
Curso de Animação Cultural da Escola Superior de Educação), Maria
Natércia Belo (Professora da Escola Amato Lusitano), Paulo Veiga
(Designer), Albertino Bernardo (Contabilista), Mário Chambino (Técnico
Superior do IPCB) e Paulo Afonso (Professor do Ensino Superior na ESE).
Para a Assembleia Geral foi reconduzido o elenco anterior liderado por
Arnel Afonso e composto ainda por João Costa Rodrigues (vice-presidente)
e João Gil Rito (secretário). A presidência do Conselho Fiscal fica
entregue ao engenheiro informático Pedro Dias Luís (presidente), João
Duarte Belo (secretário) e a José Jorge (vogal). 
DE 23 A 28 DE MARÇO
Coral de Proença na
República Checa
O grupo Coral de Proença-a-Nova
participou, de 5 a 8 de Dezembro, no Advent Choral Meeting- em Praga, na
República Checa. Provenientes de nove países, onze coros iniciaram o
festival com canções de Advento e de Natal na famosa Old Town Square,
criando uma atmosfera mágica natalícia, num cenário de iluminações e de
movimento de visitantes de todo o mundo.
O Coral de Proença, sob a regência do maestro Carlos Gama, teve a honra
de abrir a actuação dos coros, na velha praça medieval, seguindo-se os
de Inglaterra (2), da Roménia, da Hungria, da Alemanha, da Polónia, da
Áustria e da Noruega e da Finlândia. O Meeting decorreu nas Igrejas de
S. Nicolau e de S. Salvador, tendo o Coral de Proença interpretado seis
peças portuguesas, em S. Salvador. No encerramento oficial do festival,
o coral de Proença cantou a Barcarola de Natal com harmonização de
Carlos Gama, o Natal de Elvas, com harmonização de Sampayo Ribeiro e O
Magnum Mysterium, de D. Pedro de Cristo. No final, os onze coros, com
400 coralistas, sob a regência dos jovens maestros ingleses Joseph Foort
e MarK Austin, cantaram conjuntamente três peças de Natal já previamente
ensaiadas. Esta foi a quinta vez que o Coro de Proença foi seleccionado
para participar em festivais internacionais (Nancy-França -1991; Rio de
Janeiro-Brasil-1995; Alemanha-1999; Trento-Itália-2004; Praga–República
Checa-2008). Esta deslocação teve o apoio incondicional da Câmara
Municipal de Proença-a-Nova, da Caixa Geral de Depósitos de Proença, da
Junta de Freguesia, do BPI e da Foto Pinha. 
DE 23 A 28 DE MARÇO
Semana Académica na
UBI
A Semana Académica da Universidade da
Beira Interior irá decorrer entre os dias 23 e 28 de Março no Pavilhão
da Anil – Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios. Os motivos
prendem-se, por um lado com a introdução do processo de Bolonha no nosso
sistema de ensino, as frequências, exames e apresentação de trabalhos
práticos são mais cedo e/ou com prazos menores. Por outro lado, também é
estratégia, desde a anterior direcção, que a realização deste evento
seja em data diferente das restantes. Depois de uma análise ao
calendário, a organização entendeu ser esta a data mais apropriada a uma
participação de todos sem que exista grande prejuízo no plano de estudos
dos variados cursos.
A semana académica vai ter realização no pavilhão da Anil, por razões
que se prendem com o máximo interesse de que todos os eventos devem ser
organizados e realizados pela AAUBI, pois só assim se entende o
associativismo como factor de desenvolvimento. Também porque não
patrocinamos interesses que não sejam os da AAUBI”. 
PRAZERES DA BOA MESA
Crumble de maçã bravo
esmolfe
e gengibre de cheesecake e creme de baunilha

Ingredientes para a Massa Doce (20 pax):
500g de Farinha s/ Fermento
2 Ovos
250g de Açúcar
250g de Margarina
Preparação para a Massa Doce:
Misturar o açúcar com a margarina amolecida. Juntar os ovos um a um
mexendo bem. Juntar a farinha sem amassar muito.
Ingredientes p/ o Crumble (20 pax):
200g de Manteiga
200g de Açúcar
200g de Amêndoa em Pó
200g de Farinha s/ Fermento
15g de Sal Fino
Preparação para o Crumble:
Misturar tudo na máquina com a raquete. Espalhar num tabuleiro e levar
ao forno, a seco, a 180ºC até ficar dourado. Deixar arrefecer e soltar
(ficando grosseiro).
Ingredientes para a Telha (20 pax):
95g de Farinha s/ Fermento
155g de Açúcar em Pó
100g de Claras
75g de Margarina
Preparação para a Telha:
Misturar tudo na máquina com a raquete. Depois moldar a forma
pretendida e cozer no forno, a seco, a 180ºC até ficar dourado.
Ingredientes para a Maçã (20 pax):
150g de Maçã Bravo Esmolfe em Cubos
1 Laranja em Sumo e Zeste
50g de Açúcar
1 Pitada de Canela
10g de Gengibre Ralado
Preparação para a Maçã:
Misturar tudo e deixar a marinar de um dia para outro. Saltear um
pouco. Deixar arrefecer. Rechear a forma de massa doce com o preparado e
cobrir com o crumble.
Ingredientes p/ Creme Inglês (20 pax):
250g de Leite
3 Gemas
50g Açúcar
½ Vagem de Baunilha
Preparação para o Creme Inglês:
Levar o leite ao lume a ferver com a vagem cortada ao meio. À parte
misturar o açúcar com as gemas. Adicionar cuidadosamente o leite quente
às gemas. Levar ao lume a engrossar, sem deixar ferver.
Finalização:
Levar a tarte a aquecer, depois de quente, dispor uma bola de gelado
e a telha crocante. Guarnecer com frutinhas dos bosques. 
Chef Mário Rui Ramos
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