CRIADA EM LEIRIA
Tripela é nova
modalidade
“Tripela” é o nome de uma nova modalidade
desportiva colectiva criada por Rui Matos, coordenador do curso de
Desporto e Bem-Estar, da Escola Superior de Educação, do Instituto
Politécnico de Leiria (ESE/IPL), que será apresentada ao público dia 14
de Junho, no Pavilhão Desportivo da Juventude do Lis, em Leiria.
Neste jogo os pés e as mãos têm um papel preponderante, sendo inspirado
a partir de jogos de equipa como o futebol e o andebol, recorrendo ao
empréstimo de outros pormenores do basquetebol, corfebol e râguebi.
A novidade consiste no facto de o gesto básico desta modalidade iniciar
numa recepção com as mãos e culminar com um pontapé sem que a bola
toque, previamente, o solo. Esta particularidade torna esta modalidade o
único desporto colectivo onde a recepção e a projecção da bola é,
obrigatoriamente, realizado por diferentes segmentos corporais.
Criador. O criador da nova
modalidade é mestre em Desenvolvimento da Criança – variante de
Desenvolvimento Motor e Doutorando em Motricidade Humana, com
especialidade em Ciências da Motricidade. Rui Matos é docente da ESE/IPL,
desde 1995, tendo desempenhado nesta escola funções de Director de Curso
de Professores do Ensino Básico – Variante Educação Física, Coordenador
do Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física, Membro do
Conselho Pedagógico e Científico, entre outros.
Recorde-se que o actual coordenador do curso de Desporto e Bem-Estar da
ESE/IPL já lançou várias publicações individuais e em parceria sobre os
temas da Motricidade Humana e o seu desenvolvimento e aprendizagem.
PEDRO ABRUNHOSA
Jazz na Gardunha
O cantor e compositor Pedro Abrunhosa
esteve a 2 de Junho na Escola Serra da Gardunha, no Fundão, onde
dinamizou um workshop com os alunos do 4º ao 9º ano de escolaridade. O
autor, que editou, em 2007, o seu mais recente álbum, Luz, falou de
música, do seu trabalhoso percurso profissional, das viagens de que
retira experiências e histórias, de valores a adquirir e de poesia.
Respondeu ainda a questões e cantou, para uma assistência esfusiante,
alguns dos seus mais conhecidos temas. No final decorreu uma sessão de
autógrafos.
CASTELO BRANCO
A semana das escolas
O Agrupamento de Escolas Cidade de
Castelo Branco organizou a Semana das Escolas, entre 26 de Maio e 1 de
Junho, iniciativa que consistiu na divulgação do trabalho desenvolvido
pelos departamentos, clubes e biblioteca escolar no decurso do ano
lectivo.
A semana abriu com o Dia do Centro de Recursos e a abertura de várias
exposições de trabalhos dos alunos e da Feira do Livro. Foi também
inaugurada a 4.ª Exposição de Fotografia. Teve ainda lugar neste dia uma
conferência com a escritora Natividade Pires, especialista em Literatura
Infantil. Nos dias seguintes decorreram actividades relacionadas com as
línguas e com a Matemática, bem como desporto, artes e robótica.
Por regra, a Semana das Escolas inclui o já tradicional Café Concerto
que este ano devido à instabilidade das condições atmosféricas, teve que
ser adiado para dia 20 de Junho a partir das 19 horas.
MINISTRO ANUNCIA
O fim das praxes
violentas
O ministro do Ensino Superior, Mariano
Gago, prometeu, no passado dia 3 de Junho, denunciar ao Ministério
Público todos os responsáveis de universidades e institutos politécnicos
que pactuem com praxes violentas, mesmo que por omissão.
“O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) dará
sempre conhecimento ao Ministério Público de todas as participações que
lhe cheguem e alertaremos o Ministério Público para o crime de omissão
por parte dos responsáveis do Ensino Superior nesta matéria”, afirmou
Mariano Gago na Comissão Parlamentar de Educação, onde foi ouvido.
Na Assembleia da República, o ministro mostrou-se “indignado” com “a
humilhação e fascismo ligados a muitas praxes académicas”, condenando o
“carácter brutesco da esmagadora maioria dessas actividades”.
“Ano após ano, há estudantes a ficar incapacitados para a vida inteira e
há ainda inúmeros casos de humilhação e coacção de todo o tipo que não
são admissíveis na sociedade portuguesa. Não pode haver uma situação de
complacência em relação ao que se passa, nem em relação a todos os que
presenciam e se calam”, frisou, no final da audiência.
Considerando que as praxes violentas constituem “uma nódoa em muitas
instituições de Ensino Superior”, Mariano Gago lembrou que as
universidades e institutos politécnicos são obrigados a punir
disciplinarmente os autores dessas práticas e todos os que delas forem
cúmplices.
O ministro recebeu dos deputados o relatório elaborado pela Comissão
Parlamentar de Educação a propósito desta matéria, um documento onde se
propõe, entre outras medidas, a criação de uma linha telefónica gratuita
para denúncias.
Apesar de só ter tido tempo para uma leitura transversal do relatório,
Mariano Gago afirmou que subscrevia as suas recomendações, embora
ressalvando que não cabe ao MCTES promover a criação desse instrumento.
“Apoiaremos todas as diligências nesse sentido. Espero que o movimento
estudantil seja o primeiro a agir no sentido dessas recomendações”,
afirmou.
A morte de um aluno de Famalicão e o caso de dois estudantes que ficaram
paraplégicos são alguns dos exemplos recentes de praxes violentas
referidos pelo ministro, assim como a “humilhação” a que foi sujeita uma
aluna da Escola Superior Agrária de Santarém.
No que diz respeito a este último caso, o Tribunal de Santarém condenou
no final de Maio os sete membros da comissão de praxes daquela
instituição a multas entre os 640 e os 1.600 euros, uma decisão que o
ministro aplaudiu, considerando-a “um passo muito positivo” no combate a
estas práticas.
Lusa
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