FLORESTA, CIÊNCIA E
EDUCAÇÃO
As três exposições
permanentes
1 - Floresta como fonte de bem-estar
Este módulo está organizado nas secções Solo e Água; Incêndios
Florestais e Atmosfera. Ali é possível perceber vários fenómenos ligados
a cada uma dessas três secções, como acontece, por exemplo, com o
dispositivo central, que consiste num simulador de chuva, cujo objectivo
passa por demonstrar os processos erosivos numa encosta em declive. O
dispositivo inclui um sistema aspersor de água (a imitar a queda de
precipitação), sobre uma maquete de solo normal e sobre solo queimado,
para observação da diferente reacção dos referidos solos à escorrência e
à erosão. Além desta possibilidade, que demonstra um fenómeno comum no
País, no Módulo 1 é ainda possível contactar com mais sete dispositivos.
a) Floresta e o Ciclo da Água: visa apresentar o Ciclo da Água, com
destaque para o papel da Floresta nas diferentes componentes do ciclo, e
evidenciando os efeitos dos usos do solo no ciclo da água. Existe uma
maqueta dinâmica e interactiva, com os componentes do ciclo da água
(Precipitação, Infiltração, Escorrimento, Intercepção, Evaporação) num
modelo composto por três diferentes tipos de usos do solo.
b) Simulador do comportamento do Fogo: permite visualizar os efeitos do
declive, do vento e dos diferentes tipos de combustíveis, na velocidade
de propagação do fogo e da forma como se desenvolve a frente de chamas
num incêndio florestal. Funciona com uma maqueta 3D com base em
cartografia digital. Os visitantes podem fazer simulações, dando
indicação do local de início do incêndio.
c) Protótipo de um sistema de vigilância florestal automatizado: dá a
conhecer as novas tecnologias na área da prevenção e combate aos
incêndios florestais. Consiste numa consola de base onde os visitantes
poderão operar o sistema.
d) Estação meteorológica (parte no exterior): faz a monitorização dos
diferentes parâmetros meteorológicos nas imediações do centro, como a
direcção e velocidade do vento, e a sua utilização no estudo e no
combate aos incêndios florestais. Os visitantes poderão operar o sistema
e visualizar em tempo real os diferentes parâmetros meteorológicos.
e) Floresta e Atmosfera: Caracteriza a floresta natural e a sua
interacção com a Atmosfera. Consiste numa maquete interactiva que
permite observar e sentir a floresta natural com os seus cheiros.
f) Floresta e Poluição atmosférica: descreve os efeitos do
desenvolvimento sócio-económico e da consequente poluição atmosférica
(principalmente a actividade industrial e rodoviária) sobre a floresta.
Funciona através de uma maquete que representa a intervenção humana na
floresta natural.
g) Incêndios Florestais e Qualidade do Ar: aborda os efeitos dos
incêndios florestais sobre a atmosfera, consequência das emissões de
poluentes que se libertam enquanto a floresta é consumida pelo fogo. Tal
é possível através duma maquete interactiva.
2. Floresta Fonte de Vida
Este Módulo visa levar o visitante a compreender melhor a relação entre
a biodiversidade e transformação de matéria e energia no ecossistema
florestal. O dispositivo central consiste numa árvore completa, da copa
às raízes, instalada sobre um tanque transparente que permite ver os
elementos da árvore incorporados no solo e subsolo. Existem depois mais
cinco dispositivos.
a) Vamos fazer alimento: explica o conceito de autotrofia por
fotossíntese, resultando na libertação de oxigénio e de alimento.
Consiste num percurso da raiz à folha da árvore (tronco - caule da folha
- célula da folha - "casa da clorofila"). O visitante, mediante a
interacção em cada um dos momentos da transformação química da água,
realiza a totalidade do processo de autotrofia por fotossíntese.
b) Vamos usar o alimento: explica o conceito de que a transformação do
alimento com a utilização do oxigénio (respiração) permite a muitos
organismos (árvores incluídas) obter energia para viverem, crescerem,
reproduzirem-se. Consiste num jogo interactivo que permite introduzir as
diferentes variáveis envolvidas neste processo e visualizar o resultado
das combinações que introduzem.
c) 'Decompómetro' terrestre: explica que da decomposição das folhas
resulta alimento por muitos organismos que vivem no solo. Consiste num
terrário de vidro que é observado lateralmente pelo visitante. O
terrário possui painéis informativos e imagens de folhas em diferentes
estados de decomposição a diferentes alturas correspondentes aos perfis
do solo. Em frente do terrário, écrans permitem visualizar as imagens
simuladas como se fossem captadas por câmaras de vídeo colocadas atrás
do terrário.
d) 'Decompómetro' aquático: explica que da decomposição das folhas
resulta alimento por muitos organismos que vivem na água. Trata-se dum
aquário, simulando um rio de montanha a cair numa zona de remanso. A
água circula junto ao vidro, de modo a serem vistos os invertebrados
dentro de água. A parte posterior é constituída por um declive de terra
com folhas, teias de aranha e diversos invertebrados. Uma lente
permitirá ao visitante observar os fungos aquáticos colonizadores de
folhas em decomposição.
e) Florestas e espécies ameaçadas em Portugal: fornece uma visão sobre a
evolução da floresta em Portugal no último milénio, mostrando a evolução
do coberto vegetal e dando também a conhecer as várias espécies em
extinção. Inclui um conjunto de painéis, com o mapa de Portugal, em que
conjuntos de pequenas lâmpadas indicam a evolução temporal dos vários
tipos de floresta e a distribuição de espécies animais e florais
associadas às florestas e que se encontram ameaçadas de extinção.
