DOCENTE DE AVEIRO JÁ
GANHOU MAIS DE 20 PRÉMIOS
João Oliveira
distingue-se

O compositor e docente da Universidade de
Aveiro, João Pedro Oliveira, acaba de ser agraciado com mais uma
distinção internacional, a Civitella Ranieri Fellowship, um prémio
instituído pela Fundação Civitella Ranieri (EUA/Itália) que premeia
artistas plásticos, escritores e músicos de todo o mundo com um talento
excepcional nas suas áreas.
Os potenciais candidatos ao prémio são nomeados, após uma selecção
rigorosa, por um painel de peritos. Depois de apresentar o seu trabalho,
os artistas pré-seleccionados são avaliados por um júri internacional. O
prémio inclui uma residência num castelo medieval em Umbria (Itália),
permitindo aos artistas trabalhar nos seus projectos ininterruptamente
durante um extenso período de tempo. Entre os compositores a quem já foi
atribuída esta distinção podemos encontrar os prestigiados artistas
Jonathan Harvey, Kaija Saariaho, Claude Ledoux e Elliot Sharp.
João Pedro Oliveira estudou composição, orgão e arquitectura em Lisboa.
De 1985 a 1990 esteve nos Estados Unidos com uma bolsa da Fundação
Calouste Gulbenkian e da Comissão Cultural Luso-Americana, onde concluiu
dois Mestrados e um Doutoramento em Música. A sua carreira como
compositor conta com mais de 20 prémios nacionais e internacionais, 15
dos quais primeiros prémios nos mais prestigiados concursos de
composição internacionais.
A maior parte das suas obras foi encomendada por instituições tais como
a Orquestra da Juventude da Comunidade Europeia (UK), a Orquestra Arturo
Toscaninni (Itália), a Fundação Gulbenkian, Ministério da Cultura de
França, Museu Watari (Tokyo), Instituto de Musica Electroacústica de
Bourges (França), etc.. 
TECNOLOGIA PREVÊ ATAQUES
CARDÍACOS
Coimbra ganha Prémio
BES

O protótipo de um sistema inovador, a
nível internacional, de monitorização dos Cuidados Intensivos dos
Hospitais, é o grande vencedor da Quinta Edição do Prémio BES Inovação,
no valor de 85 mil euros. Desenvolvida pelos investigadores Pedro
Bizarro e Diogo Guerra, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da
Universidade de Coimbra (FCTUC), a tecnologia não só venceu na categoria
de Tecnologias de Informação e Serviços, como também arrebatou o Grande
Prémio Nacional.
Prever, com 24 horas de antecedência, a ocorrência de um ataque cardíaco
indicando, em simultâneo, os factores que mais estão a contribuir para
que tal aconteça (níveis potássio ou magnésio, plaquetas, etc.) e
sugerindo medidas preventivas, é uma das grandes inovações da tecnologia
SICU, desenvolvida no âmbito do projecto europeu BICEP: Benchmarking
Complex Event Processing Systems, em parceria com investigadores da
Oracle Corporation, University of Utah Medical Center, e Whitehead
Institute/MIT Center for Genome.
O sistema fornece ainda alertas clínicos personalizados por doença, por
idade e por paciente, entre outras variáveis, e está dotado de sistemas
inteligentes que reduzem a geração de falsos alarmes, o que não acontece
com o equipamento disponível no mercado. Outro grande avanço obtido com
o SICU é a sua flexibilidade. Foi concebido para ser facilmente
manuseado e re-configurado pelos médicos e enfermeiros. Ao ter acesso a
toda informação do paciente, em tempo real (ritmo cardíaco, pressão
arterial, temperatura e mesmo informação sobre testes laboratoriais), os
profissionais de saúde podem criar alertas personalizados.
Testado e validado cientificamente o SICU, foi já criada uma Spin-Off da
FCTUC, a FeedZai Lda., para avançar para prototipagem industrial e
comercialização. 
UNIVERSIDADE DO ALGARVE
Rádio assinala sete
anos
6 A Rádio Universitária do Algarve (RUA
FM) acaba de comemorar sete anos de existência. E para fazer mais e
melhor, a experiência é alargada a todos os que querem colaborar e
contribuir com o projecto. Com uma história para contar e planos futuros
a desenvolver, a RUA dá a conhecer a evolução de um projecto
experimental e criativo.
O director, Pedro Duarte, realça a importância deste encontro. “Porque
há tantos colaboradores, os programas são emitidos uma vez por semana.
Há colaboradores que nem sequer se conhecem. A formação é feita nesta
altura para coincidir com esta reunião da família da Rua e para se
conhecerem. Não só porque automaticamente quem entra conhece a Rua nesta
altura de aniversário experiencia verdadeiramente o que a RUA é”,
refere.
O projecto da RUA foi organizado em 2001 pelo presidente da Associação
Académica de então, Carlos Santos. Um ano mais tarde era atribuído o
alvará de emissão. As emissões tiveram início em Julho de 2003, tendo o
arranque contado, «a nível de montagem», com «uma grande ajuda» da Rádio
Clube Português.
A principal filosofia da RUA – nome escolhido por «ser fácil de decorar»
e ter boa sonoridade - assenta na divulgação de eventos culturais, e de
bandas e artistas pouco conhecidos do público em geral, mostrando ainda
o papel da Universidade do Algarve na região. Para o director de antena,
«faz parte da rádio ser experimental e passar coisas novas». Sendo esta
a «imagem de marca da RUA», a rádio acaba por ser considerada
alternativa.
Procurando não ter como único alvo o público universitário e evitando
tornar a RUA numa «rádio de jukebox», Pedro Duarte avança uma média de
idade dos ouvintes: «entre os 17 e 35 anos». No entanto, admite que a
rádio tem ouvintes de faixas etárias mais avançadas, «há muita gente com
sede de coisas diferentes, há procura de coisas novas».
A grelha de programação é ocupada por rubricas noticiosas, culturais e
musicais dos mais variados estilos mas principalmente por programas de
autor. «Temos cerca de 20 programas de autor» refere Pedro Duarte. 
Grethel Ceballos, Sofia Trindade
e Vanessa Costa
ESTÁGIOS INOV JOVEM
550 jovens estudam no
ISCTE

