CASTELO BRANCO E GUARDA
ENVOLVIDOS
UBI cria Parkurbis
Medical
A Universidade da Beira Interior quer
criar um parque de ciência e tecnologia especificamente dedicado à área
da Saúde, o Parkurbis Medical, pelo que acaba de avançar a candidatura
Inovida – Inovação & Desenvolvimento ao Quadro de Referência Estratégico
Nacional (QREN). A proposta, num valor global superior a 10 milhões de
euros, envolve os institutos politécnicos de Castelo Branco e Guarda, as
câmaras daquelas três cidades e prevê ainda a criação do Parkurbis
International Centre, na Covilhã, e o Centro de Empresas Inovadoras na
área Agro-Industrial, em Castelo Branco.
A candidatura foi elaborada pelo Gabinete de Apoio a Projectos e
Investigação da UBI, coordenado pela vice-reitora Ana Paula Duarte, a
qual explica que, na prática, “trata-se de duas candidaturas do QREN,
uma dirigida aos parques tecnológicos, tipo Parkurbis, para
infra-estruturas e equipamento e outra dedicada apenas a
infra-estruturas científicas e tecnológicas”.
Os centros Parkurbis serão construídos pela Câmara da Covilhã e pelo
Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã (Parkurbis) em terrenos da
Universidade da Beira Interior, junto à Faculdade de Ciências da Saúde.
Ali serão desenvolvidos “projectos estruturantes na área da saúde”,
garante a vice-reitora.
As áreas já definidas nestes projectos passam “pela qualidade de vida,
pela saúde e pela agro-indústria”. Covilhã e Guarda devem apostar “de
forma significativa” em projectos para as duas primeiras áreas “que se
complementam”, enquanto Castelo Branco “irá desenvolver investigações e
actividades mais na área da agro-indústria”.
Um pacote de projectos que surge do entendimento dos vários agentes em
causa e através do qual “se espera conseguir um significativo conjunto
de projectos estruturantes para a região, não só ao nível de novas
infra-estruturas, mas também de investigações”. Na candidatura agora
apresentada, Ana Paula Duarte faz questão de destacar também “a presença
de empresas”, como a Siemens Medical e a Plux.
Eduardo Alves
PROVAS DE AGREGAÇÃO NA
UBI
A língua evolui sempre
“A mudança linguística como problema:
Na pista de Eugénio Coseriu” foi o tema das provas de Agregação de Paulo
Osório, docente do Departamento de Letras da Universidade da Beira
Interior, que apresentou a lição em Julho, procurando demonstrar a
influência de diversos factores na mudança linguística.
Considerando que “a língua é um objecto que muda”, o autor aborda essa
evolução ao longo de um período que vai desde a Antiguidade Clássica
até, sensivelmente, ao início do século XX. “Na minha fundamentação
teórica segui-me por alguns autores que defendem que as línguas mudam,
não só pelo efeito de mutação da própria língua, mas também por factores
externos à língua, aquilo que chamavam factores sócio-históricos”,
refere.
Segundo essas fontes, “a língua enquanto objecto de interacção verbal,
enquanto função individual de uma pessoa, tem forças externas ao
sistema”. Por isso mesmo, tentou demonstrar “que este tipo de estudo
ficou durante muito tempo relegado para um segundo plano por causa da
perspectiva saussuriana. Saussure deu muito destaque à sincronia, em
detrimento da diacronia”. Paulo Osório garante que “o que interessava,
para ele, era o sistema num dado momento, e a evolução das línguas era
algo posto de lado”.
Nesse sentido, centrou-se no trabalho do linguista alemão Eugénio
Coseriu, cuja obra analisou, inclusive muitos dos textos nunca foram
publicados”. “Tive de estudar todos os manuscritos e reconstruir, de
certo modo, o pensamento deste investigador”, acrescenta.
O docente da UBI acrescenta ainda que “em linguística o confronto
teórico é algo ‘ainda fácil’, porque existem muitas variantes de
abordagem a esta área. Veja-se o facto de existir sobretudo três
perspectivas em linguística, a saussuriana, a generativa, de Chomsky, e
uma outra, que é mais eclética e que vai buscar as abordagens sociais
para a língua”.
