Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XII    Nº132    Fevereiro 2009

Motor

QUATRO RODAS

Hoje é sexta-feira 13

Hoje é sexta-feira 13 e como sempre espreita a superstição. Apesar de não ser grande ideia "brincar" com estas coisas da sorte e do azar, vou mesmo arriscar e aproveitar este mote para falar do número 13 no desporto automóvel.

Trata-se de uma tema um pouco marginal onde não é fácil conseguir informações precisas. No entanto com os meios que hoje estão à nossa disposição, consegui descobrir algumas histórias interessantes.

Todos sabemos que o 13 é conhecido como sendo o número do azar. É bem conhecida a "sorte" da missão espacial Apolo 13, e para e evitar essa "sorte" parece que não há edifícios com 13 andares, e mesmos os hotéis evitam ter quartos com esses números. Histórias com estas repetem-se sem fim, mas parece que a origem desta superstição está relacionada com o fim dos Templários, que se terá iniciado na fatídica noite de Sexta-feira 13 de Outubro de 1307. Assim a partir deste dia todas a as Sextas-feiras, 13 passaram a ser considerados dias de azar.

Mas então onde entra o 13 na nossa história de hoje? Pois bem, vamos falar do número 13, no mundo da fórmula 1, que ao que parece, teve seu primeiro Grande Prémio num dia 13.

Mas os azares, ligados ao 13 começaram bem cedo. Foi no Grande Prémio de San Sabastian de 1925, numa corrida com 13 carros, que apareceu a primeira vítima, Paul Torchy com um Delage nº 13 que teve um acidente mortal.

Um ano depois foi o Conde Giulio Masetti, também num Grand Delage com o número 13, que encontrou a morte no Targa Florio, depois de ter capotado.

Depois de tantos azares, nesse mesmo ano, o Automóvel Clube de França decide retirar das grelhas de partida o número 13, e curiosamente também o número 17 que não era do agrado dos pilotos italianos.

Desde então o número 13 fez apenas duas aparições no mundial de Formula 1. Em 1963 no grande prémio do México, Moises Solana conseguiu qualificar-se com o seu BRM, mas apenas efectuou 57 voltas, desistindo com falha de motor…má sorte.

E, reparem bem, 13 anos depois aparece de novo o número 13, nos laterais de um Fórmula 1, desta vez no grande prémio de Inglaterra. Tratava-se de um Surtees conduzido por Divina Gálica, uma das poucas mulheres que militaram na Formula 1. Para não fugir à regra a sorte também não acompanhou a empenhada piloto, pois nem conseguiu ficar qualificada para a grelha de partida, com uma classificação nos treinos fora 26 eleitos.

E foi assim que em 1976 o número 13 desapareceu de vez dos circuitos da especialidade maior do desporto automóvel.

Nem sei bem se esta não atribuição do 13 é uma regra, ou um "gentlemen agreement", que faz com que nenhum piloto seja obrigado a carregar este número.

Será que no futuro, haverá algum intrépido que queira voltar a desafiar a superstição? Cá estaremos para ver. Até lá aqui fica o registo fotográfico do último, o melhor da última piloto nº 13 da história da fórmula 1.

Paulo Almeida

 


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