O programa INOV Contacto “é muito
importante para o fomento das exportações e para o incremento da
internacionalização da economia portuguesa”, considerou o ministro da
Economia. Vieira da Silva falava na sessão de abertura do programa de
preparação para o estágio internacional de 550 jovens estagiários do
programa INOV Contacto realizado no Instituto Superior de Ciências do
Trabalho e da Empresa. Considerou que “a globalização é marcada pela
multipolaridade e é aí que temos de jogar o nosso futuro”, reputando a
“ambição” demonstrada pelos 550 jovens como “essencial para transformar
constrangimentos em oportunidades”.
Basílio Horta, presidente da AICEP, que tutela o programa, dirigindo-se
aos 550 jovens, disse que “vocês são a prova de que o País está a
mudar”, apelando a que “se detectarem, nas empresas e nos países onde
vão ser colocados, oportunidades de negócio, alertem a Agência, pois o
vosso papel, como elementos de uma rede de contactos internacionais, é
muito útil à economia portuguesa”.
O presidente da AICEP enfatizou ainda a evolução do INOV Contacto, que
“começou com 50 jovens e já está em 550, o que é um sinal de que a
economia portuguesa está a mudar, fruto também do empenhamento do
Governo”. Com a duração de seis meses, o programa oferece estágios em
empresas e organizações multinacionais que actuam em mercados de
interesse estratégico para Portugal.

Dércio Telo/ISCTE
UNIVERSIDADE DA BEIRA
INTERIOR
Prémio UBI-Santander
entregue

Paulo Almeida, docente no Departamento
de Química e vice-reitor para o Ensino e Internacionalização da
Universidade da Beira Interior, acaba de ser galardoado com o Prémio de
Mérito Científico UBI/Santander. O investigador foi distinguido por 18
anos de trabalho na sua área base, a Química e considerou que, este tipo
de distinções, “para além de premiarem o mérito científico e o trabalho
de quase uma vida, servem como reconhecimento pelos pares e pela
comunidade de todo um esforço que muitas vezes é silencioso e a maior
parte das pessoas não se apercebe, mas que é o somatório de muito
trabalho individual e colectivo”.
Esta distinção, atribuída por unanimidade por cinco catedráticos de
universidades portuguesas “foca o trabalho desenvolvido nos últimos três
anos, mas, no fundo, também o trabalho de uma vida de investigação”. Por
isso mesmo, o vice-reitor sublinha que “este é também um sinal para
aqueles que estão agora a começar, de que é possível fazer tudo com
muita vontade e trabalho”. Até ao momento, Paulo Almeida participou em
11 projectos financiados por entidades científicas, sendo o responsável
principal em dois deles.
João Queiroz, reitor da Universidade da Beira Interior, reiterou a
importância deste tipo de iniciativas. Felicitou o esforço e trabalho de
Paulo Almeida e também a forma como uma entidade externa apoiou uma
iniciativa da academia. Queiroz sublinha que “existe um conjunto de
iniciativas e actividades que, com o actual modelo de financiamento das
universidades, não pode ser suportado por inteiro. Daí que este tipo de
prémios e de apoio às academias por parte de entidades exteriores seja
um caminho a seguir”.
Mas há também aspectos que as universidades não podem descurar, referiu
Queiroz, como a promoção da cooperação e da qualidade de ensino. Para o
reitor, a diversificação de fontes de investimento é importante “para
criar prémios de mérito para quem já publicou e fez muito, prémios de
incentivo para quem ainda tem muito para fazer e potencialidades para
isso, e esta é a melhor maneira de fazermos isso”.
No que respeita à investigação feita na Covilhã, o reitor é peremptório
em afirmar que, “na UBI existem algumas áreas e alguns nichos de
qualidade na investigação que se comparam a nível nacional e
internacional com as congéneres. É assim que a investigação tem de ser
feita, a olhar para os indicadores das melhores”, acrescenta. 
Eduardo Alves
UNIVERSIDADE DA BEIRA
INTERIOR
O futuro papel dos
têxteis

