Director Fundador: João Ruivo    Director: João Carrega    Publicação Mensal    Ano XI    Nº124    Junho 2008

Actualidade

CRIADA EM LEIRIA

Tripela é nova modalidade

“Tripela” é o nome de uma nova modalidade desportiva colectiva criada por Rui Matos, coordenador do curso de Desporto e Bem-Estar, da Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Leiria (ESE/IPL), que será apresentada ao público dia 14 de Junho, no Pavilhão Desportivo da Juventude do Lis, em Leiria.

Neste jogo os pés e as mãos têm um papel preponderante, sendo inspirado a partir de jogos de equipa como o futebol e o andebol, recorrendo ao empréstimo de outros pormenores do basquetebol, corfebol e râguebi.

A novidade consiste no facto de o gesto básico desta modalidade iniciar numa recepção com as mãos e culminar com um pontapé sem que a bola toque, previamente, o solo. Esta particularidade torna esta modalidade o único desporto colectivo onde a recepção e a projecção da bola é, obrigatoriamente, realizado por diferentes segmentos corporais.
 

Criador. O criador da nova modalidade é mestre em Desenvolvimento da Criança – variante de Desenvolvimento Motor e Doutorando em Motricidade Humana, com especialidade em Ciências da Motricidade. Rui Matos é docente da ESE/IPL, desde 1995, tendo desempenhado nesta escola funções de Director de Curso de Professores do Ensino Básico – Variante Educação Física, Coordenador do Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física, Membro do Conselho Pedagógico e Científico, entre outros.

Recorde-se que o actual coordenador do curso de Desporto e Bem-Estar da ESE/IPL já lançou várias publicações individuais e em parceria sobre os temas da Motricidade Humana e o seu desenvolvimento e aprendizagem.

 

 

 

PEDRO ABRUNHOSA

Jazz na Gardunha

O cantor e compositor Pedro Abrunhosa esteve a 2 de Junho na Escola Serra da Gardunha, no Fundão, onde dinamizou um workshop com os alunos do 4º ao 9º ano de escolaridade. O autor, que editou, em 2007, o seu mais recente álbum, Luz, falou de música, do seu trabalhoso percurso profissional, das viagens de que retira experiências e histórias, de valores a adquirir e de poesia. Respondeu ainda a questões e cantou, para uma assistência esfusiante, alguns dos seus mais conhecidos temas. No final decorreu uma sessão de autógrafos.

 

 

 

CASTELO BRANCO

A semana das escolas

O Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco organizou a Semana das Escolas, entre 26 de Maio e 1 de Junho, iniciativa que consistiu na divulgação do trabalho desenvolvido pelos departamentos, clubes e biblioteca escolar no decurso do ano lectivo.

A semana abriu com o Dia do Centro de Recursos e a abertura de várias exposições de trabalhos dos alunos e da Feira do Livro. Foi também inaugurada a 4.ª Exposição de Fotografia. Teve ainda lugar neste dia uma conferência com a escritora Natividade Pires, especialista em Literatura Infantil. Nos dias seguintes decorreram actividades relacionadas com as línguas e com a Matemática, bem como desporto, artes e robótica.

Por regra, a Semana das Escolas inclui o já tradicional Café Concerto que este ano devido à instabilidade das condições atmosféricas, teve que ser adiado para dia 20 de Junho a partir das 19 horas.

 

 

 

MINISTRO ANUNCIA

O fim das praxes violentas

O ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, prometeu, no passado dia 3 de Junho, denunciar ao Ministério Público todos os responsáveis de universidades e institutos politécnicos que pactuem com praxes violentas, mesmo que por omissão.

“O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) dará sempre conhecimento ao Ministério Público de todas as participações que lhe cheguem e alertaremos o Ministério Público para o crime de omissão por parte dos responsáveis do Ensino Superior nesta matéria”, afirmou Mariano Gago na Comissão Parlamentar de Educação, onde foi ouvido.

Na Assembleia da República, o ministro mostrou-se “indignado” com “a humilhação e fascismo ligados a muitas praxes académicas”, condenando o “carácter brutesco da esmagadora maioria dessas actividades”.

“Ano após ano, há estudantes a ficar incapacitados para a vida inteira e há ainda inúmeros casos de humilhação e coacção de todo o tipo que não são admissíveis na sociedade portuguesa. Não pode haver uma situação de complacência em relação ao que se passa, nem em relação a todos os que presenciam e se calam”, frisou, no final da audiência.

Considerando que as praxes violentas constituem “uma nódoa em muitas instituições de Ensino Superior”, Mariano Gago lembrou que as universidades e institutos politécnicos são obrigados a punir disciplinarmente os autores dessas práticas e todos os que delas forem cúmplices.

O ministro recebeu dos deputados o relatório elaborado pela Comissão Parlamentar de Educação a propósito desta matéria, um documento onde se propõe, entre outras medidas, a criação de uma linha telefónica gratuita para denúncias.

Apesar de só ter tido tempo para uma leitura transversal do relatório, Mariano Gago afirmou que subscrevia as suas recomendações, embora ressalvando que não cabe ao MCTES promover a criação desse instrumento. “Apoiaremos todas as diligências nesse sentido. Espero que o movimento estudantil seja o primeiro a agir no sentido dessas recomendações”, afirmou.

A morte de um aluno de Famalicão e o caso de dois estudantes que ficaram paraplégicos são alguns dos exemplos recentes de praxes violentas referidos pelo ministro, assim como a “humilhação” a que foi sujeita uma aluna da Escola Superior Agrária de Santarém.

No que diz respeito a este último caso, o Tribunal de Santarém condenou no final de Maio os sete membros da comissão de praxes daquela instituição a multas entre os 640 e os 1.600 euros, uma decisão que o ministro aplaudiu, considerando-a “um passo muito positivo” no combate a estas práticas.

Lusa

 


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