ESA DESENVOLVE ESTUDO
INOVADOR
Têxteis ajudam a terra
A Escola Superior Agrária de Castelo
Branco acaba de apresentar um estudo científico onde comprova que os
resíduos têxteis podem ser aproveitados na agricultura. O estudo
entregue à Sociedade Têxtil Manuel Rodrigues Tavares, SA, sediada na
Guarda, analisou a valorização dos resíduos sólidos produzidos pela
empresa. Os resultados apurados referem que "as lamas produzidas pela
empresa têxtil têm utilização agrícola e podem tornar-se um resíduo
orgânico com potencial económico".
No entender da equipa de investigadores da ESA, coordenada por João
Paulo Carneiro, "as lamas produzidas no lavadouro industrial de lãs
daquela empresa, pelas características que apresentam, podem
constituir-se como um resíduo orgânico passível de ajudar a colmatar
algumas das carências manifestadas pelos solos da região onde se
localiza".
O estudo revelou ainda que não foram observadas "limitações à sua
aplicação ao solo e que as lamas têm na sua composição quantidades
significativas de azoto, potássio e cálcio, nutrientes importantes na
nutrição vegetal". Ainda assim, a equipa de investigadores constituída
por João Paulo Carneiro, Maria da Conceição Mesquita, Filipe Carreiro,
Maria do Rosário Oliveira, Armando Mateus Ferreira, Maria do Carmo
Horta, com a colaboração de António Faria, Aurora Poças, Carlos Grácio,
Otília Baptista, e Marta Solipa, adianta que "em termos agrícolas não
será recomendável uma incorporação de lamas superior a 10
toneladas/hectare".
No entender daqueles responsáveis, "essa aplicação deve ser acompanhada
da utilização de adubos minerais azotados. A utilização agrícola das
lamas nas quantidades recomendadas, não evitará uma normal fertilização
orgânica e/ou fosfatada em condicionalismos que a (s) exijam. No
entanto, pode propiciar uma redução no consumo de fertilizantes
potássicos bem como de correctivos da acidez do solo".
O estudo da ESA conclui ainda que "o tratamento das lamas por
Co-compostagem com materiais que permitam corrigir a razão C/N da lama é
viável". Para que o tratamento se desenvolva de forma eficiente, os
investigadores chegaram à conclusão de que "é absolutamente necessário
adicionar um agente estruturante que promova um adequado arejamento da
mistura e, também, um agente condicionante para corrigir a razão C/N.
DOCENTE DA ESECB LANÇA
Novo livro sobre o
Padre Américo
Ernesto Candeias, docente da Escola
Superior de Educação de Castelo Branco, tem pronto um novo livro sobre o
Padre Américo. Com o título “Amor, Meditação e Acção - A Pedagogia
Social do Padre Américo Monteiro de Aguiar”, o livro vai ser apresentado
na Galeria Almedina, em Coimbra, no dia 7 de Março (17 Horas). Esta é a
terceira obra científica que o autor, especialista em Ciências da
Educação, dedica ao Padre Américo e à Obra da Rua. O Prefácio é da
responsabilidade de D. José Alves, Arcebispo de Évora, que destaca o
mérito deste estudo global e sistemático, de carácter
científico-pedagógico: “Trata-se de um trabalho de análise e de
sistematização que exigiu persistência, conhecimentos especializados,
amor à causa da educação em Portugal e um certo encantamento pelo
excepcional pedagogo que foi o Padre Américo (...)”.
CASTELO BRANCO
Redes solidárias para
falar
O docente da Escola Superior de
Tecnologia, Paulo Marques, está a desenvolver uma investigação sobre o
futuro das redes móveis, as quais passam por sistemas solidários. De
acordo com o investigador, “o objectivo daquele grupo é desenvolver
normas técnicas que ao serem implementadas pelos fabricantes dão
resposta aos desafios actuais das redes de telemóveis. É que devido ao
aumento do número de utilizadores, as redes de telemóveis 3G em breve
não conseguirão suportar todo tráfego internet gerado por utilizadores
cada vez mais exigentes e garantir simultaneamente uma cobertura global.