Traçar o futuro do papel e dos têxteis
foi o principal objectivo do simpósio realizado este mês pela Unidade de
Investigação de Materiais Têxteis e Papeleiros da Universidade da Beira
Interior. Durante dois dias, o anfiteatro 8.1 do Edifício das
Engenharia, acolheu diversos investigadores que apresentaram resultados
sobre o estado do ensino na área dos têxteis e também do papel. Para o
presidente da Unidade de Investigação de Materiais Têxteis e Papeleiros,
Santos Silva, este é, aliás, um assunto actual, pois, além da UBI,
“muitas outras instituições estão agora a tentar procurar outras áreas
de investigação”. Pese embora o facto de este ser um sector com
“empregabilidade elevada, os alunos acabam por escolher outras áreas”.
Numas jornadas onde o tema central foi o de “Indústria Têxtil e
Papeleira: Ensino e Investigação, que futuro?”, um dos pontos mais
abordados foi precisamente o da ligação entre as universidades e a
indústria. Para Santos Silva, “existe uma evolução notória no que diz
respeito às soluções encontradas para debelar alguns dos problemas da
indústria, mas a ligação entre a universidade e o mercado continua muito
fraca”. O antigo reitor da UBI lembra o esforço que a UBI tem feito
nesta área, mas ainda assim, a nível geral, “muitos dos interessados não
têm dado as respostas necessárias”.
Quanto ao futuro da investigação, o encontro serviu para verificar, “uma
vez mais, as necessidades de resposta que a indústria tem, mas também o
vasto campo que ainda existe por explorar, no que respeita à
investigação”. Dois campos que têm de ser preenchidos “com todos os
envolvidos a trabalhar no mesmo sentido”. Já os vários membros ligados
ao mercado de trabalho lembraram que “as universidades hoje também não
se podem ficar por dizer que investigação um determinado assunto, têm de
apresentar as melhores soluções para o mesmo”. Carlos Brás, director de
produção da Portucel lembra que Portugal e a UBI, neste domínio, têm
bons conhecimentos para singrar. Como tal apresenta o exemplo do papel
“Navigator” “que tanto se vende Portugal, como na China, ou nos Estados
Unidos da América”. Um aspecto reforçado pelo membro desta indústria foi
precisamente o da ligação entre a academia e as empresas. “Nós, em
Portugal, somos capazes de fazer grandes coisas, mas tem de ser com
muito esforço, porque somos excessivamente desorganizados”, reiterou.
Para resolver todas estas questões, Ana Paula Duarte, vice-reitora da
UBI e presidente do Instituto Coordenador da Investigação (ICI), deixou
a garantia de um trabalho árduo e bastante estreito com as empresas.
Nesse sentido, “dentro em breve vamos avançar com as mostras de ciências
aqui na UBI”. Dar visibilidade às capacidades da academia e às
potencialidades da sua investigação são pontos que vão nortear estas
mostras que estão já a começar a ser calendarizadas. 
Eduardo Alves
SIMULAÇÃO MÉDICA E
EDUCAÇÃO
Doente virtual na UBI

A Faculdade de Ciências da Saúde da
Universidade da Beira Interior (FCS) acaba de apresentar o “doente
simulado virtual” aos profissionais de saúde. A numa sessão contou com a
presença do conceituado cirurgião de Singapura, Peter Mack e decorreu a
2 de Dezembro, no auditório daquela Faculdade. A sessão integrou-se no
programa Leonardo da Vinci, financiado pela União Europeia, que conta
com onze parceiros de oito países, sendo a FCS a única instituição
portuguesa representada.
O principal objectivo deste projecto é a criação de um doente simulado
virtual que possa interagir com os profissionais de saúde (actuais ou
futuros). O modelo reflecte as especificidades linguísticas e culturais
de cada país, o que faz com que o “doente” tenha características únicas,
possibilitando o treino dos profissionais de saúde. A sessão teve como
finalidade a partilha da experiência da Universidade de Singapura e como
podem os outros países evoluir na área da simulação médica. O orador
convidado, Peter Mack, apresentou diversos casos clínicos baseados em
simulação de prováveis acidentes e nas respectivas formas de resolução. 
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