As provas deram nota positiva ao docente da UBI, atribuída por um júri
constituído por Jorge Manuel Morais Gomes Barbosa, professor catedrático
jubilado da Universidade de Coimbra, Àngel Marcos Dios, professor
catedrático da Facultad de Filologia da Universidad de Salamanca, Maria
Teresa Rijo Fonseca Lino, professora catedrática da Faculdade de
Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, José Carlos
Gaspar Venâncio, professor catedrático da Universidade da Beira
Interior, Carlos da Costa Assunção, professor catedrático da
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e António dos Santos
Pereira, professor catedrático da Universidade da Beira Interior.
FUTEBOL ROBÓTICO EM
AVEIRO
Cambada traz bronze
A equipa de futebol robótico Cambada (Cooperative
Autonomous Mobile roBots with Advanced Distributed Architecture),da
Universidade de Aveiro, acaba de alcançar o terceiro lugar na liga de
futebol robótico dos robôs médios do Campeonato Mundial RoboCup 2009,
que se realizou em Graz, Áustria, de 29 de Junho a 5 de Julho. Além
disso, classificou-se em 1º lugar no Desafio Técnico Obrigatório que é
disputado naquela liga.
O torneio deste ano contou com 14 equipas provenientes de todo o mundo,
tendo decorrido com um nível competitivo muito elevado, com um
significativo número de equipas a apresentarem-se com novos robôs a que
se junta uma manifesta melhoria na qualidade técnica e científica das
mesmas.
Com uma evolução significativa ao nível do controlo comportamental do
robô, a equipa Cambada foi capaz de superar as várias dificuldades do
torneio contra equipas cujos robôs podem atingir velocidades duas vezes
superiores aos seus. A equipa venceu 12 dos 14 jogos que disputou, tendo
marcado 71 golos e sofrido 13. Entre os jogos ganhos está aquele em que
venceu a nova campeã do Mundo, a RFC Stuttgart, da Alemanha, que
derrotou, por 5-2, na fase de grupos.
A equipa Cambada é também um projecto de investigação que foi financiado
pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, além de financiamento
próprio da Universidade de Aveiro. A próxima edição do RoboCup mundial
realizar-se-á em Singapura de 19 a 25 de Junho de 2010.
UTAD CONCLUIU CURSO DE
VERÃO
Como trabalhar em
redes
O Centro de Estudos Transdisciplinares
para o Desenvolvimento (CETRAD) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro (UTAD), terminou este mês o Curso de Verão sobre “Animação de
Redes e Parcerias”. Aberto a técnicos, investigadores, alunos de
pós-graduação e profissionais ligados a serviços públicos e organizações
da sociedade civil com experiência básica no domínio da animação de
redes e parcerias, o curso reuniu participantes de vários pontos do
país, que testaram os conhecimentos adquiridos, associando-os à sua
experiência em redes nacionais e europeias de combate à pobreza, redes
sociais de autarquias, associações de desenvolvimento local, associações
de juventude, redes de bombeiros, redes de saúde e de combate à
toxicodependência, etc..
Ao longo das actividades desenvolvidas foram partilhadas experiências de
trabalho em rede e parceria, além de ter sido feita a análise crítica de
casos e sucesso e insucesso e uma reflexão sobre os seus alcances na
governação colectiva local, quer ao nível da protecção social integrada,
quer ao nível mais alargado do desenvolvimento local e da democracia
participativa.
UBI
Medicina investe forte
O Centro de Investigação em Ciências da
Saúde (CICS) da Universidade da Beira Interior (UBI) acaba de organizar
o seu quarto simpósio anual, o qual teve de ser realizado no Grande
Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde, para que todos os
participantes pudessem ter lugar.
Este é apenas “um sinal do dinamismo e o crescimento que o Centro de
Investigação e Ciências da Saúde tem tido nos últimos anos”, diz João
Queiroz, reitor da UBI e presidente do Centro de Investigação. No
evento, que vai na sua quarta edição, são apresentados trabalhos que
estão ser desenvolvidos pelos investigadores, bem como trabalhos
realizados em parcerias com outras entidades académicas e até empresas.
Mas este quarto encontro fica também marcado “pela forte presença de
investigadores e académicos jovens”. Sinal que João Queiroz entende como
“prova de uma participação cada vez mais assídua dos jovens estudantes
de mestrado e doutoramento que se interessam pelos projectos e pela
forma como a investigação está a ser pensada e desenvolvida na
Faculdade”. Para o reitor da UBI, “o relacionamento com as empresas, os
projectos, a integração que os alunos têm tido nos projectos, tem
permitido um crescimento sustentado, um maior número de publicações, um
maior número de participações em congressos internacionais e também um
cada vez maior número de participantes neste simpósio”, conclui.
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