Para ajudar a resolver este problema, a visão para o futuro das redes
móveis, partilhada por este comité de especialistas, passa por
implementar mecanismos de cooperação entre os telemóveis, mesmo de redes
e utilizadores diferentes”.
O professor da EST dá mesmo um exemplo de “um cenário simples de
cooperação, o qual poderá passar por um telemóvel quase sem bateria,
ligar-se a um telemóvel vizinho através duma ligação sem fios
BluetoothTM, gastando para isso pouca bateria porque a distância entre
eles é pequena”. Paulo marques prossegue: “por sua vez, o telemóvel
vizinho retransmite a chamada para a antena do operador do primeiro
telemóvel que poderá estar a alguns quilómetros de distância. Note-se
que os dois telemóveis pertencem a utilizadores que podem nem sequer
conhecer-se, no entanto, o segundo telemóvel gastou da sua própria
bateria para permitir que o vizinho faça a chamada. A isto designa-se um
mecanismo de cooperação entre máquinas”. Em todo este processo surge a
questão dos custos. “Obviamente que o utilizador do segundo telemóvel
terá que ter um incentivo financeiro para ajudar o primeiro. O modelo de
negócio a implementar ainda está longe de ser definido. Estas soluções
são exemplos de sistemas rádio cognitivos, capazes de reagirem em função
do ambiente onde estão envolvidos, usando para isso mecanismos de
percepção e inteligência artificial”, explica.
ENSINO MAGAZINE E ANP
PROMOVEM
Debate de aprendizagem
A Associação Nacional de Professores e o
Ensino Magazine lançaram o desafio a dois investigadores nacionais para
debaterem o tema Neuropsicologia e Aprendizagem. João Pires e João Ruivo
responderam afirmativamente ao desafio e, em mais uma sessão do Ciclo de
Colóquios do Pensar, realizada no bar Património, falaram de um tema que
ao longo das últimas décadas tem tido várias interpretações.
No entender de João Pires “a neuropsicologia e a aprendizagem estão
interligados. Nas últimas décadas tem havido uma evolução desta
componente cognitiva da psicologia”. As primeiras palavras daquele
investigador trouxeram a debate uma série de questões discutidas e
analisadas pelos presentes na iniciativa. “A memória e a aprendizagem
são processos complementares. Na década de 70 eu já tinha alertado para
a função fundamental da memória, a qual nos permite reter e evocar
aquilo que se lê, por exemplo”.
João Pires lembra que “nessa altura desvalorizou-se a memória, por uma
questão de moda. Acontece que as modas são castradoras e hoje chega-se à
conclusão que a memória é fundamental para a aprendizagem”. O professor
doutor abordou ainda a questão da inteligência, segundo o qual “é a
capacidade de adaptação que é fundamental para desenvolver o chamado
cérebro cognitivo da criança, o que pode ser feito através da leitura,
esforço e educação para os media. É mais importante a leitura do que ver
televisão”.
A questão da hiperactividade nas crianças também foi discutida. João
Pires assume-se como um opositor ao tratamento fármaco das crianças
hiperactivas. “Existem riscos de medicação nas crianças hiperactivas,
pois os medicamentos podem levar a que essas crianças fiquem
dependentes, já que criam vício”, justificou, para depois indicar o
caminho: “o ideal será o recurso a exercício físico, ministrado por
técnicos especializados”.
Modelos. João Ruivo comentou os
aspectos mais relevantes da comunicação de João Pires centrando a sua
intervenção na análise de modelos de actuação do professor na sala de
aula que podem influenciar o modo como os alunos aprendem, ou seja o
nível e o sucesso da sua aprendizagem formal.
Referiu que a escola portuguesa atravessa um período de grande
desmotivação, que se transmite aos alunos e que coloca em perigo o seu
sucesso escolar. Designadamente, salientou a necessidade de os
professores voltarem a centrar-se na discussão das suas competências na
sala de aula (o que fazem e como o fazem), na busca dos melhores meios
para ensinarem os seus alunos, já que a conjuntura criada pela tutela
tem sido mais propícia à discussão de assuntos burocráticos da carreira
e da administração escolar.