3. Floresta como fonte de Riqueza
O dispositivo central deste módulo é formado por uma árvore em corte que
permite ver a riqueza do seu interior, as diferentes características de
cada zona da árvore, desde a sua raiz até ao topo, passando pelas
diferentes fases do tronco. A árvore está posicionada de forma a que
toda a sua extensão seja acessível aos visitantes. Existem ainda mais
seis dispositivos neste Módulo:
a) Resistência mecânica da madeira: mostra a utilização de madeira como
material que pode resistir a esforços mecânicos importantes. Consiste
numa estrutura com diversos tipos de banzos, de diferente secção em
madeira, colocados a uma altura de cerca de 2,5 metros e de onde pendem
cordas. Os visitantes poderão pendurar-se nas cordas e observar a
diferente flexão que cada tipo de banzo permite, concluindo sobre que
tipos garantem melhor aproveitamento das propriedades mecânicas da
madeira.
b) Experimentário de propriedades físicas: mostra as diferenças
existentes entre os diferentes tipos de madeira e também da cortiça, no
que respeita às suas propriedades, confrontando essas propriedades com
as de outros materiais. Tal será possível numa zona com bancadas onde
estarão posicionadas experiências interactivas que se destinam a avaliar
propriedades físicas como a densidade, a capacidade de absorção de água,
o coeficiente de atrito, entre outras.
c) Fábrica do perfume: explica como podem ser recolhidas essências
florais necessárias para a fabricação de perfumes. Consiste numa bancada
onde se pode extrair quimicamente e com operações simples, as essências
necessárias para misturar os restantes produtos para construir um
perfume. Os visitantes podem fazer essas operações, com o apoio de um
monitor, e levar o perfume num pequeno frasco.
d) Fábrica da madeira: mostra a transformação da madeira desde o tronco
cilíndrico até à tábua e às mobílias. Um vídeo apresenta as fases do
tronco desde que chega à fábrica até que se transforma em tábua, sempre
filmado na perspectiva do próprio tronco.
e) Floroteca: funciona como dicionário de madeiras, fornecendo ao
utilizador informação sobre a espécie de árvore de onde a madeira
provém, as suas características, propriedades, localização entre outras
consideradas relevantes.
f) Jogo da Floresta: proporciona uma experiência interactiva para a
exploração lúdica das dimensões naturais, sociais, humanas e
tecnológicas. Consiste num jogo on-line cujo objectivo é a expansão da
área geográfica sob administração do jogador. A gestão da área atribuída
estará sujeita a um modelo de simulação realista, que fomenta a busca de
equilíbrios produtivos, penalizando a maximização cega de um objectivo
isolado (por exemplo, extracção de madeira).
A 15 MINUTOS DA A23
Um Centro único no
País

O Centro Ciência Viva de Proença-a-Nova é
um espaço de divulgação científica e tecnológico integrado na rede de
Centros Ciência Viva Nacional. Está situado na zona do Pinhal Interior
Sul, na localidade de Moitas, junto ao IC8 e a cerca de 15 minutos da
A23.
O Centro Ciência Viva da Floresta estará aberto ao público de terça a
sexta-feira, entre as 10 e as 18 horas. Sábados, domingos e feriados
abre às 11 e encerra às 19. Estará encerrado nos dias 1 de Janeiro, 24 e
31 de Dezembro.
Tendo a Floresta como tema principal, funcionará como plataforma de
desenvolvimento regional - científico, cultural e económico, mas
essencialmente, onde a Ciência e a Tecnologia saem dos espaços dos
laboratórios e universidades para vir ao encontro dos visitantes.
O edifício construído pela Câmara de Proença-a-Nova, com uma área útil
global de 1100 metros quadrados, foi concebido em função da sua
utilização dedicada a visitas em grupo, obedecendo a uma preocupação de
maleabilidade que faculte diferentes programas de visita.
Os diferentes dispositivos serão concebidos essencialmente para uma
população escolar (Ensino Básico) com complementos que permitam servir
também o ensino secundário e adultos. Mas o Centro é também um local
agradável para ser visitado por famílias e outros visitantes.
OUTRAS VALIAS DO CENTRO
Os espaços interiores
e exteriores
Além dos Módulos, com as exposições
permanentes, existem diferentes espaços mais associados ao lazer e a
outras actividades que tornam a visita mais agradável, entre os quais se
destacam:
Mediateca: destinada a acolher um grupo/turma. Tem livros,
vídeos, CDs, computadores com programas educacionais sobre a floresta. É
também um espaço de pesquisa e de acesso à Internet pelo público.
Experimenteca/Laboratório: possibilita a realização de
experiências a par com a visita aos módulos do Centro, mas
essencialmente destinados à utilização do Clube Centro de Ciência Viva
da Floresta e grupos do Projecto " Experimenta - Ciência para todos.
Loja: espaço de venda de produtos especialmente orientados para
estimular o gosto dos mais novos pela ciência em geral. Alguns produtos
assumem uma componente lúdica, pedagógica e experimental, de acordo com
os objectivos e os projectos dos Centros da Rede de Ciência Viva.
Auditório: destinado ao visionamento de um filme por grupos
escolares aquando da visita ao Centro. Será ainda utilizado como recurso
para palestras, debates, conferências, formação e inclusive para
projecção de filmes científicos para o público em geral enquadrado no
projecto "Lanche com filme".
Bar: espaço agradável, com uma vista panorâmica sobre a área
envolvente ao Centro de Ciência Viva.
Espaço exterior: espaço interactivo onde existe a Casa da
Floresta, uma pequena casa de madeira onde serão contadas histórias
sobre a floresta. Ali está ainda colocado um avaliador do volume de
madeira, uma rápida e eficaz metodologia para estimar a quantidade de
madeira existente num determinado sector de floresta.
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