No entender daquele professor doutor, “desviando a atenção do que é
essencial, a tutela arrisca-se a criar um quadro de profunda desilusão e
desânimo profissional, difícil de ultrapassar. A motivação do aluno está
correlacionada com a motivação do professor, e entre os vários factores
que influenciam a aprendizagem, este é um dos que deveria merecer
especial atenção e cuidado”. Segundo João Ruivo teremos melhor escola e
melhores resultados quando as políticas estiverem ao serviço da promoção
dos docentes e não contra a sua dignificação profissional.
ALUNOS ERASMUS
ESE ensina português
aos de fora
O Centro de Línguas e Culturas (CL&C)
da Escola Superior de Educação de Castelo Branco (ESECB) está a
desenvolver o ensino da língua portuguesa a 85 alunos estrangeiros.
Depois de no primeiro semestre terem participado 50 alunos no curso
Erasmus Intensive Language (EILC), de nível I e nível II, é agora a vez
de outros 35 iniciarem essa formação que lhes permitirá frequentar os
cursos de licenciatura do IPCB e de outras instituições de Ensino
Superior nacionais.
A primeira edição deste ano lectivo decorreu em Setembro de 2008,
abrangendo 50 alunos. A segunda edição, a decorrer de 2 a 20 de
Fevereiro, abrange 35 alunos oriundos dos mais diversos países europeus
(Lituânia, Estónia, Eslovénia, Itália, República Checa, Eslováquia,
Espanha, Roménia, Alemanha, Hungria, Bulgária).
O curso EILC tem uma duração de 120 horas, sendo estas distribuídas por
60 horas em sala de aula, 30 horas em prática de conversação /
laboratório de línguas. As restantes 30 horas estão divididas em 8 horas
de visualização de filmes portugueses, 6 horas de Cultura e Literatura
Portuguesa, 6 horas de actividades tutoriais e 10 horas de estudo
tutorial.
Os alunos estrangeiros têm, também, à sua disponibilidade a biblioteca
da ESE, aberta de segunda a sexta-feira, bem como o laboratório de
línguas do CL&C, disponível das 9 às 19 horas. Para além das aulas de
aprendizagem da Língua Portuguesa, os alunos Eras-mus terão acesso a um
vasto programa cultural que lhes facultará um bom panorama do património
cultural e histórico da região.
NOVA UNIDADE ORGÂNICA DE
INVESTIGAÇÃO
Paulo Bártolo nomeado
director
O Centro para o Desenvolvimento Rápido
e Sustentado do Produto (CDRsp), Unidade de Investigação do Instituto
Politécnico de Leiria (IPL), foi recentemente reconhecido pelo
Instituto, como Unidade Orgânica de Investigação. A distinção teve como
base o resultado de Excelente obtido por aquela Unidade, no âmbito da
Avaliação de Unidades de Investigação de 2007, promovida pela Fundação
para a Ciência e Tecnologia.
Como Unidade Orgânica de Investigação, o CDRsp gozará de autonomia
administrativa e académica, tendo sido nomeado seu director o Paulo
Jorge da Silva Bártolo (que já era responsável pelo CDRsp enquanto
Unidade de Investigação).
Paulo Jorge da Silva Bártolo é docente e coordenador do departamento de
Engenharia Mecânica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do IPL.
Além de desenvolver actividades com investigador no Instituto de
Polímeros e Compósitos, na Universidade do Minho, conselheiro da Agência
de Inovação (Adi) e chefe de redacção da revista “Virtual Physical
Prototyping, é ainda Presidente da Associação Portuguesa de Prototipagem
Rápida.
O CDRsp tem desenvolvido actividade na área da Engenharia Mecânica
aplicada ao desenvolvimento de projectos tecnológicos de investigação
com vista a um desenvolvimento sustentável e eficiente de produtos,
materiais e processos. Foi, recentemente, seleccionada por nove empresas
para a prestação de serviços no âmbito do Programa Vales I&DT e
Inovação.
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